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Confecção de Esfregaço Sanguíneo PROCEDIMENTO: 1. Apoiar a lâmina de microscopia, já com a identificação do paciente, sobre uma superfície limpa. Certificar-se de que a lâmina tem boa qualidade e não está suja ou possui vestígios de gordura, o que pode prejudicar o teste. 2. Colocar uma pequena gota de sangue próxima a uma das extremidades da lâmina. 3. Com o auxílio de outra lâmina, colocar a gota de sangue em contato com sua borda. Para isso a lâmina extensora deve fazer um movimento para trás tocando a gota com o dorso em um ângulo 45°. 4. O sangue da gota irá se espalhar pela borda da lâmina extensora por capilaridade. 5. A lâmina deve então deslizar suave e uniformemente sobre a outra, em direção oposta a extremidade em que está a gota de sangue. O sangue será “puxado” pela lâmina. 6. Depois de completamente estendido, o sangue forma uma película sobre a lâmina de vidro. 7. Deve-se deixar que o esfregaço seque sem nenhuma interferência. 8. Seguir para o passo de coloração. Coloração de esfregaço sanguíneo PROCEDIMENTO 1. Colocar a lâmina sobre o suporte apropriado; 2. Cobrir o esfregaço com o corante May Grunwald diluído 1:1; 3. Deixar atuar por 5 minutos; 4. Cobrir o esfregaço com o corante May Grunwald puro; 5. Deixar atuar por 1 minutos; 6. Enxaguar com água abundante; 7. Cobrir o esfregaço com solução diluída de Giemsa; 8. Deixar atuar durante 15 minutos; 9. Enxaguar em água corrente; 10. Deixar secar espontaneamente, em posição vertical. OBSERVAÇÃO DA LÂMINA 1. Cabeça da lâmina: região imediatamente após o local em que estava a gota sanguínea. Nessa região, com frequência, há aumento do número de leucócitos (principalmente de linfócitos). 2. Corpo da lâmina: região intermediária entre cabeça e cauda. É nessa região que os leucócitos, hemácias e plaquetas estão distribuídas de forma mais homogênea. É a área de escolha para a análise qualitativa e quantitativa da distensão sanguínea. 3. Cauda da lâmina: região final da distensão sanguínea. Nessa região, há encontro de alguns esferócitos e elevação de monócitos e granulócitos, que podem apresentar maior distorção morfológica. Contagem de Reticulócitos Reticulócitos são eritrócitos recém-produzidos pela medula ricos em RNA, o que atribui a estas células uma policromatocitose com os métodos de coloração habitualmente utilizados. O nome advém do aspecto dos grânulos de RNA precipitados, que tomam um aspecto reticular quando da coloração com azul brilhante de cresil. O número absoluto de reticulócitos é uma medida da eritropoese e, normalmente, o sangue tem 1 reticulócito para cada 100 eritrócitos. Quando há anemia ou hipoxemia ocorre aceleração da proliferação de eritroblastos com maior liberação de reticulócitos para a periferia. PROCEDIMENTO 1. Em tubo de hemólise, colocar o corante e o sangue colhido em EDTA ou heparina como segue: HEMATÓCRITO CORANTE SANGUE Até 20% 5 gotas 12 gotas 20 a 30% 5 gotas 9 gotas Mais que 30% 5 gotas 6 gotas 2. Homogeneizar e levar ao banho-maria 37º durante 20 minuto; 3. Homogeneizar novamente e realizar o esfregaço em lâminas; 4. Examinar ao microscópio, sob imersão, 5 campos homogêneos com 200 hemácias por campo; 5. Somar todos os reticulócitos encontrados nos campos, dividir por 10 para que o resultado seja expresso em porcentagem. %dereticulócitos = reticulócitos em1000hemácias 10 VALORES DE REFERÊNCIA: Adultos 0,5 a 1,5% Neonatos 1,5 a 4,0% CORREÇÃO DO VALOR DO RETICULÓCITO EM FUNÇÃO DO HEMATÓCRITO Índice de produção de reticulócitos (IPR) (VR = 1,0) * Ht normal = 45% Tempo de maturação dos reticulócitos no sangue periférico Ht (%) Tempo de maturação do RT em dias 40-45 1,0 35-39 1,5 25-34 2,0 15-24 2,5 Abaixo de 15 3,0 INTERPRETAÇÃO O IPR avalia a atividade da medula óssea em responder a quadros necessários de reposição de células vermelhas ou se a mesma não encontra-se proliferativa. Ex.: IPR = 3,7 – significa que a produção eritrocitária é de 3,7 vezes maior que a produção normal, produção eritrocitária efetiva. Usado para classificação fisiológica das anemias. Classificação fisiológica das anemias a partir do cálculo do IPR Eritropoiese ineficaz IPR < 2,0 Eritropoiese