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Atividade 1_ visão geral sobre a escrita acadêmica_ Produção de Textos Acadêmicos - G2_T1 - 2022_2

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04/09/2022 17:09 Atividade 1: visão geral sobre a escrita acadêmica: Produção de Textos Acadêmicos - G2/T1 - 2022/2
https://pucminas.instructure.com/courses/112900/quizzes/328726 1/21
Atividade 1: visão geral sobre a escrita acadêmica
Entrega 6 set em 23:59 Pontos 10 Perguntas 10
Disponível 30 ago em 11:00 - 6 set em 23:59 Limite de tempo 80 Minutos
Tentativas permitidas 2
Histórico de tentativas
Tentativa Tempo Pontuação
MAIS RECENTE Tentativa 1 3 minutos 9 de 10
 As respostas corretas estão ocultas.
Pontuação desta tentativa: 9 de 10
Enviado 4 set em 17:08
Esta tentativa levou 3 minutos.
Fazer o teste novamente
1 / 1 ptsPergunta 1
Leia o texto de Silva (2016), reproduzido abaixo. Em seguida, leia
um excerto retirado de Zanotto (2009).
Logo após, responda à questão 1.
 
 
FREUD, Sigmund. Escritos sobre literatura. Organização de Iuri Pereira. São
Paulo: Hedra, 2014.
Escritos sobre literatura
Por Maurício Silva[1]
 
Não é novo o interesse nas possíveis relações entre a literatura e a psicanálise,
podendo-se mesmo afirmar que os estudos acerca dessa interação têm-se
desenvolvido tanto que, praticamente, constituíram-se uma área à parte no amplo
campo de estudos da teoria literária. No Brasil, essa relação também não é nova,
desenvolvendo-se, sobretudo, a partir da segunda metade do século XX. Um
título bastante conhecido, nesse campo, por exemplo, é o já “clássico” Psicologia
e Literatura (1977), de Dante Moreira Leite, que estudou alguns aspectos da
“significação da psicologia para a literatura, e vice-versa”. (LEITE, 1977, p. 9).
https://pucminas.instructure.com/courses/112900/quizzes/328726/history?version=1
https://pucminas.instructure.com/courses/112900/quizzes/328726/take?user_id=78070
https://pucminas.instructure.com/courses/112900/quizzes/328726?preview=1#_ftn1
04/09/2022 17:09 Atividade 1: visão geral sobre a escrita acadêmica: Produção de Textos Acadêmicos - G2/T1 - 2022/2
https://pucminas.instructure.com/courses/112900/quizzes/328726 2/21
Muitos desses estudos voltaram-se, compreensivelmente, para os escritos do
célebre psicanalista austríaco Sigmund Freud (1856-1939), que, apesar de
reconhecer que os psicanalistas, de modo geral, nem sempre se debruçam sobre
a literatura, era, ele mesmo, mais do que um curioso, um verdadeiro estudioso da
literatura. Bellemin-Noël, estudando o legado freudiano para os estudos literários,
em seu conhecido Psicanálise e Literatura, afirma que a literatura traz consigo
elementos do não-consciente, e a psicanálise trabalha com teorias daquilo que
escapa ao consciente, motivo pelo qual é conveniente fundi-las. (BELLEMIN-
NOËL, 1983).
Tudo isso pode ser comprovado nesse mais recente lançamento de alguns dos
principais escritos de Freud acerca da literatura: seus Escritos sobre literatura
(2014), organizado por Iuri Pereira, traduzido diretamente do alemão pelo filósofo,
tradutor e ensaísta Saulo Krieger e acompanhado de um elucidativo posfácio da
psicanalista Noemi Moritz Kon.
São diversos os textos contidos no livro. Em “Dostoiévski e o parricídio”, por
exemplo, Freud estuda a complexa psiquê do romancista russo Fiódor
Dostoiévski (1821-1881), afirmando que o fato de o autor manifestar uma
tendência a caracterizar personagens brutais em seus textos “sugere a existência
dessas inclinações em seu interior” (FREUD, 2014, p. 11). Nesse sentido,
Dostoiévski revelaria uma “pulsão destrutiva extremamente forte” (FREUD, 2014,
p. 11), expressando-se como masoquismo e sentimento de culpa. Para Freud, o
tema do parricídio em Dostoiévski (como também em Hamlet, de Shakespeare, e
em Édipo Rei, de Sófocles) revela, na chave da psicanálise, a intenção de
autopunição, de natureza histérica: há uma identificação com aquele que se mata,
autopunindo-se (“esse outro, para o garoto, via de regra é o pai” (FREUD, 2014 p.
16), tendo como motivo fundamental “a rivalidade sexual pela mãe”. (FREUD,
2014, p. 23).
Já em “O estranho”, Freud lembra que o psicanalista raramente se volta para as
“investigações estéticas” (FREUD, 2014, p. 33), preferindo trabalhar “em outras
camadas de nossa vida anímica” (FREUD, 2014 p. 33), embora, vez por outra,
possa se interessar por “determinado campo da estética” (FREUD, 2014, p. 33).
Aborda assim, nesse capítulo, os efeitos de estranhamento causados pela obra
de E. T. A. Hoffmann, esse “mestre inigualável do estranho na literatura” (FREUD,
2014, p. 53). E em “O poeta e o fantasiar”, certamente um dos mais interessantes
artigos do livro, pelas teorias que apresenta, relacionando o fantasiar do adulto e
a produção poética, Freud discute a relação entre a poesia e a fantasia,
lembrando, de início, que se podem encontrar os primeiros vestígios da atividade
poética na criança, na medida em que, para ela, o brincar é a atividade
fundamental: “toda criança que brinca se porta como um poeta, uma vez que ela
cria para si o seu próprio mundo, ou, para dizer com mais precisão, transpõe as
coisas de seu mundo para uma nova ordem, que lhe agrada” (FREUD, 2014, p.
80). Nessa sequência de reflexão, Freud associa o poeta à criança, e o seu fazer
poético à brincadeira infantil: “o poeta faz o mesmo que a criança que brinca: cria
um mundo de fantasia e o leva muito a sério; isto é, ele o provê de grande
investimento afetivo, ao mesmo tempo em que nitidamente o separa da realidade”
(FREUD, 2014, p. 80). Nesse sentido, o adulto, ao se tornar adulto, não renuncia
à brincadeira, mas a substitui pela fantasia (“em vez de jogar, ele fantasia”.
04/09/2022 17:09 Atividade 1: visão geral sobre a escrita acadêmica: Produção de Textos Acadêmicos - G2/T1 - 2022/2
https://pucminas.instructure.com/courses/112900/quizzes/328726 3/21
FREUD, 2014 p. 81), embora a esconda das pessoas. Freud relaciona, ainda, a
fantasia do adulto com o sonho, essa espécie de fantasia noturna ou diurna.
Finalmente, em outros textos que compõem o livro, aborda temas como a relação
entre os entes familiares (irmão, irmã, pai, mãe), o fantasiar e o sonho; e estuda
aspectos da psiquê de Goethe, a partir da leitura de seu livro Poesia e verdade.
Não são poucas, portanto, as contribuições de Freud para o estudo da literatura
em geral e de alguns gêneros literários, em particular, como é o caso da poesia e
do romance. Sobre este último, aliás, elucida aspectos fundamentais da prosa
romanesca e do mundo contemporâneo (na verdade, moderno), ao afirmar que “o
romance psicológico indubitavelmente deve muito de sua peculiaridade à
tendência do autor moderno de cindir o eu, por observação de si, em eus parciais
e, em consequência disso, personificar em vários heróis as correntes de conflito
de sua vida anímica”. (FREUD, 2014, p. 87).
Por esses e por outros motivos, trata-se de uma leitura indispensável aos
estudiosos da literatura e aos entusiastas da psicanálise... e vice-versa!
 
