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See discussions, stats, and author profiles for this publication at: https://www.researchgate.net/publication/349464835
Apostila de Microbiologia
Technical Report · February 2021
DOI: 10.13140/RG.2.2.30937.24161
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Projeto Fungus Extremus View project
Jorge "Magoo" Fortuna
Universidade Estadual da Bahia (UNEB)
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All content following this page was uploaded by Jorge "Magoo" Fortuna on 22 February 2021.
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https://www.researchgate.net/publication/349464835_Apostila_de_Microbiologia?enrichId=rgreq-4b16a347bbd9ec653f0f624622e3a9fd-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzM0OTQ2NDgzNTtBUzo5OTQxMzk2NjM1MjM4NDFAMTYxNDAzMjc3NDc5Mg%3D%3D&el=1_x_2&_esc=publicationCoverPdf
https://www.researchgate.net/publication/349464835_Apostila_de_Microbiologia?enrichId=rgreq-4b16a347bbd9ec653f0f624622e3a9fd-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzM0OTQ2NDgzNTtBUzo5OTQxMzk2NjM1MjM4NDFAMTYxNDAzMjc3NDc5Mg%3D%3D&el=1_x_3&_esc=publicationCoverPdf
https://www.researchgate.net/project/Projeto-Fungus-Extremus?enrichId=rgreq-4b16a347bbd9ec653f0f624622e3a9fd-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzM0OTQ2NDgzNTtBUzo5OTQxMzk2NjM1MjM4NDFAMTYxNDAzMjc3NDc5Mg%3D%3D&el=1_x_9&_esc=publicationCoverPdf
https://www.researchgate.net/?enrichId=rgreq-4b16a347bbd9ec653f0f624622e3a9fd-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzM0OTQ2NDgzNTtBUzo5OTQxMzk2NjM1MjM4NDFAMTYxNDAzMjc3NDc5Mg%3D%3D&el=1_x_1&_esc=publicationCoverPdf
https://www.researchgate.net/profile/Jorge-Fortuna-2?enrichId=rgreq-4b16a347bbd9ec653f0f624622e3a9fd-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzM0OTQ2NDgzNTtBUzo5OTQxMzk2NjM1MjM4NDFAMTYxNDAzMjc3NDc5Mg%3D%3D&el=1_x_4&_esc=publicationCoverPdf
https://www.researchgate.net/profile/Jorge-Fortuna-2?enrichId=rgreq-4b16a347bbd9ec653f0f624622e3a9fd-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzM0OTQ2NDgzNTtBUzo5OTQxMzk2NjM1MjM4NDFAMTYxNDAzMjc3NDc5Mg%3D%3D&el=1_x_5&_esc=publicationCoverPdf
https://www.researchgate.net/profile/Jorge-Fortuna-2?enrichId=rgreq-4b16a347bbd9ec653f0f624622e3a9fd-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzM0OTQ2NDgzNTtBUzo5OTQxMzk2NjM1MjM4NDFAMTYxNDAzMjc3NDc5Mg%3D%3D&el=1_x_7&_esc=publicationCoverPdf
https://www.researchgate.net/profile/Jorge-Fortuna-2?enrichId=rgreq-4b16a347bbd9ec653f0f624622e3a9fd-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzM0OTQ2NDgzNTtBUzo5OTQxMzk2NjM1MjM4NDFAMTYxNDAzMjc3NDc5Mg%3D%3D&el=1_x_10&_esc=publicationCoverPdf
 
UUNNIIVVEERRSSIIDDAADDEE DDOO EESSTTAADDOO DDAA BBAAHHIIAA ((UUNNEEBB)) 
DDEEPPAARRTTAAMMEENNTTOO DDEE EEDDUUCCAAÇÇÃÃOO 
CCAAMMPPUUSS XX –– TTEEIIXXEEIIRRAA DDEE FFRREEIITTAASS--BBAA 
CCUURRSSOO DDEE CCIIÊÊNNCCIIAASS BBIIOOLLÓÓGGIICCAASS –– LLIICCEENNCCIIAATTUURRAA 
 
 
 
AAPPOOSSTTIILLAA DDEE MMIICCRROOBBIIOOLLOOGGIIAA 
PPrrooff.. DDrr.. JJOORRGGEE LLUUIIZZ FFOORRTTUUNNAA 
 
2ª edição 
 
jfortuna@uneb.br – magoofortuna@gmail.com 
 
 
 
Teixe ira de Fre i ta s -BA 
2021
mailto:jfortuna@uneb.br
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Para referenciar esta apostila: 
 
FORTUNA, J. L. Apostila de Microbiologia. Teixeira de Freitas: UNEB, Campus X. 2021, 88 p. 
 