eficaz IPR > 3,0 Anemias hipoproliferativas Anemias hiperproliferativas Doenças de maturação Anemias hemolíticas Contagem diferencial de Leucócitos Células granulocíticas: Células agranulocíticas: PROCEDIMENTO 1. Preparo do esfregaço sanguíneo e coloração; 2. Focalizar com objetiva de 100x (usar óleo de imersão); 3. Proceder a leitura do esfregaço contando e diferenciando os leucócitos, até totalização de 100 células; 4. Registrar a contagem em forma percentual e converter em valores absolutos a partir do resultado obtido na contagem total. VALORES DE REFERÊNCIA: Neutrófilos 50-70% Bastões 3 a 5% Segmentados 51 a 67% Eosinófilos 2 a 4% Basófilos 0 a 1% Monócitos 4 a 8% Linfócitos 21 a 35% TEMPO DE PROTROMBINA (TAP) PROCEDIMENTO 1- Pré-aquecer o reagente Nº 1 (Formador de Coágulo) a 37ºC de 4 a 5 minutos (Aquecer somente o necessário para a realização do teste). 2- Homogeneizar o reagente antes do uso. 3- Em um tubo limpo pipetar 100 µL do plasma a ser medido (Controles ou Amostras) e incubar a 37ºC, de 2 a 3 minutos (em banho-maria ou blocos térmicos). 4- Adicionar 200 µL do reagente Nº 1 (Formador de Coágulo), previamente aquecido, ao tubo contendo o plasma e disparar o cronômetro. 5- Deixar o tubo no aquecimento agitando-o vagarosamente. 6- Retirar o tubo antes do tempo de coagulação previsto (aproximadamente 9 segundos), observar a formação do coágulo. Parar imediatamente o cronômetro ao se observar a formação do coágulo e registrar o tempo. TEMPO DE TROMBOPLASTINA PARCIAL ATIVADO (TTPA OU K-PTT) PROCEDIMENTO: 1- Pré-aquecer o reagente o Reagente Nº 2 a 37°C. Este procedimento deve ser realizado apenas com o volume que será utilizado para execução dos testes. O reagente deve permanecer em aquecimento durante todo o procedimento. 2- Separar os tubos de reação que serão utilizados para execução dos testes. 3- Pipetar 100 μL da Amostra/Controle no respectivo tubo de reação e préaquecer a 37ºC por 2 minutos em banho-maria. 4- Pipetar 100 μL do Reagente Nº 1 no tubo da Amostra/Controle e incubar à 37ºC, de 2 a 3 minutos. 5- Pipetar 100 μL do Reagente Nº 2 (pré-aquecido a 37ºC) no tubo da Amostra/Controle, disparando simultaneamente o cronômetro. 6- Deixar o tubo no banho-maria a 37°C, agitando suavemente. Manter no banho por cerca de 20 segundos. 7- Retirar o tubo do banho, inclinar suavemente uma vez por segundo e parar o cronômetro no momento da formação do coágulo. Anotar o tempo de coagulação. Tipagem sanguínea PREPARO DA SUSPENSÃO DE PAPA DE HEMÁCIAS A 5% (Para realização de tipagem sanguínea e pesquisa de D fraco) 1. Homogeneizar por cerca de 10 minutos o tubo de sangue com EDTA do paciente a ser testado; 2. Retirar uma alíquota de 1mL do sangue com EDTA e centrifugar por 5 minutos a 3500 rpm; 3. Retirar o máximo do plasma, com pipeta de Pasteur, obtendo assim a papa de hemácias (com esse plasma será feito tipagem reversa); 4. Identificar o tubo de hemólise para diluição das hemácias a serem testadas; 5. Prepara uma diluição de hemácias a 5% da seguinte forma: 1 gota de papa de hemácias + 19 gotas de salina. TIPAGEM SANGUÍNEA – PROVA DIRETA PROCEDIMENTO: 1. O teste deve ser realizado com a suspensão de papa de hemácias a 5% da amostra; 2. Identificar 5 tubos de hemólise: A, B, AB, Rh (ou D) e Controle Rh; 3. Colocar uma gota de soro: anti A no tubo A, anti B no tubo B, anti AB no tubo AB, anti D no tubo D e Controle Rh no tubo Controle Rh; 4. Adicionar em cada tubo uma gota da suspensão de papa de hemácias a 5% da amostra a ser testada; 5. Homogeneizar e centrifugar os tubos a 1000 rpm por 1 minuto; 6. Com movimentos suaves, deslocar o botão de hemácias no fundo do tubo e avaliar o grau de aglutinação visual. Importante: colocar primeiro os anti soros e depois a suspensão de papa de hemácias a 5%. TUBO A B AB Rh (D) Controle RhSoro anti A 1 gota - - - - Soro anti B - 1 gota - - - Soro anti AB - - 1 gota - - Soro anti D (anti Rh) - - - 1 gota - Controle Rh - - - - 1 gota Papa de hemácias 5% 1 gota 1 gota 1 gota 1 gota 1 gota Obs: Quando o tubo Rh (D) não apresentar aglutinação (Negativo), realizar a pesquisa do antígeno D fraco. _2147483647.unknown
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