Referências
BELLEMIN-NOËL, Jean. Psicanálise e Literatura. Tradução de Álvaro Lorencini
e Sandra Nitrini. São Paulo: Cultrix, 1983.
FREUD, Sigmund. Escritos sobre literatura. Organização de Iuri Pereira.
Tradução de Saulo Krieger. São Paulo: Hedra, 2014.
LEITE, Dante Moreira. Psicologia e Literatura. São Paulo: Ed. Nacional/
Secretaria da Cultura, Ciência e Tecnologia, 1977.
 
[1] Universidade Nove de Julho. Doutor em Literatura Brasileira pela Universidade
de São Paulo. Professor do Programa de Pós-Graduação em Educação
(Universidade Nove de Julho).
 
SILVA, Maurício. Escritos sobre literatura. SCRIPTA, Belo Horizonte, v. 20, n. 39,
p. 404-406, 2º sem. 2016.
 --------------------------------------------------------------------------------------------------------
-----------------------------------------
 
ZANOTTO (2009)
[...] é um modo de organizar os textos. O que o caracteriza é a maneira peculiar
de distribuir o material que o compõe no suporte. Bakhtin, ([1953] 2003), ao
caracterizar os gêneros do discurso (de texto), dizia que um gênero é identificado
pelo seu estilo, pelo seu conteúdo temático e por sua estrutura peculiar. Embora
não se esteja tratando, aqui, de gênerosde texto, mas cabe trazer para o caso
presente esse aspecto da estrutura, para caracterizar o gênero em questão. [...]
Dessa forma é que anotamos na agenda os nossos compromissos, a dona de
https://pucminas.instructure.com/courses/112900/quizzes/328726?preview=1#_ftnref1
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casa faz a lista das compras do dia, os alunos fazem anotações de aula, os
professores preparam suas aulas.
 
ZANOTTO, Normélio. Tópicos Introdutórios. In: SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE
ESTUDOS DE GÊNEROS TEXTUAIS, 5., 2009, Caxias do Sul. RS. Anais [...]
Caxias do Sul: Universidade de Caxias do Sul, 2009. (adaptado)
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------
Analise as seguintes assertivas:
I. O excerto de Zanotto objetiva apresentar o gênero resumo, porque o caracteriza
como uma maneira peculiar de distribuir o material que o compõe no suporte.
II. O texto de Silva (2016) pode, claramente, ser um exemplo do gênero ao qual o
excerto de Zanotto se refere, por se tratar de um texto em que o autor esboça,
resume e oferece uma opinião acerca de outro texto lido.
III. O gênero em questão, tematizado no excerto de Zanotto, é o esquema, por
meio do qual é possível sintetizar e organizar ideias enquanto esboçamos um
esqueleto do texto lido, que pode servir de base para elaboração de um texto
como o de Silva (2016).
 
Está(ão) correta(s), APENAS:
 
 as assertivas I e III. 
 a assertiva II. 
 a assertiva III. 
 as assertivas I e II. 
1 / 1 ptsPergunta 2
Leia novamente o texto de Silva (2016), reproduzido abaixo, e responda à
questão.
 
 
04/09/2022 17:09 Atividade 1: visão geral sobre a escrita acadêmica: Produção de Textos Acadêmicos - G2/T1 - 2022/2
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FREUD, Sigmund. Escritos sobre literatura. Organização de Iuri Pereira. São
Paulo: Hedra, 2014.
Escritos sobre literatura
Por Maurício Silva[1]
 