 
 
 
 
 
Fortuna, Jorge Luiz 
 
Apostila de Microbiologia / Jorge Luiz Fortuna – Teixeira de Freitas-BA, 2021. 
88 f. : il. 
 
Organizador: Jorge Luiz Fortuna. 
Apostila (Ciências Biológicas) – Universidade do Estado da Bahia, 
Departamento de Educação – Campus X, 2021. 
 
1. Microbiologia. 2. Biologia. 3. Laboratório. 4. Ensino. 5. Apostila. I. Fortuna, 
Jorge Luiz. II. Título. 
 
SUMÁRIO 
 
 
1. INTRODUÇÃO À MICROBIOLOGIA 
1.1. HISTÓRICO DA MICROBIOLOGIA, p. 7 
1.2. INTRODUÇÃO À MICROBIOLOGIA, p. 12 
1.3. IMPORTÂNCIA DA MICROBIOLOGIA, p. 12 
1.4. ESPECIALIDADES DA MICROBIOLOGIA, p. 12 
 
2. BIOSSEGURANÇA 
2.1. INTRODUÇÃO, p. 14 
2.2. CONCEITOS DE BIOSSEGURANÇA, p. 14 
2.3. HISTÓRICO, p. 15 
2.4. RISCOS, p. 15 
2.5. TIPOS DE RISCOS, p. 15 
2.6. CLASSIFICAÇÃO DE RISCO BIOLÓGICO, p. 16 
2.7. NÍVEIS DE BIOSSEGURANÇA LABORATORIAL, p. 16 
2.8. PERIGOS EXISTENTES NO LABORATÓRIO, p. 17 
2.9. MÉTODOS UTILIZADOS NA BIOSSEGURANÇA LABORATORIAL, p. 17 
2.10. PRÁTICAS PADRÕES NO LABORATÓRIO, p. 18 
 
3. MATERIAIS E EQUIPAMENTOS 
3.1. VIDRARIAS, p. 19 
3.2. EQUIPAMENTOS, p. 20 
3.3. MATERIAIS DE CONSUMO, p. 22 
3.4. PARTES DO MICROSCÓPIO ÓPTICO, p. 23 
 
4. TAXONOMIA E FILOGENIA DOS MICRORGANISMOS 
4.1 CONCEITOS, p. 24 
4.2 HISTÓRICO, p. 24 
4.3 NOMENCLATURA, p. 25 
4.4 CLASSIFICAÇÃO, p. 25 
4.5. HIERARQUIA TAXONÔMICA, p. 26 
4.6. CONCEITO DE ESPÉCIE EM MICROBIOLOGIA, p. 26 
4.7. VARIEDADES DENTRO DE UMA ESPÉCIE, p. 26 
4.8. IDENTIFICAÇÃO, p. 26 
 
5. ESTRUTURA GERAL DOS MICRORGANISMOS 
5.1. INTRODUÇÃO, p. 27 
5.2. ESTRUTURAS CELULARES DOS PROCARIOTAS, p. 28 
5.3. VÍRUS, p. 30 
5.4 DOMÍNIOS EUBACTERIA & ARCHAEABACTERIA, p. 30 
5.5 REINO PROTOCTISTA (PROTISTA), p. 32 
5.6. REINO FUNGI, p. 34 
 
 
 
UNEB – Campus X – Prof. Dr. Jorge Luiz Fortuna – Ciências Biológicas – Apostila de Microbiologia 
 
6. FISIOLOGIA MICROBIANA 
6.1. TIPOS NUTRICIONAIS, p. 35 
6.2. ENZIMAS, p. 35 
6.3. METABOLISMO, p. 36 
6.4. PRODUÇÃO DE ENERGIA, p. 36 
6.5. CRESCIMENTO MICROBIANO, p. 37 
6.6. MEIO DE CULTURA, p. 37 
6.7. CURVA DE CRESCIMENTO POPULACIONAL, p. 38 
6.8. TEMPO DE GERAÇÃO, p. 39 
 
7. GENÉTICA BACTERIANA 
7.1. ESTRUTURA GENÉTICA, p. 40 
7.2. REPLICAÇÃO DO DNA, p. 40 
7.3. SÍNTESE PROTÉICA, p. 40 
7.4. PLASMÍDEOS, p. 40 
7.5. TRANSPOSONS, p. 41 
7.6. REGULAÇÃO GÊNICA, p. 41 
7.7. MUTAÇÃO, p. 41 
7.8. AGENTES MUTAGÊNICOS, p. 41 
7.9. TIPOS DE MUTAÇÕES, p. 41 
7.10. VARIAÇÕES FENOTÍPICAS, p. 42 
7.11. RECOMBINAÇÃO GENÉTICA, p. 42 
7.12. DNA RECOMBINANTE, p. 42 
7.13. CRISPR, p. 43 
 
