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Sangramento de Primeira Metade Da Gestação

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Anah Zanetti
-Sangramento de Primeira Metade Da Gestação-
CAUSAS MAIS COMUNS:
de sangramento na primeira metade da gestação:
1. aborto
2. gestação ectópica
3. doença trofoblástica gestacional
● Quais exames obrigatórios nesse momento?
➜ Ultrassonografia transvaginal
➜ Tipagem sanguínea e coombs
➜ Sorologias para HIV e sífilis
1. ABORTO:
Formas clínicas do abortamento:
✱ ABORTAMENTO:
É uma síndrome hemorrágica da primeira metade da gravidez, definida como a interrupção da gravidez
antes de 22 semanas ou com um feto até 500g ou de 16,5 cm, ou seja, antes de atingida a viabilidade.
● Interrupção da gravidez com menos de 500 g➜ abortamento.
● Interrupção da gravidez acima de 500 g➜ óbito fetal.
● 3 abortamento consecutivos = abortamento de repetição.- aborto habitual
● Abortamento precoce: até a 12ª semana (antes da 13 sem.) principal causa é cromossômica
● Abortamento tardio: entre 13ª - 22ª semanas principal causa é materna sistêmica
Anah Zanetti
CONDUTA
AMEAÇA DE ABORTAMENTO:
➜ Acompanhamento ambulatorial
➜ Repouso relativo
➜ Abstinência sexual
➜ Ultra-sonografia seriada em intervalos dependentes da evolução do quadro
➜ Hioscina: 1 comprimido VO de 6/6 horas em caso de cólicas.
ABORTAMENTO INEVITÁVEL E ABORTAMENTO INCOMPLETO:
Medidas gerais
1. Internação da paciente.
2. Sinais vitais a cada seis horas: temperatura axilar, pulso radial e pressão arterial.
3. Hemograma completo para monitorar a espoliação e rastrear a infecção
4. Tipagem sanguínea. Pacientes Rh negativo e Coombs indireto negativo devem ser medicadas
com Imunoglobulina anti-Rh para prevenção de possível aloimunização, no momento da
administração do misoprostol.
5. Acesso venoso, com correção da volemia, se necessário (sangue e solutos administrados em
veia distinta daquela utilizada para perfusão de ocitócito).
Gestação de 1o trimestre
- Misoprostol*
- AMIU ou dilatação do colo e curetagem uterina
ABORTAMENTO INFECTADO:
Medidas gerais
- Internação da paciente.
- Sinais vitais a cada seis horas: temperatura axilar, pulso radial e pressão arterial.
- Hemograma completo para monitorar a espoliação e rastrear a infecção
- Tipagem sanguínea.
- Acesso venoso, com correção da volemia, se necessário
Antibioticoterapia
ABORTAMENTO RETIDO:
● A ultrassonografia realizada com intervalo de 15 dias define o diagnóstico dos dois tipos de
abortamento retido:
- Retenção do ovo morto ou missed abortion – presença de embrião sem vida no SG íntegro.
- Ovo anembrionado ou ovo cego – ausência de embrião no SG íntegro.
● A conduta expectante pode ser uma opção nesses pacientes.
● Ao optar pelo esvaziamento uterino:
- Internação da paciente.
- Medidas gerais
- Ovo cego e missed abortion com idade gestacional sonografia < 12 semanas.
LEMBRETES:
70% dos abortamentos até 8 semanas resolvem-se espontaneamente. Na alta hospitalar, o médico
deverá fornecer à paciente licença médica para repouso domiciliar pelo período de 14 (quatorze dias) a
contar da data do abortamento, em formulário próprio ou no receituário da instituição.
Anah Zanetti
● ESVAZIAMENTO UTERINO:
➜ AMIU (aspiração manual intrauterina) < 12 semanas
➜ CTG (curetagem) <12 semanas
➜ Indução: misoprostol, ocitocina > 12 semanas (tardio): por risco de rotura uterina devido estruturas
ósseas
Anah Zanetti
2. GESTAÇÃO ECTÓPICA:
● FATORES DE RISCO:
➜ antecedentes de gravidez ectópica
➜ doenças inflamatória pélvica
➜ cirurgia tubária prévia
➜ anticoncepção de emergência
➜ procedimentos relacionados à reprodução assistida
➜ uso de dispositivo intrauterino (DIU)
➜ início precoce de atividade sexual
➜ tabagismo
➜ antecedente de múltiplos parceiros sexuais
● QUADRO CLÍNICO:
➜ Dor abdominal
➜ Sangramento vaginal
➜ Atraso ou irregularidade menstrual
● DIAGNÓSTICO:
➜ B-hCG; USTV
➜ > 2.000- 3.000 mUI ml
➜ Cavidade uterina vazia
● IMPORTANTE:
Anah Zanetti
* Tratamentos:
Gestação ectópica:
1. EXPECTANTE:
Quando usar?
➜ B-hCG em declínio
➜ B-hCG <1000 mUI ml
➜ ausência de saco gestacional na USG
2. MEDICAMENTOSO:
➜Metotrexate:
50mg m3, IM, repetindo após 7 dias se necessário
Quando usar?
➜ quadro clínico estável,
➜ B-hCG < 500 mU ml com aumento < 50% em 48h,
➜ saco gestacional < 3,5cm,
➜ BCF ausente e líquido livre no peritônio ausente ou moderado
3. CIRÚRGICO:
➜ Laparoscopia
➜ Laparotomia
Indicações de Laparotomia:
➜ Choque hipovolêmico
➜Massa anexial > 5 cm
➜ Localização não tubária (cervical, abdominal)
➜Múltiplas aderências
➜ Salpingostomia com sangramento
✱ demais situações é LAPAROSCOPIA
3. Doença trofoblástica gestacional (DTG)
MOLA HIDATIFORME:
A doença é classificada de forma:
● benigna, representada pela:
mola hidatiforme:
➜ completa (MHC)
➜ parcial (MHP)
● maligna, representada pela:
➜mola invasora
➜ Coriocarcinoma gestacional
➜ tumor trofoblástico do sítio placentário
Anah Zanetti
Diferenças entre mola completa e parcial:
QUADRO CLÍNICO:
➜ sangramento vaginal de cor escura e pequena
quantidade
➜ eliminação espontânea de vesículas
➜ dores abdominais em hipogástrio
➜ sinais de hipertireoidismo
➜ hiperemese gravídica
✱associada com mola volumosa
CONDUTA:
➜ internação
➜ esvaziamento molar ➜ anestesia + dilatação do
colo + ocitocina + aspiração a vácuo
➜ acompanhamento seriado de B-hCG
➜ ACO por um ano
✱HISTERECTOMIA:
RESERVADA PARA MULHERES COM IDADE > 40 ANOS E
PROLE CONSTITUÍDA

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