Não é novo o interesse nas possíveis relações entre a literatura e a psicanálise,
podendo-se mesmo afirmar que os estudos acerca dessa interação têm-se
desenvolvido tanto que, praticamente, constituíram-se uma área à parte no amplo
campo de estudos da teoria literária. No Brasil, essa relação também não é nova,
desenvolvendo-se, sobretudo, a partir da segunda metade do século XX. Um
título bastante conhecido, nesse campo, por exemplo, é o já “clássico” Psicologia
e Literatura (1977), de Dante Moreira Leite, que estudou alguns aspectos da
“significação da psicologia para a literatura, e vice-versa”. (LEITE, 1977, p. 9).
Muitos desses estudos voltaram-se, compreensivelmente, para os escritos do
célebre psicanalista austríaco Sigmund Freud (1856-1939), que, apesar de
reconhecer que os psicanalistas, de modo geral, nem sempre se debruçam sobre
a literatura, era, ele mesmo, mais do que um curioso, um verdadeiro estudioso da
literatura. Bellemin-Noël, estudando o legado freudiano para os estudos literários,
em seu conhecido Psicanálise e Literatura, afirma que a literatura traz consigo
elementos do não-consciente, e a psicanálise trabalha com teorias daquilo que
escapa ao consciente, motivo pelo qual é conveniente fundi-las. (BELLEMIN-
NOËL, 1983).
Tudo isso pode ser comprovado nesse mais recente lançamento de alguns dos
principais escritos de Freud acerca da literatura: seus Escritos sobre literatura
(2014), organizado por Iuri Pereira, traduzido diretamente do alemão pelo filósofo,
tradutor e ensaísta Saulo Krieger e acompanhado de um elucidativo posfácio da
psicanalista Noemi Moritz Kon.
São diversos os textos contidos no livro. Em “Dostoiévski e o parricídio”, por
exemplo, Freud estuda a complexa psiquê do romancista russo Fiódor
Dostoiévski (1821-1881), afirmando que o fato de o autor manifestar uma
tendência a caracterizar personagens brutais em seus textos “sugere a existência
dessas inclinações em seu interior” (FREUD, 2014, p. 11). Nesse sentido,
Dostoiévski revelaria uma “pulsão destrutiva extremamente forte” (FREUD, 2014,
p. 11), expressando-se como masoquismo e sentimento de culpa. Para Freud, o
tema do parricídio em Dostoiévski (como também em Hamlet, de Shakespeare, e
em Édipo Rei, de Sófocles) revela, na chave da psicanálise, a intenção de
autopunição, de natureza histérica: há uma identificação com aquele que se mata,
autopunindo-se (“esse outro, para o garoto, via de regra é o pai” (FREUD, 2014 p.
16), tendo como motivo fundamental “a rivalidade sexual pela mãe”. (FREUD,
2014, p. 23).
Já em “O estranho”, Freud lembra que o psicanalista raramente se volta para as
“investigações estéticas” (FREUD, 2014, p. 33), preferindo trabalhar “em outras
camadas de nossa vida anímica” (FREUD, 2014 p. 33), embora, vez por outra,
possa se interessar por “determinado campo da estética” (FREUD, 2014, p. 33).
Aborda assim, nesse capítulo, os efeitos de estranhamento causados pela obra
https://pucminas.instructure.com/courses/112900/quizzes/328726?preview=1#_ftn1
04/09/2022 17:09 Atividade 1: visão geral sobre a escrita acadêmica: Produção de Textos Acadêmicos - G2/T1 - 2022/2
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de E. T. A. Hoffmann, esse “mestre inigualável do estranho na literatura” (FREUD,
2014, p. 53). E em “O poeta e o fantasiar”, certamente um dos mais interessantes
artigos do livro, pelas teorias que apresenta, relacionando o fantasiar do adulto e
a produção poética, Freud discute a relação entre a poesia e a fantasia,
lembrando, de início, que se podem encontrar os primeiros vestígios da atividade
poética na criança, na medida em que, para ela, o brincar é a atividade
fundamental: “toda criança que brinca se porta como um poeta, uma vez que ela
cria para si o seu próprio mundo, ou, para dizer com mais precisão, transpõe as
coisas de seu mundo para uma nova ordem, que lhe agrada” (FREUD, 2014, p.
80). Nessa sequência de reflexão, Freud associa o poeta à criança, e o seu fazer
poético à brincadeira infantil: “o poeta faz o mesmo que a criança que brinca: cria
um mundo de fantasia e o leva muito a sério; isto é, ele o provê de grande
investimento afetivo, ao mesmo tempo em que nitidamente o separa da realidade”
(FREUD, 2014, p. 80). Nesse sentido, o adulto, ao se tornar adulto, não renuncia
à brincadeira, mas a substitui pela fantasia (“em vez de jogar, ele fantasia”.
FREUD, 2014 p. 81), embora a esconda das pessoas. Freud relaciona, ainda, a
fantasia do adulto com o sonho, essa espécie de fantasia noturna ou diurna.
Finalmente, em outros textos que compõem o livro, aborda temas como a relação
entre os entes familiares (irmão, irmã, pai, mãe), o fantasiar e o sonho; e estuda
aspectos da psiquê de Goethe, a partir da leitura de seu livro Poesia e verdade.
Não são poucas, portanto, as contribuições de Freud para o estudo da literatura
em geral e de alguns gêneros literários, em particular, como é o caso da poesia e
do romance. Sobre este último, aliás, elucida aspectos fundamentais da prosa
romanesca e do mundo contemporâneo (na verdade, moderno), ao afirmar que “o
romance psicológico indubitavelmente deve muito de sua peculiaridade à
tendência do autor moderno de cindir o eu, por observação de si, em eus parciais
e, em consequência disso, personificar em vários heróis as correntes de conflito
de sua vida anímica”. (FREUD, 2014, p. 87).
Por esses e por outros motivos, trata-se de uma leitura indispensável aos
estudiosos da literatura e aos entusiastas da psicanálise... e vice-versa!
 
Referências
BELLEMIN-NOËL, Jean. Psicanálise e Literatura. Tradução de Álvaro Lorencini
e Sandra Nitrini. São Paulo: Cultrix, 1983.
FREUD, Sigmund. Escritos sobre literatura. Organização de Iuri Pereira.
Tradução de Saulo Krieger. São Paulo: Hedra, 2014.
LEITE, Dante Moreira. Psicologia e Literatura. São Paulo: Ed. Nacional/
Secretariada Cultura, Ciência e Tecnologia, 1977.
 
[1] Universidade Nove de Julho. Doutor em Literatura Brasileira pela Universidade
de São Paulo. Professor do Programa de Pós-Graduação em Educação
(Universidade Nove de Julho).
 
https://pucminas.instructure.com/courses/112900/quizzes/328726?preview=1#_ftnref1
04/09/2022 17:09 Atividade 1: visão geral sobre a escrita acadêmica: Produção de Textos Acadêmicos - G2/T1 - 2022/2
https://pucminas.instructure.com/courses/112900/quizzes/328726 7/21
SILVA, Maurício. Escritos sobre literatura. SCRIPTA, Belo Horizonte, v. 20, n. 39,
p. 404-406, 2º sem. 2016.
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------
-----------------
 
Silva (2016), ao apresentar a obra de Freud organizada por Iuri Pereira (2014),
recorre a uma estratégia recomendada, mas não obrigatória, em um processo de
esquematização de um texto, que nos auxilia a estabelecer diálogos entre
diferentes áreas do saber, que é o uso de:
 
 conectivos, que permitem a concatenação das ideias. 
 frases verbo-nominais, que permitem uma construção textual mais elaborada. 
 exemplos advindos de outras áreas do saber. 
 referências a textos de outros autores. 
0 / 1 ptsPergunta 3IncorretaIncorreta
Para que um esquema possa realmente nos auxiliar na tarefa de organização das
informações, ele deve ser simples, econômico, de fácil visualização. Além disso,
deve respeitar a autoria do texto original e, ao mesmo tempo, os objetivos de
quem o elabora. 
 
Em relação a esse gênero acadêmico, são feitas as seguintes afirmativas:
 
I - tem função cognitiva, pois nos ajuda a organizar as ideias em um processo de
construção de conhecimento.
II - tem função mnemônica, pois favorece a recordação de textos lidos em outros
momentos.
III - é uma estratégia de estudo, na medida em que nos permite apreender novos
assuntos de maneira mais didática e organizada.
IV - pode ser elaborado por meios multimodais, ao se utilizar diferentes códigos,
além do linguístico.
 
