Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
“Comunicação obrigatória à autoridade de saúde, realizada pelos médicos, profissionais de saúde ou responsáveis pelos estabelecimentos de saúde, públicos ou privados, sobre a ocorrência de suspeita ou confirmação de doença, agravo ou evento de saúde pública, descritos em documento oficial.” Código penal 1. Lista Nacional de Doenças de Notificação Compulsória ▪ Elaborada e publicada pelo MS ▪ Unidades Federativas podem acrescentar, mas jamais remover ▪ A inclusão das doenças e agravos de notificação compulsória na lista oficial obedece a critérios: ✓ Magnitude; ✓ transcendência; ✓ potencial de disseminação; ✓ vulnerabilidade; ✓ disponibilidade de medidas de controle. 1.1 Magnitude Avaliação da dimensão do problema/processo saúde-doença – onde se leva em conta a frequência da ocorrência (incidência, a prevalência, a morbidade e a mortalidade) e a gravidade do efeito (consequência, dano, anos de vida perdidos) do evento. 1.2 Transcendência Medida da relevância social, da importância, do reconhecimento que determinada população dá a um evento, do desejo da comunidade de resolver o problema. Influenciada pela severidade (letalidade, hospitalização, sequelas) e importância econômica (prejuízos por restrições comerciais, redução da força de trabalho, absenteísmo escolar e laboral, custos assistenciais e previdenciários...). 1.3 Potencial de disseminação Representado pelo elevado poder de transmissão da doença, através de vetores ou outras fontes de infecção, colocando sob risco a saúde coletiva. 1.4 Vulnerabilidade Medida pela disponibilidade concreta de instrumentos específicos de prevenção e controle da doença, propiciando a atuação efetiva dos serviços de saúde sobre indivíduos e coletividades Permeabilidade à intervenção, condição de modificação do processo, do quadro. 2. Doença Enfermidade ou estado clínico, independente de origem ou fonte, que represente ou possa representar dano significativo para humanos. 3. Agravo Qualquer dano à integridade física ou mental do indivíduo, provocado por circunstâncias nocivas, tais como acidentes, intoxicações por substâncias químicas, abuso de drogas ou lesões decorrentes de violências interpessoais, como agressões e maus tratos, e lesão autoprovocada. 4. Evento de saúde pública (ESP) Situação que pode constituir potencial ameaça à saúde pública, como a ocorrência de surto ou epidemia, doença ou agravo de causa desconhecida, alteração no padrão clínico epidemiológico das doenças conhecidas, considerando o potencial de disseminação, a magnitude, a gravidade, a severidade, a transcendência e a vulnerabilidade, bem como epizootias ou agravos decorrentes de desastres ou acidentes. 5. A notificação: quem notifica? ▪ É obrigatória para médicos, outros profissionais de saúde ou responsáveis pelos serviços públicos e privados de saúde, que prestam assistência ao paciente, de cuidado coletivo, além de serviços de hemoterapia, unidades laboratoriais e instituições de pesquisa. ▪ Pode ser realizada à autoridade de saúde por qualquer cidadão que deles tenha conhecimento. ▪ A notificação compulsória deve ser realizada: ✓ Pelo profissional de saúde ou responsável pelo serviço assistencial que prestar o primeiro atendimento ao paciente. ✓ Diante da suspeita ou confirmação de doença ou agravo. 6. Notificação: como notificar? A notificação deve ser feita à Secretaria de Saúde do Município do local de atendimento do paciente com suspeita/confirmação de doença ou agravo. As Secretarias de Saúde (Municípios, Estados, DF) divulgam, em endereço eletrônico oficial, telefone, e- mail institucional ou formulário para notificação compulsória. As autoridades de saúde garantirão o sigilo das informações pessoais. A notificação compulsória será registrada em sistema e informação e seguirá o fluxo de compartilhamento entre as esferas de gestão do SUS estabelecido pela Secretaria de Vigilância em Saúde.
Compartilhar