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IONÔMERO DE VIDRO

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IONÔMERO DE VIDRO - Letícia Kariny Teles Deusdará / Odontologia UFPE
IONÔMERO DE VIDRO
Cimento de ionômero de vidro
- Material, preparo e emprego clínico
- Versátil
- Custo benefício bom
- Material odontológico derivado da combinação de um pó (partículas de
vidro-alumínio-silicato) com uma solução aquosa (ácido poliacrílico), resultando em
uma reação ácido-base para formar um sal.
- Composição: pó + líquido
- É um material que contém fluoretos
- A quantidade de pó é adicionada ao líquido e a reação de presa é por geleificação
PÓ
- Óxido de silicato (29%)
- Óxido de alumínio (16,7%)
- Fluoreto de cálcio (34,3%)
- Fluoreto de sódio (3%)
- Fosfato de alumínio (9,8%)
LÍQUIDO
- Água (40%)
- Ácido poliacrílico (30%)
- Ácido tartárico (10%)
- Ácido itacônico (15%)
Poliácidos - líquido
- Aumentam a reatividade do líquido
- Ampliam o tempo de trabalho e aceleram o tempo de presa
- Melhoram a estabilidade de armazenamento, reduzindo a viscosidade e tendência a
geleificação do material
● Ácido poliacrílico - responsável especialmente pela reatividade do ionômero
de vidro com a estrutura dentária
● Ácido maléfico
● Ácido itacônico
CLASSIFICAÇÃO QUANTO À COMPOSIÇÃO
- Convencionais (pó+líquido)
- Anidros
- Cermets
- Resinosos / modificados por resina
Convencionais
- Pó: Partículas de vidro de Flúor, alumínio, silicato com grande quantidade de
fluoretos
- Líquido: Solução aquosa de ácido poliacrílico contendo ácido itacônico, ácido
tartárico e água
IONÔMERO DE VIDRO - Letícia Kariny Teles Deusdará / Odontologia UFPE
Anidro
Pó + a parte que antes estava líquida (solução aquosa de ácido de poliacrílico)
Líquidos - água destilada ou água destilada com ácido tartárico
Cermet
- Ionômero de vidro modificado que contém íons metálicos
- Objetivo de aumentar a resistência e a radiopacidade
- Proporção liga metálica/pó
Resinosos
- Ionômero de vidro modificado por resina (ionômero que contêm resina)
- Resina composta modificada por poliácidos (resina que contém ionômero)
- Aumenta a resistência e estabilidade do material
- Mais estável já que vai ser polimerizado
CLASSIFICAÇÃO QUANTO À INDICAÇÃO
- Tipo I - Cimentação
- Tipo II - Restauração
- Tipo III - Forramento
- Tipo IV - Núcleo de preenchimento - preenchimento de uma cavidade maior -
quase em desuso
PROPRIEDADES
Adesividade; Biocompatibilidade; Liberação de flúor; Coeficiente de expansão térmica;
Sinérese; Embebição; Solubilidade; Radiopacidade; Estéticas
Adesividade - cálcio
- Difusão iônica que ocorre por estrutura dental
- No esmalte, por ter mais cálcio a adesão vai ser
maior
- Na dentina, por ter menos cálcio, a adesão vai ser
menor
- Ao atacar a superfície do esmalte e dentina, o ácido
destaca os ions fosfato da superfície e, por ação
continuada, penetra ainda mais na superfície
- A união é inicialmente fraca sendo baseada em
adesão por pontes de hidrogênio
- Poliácidos realizam pontes de hidrogênio (fraca no
início) com esmalte e dentina e ligações iônicas
entre o ionômero e o cálcio
- Contudo, com a maturação do cimento a adesão se transforma em forte união
química de caráter iônica-polar com o cálcio dentário (mais forte)
➢ Poliácido interage com o fosfato de cálcio, libera cálcio
➢ É importante não tocar na parede antes de chegar no fundo pois como a
ligação forte, não vai escoar mais, então é necessário inserir diretamente no
fundo da cavidade
IONÔMERO DE VIDRO - Letícia Kariny Teles Deusdará / Odontologia UFPE
Biocompatibilidade
- Adesividade (se adere melhor, tem melhor biocompatibilidade)
- Inócuo a polpa quando em contato com o tecido dentinário
- Presença de moléculas ácidas de alto peso molecular que não penetram pelos
túbulos dentinários
Liberação de flúor
- Continuamente e em baixas concentrações
- Capacidade de reincorporação de flúor (absorve o flúor presente na cavidade
durante a escovação por exemplo, depois vai liberando aos poucos)
- Atividade anticariogênica e dessensibilizante
- Redução do número de microrganismos cariogênicos
Coeficiente de expansão térmica
- Semelhante à estrutura dental
- Selamento marginal mais duradouro
- Excelente
Sinérese
- Perda de água para o ambiente - micro rachaduras
- Resinoso tem menos sinérese que o convencional graças a polimerização, que o
torna mais estável
Embebição
- Ganho de água do ambiente
Solubilidade
- Alta Solubilidade dos primeiros estágios de presa, sendo reduzida após as primeiras
24 horas
- É ideal que coloque um selante (sistema adesivo, verniz ou base de unha) para que
nas primeiras 24h não haja tanta interação.