04/09/2022 17:09 Atividade 1: visão geral sobre a escrita acadêmica: Produção de Textos Acadêmicos - G2/T1 - 2022/2
https://pucminas.instructure.com/courses/112900/quizzes/328726 8/21
Estão corretas as afirmativas:
 
 
 I, III e IV, apenas. 
 I, II e IV, apenas. 
 II e IV, apenas. 
 I, II, III e IV. 
1 / 1 ptsPergunta 4
Leia novamente o texto de Silva (2016), reproduzido abaixo, e responda à
questão.
 
FREUD, Sigmund. Escritos sobre literatura. Organização de Iuri Pereira. São
Paulo: Hedra, 2014.
Escritos sobre literatura
Por Maurício Silva[1]
 
Não é novo o interesse nas possíveis relações entre a literatura e a psicanálise,
podendo-se mesmo afirmar que os estudos acerca dessa interação têm-se
desenvolvido tanto que, praticamente, constituíram-se uma área à parte no amplo
campo de estudos da teoria literária. No Brasil, essa relação também não é nova,
desenvolvendo-se, sobretudo, a partir da segunda metade do século XX. Um
título bastante conhecido, nesse campo, por exemplo, é o já “clássico” Psicologia
e Literatura (1977), de Dante Moreira Leite, que estudou alguns aspectos da
“significação da psicologia para a literatura, e vice-versa”. (LEITE, 1977, p. 9).
Muitos desses estudos voltaram-se, compreensivelmente, para os escritos do
célebre psicanalista austríaco Sigmund Freud (1856-1939), que, apesar de
reconhecer que os psicanalistas, de modo geral, nem sempre se debruçam sobre
a literatura, era, ele mesmo, mais do que um curioso, um verdadeiro estudioso da
literatura. Bellemin-Noël, estudando o legado freudiano para os estudos literários,
em seu conhecido Psicanálise e Literatura, afirma que a literatura traz consigo
elementos do não-consciente, e a psicanálise trabalha com teorias daquilo que
escapa ao consciente, motivo pelo qual é conveniente fundi-las. (BELLEMIN-
NOËL, 1983).
https://pucminas.instructure.com/courses/112900/quizzes/328726
04/09/2022 17:09 Atividade 1: visão geral sobre a escrita acadêmica: Produção de Textos Acadêmicos - G2/T1 - 2022/2
https://pucminas.instructure.com/courses/112900/quizzes/328726 9/21
Tudo isso pode ser comprovado nesse mais recente lançamento de alguns dos
principais escritos de Freud acerca da literatura: seus Escritos sobre literatura
(2014), organizado por Iuri Pereira, traduzido diretamente do alemão pelo filósofo,
tradutor e ensaísta Saulo Krieger e acompanhado de um elucidativo posfácio da
psicanalista Noemi Moritz Kon.
São diversos os textos contidos no livro. Em “Dostoiévski e o parricídio”, por
exemplo, Freud estuda a complexa psiquê do romancista russo Fiódor
Dostoiévski (1821-1881), afirmando que o fato de o autor manifestar uma
tendência a caracterizar personagens brutais em seus textos “sugere a existência
dessas inclinações em seu interior” (FREUD, 2014, p. 11). Nesse sentido,
Dostoiévski revelaria uma “pulsão destrutiva extremamente forte” (FREUD, 2014,
p. 11), expressando-se como masoquismo e sentimento de culpa. Para Freud, o
tema do parricídio em Dostoiévski (como também em Hamlet, de Shakespeare, e
em Édipo Rei, de Sófocles) revela, na chave da psicanálise, a intenção de
autopunição, de natureza histérica: há uma identificação com aquele que se mata,
autopunindo-se (“esse outro, para o garoto, via de regra é o pai” (FREUD, 2014 p.
16), tendo como motivo fundamental “a rivalidade sexual pela mãe”. (FREUD,
2014, p. 23).
Já em “O estranho”, Freud lembra que o psicanalista raramente se volta para as
“investigações estéticas” (FREUD, 2014, p. 33), preferindo trabalhar “em outras
camadas de nossa vida anímica” (FREUD, 2014 p. 33), embora, vez por outra,
possa se interessar por “determinado campo da estética” (FREUD, 2014, p. 33).
Aborda assim, nesse capítulo, os efeitos de estranhamento causados pela obra
de E. T. A. Hoffmann, esse “mestre inigualável do estranho na literatura” (FREUD,
2014, p. 53). E em “O poeta e o fantasiar”, certamente um dos mais interessantes
artigos do livro, pelas teorias que apresenta, relacionando o fantasiar do adulto e
a produção poética, Freud discute a relação entre a poesia e a fantasia,
lembrando, de início, que se podem encontrar os primeiros vestígios da atividade
poética na criança, na medida em que, para ela, o brincar é a atividade
fundamental: “toda criança que brinca se porta como um poeta, uma vez que ela
cria para si o seu próprio mundo, ou, para dizer com mais precisão, transpõe as
coisas de seu mundo para uma nova ordem, que lhe agrada” (FREUD, 2014, p.
80). Nessa sequência de reflexão, Freud associa o poeta à criança, e o seu fazer
poético à brincadeira infantil: “o poeta faz o mesmo que a criança que brinca: cria
um mundo de fantasia e o leva muito a sério; isto é, ele o provê de grande
investimento afetivo, ao mesmo tempo em que nitidamente o separa da realidade”
(FREUD, 2014, p. 80). Nesse sentido, o adulto, ao se tornar adulto, não renuncia
à brincadeira, mas a substitui pela fantasia (“em vez de jogar, ele fantasia”.
FREUD, 2014 p. 81), embora a esconda das pessoas. Freud relaciona, ainda, a
fantasia do adulto com o sonho, essa espécie de fantasia noturna ou diurna.
Finalmente, em outros textos que compõem o livro, aborda temas como a relação
entre os entes familiares (irmão, irmã, pai, mãe), o fantasiar e o sonho; e estuda
aspectos da psiquê de Goethe, a partir da leitura de seu livro Poesia e verdade.
Não são poucas, portanto, as contribuições de Freud para o estudo da literatura
em geral e de alguns gêneros literários, em particular, como é o caso da poesia e
do romance. Sobre este último, aliás, elucida aspectos fundamentais da prosa
romanesca e do mundo contemporâneo (na verdade, moderno), ao afirmar que “o
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romance psicológico indubitavelmente deve muito de sua peculiaridade à
tendência do autor moderno de cindir o eu, por observação de si, em eus parciaise, em consequência disso, personificar em vários heróis as correntes de conflito
de sua vida anímica”. (FREUD, 2014, p. 87).
Por esses e por outros motivos, trata-se de uma leitura indispensável aos
estudiosos da literatura e aos entusiastas da psicanálise... e vice-versa!
 
