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Resumo Odontologia em Saúde Coletiva- SUS

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1. Princípios Doutrinários 
 
Universalização: a saúde é um direito 
de cidadania de todas as pessoas, e 
cabe ao Estado assegurar este 
direito, sendo que o acesso às ações 
e serviços deve ser garantido a todas 
as pessoas, independentemente de 
sexo, raça, ocupação, ou outras 
características sociais ou pessoais. 
 
Equidade: o objetivo desse princípio é 
diminuir desigualdades. Apesar de 
todas as pessoas possuírem direito 
aos serviços, as pessoas não são 
iguais e, por isso, têm necessidades 
distintas. Em outras palavras, 
equidade significa tratar 
desigualmente os desiguais, 
investindo mais onde a carência é 
maior. 
 
Integralidade: este princípio 
considera as pessoas como um todo, 
atendendo a todas as suas 
necessidades. Para isso, é 
importante a integração de ações, 
incluindo a promoção da saúde, a 
prevenção de doenças, o tratamento 
e a reabilitação. Juntamente, o 
princípio de integralidade pressupõe 
a articulação da saúde com outras 
políticas públicas, para assegurar 
uma atuação intersetorial entre as 
diferentes áreas que tenham 
repercussão na saúde e qualidade de 
vida dos indivíduos. 
 
2. Princípios Organizativos 
 
Estes princípios tratam, na 
realidade, de formas de concretizar o 
SUS na prática. 
 
Regionalização e Hierarquização: os 
serviços devem ser organizados em 
níveis crescentes de complexidade, 
circunscritos a uma determinada 
área geográfica, planejados a partir 
de critérios epidemiológicos, e com 
definição e conhecimento da 
população a ser atendida. A 
regionalização é um processo de 
articulação entre os serviços que já 
existem, visando o comando 
unificado deles. Já a hierarquização 
deve proceder à divisão de níveis de 
atenção e garantir formas de acesso 
a serviços que façam parte da 
complexidade requerida pelo caso, 
nos limites dos recursos disponíveis 
numa dada região. 
 
Descentralização e Comando Único: 
descentralizar é redistribuir poder e 
responsabilidade entre os três níveis 
de governo. Com relação à saúde, 
descentralização objetiva prestar 
serviços com maior qualidade e 
garantir o controle e a fiscalização 
por parte dos cidadãos. No SUS, a 
responsabilidade pela saúde deve ser 
descentralizada até o município, ou 
seja, devem ser fornecidas ao 
município condições gerenciais, 
técnicas, administrativas e 
financeiras para exercer esta função. 
Para que valha o princípio da 
descentralização, existe a concepção 
constitucional do mando único, onde 
cada esfera de governo é autônoma 
e soberana nas suas decisões e 
atividades, respeitando os princípios 
gerais e a participação da sociedade. 
 
Participação Popular: a sociedade 
deve participar no dia-a-dia do 
sistema. Para isto, devem ser criados 
os Conselhos e as Conferências de 
Saúde, que visam formular 
estratégias, controlar e avaliar a 
execução da política de saúde. 
 
 Conselhos de saúde 
 
▪ Devem existir nos três níveis de 
governo. 
▪ Órgãos deliberativos de caráter 
permanente, compostos com 
representantes de toda 
sociedade. 
▪ Composição paritária 
• metade - representando 
usuários. 
• metade - conjunto: governo, 
trabalhadores da saúde e 
prestadores privados. 
▪ Devem ser criados por lei do 
respectivo âmbito de governo 
p/ definir composição do 
colegiado e outras normas de 
funcionamento. 
 
 Conferências de saúde 
▪ Fóruns c/ representação de 
vários segmentos sociais. 
▪ Propor diretrizes, avaliar a 
situação da saúde e ajudar na 
definição da política de saúde. 
▪ Devem ser realizadas em todos 
os níveis de governo. 
 
3. Aspectos importantes 
 
■ Saúde se expressa como um 
retrato das condições de vida 
do indivíduo. 
■ A falta de saúde não se 
relaciona apenas com a 
inexistência, ou baixa 
qualidade dos serviços. 
■ O sistema de saúde deve se 
relacionar com todas as forças 
políticas que caminhem na 
mesma direção: 
✓ defesa do meio ambiente 
✓ movimento contra a fome 
✓ manifestações pela cidadania 
✓ reforma agrária 
✓ contra a violência no trânsito 
■ O conceito de saúde 
considerado pelo SUS pressupõe 
a democratização interna da 
gestão dos serviços como um 
elemento a mais no movimento 
de construção da cidadania. 
■ O SUS faz parte das ações 
definidas na Constituição como 
sendo de “relevância pública”. 
Ao poder público cabe 
regulamentar, fiscalizar e o 
controlar ações e serviços de 
saúde 
■ Saúde faz parte de um sistema 
mais amplo, o Sistema de 
Seguridade Social: Artigo 194 - 
compreende “um conjunto 
integrado entre poder público e 
sociedade para assegurar os 
direitos à saúde, à previdência 
e assistência social”. 
 
4. Conceito de Sistema 
▪ Não se trata de um novo 
serviço ou órgão público; 
▪ Conjunto de instituições, dos 3 
níveis de governo e setor 
contratado/conveniado 
articulados; 
▪ Atividades de promoção/ 
proteção/ recuperação da 
saúde. 
 
5. Conceito de Unicidade 
▪ O sistema é único mesma 
doutrina e forma de 
organização em todo o país. 
▪ Consideram-se as 
peculiaridades e epidemiologia 
locais. 
 
6. Complementaridade do setor 
privado 
 
▪ Condições sob as quais o setor 
privado deve ser contratado, 
caso o setor público se mostre 
incapaz de atender a demanda 
programada. 
▪ Entre os serviços privados 
devem ter prioridade os não-
lucrativos ou filantrópicos. 
▪ Os contratos devem seguir a 
lógica do público e as diretrizes 
do SUS. 
▪ Todo serviço privado 
contratado passa a seguir as 
determinações do sistema 
público (regras de 
funcionamento, organização e 
articulação com o restante da 
rede). 
▪ Contratação de serviços deve 
ser precedida de licitação (Lei 
Federal 8.666/93). 
 
7. Leis 8.080/90 e 8.142/90 
 
A criação do SUS pela 
Constituição Federal, foi 
regulamentada pelas leis 8.080/90 
(Lei Orgânica da Saúde) e 8.142/90. 
✓ Regulamentam o 
financiamento e os espaços de 
participação popular. 
✓ Formalizam o entendimento da 
saúde como área de “relevância 
pública” e a relação do poder 
público com as entidades 
privadas.

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