8. INTERAÇÕES HOMEM-MICRORGANISMOS 
8.1. MICROBIOTA ENDÓGENA, p. 44 
8.2. MICROBIOTA DA PELE, p. 44 
8.3. MICROBIOTA DA BOCA, p. 44 
8.4. MICROBIOTA DOS OUVIDOS E OLHOS, p. 45 
8.5. MICROBIOTA DO TRATO RESPIRATÓRIO, p. 45 
8.6. MICROBIOTA DA ÁREA UROGENITAL, p. 45 
8.7. MICROBIOTA DO TRATO GASTRINTESTINAL, p. 45 
8.8. BENEFÍCIOS DA MICROBIOTA ENDÓGENA, p. 45 
8.9. RELAÇÕES SIMBIÓTICAS, p. 46 
8.10. CICLO DOS NUTRIENTES, p. 46 
 
9. ECOLOGIA MICROBIANA 
9.1. INTRODUÇÃO, p. 47 
9.2. IMPORTÂNCIA DOS MICRORGANISMOS, p. 47 
9.3. FATORES DETERMINANTES DA ECOLOGIA MICROBIANA, p. 47 
9.4. INTERAÇÕES ENTRE OS SERES VIVOS, p. 48 
9.5. CICLOS BIOGEOQUÍMICOS, p. 48 
9.6. PROCESSOS MICROBIOLÓGICOS, p. 49 
 
 
 
UNEB – Campus X – Prof. Dr. Jorge Luiz Fortuna – Ciências Biológicas – Apostila de Microbiologia 
 
10. CONTROLE DO CRESCIMENTO MICROBIANO 
10.1. HISTÓRICO, p. 50 
10.2. IMPORTÂNCIA, p. 50 
10.3. CONTROLE DA FONTE DE INFECÇÃO, p. 50 
10.4. CONCEITOS APLICADOS À MICROBIOLOGIA, p. 50 
10.5. FATORES QUE INFLUENCIAM O CRESCIMENTO MICROBIANO, p. 51 
10.6. MÉTODOS ANTIMICROBIANOS, p. 51 
10.7. MÉTODOS ANTIMICROBIANOS FÍSICOS, p. 52 
10.8. MÉTODOS ANTIMICROBIANOS QUÍMICOS, p. 52 
10.9. COMO ATUAM OS ANTIMICROBIANOS QUÍMICOS, p. 53 
10.10. QUIMIOTERAPIA, p. 53 
10.11. CARACTERÍSTICAS DOS AGENTES QUIMIOTERÁPICOS, p. 53 
10.12. MECANISMOS DE AÇÃO, p. 53 
10.13. ATUAÇÃO DOS QUIMIOTERÁPICOS, p. 53 
10.14. COMO ATUAM OS AGENTES QUIMIOTERÁPICOS, p. 54 
10.15. EFEITOS COLATERAIS DOS AGENTES QUIMIOTERÁPICOS, p. 54 
10.16. MECANISMOS DE RESISTÊNCIA, p. 55 
10.17. MECANISMOS QUE LEVAM A RESISTÊNCIA BACTERIANA, p. 55 
 
11. VÍRUS & PRIONS 
11.1. VÍRUS, p. 56 
11.2. CARACTERÍSTICAS VIRAIS, p. 56 
11.3. ESTRUTURA VIRAL, p. 56 
11.4. MORFOLOGIA GERAL, p. 56 
11.5. REPLICAÇÃO DOS BACTERIÓFAGOS, p. 57 
11.6. REPLICAÇÃO DE VÍRUS DE EUCARIONTES, p. 58 
11.7. CLASSIFICAÇÃO DOS VÍRUS, p. 58 
11.8. CLASSIFICAÇÃO TAXONÔMICA, p. 59 
11.9. PRINCIPAIS FAMÍLIAS, p. 59 
11.10. CLASSIFICAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA, p. 60 
11.11. PRINCIPAIS MECANISMOS DE TRANSMISSÃO DAS VIROSES, p. 60 
11.12. PRIONS, p. 61 
11.13. HIPÓTESE, p. 61 
 