Referências
BELLEMIN-NOËL, Jean. Psicanálise e Literatura. Tradução de Álvaro Lorencini
e Sandra Nitrini. São Paulo: Cultrix, 1983.
FREUD, Sigmund. Escritos sobre literatura. Organização de Iuri Pereira.
Tradução de Saulo Krieger. São Paulo: Hedra, 2014.
LEITE, Dante Moreira. Psicologia e Literatura. São Paulo: Ed. Nacional/
Secretaria da Cultura, Ciência e Tecnologia, 1977.
 
[1] Universidade Nove de Julho. Doutor em Literatura Brasileira pela Universidade
de São Paulo. Professor do Programa de Pós-Graduação em Educação
(Universidade Nove de Julho).
 
SILVA, Maurício. Escritos sobre literatura. SCRIPTA, Belo Horizonte, v. 20, n. 39,
p. 404-406, 2º sem. 2016.
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------
-----------------
 
No texto lido, foram desenvolvidas e realizadas ações em relação à obra de
Freud, Escritos sobre Literatura, como apresentação, descrição, avaliação e
recomendação. Assinale a alternativa em que há consonância entre a ação
apresentada e o(s) parágrafo(s) indicado(s). 
 Avaliação da obra → 3° e 8º parágrafos. 
 Apresentação da obra → 1º parágrafo. 
 Recomendação da obra → 3º parágrafo. 
 Descrição da obra → 4º, 5º e 6º parágrafos. 
1 / 1 ptsPergunta 5
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Leia novamente o texto de Silva (2016), reproduzido abaixo, e responda à
questão.
 
FREUD, Sigmund. Escritos sobre literatura. Organização de Iuri Pereira. São
Paulo: Hedra, 2014.
Escritos sobre literatura
Por Maurício Silva[1]
 
Não é novo o interesse nas possíveis relações entre a literatura e a psicanálise,
podendo-se mesmo afirmar que os estudos acerca dessa interação têm-se
desenvolvido tanto que, praticamente, constituíram-se uma área à parte no amplo
campo de estudos da teoria literária. No Brasil, essa relação também não é nova,
desenvolvendo-se, sobretudo, a partir da segunda metade do século XX. Um
título bastante conhecido, nesse campo, por exemplo, é o já “clássico” Psicologia
e Literatura (1977), de Dante Moreira Leite, que estudou alguns aspectos da
“significação da psicologia para a literatura, e vice-versa”. (LEITE, 1977, p. 9).
Muitos desses estudos voltaram-se, compreensivelmente, para os escritos do
célebre psicanalista austríaco Sigmund Freud (1856-1939), que, apesar de
reconhecer que os psicanalistas, de modo geral, nem sempre se debruçam sobre
a literatura, era, ele mesmo, mais do que um curioso, um verdadeiro estudioso da
literatura. Bellemin-Noël, estudando o legado freudiano para os estudos literários,
em seu conhecido Psicanálise e Literatura, afirma que a literatura traz consigo
elementos do não-consciente, e a psicanálise trabalha com teorias daquilo que
escapa ao consciente, motivo pelo qual é conveniente fundi-las. (BELLEMIN-
NOËL, 1983).
Tudo isso pode ser comprovado nesse mais recente lançamento de alguns dos
principais escritos de Freud acerca da literatura: seus Escritos sobre literatura
(2014), organizado por Iuri Pereira, traduzido diretamente do alemão pelo filósofo,
tradutor e ensaísta Saulo Krieger e acompanhado de um elucidativo posfácio da
psicanalista Noemi Moritz Kon.
São diversos os textos contidos no livro. Em “Dostoiévski e o parricídio”, por
exemplo, Freud estuda a complexa psiquê do romancista russo Fiódor
Dostoiévski (1821-1881), afirmando que o fato de o autor manifestar uma
tendência a caracterizar personagens brutais em seus textos “sugere a existência
dessas inclinações em seu interior” (FREUD, 2014, p. 11). Nesse sentido,
Dostoiévski revelaria uma “pulsão destrutiva extremamente forte” (FREUD, 2014,
p. 11), expressando-se como masoquismo e sentimento de culpa. Para Freud, o
tema do parricídio em Dostoiévski (como também em Hamlet, de Shakespeare, e
em Édipo Rei, de Sófocles) revela, na chave da psicanálise, a intenção de
autopunição, de natureza histérica: há uma identificação com aquele que se mata,
autopunindo-se (“esse outro, para o garoto, via de regra é o pai” (FREUD, 2014 p.
16), tendo como motivo fundamental “a rivalidade sexual pela mãe”. (FREUD,
2014, p. 23).
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Já em “O estranho”, Freud lembra que o psicanalista raramente se volta para as
“investigações estéticas” (FREUD, 2014, p. 33), preferindo trabalhar “em outras
camadas de nossa vida anímica” (FREUD, 2014 p. 33), embora, vez por outra,
possa se interessar por “determinado campo da estética” (FREUD, 2014, p. 33).
Aborda assim, nesse capítulo, os efeitos de estranhamento causados pela obra
de E. T. A. Hoffmann, esse “mestre inigualável do estranho na literatura” (FREUD,
2014, p. 53). E em “O poeta e o fantasiar”, certamente um dos mais interessantes
artigos do livro, pelas teorias que apresenta, relacionando o fantasiar do adulto e
a produção poética, Freud discute a relação entre a poesia e a fantasia,
lembrando, de início, que se podem encontrar os primeiros vestígios da atividade
poética na criança, na medida em que, para ela, o brincar é a atividade
fundamental: “toda criança que brinca se porta como um poeta, uma vez que ela
cria para si o seu próprio mundo, ou, para dizer com mais precisão, transpõe as
coisas de seu mundo para uma nova ordem, que lhe agrada” (FREUD, 2014, p.
80). Nessa sequência de reflexão, Freud associa o poeta à criança, e o seu fazer
poético à brincadeira infantil: “o poeta faz o mesmo que a criança que brinca: cria
um mundo de fantasia e o leva muito a sério; isto é, ele o provê de grande
investimento afetivo, ao mesmo tempo em que nitidamente o separa da realidade”
(FREUD, 2014, p. 80). Nesse sentido, o adulto, ao se tornar adulto, não renuncia
à brincadeira, mas a substitui pela fantasia (“em vez de jogar, ele fantasia”.
FREUD, 2014 p. 81), embora a esconda das pessoas. Freud relaciona, ainda, a
fantasia do adulto com o sonho, essa espécie de fantasia noturna ou diurna.
Finalmente, em outros textos que compõem o livro, aborda temas como a relação
entre os entes familiares (irmão, irmã, pai, mãe), o fantasiar e o sonho; e estuda
aspectos da psiquê de Goethe, a partir da leitura de seu livro Poesia e verdade.
Não são poucas, portanto, as contribuições de Freud para o estudo da literatura
em geral e de alguns gêneros literários, em particular, como é o caso da poesia e
do romance. Sobre este último, aliás, elucida aspectos fundamentais da prosa
romanesca e do mundo contemporâneo (na verdade, moderno), ao afirmar que “o
romance psicológico indubitavelmente deve muito de sua peculiaridade à
tendência do autor moderno de cindir o eu, por observação de si, em eus parciais
e, em consequência disso, personificar em vários heróis as correntes de conflito
de sua vida anímica”. (FREUD, 2014, p. 87).
Por esses e por outros motivos, trata-se de uma leitura indispensável aos
estudiosos da literatura e aos entusiastas da psicanálise... e vice-versa!
 