- É indicado que não mastigue do mesmo lado
Radiopacidade
- Vários níveis de radiopacidade a depender da marca
Estética
- CIV modificados por resina
- Possui várias cores
- Melhor resultado estético
- Não é tão estético quanto a resina, mas o modificado por resina é mais estético que
o convencional
- Restaurações híbridas
MANIPULAÇÃO
1. Aglutinação
- Pó em pote fechado para não ter contato com a umidade do ambiente
IONÔMERO DE VIDRO - Letícia Kariny Teles Deusdará / Odontologia UFPE
- Líquido do cimento não deve ser armazenado em refrigerador ou geladeira pois
geleifica
- Proporcionador × produto comercial
★ Cada espátula tem um tamanho específico por fabricante (não pode misturar
espátula)
- Após 1 ano é normal o líquido ficar mais viscoso no frasco
- O encapsulamento do pó e líquido em proporções pré definidas acelera o processo
de aglutinação e facilita a inserção diretamente dentro da cavidade
➢ Pistola
➢ Alto custo
● Agitar o frasco para homogeneizar o pó, dar uma batidinha na tampa e abrir
delicadamente para não perder material
● Inserir a espátula e pegar uma porção por vez
● Colocar uma porção na placa de vidro e inserir a gota (pingar na placa de vidro com
o frasco verticalizado a 90º) sem encostar na placa
● Realizar a aglutinação (mistura) sem pressionar, apenas mexer.
● Ideal - Inserir na cavidade quando estiver brilhante e viscoso, com viscosidade
que escoa sob pressão
● Aspecto de teia de aranha, opaco e gelatinoso (passou do ponto, perdeu a
capacidade de adesão).
Proporção de acordo com as instruções do fabricante
- Para cimentação é mais fluido e menos viscoso
- Para forramento é intermediário
- Para restauração é menos fluido e mais viscoso
2. Reação de presa
No momento que começa a manipulação começa a reação de presa
- Reação de autopresa
- Reação modificada por resina (fotopolimerização até pela luz ambiente)
Etapa 1 - Ionização
- Ionização do ácido poliacrílico e deslocamento de íons
- Ocorre com o contato do pó com o líquido durante a
aglutinação
- Gera uma massa com brilho úmido na superfície do
material, sendo este o melhor momento para inserção do
material na cavidade
- O material é sensível à sinérese (perda do líquido) e
embebição (ganho de líquido - não inerente à reação)
Etapa 2 - Formação da matriz de polissais
IONÔMERO DE VIDRO - Letícia Kariny Teles Deusdará / Odontologia UFPE
- As partículas de vidro são atacadas pelo H+ e ocorre a liberação de íons de Na, F e
Ca com formação do policarboxilato de cálcio
- 2.1 O ácido poliacrílico se liga ao cálcio formando os polissais. Tem duração de
4 minutos, ocorre a perda do brilho e a precipitação dos íons cálcio conferem um
aspecto gelatinoso, diminuindo a viscosidade do cimento (quando o material tem
esse aspecto ele já deve estar na boca do paciente).
- 2.2 Ocorre a liberação de íons de alumínio, formando o policarboxilato de
alumínio, com duração de 7 a 8 minutos do início da mistura - material com aspecto
borrachóide e ausência de brilho
- Tem o início das propriedades mecânicas
Etapa 3 - Formação do gel de sílica e presa final
- As partículas de vidro não reagidas e as partículas de vidro
circundadas por gel de sílica (reagidas) são unidas por uma
matriz de polissais.
- Liberação do fluoreto de cálcio (CaF2), da alumina (Al2O3)
e da sílica (SiO2) da partícula de vidro, formando o gel de
sílica (geleificação) e incorporando o gel à matriz.
- Tempo de reação de 48 horas - Após as primeiras 48 horas,
ocorre a geleificação e ocorremelhoria significativa das
propriedades mecânicas
APLICAÇÕES CLÍNICAS
- Selamento de cicatrículas e fissuras
- ART - Tratamento restaurador atraumático
- Adequação do meio bucal
- Proteção pulpar
- Restaurações híbridas
- Dessensibilização dentinária
- Núcleo de preenchimento
- Cimentação de peças protéticas e acessórios ortodônticos
LIMITAÇÕES E CONTRA-INDICAÇÕES
- Baixa resistência à tração e compressão
- Polimento superficial deficiente
- Sinérese e embebição
- Porosidade
● Classe I extensas de dentes permanentes
● Classe II com envolvimento da crista marginal em dentes permanentes
● Classe IV em dentes permanentes e decíduos

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