12. PATOGENICIDADE E PREVENÇÃO DAS DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS 
12.1. DOENÇAS E INFECÇÕES, p. 62 
12.2. DESENVOLVIMENTO DA INFECÇÃO, p. 62 
12.3.PROCESSO DA DOENÇA, p. 62 
12.4. MECANISMOS DE DESENVOLVIMENTO DA DOENÇA, p. 63 
12.5. EPIDEMIOLOGIA E TRANSMISSÃO DE DOENÇA, p. 64 
12.6. RESERVATÓRIOS DE AGENTES INFECCIOSOS, p. 65 
12.7. MODOS DE TRANSMISSÃO (CONTÁGIO) DE DOENÇAS, p. 65 
12.8. CONTROLE DAS DOENÇAS INFECCIOSAS, p. 65 
12.9. INFECÇÕES HOSPITALARES, p. 66 
12.10. MEDIDAS GERAIS DE CONTROLE, p. 66 
12.11. PROCEDIMENTOS DE CONTROLE DA INFECÇÃO, p. 67 
 
UNEB – Campus X – Prof. Dr. Jorge Luiz Fortuna – Ciências Biológicas – Apostila de Microbiologia 
 
12.12. ISOLAMENTO DE PACIENTES, p. 67 
12.13. ELIMINAÇÃO DO LIXO HOSPITALAR, p. 68 
12.14. MEDIDAS DE CONTROLE DE DOENÇA AMBIENTAL, p. 68 
12.15. CALENDÁRIO DE VACINAÇÃO, p. 69 
 
13. DIAGNÓSTICO MICROBIOLÓGICO 
13.1. COLETA DE ESPÉCIMES (AMOSTRAS), p. 71 
13.2. REMESSA DE ESPÉCIMES, p. 72 
13.3. DIAGNÓSTICO MICROBIOLÓGICO, p. 72 
 
PRINCIPAIS DOENÇAS INFECCIOSAS 
VIROSES – DOENÇAS CAUSADAS POR VÍRUS, p. 75 
BACTERIOSES – DOENÇAS CAUSADAS POR BACTÉRIAS, p. 78 
PROTOZOOSES – DOENÇAS CAUSADAS POR PROTOZOÁRIOS, p. 80 
INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS (I.S.T.), p. 82 
 
REFERÊNCIAS 
REFERÊNCIAS, p. 84 
 
SITES 
SITES, p. 85 
 
BOAS PRÁTICAS DE LABORATÓRIO – BPL 
NORMAS GERAIS DOS LABORATÓRIOS, p. 87 
 
 
7 
UNEB – Campus X – Prof. Dr. Jorge Luiz Fortuna – Ciências Biológicas – Apostila de Microbiologia 
 
1. INTRODUÇÃO À MICROBIOLOGIA 
 
1.1. HISTÓRICO DA MICROBIOLOGIA 
 Antigas civilizações do Egito e da China 
 Banhos com água para prevenção de doenças. 
 Produção de vinhos e pães. 
 Sabiam que algumas doenças eram transmitidas. 
 Isolavam os doentes. 
 Pacientes que sobreviviam a algumas doenças ficavam protegidos e podiam cuidar de 
outros doentes. 
 Uso de sandálias mofadas para evitar infecções bacterianas nos pés. 
 Guerra biológica  usavam sangue e corpos de animais e pessoas mortas por doenças 
para contaminar o suprimento de água dos inimigos e disseminar doenças. 
 Velho Testamento 
 Primeiro registro de leis referentes à saúde pública. 
 Êxodo 30:19: 
 “E lançada água, Aarão e seus filhos lavarão nela as suas mãos, e os seus pés.” 
 Levítico 11:24-25: 
 “Tudo o que tocar, estando mortos, será produto, e ficará imundo até a tarde.” 
 “Se lhe for necessário pegar em algum destes animais depois de mortos, lavará os seus vestidos, e 
ficará imundo até o pôr do Sol.” 
 Isaías 38:21: 
 “Ora Isaías mandou que tomassem uma massa de figos, e que feita dela uma cataplasma lhe 
pusessem sobre a chaga, e sararia.” 
 Povo hebreu tinha que praticar a higiene pessoal. 
 Enterrar o lixo longe dos acampamentos. 
 Isolar os doentes e queimar roupas contaminadas. 
 Proibidos de comer animais que tinham morrido naturalmente. 
 Procedimentos para matar os animais. 
 Séc. XI  Avicena (980-1037) 
 Nome original  Abu Ali Huceine ibne Abdala ibne Sina. 
 Escreveu duas importantes enciclopédias: “O Livro da Cura” e “Cânone da Medicina”. 
 Foram traduzidas para o latim e serviu de base para as grandes universidades da 
Europa. 
 O Cânone da Medicina é considerado um dos livros mais famosos da história da 
medicina. 
 Séc. XII – Séc. XVIII  Período das Trevas (Santa Inquisição) 
 Perda dos conhecimentos sobre saúde pública e transmissão de doenças. 
 Séc. XIV – Séc. XVI  Renascimento 
 Pesquisas sobre como as doenças eram transmitidas. 
 Maioria do povo acreditava que as doenças eram provocadas por vontade de Deus  
tratamentos estranhos  sangria, abertura de buracos na cabeça, sanguessuga, vômitos 
 usados para remover o mal ou os sintomas. 
8 
 