Referências
BELLEMIN-NOËL, Jean. Psicanálise e Literatura. Tradução de Álvaro Lorencini
e Sandra Nitrini. São Paulo: Cultrix, 1983.
FREUD, Sigmund. Escritos sobre literatura. Organização de Iuri Pereira.
Tradução de Saulo Krieger. São Paulo: Hedra, 2014.
LEITE, Dante Moreira. Psicologia e Literatura. São Paulo: Ed. Nacional/
Secretaria da Cultura, Ciência e Tecnologia, 1977.
 
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[1] Universidade Nove de Julho. Doutor em Literatura Brasileira pela Universidade
de São Paulo. Professor do Programa de Pós-Graduação em Educação
(Universidade Nove de Julho).
 
SILVA, Maurício. Escritos sobre literatura. SCRIPTA, Belo Horizonte, v. 20, n. 39,
p. 404-406, 2º sem. 2016.
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------
-----------------
 
Assinale a alternativa em que se constata, no trecho transcrito, a utilização
de um juízo de valor do autor em relação à obra por ele abordada.
 
 
Para Freud, o tema do parricídio em Dostoiévski (como também em Hamlet, de
Shakespeare, e em Édipo Rei, de Sófocles) revela, na chave da psicanálise, a
intenção de autopunição, de natureza histérica: há uma identificação com aquele
que se mata, autopunindo-se ("esse outro, para o garoto, via de regra é o pai"
(FREUD, 2014 p. 16), tendo como motivo fundamental "a rivalidade sexual pela
mãe". (FREUD, 2014, p. 23).
 
E em "O poeta e o fantasiar" certamente um dos mais interessantes artigos do livro,
pelas teorias que apresenta, relacionando o fantasiar do adulto e a produção
poética, Freud discute a relação entre a poesia e a fantasia, lembrando, de início,
que se podem encontrar os primeiros vestígios da atividade poética na criança, na
medida em que, para ela, o brincar é a atividade fundamental: "toda criança que
brinca se porta como um poeta, uma vez que ela cria para si o seu próprio mundo,
ou, para dizer com mais precisão, transpõe as coisas de seu mundo para uma nova
ordem, que lhe agrada" (FREUD, 2014, p. 80).
 
Não é novo o interesse nas possíveis relações entre a literatura e a psicanálise,
podendo-se mesmo afirmar que os estudos acerca dessa interação têm-se
desenvolvido tanto que, praticamente, constituíram-se uma área à parte no amplo
campo de estudos da teoria literária.
 
Bellemin-Noël, estudando o legado freudiano para os estudos literários, em seu
conhecido Psicanálise e Literatura, afirma que a literatura traz consigo elementos do
não-consciente, e a psicanálise trabalha com teorias daquilo que escapa ao
consciente, motivo pelo qual é conveniente fundi-las. (BELLEMIN- NOËL, 1983).
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1 / 1 ptsPergunta 6
Leia novamente o texto de Silva (2016), reproduzido abaixo, e responda à
questão sobre ele.
 
FREUD, Sigmund. Escritos sobre literatura. Organização de Iuri Pereira. São
Paulo: Hedra, 2014.
Escritos sobre literatura
Por Maurício Silva[1]
 
Não é novo o interesse nas possíveis relações entre a literatura e a psicanálise,
podendo-se mesmo afirmar que os estudos acerca dessa interação têm-se
desenvolvido tanto que, praticamente, constituíram-se uma área à parte no amplo
campo de estudos da teoria literária. No Brasil, essa relação também não é nova,
desenvolvendo-se, sobretudo, a partir da segunda metade do século XX. Um
título bastante conhecido, nesse campo, por exemplo, é o já “clássico” Psicologia
e Literatura (1977), de Dante Moreira Leite, que estudou alguns aspectos da
“significação da psicologia para a literatura, e vice-versa”. (LEITE, 1977, p. 9).
Muitos desses estudos voltaram-se, compreensivelmente, para os escritos do
célebre psicanalista austríaco Sigmund Freud (1856-1939), que, apesar de
reconhecer que os psicanalistas, de modo geral, nem sempre se debruçam sobre
a literatura, era, ele mesmo, mais do que um curioso, um verdadeiro estudioso da
literatura. Bellemin-Noël, estudando o legado freudiano para os estudos literários,
em seu conhecido Psicanálise e Literatura, afirma que a literatura traz consigo
elementos do não-consciente, e a psicanálise trabalha com teorias daquilo que
escapa ao consciente, motivo pelo qual é conveniente fundi-las. (BELLEMIN-
NOËL, 1983).
Tudo isso pode ser comprovado nesse mais recente lançamento de alguns dos
principais escritos de Freud acerca da literatura: seus Escritos sobre literatura
(2014), organizado por Iuri Pereira, traduzido diretamente do alemão pelo filósofo,
tradutor e ensaísta Saulo Krieger e acompanhado de um elucidativo posfácio da
psicanalista Noemi Moritz Kon.
São diversos os textos contidos no livro. Em “Dostoiévski e o parricídio”, por
exemplo, Freud estuda a complexa psiquê do romancista russo Fiódor
Dostoiévski (1821-1881), afirmando que o fato de o autor manifestar uma
tendência a caracterizar personagens brutais em seus textos “sugere a existência
dessas inclinações em seu interior” (FREUD, 2014, p. 11). Nesse sentido,
Dostoiévski revelaria uma “pulsão destrutiva extremamente forte” (FREUD, 2014,
p. 11), expressando-se como masoquismo e sentimento de culpa. Para Freud, o
tema do parricídio em Dostoiévski (como também em Hamlet, de Shakespeare, e
em Édipo Rei, de Sófocles) revela, na chave da psicanálise, a intenção de
autopunição, de natureza histérica: há uma identificação com aquele que se mata,
autopunindo-se (“esse outro, para o garoto, via de regra é o pai” (FREUD, 2014 p.
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16), tendo como motivo fundamental “a rivalidade sexual pela mãe”. (FREUD,
2014, p. 23).
Já em “O estranho”, Freud lembra que o psicanalista raramente se volta para as
“investigações estéticas” (FREUD, 2014, p. 33), preferindo trabalhar “em outras
camadas de nossa vida anímica” (FREUD, 2014 p. 33), embora, vez por outra,
possa se interessar por “determinado campo da estética” (FREUD, 2014, p. 33).
Aborda assim, nesse capítulo, os efeitos de estranhamento causados pela obra
de E. T. A. Hoffmann, esse “mestre inigualável do estranho na literatura” (FREUD,
2014, p. 53). E em “O poeta e o fantasiar”, certamente um dos mais interessantes
artigos do livro, pelas teorias que apresenta, relacionando o fantasiar do adulto e
a produção poética, Freud discute a relação entre a poesia e a fantasia,
lembrando, de início, que se podem encontrar os primeiros vestígios da atividade
poética na criança, na medida em que, para ela, o brincar é a atividade
fundamental: “toda criança que brinca se porta como um poeta, uma vez que ela
cria para si o seu próprio mundo, ou, para dizer com mais precisão, transpõe as
coisas de seu mundo para uma nova ordem, que lhe agrada” (FREUD, 2014, p.
80). Nessa sequência de reflexão, Freud associa o poeta à criança, e o seu fazer
poético à brincadeira infantil: “o poeta faz o mesmo que a criança que brinca: cria
um mundo de fantasia e o leva muito a sério; isto é, ele o provê de grande
investimento afetivo, ao mesmo tempo em que nitidamente o separa da realidade”
(FREUD, 2014, p. 80). Nesse sentido, o adulto, ao se tornar adulto, não renuncia
à brincadeira, mas a substitui pela fantasia (“em vez de jogar, ele fantasia”.
FREUD, 2014 p. 81), embora a esconda das pessoas. Freud relaciona, ainda, a
fantasia do adulto com o sonho, essa espécie de fantasia noturna ou diurna.
Finalmente, em outros textos que compõem o livro, aborda temas como a relação
entre os entes familiares (irmão, irmã, pai, mãe), o fantasiar e o sonho; e estuda
aspectos da psiquê de Goethe, a partir da leitura de seu livro Poesia e verdade.
Não são poucas, portanto, as contribuições de Freud para o estudo da literatura
em geral e de alguns gêneros literários, em particular, como é o caso da poesia e
do romance. Sobre este último, aliás, elucida aspectos fundamentais da prosa
romanesca e do mundo contemporâneo (na verdade, moderno), ao afirmar que “o
romance psicológico indubitavelmente deve muito de sua peculiaridade à
tendência do autor moderno de cindir o eu, por observaçãode si, em eus parciais
e, em consequência disso, personificar em vários heróis as correntes de conflito
de sua vida anímica”. (FREUD, 2014, p. 87).
Por esses e por outros motivos, trata-se de uma leitura indispensável aos
estudiosos da literatura e aos entusiastas da psicanálise... e vice-versa!
 
Referências
BELLEMIN-NOËL, Jean. Psicanálise e Literatura. Tradução de Álvaro Lorencini
e Sandra Nitrini. São Paulo: Cultrix, 1983.
FREUD, Sigmund. Escritos sobre literatura. Organização de Iuri Pereira.
Tradução de Saulo Krieger. São Paulo: Hedra, 2014.
LEITE, Dante Moreira. Psicologia e Literatura. São Paulo: Ed. Nacional/
Secretaria da Cultura, Ciência e Tecnologia, 1977.
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[1] Universidade Nove de Julho. Doutor em Literatura Brasileira pela Universidade
de São Paulo. Professor do Programa de Pós-Graduação em Educação
(Universidade Nove de Julho).
 
SILVA, Maurício. Escritos sobre literatura. SCRIPTA, Belo Horizonte, v. 20, n. 39,
p. 404-406, 2º sem. 2016.
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------
-----------------
Leia as afirmativas sobre o texto de Silva:
I- privilegia aspectos pouco relevantes da obra descrita;
II- traz os dados técnicos da obra referenciada;
III- mescla movimentos de sumarização e de avaliação;
IV- recorre a mecanismos de gerenciamento de vozes.
 
Estão CORRETAS:
 
 II, III e IV, apenas. 
 I, II e III, apenas. 
 I, II, III e IV. 
 II e III, apenas. 
1 / 1 ptsPergunta 7
Leia os excertos a seguir, retirados de artigos científicos publicados em periódicos
brasileiros:
 
 I. Entretanto, concordamos com Grillo quando diz: “[...] a linguagem visual funda-
se sobre uma matriz indicial que comporta uma relação icônica ou de semelhança
com os referentes do mundo” (2012, p. 241).
II. Entender a política como experimentação é sustentar que ela é conduzida
por hipóteses, por sua aplicação – retificada pela realidade. Essa dimensão é
frágil, sempre suscetível de redundar numa formulação arrogante, obcecada com
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seu próprio projeto e desdenhosa do real – e “o real só é real porque nos
desmente” (THÉVENIN, 1991, p. 69).
III. Santos e Merhy (2006) contribuem com outros dois termos, amplamente
empregados para definir os processos de regulação e para diferenciá-los:
microrregulação e macrorregulação.
 
Evidenciam-se expedientes de gerenciamento de vozes, por meio dos quais
se distingue a voz de outro(s) autor(es) da voz do autor do artigo, em:
 
 Apenas em I e II. 
 Apenas em II e III. 
 Apenas em I. 
 Todos os excertos. 
1 / 1 ptsPergunta 8
Com base nas discussões sobre a temática “a presença do discurso do outro
na escrita acadêmica e o gerenciamento de vozes”, desenvolvidas em
diferentes aulas que compreendem a primeira unidade de estudo de nossa
disciplina, analise os excertos que seguem abaixo:
 
I. Citar o discurso do outro é assumir a presença do outro em um texto que
pretendo chamar de "meu", é admitir que o meu discurso é, na verdade, um
conjunto de vozes que se encontram e se manifestam no "meu texto”. (MACEDO;
PAGANO, 2012, p. 267)
II. Cada enunciado é pleno de ecos e ressonâncias de outros enunciados com os
quais está ligado pela identidade da esfera de comunicação discursiva. Cada
enunciado deve ser visto antes de tudo como uma resposta aos enunciados
precedentes de um determinado campo: ela os rejeita, confirma, completa,
baseia-se neles, subentende-os como conhecidos, de certo modo os leva em
conta. (BAKHTIN, 2003, p. 297)
III. Ao escrever, o sujeito está sempre em confronto entre o singular e o coletivo,
que, necessariamente, precisa realizar estratégias linguísticas para incluir o outro,
que dá sentido ao texto, e, do mesmo modo, assumir um lugar de enunciação,
isto é, responsabilizar-se por suas escolhas lexicais, sintáticas, estilísticas, e
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trabalhar para convencer seus pares de suas decisões. (MIRANDA, CAMPOS,
2014, p. 1208)
 
 
De acordo com o que se discutiu na unidade I da disciplina, está(ão) correta(s):
 
 
 as assertivas I e III, apenas. 
 as assertivas I e II, apenas. 
 todas as assertivas. 
 a assertiva II, apenas. 
1 / 1 ptsPergunta 9
Leia os trechos a seguir, retirados de artigos científicos de diferentes áreas de
conhecimento:
 
I. Desde o seu surgimento, o Ideb vem adquirindo grande relevância no cenário
educacional brasileiro, sendo amplamente utilizado como medida de qualidade
educacional a ser considerada para diversos propósitos relevantes, tais como “o
gerenciamento das escolas e redes de ensino, o planejamento escolar, a
prestação de contas, a informação para a opinião pública, etc.” (PONTES, 2015,
p. 8)
II. Apesar de se apresentar como um “braço” da Filosofia, foi principalmente em
meio às áreas da Saúde e da Educação que a Psicologia pôde se desenvolver
enquanto campo de atuação, de modo que os estudos acerca da loucura, da
cognição, dos 
transtornos psiquiátricos, do comportamento, do desenvolvimento infantil etc.
forneceram diversos nichos de inserção à ciência psicológica nascente
(ANTUNES, 2011; ALMEIDA, 2018). 
III. No Brasil, o século XXI tem sido marcado pelo advento e consolidação das 
políticas de ações afirmativas étnico-racialmente referenciadas. Resultado
em grande medida das lutas históricas do movimento negro cujo um dos marcos
mais relevantes foi a Conferência de Durban, ocorrida no ano de 2001.
Notadamente, a partir da década de 1990, a questão da “diversidade” se 
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destaca como um tema recorrente na literatura, na legislação e nas políticas
públicas. 
Tendo em conta as discussões da disciplina estabelecidas nas Unidades I e
II, assinale a alternativa que traz consideração INCORRETA sobre os
excertos:
 Em I, Pontes (2015) é trazido como a fonte do trecho entre aspas. 
 
Em II, os dois autores indicados entre parênteses podem ser tomados como fontes
de parte do que se afirma no excerto.
 
Em I, II e III, as aspas cumprem a mesma função, uma vez que marcam a presença
de uma outra voz, por meio da citação literal.
 
Em III, não há explicitação de qualquer fonte bibliográfica que apoie a reflexão do
autor.
1 / 1 ptsPergunta 10
Leia, novamente, os três primeiros parágrafos do texto de Silva (2016).
 
FREUD, Sigmund. Escritos sobre literatura. Organização de Iuri Pereira. São
Paulo: Hedra, 2014.
Escritos sobre literatura
Por Maurício Silva
 
Não é novo o interesse nas possíveis relações entre a literatura e a psicanálise,
podendo-se mesmo afirmar que os estudos acerca dessa interação têm-se
desenvolvido tanto que, praticamente, constituíram-se uma área à parte no amplo
campo de estudos da teoria literária. No Brasil, essa relação também não é nova,
desenvolvendo-se, sobretudo, a partir da segunda metade do século XX. Um
título bastante conhecido, nesse campo, por exemplo, é o já “clássico” Psicologia
e Literatura (1977), de Dante Moreira Leite, que estudou alguns aspectos da
“significação da psicologia para a literatura, e vice-versa”. (LEITE, 1977, p. 9).
Muitos desses estudos voltaram-se, compreensivelmente, para os escritos do
célebre psicanalista austríaco Sigmund Freud (1856-1939), que, apesar de
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reconhecer que os psicanalistas, de modo geral, nem sempre se debruçam sobre
a literatura, era, ele mesmo, mais do que um curioso, um verdadeiro estudioso da
literatura. Bellemin-Noël, estudando o legado freudiano para os estudos literários,
em seu conhecido Psicanálise e Literatura, afirma que a literatura traz consigo
elementos do não-consciente, e a psicanálise trabalha com teorias daquilo que
escapa ao consciente, motivo pelo qual é conveniente fundi-las. (BELLEMIN-
NOËL, 1983).
Tudo isso pode ser comprovado nesse mais recente lançamento de alguns dos
principais escritos de Freud acerca da literatura: seus Escritos sobre
literatura (2014), organizado por Iuri Pereira, traduzido diretamente do alemão
pelo filósofo, tradutor e ensaísta Saulo Krieger e acompanhado de um elucidativo
posfácio da psicanalista Noemi Moritz Kon.
[...]
SILVA, Maurício. Escritos sobre literatura. SCRIPTA, Belo Horizonte, v. 20, n. 39,
p. 404-406, 2º sem. 2016.
 
Em relação às vozes que são reveladas neste trecho retirado de Silva (2016),
podemos afirmar que:
 
I. O excerto em questão é de um texto escrito por Silva, a respeito da obra
Psicologia e Literatura, de Freud, que foi organizada por Pereira, no ano de
2014, e traduzida por Kriegger;
II. O texto foi escrito por Silva, a respeito da obra de Iuri Pereira, Escritos sobre
literatura, em que o autor organizou a obra de Leite, que estabelece uma relação
entre psicologia e literatura.
III. O texto de Silva (2016) é uma apreciação da obra Escritos sobre literatura,
organizada por Pereira, no ano de 2014, cuja tradução, diretamente da obra de
Freud, foi realizada por Kriegger.
 
Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s):
 
 II, apenas. 
 I, apenas. 
 III, apenas. 
 II e III, apenas. 
04/09/2022 17:09 Atividade 1: visão geral sobre a escrita acadêmica: Produção de Textos Acadêmicos - G2/T1 - 2022/2
https://pucminas.instructure.com/courses/112900/quizzes/328726 21/21
Pontuação do teste: 9 de 10

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