UNEB – Campus X – Prof. Dr. Jorge Luiz Fortuna – Ciências Biológicas – Apostila de Microbiologia 
 Séc. XIV  Peste “Negra” / Peste Bubônica 
 Pandemia causada pela bactéria Yersinia pestis; 
 Transmitida pela picada da pulga (Xenopsylla cheopis) do rato-preto (Rattus rattus); 
 Iniciou-se em 1333 na China  Chegou à Europa em 1347  25 milhões de mortes. 
 1546  Girolamo Fracastorius (1478-1553) 
 Sugeriu que os agentes das doenças contagiosas eram germes vivos que poderiam ser 
transmitidos. 
 1590  Hans Janssen (15??-1???) & Zacharias Janssen (1580-1638) 
 Invenção do microscópio. 
 1609  Galileo Galilei (1564-1642) 
 Microscópio composto. 
 1650 – 1850  Abiogênese X Biogênese 
 Abiogênese  Aristóteles (384 a.C.-322 a.C.); Jean Baptista van Helmont (1579-1644); 
John Needham (1713-1781). 
 Biogênese  Francesco Redi (1626-1697); Lazzaro Spallanzani (1729-1799); Louis 
Pasteur (1822-1895). 
 1660  Robert Hooke (1635-1703) 
 Microscópios compostos  Lentes múltiplas. 
 1667  Antony van Leeuwenhoek (1632-1723) 
 “Pai da Microbiologia”. 
 Microscópio rudimentar. 
 Animálculos ou animalículos. 
 Séc. XVIII  Conhecimento da “variolação” chegou ao ocidente (Europa). 
 1717-1721  Lady Mary Wortley Montagu (1689-1762) – MULHERES NA 
CIÊNCIA 
 1717  “Letters From the Levant”  menciona sobre a “variolação” que presenciou na 
Turquia. 
 1718  Realizou a “variolação” em seu filho de 5 anos de idade. 
 1721  “Variolação” em sua filha de 4 anos de idade. 
 1795  Nicolas Appert (1749-1841) 
 Aquecimento de alimentos em recipientes fechados. 
 Impedia o processo de fermentação. 
 Processo de Apertização. 
 1796  Edward Jenner (1749-1823) 
 Inventor da vacina contra a Varíola. 
 Vacca  Vaccina. 
 Menino James Phipps (8 anos). 
 1847  Ignaz Semmelweis (1818-1865) 
 Demonstrou a importância da lavagem das mãos dos médicos antes de realizarem o 
parto. 
 Controle da febre puerperal  causadora de morte de mulheres e recém-nascidos. 
9 
 
UNEB – Campus X – Prof. Dr. Jorge Luiz Fortuna – Ciências Biológicas – Apostila de Microbiologia 
 1861  Louis Pasteur (1822-1895) 
 Comprovou definitivamente a Biogênese  Pescoço de cisne. 
 1864  Louis Pasteur (1822-1895) 
 Criou a Pasteurização  Aquecimento do alimento em determinado tempo: 
 Pasteurização Lenta  aplicação de temperatura +65oC por 30 minutos. 
 Pasteurização Rápida  aplicação de temperatura 72-75 oC por 15-20 segundos. 
 1865  Joseph Lister (1827-1912) 
 Demonstrou que o ácido carbólico (fenol) era um efetivo antisséptico. 
 Redução de mortes por infecções pós-operatórias. 
 1870  Ferdinand Cohn (1828-1898) 
 Classificou as bactérias de acordo com as suas formas  esféricas; hastes curtas; linhas 
e espirais. 
 Primeiro a mostrar que os Bacillus spp. Podem formar esporos. 
 1871  Louis Pasteur (1822-1895) 
 Obrigou os médicos militares a ferverem os instrumentais e as bandagens antes do uso. 
 1880  Julius Richard Petri (1853-1921) 
 Desenvolveu a placa de Petri. 
 Desenvolveu a técnica de cultura bacteriana em placas contendo Ágar. 
 1881  Angelina Fanny Hesse (1850-1934) – MULHERES NA CIÊNCIA 
 Possibilitou o isolamento de bactérias ao sugerir que o Ágar, para crescimento de 
microrganismos, fosse colocado em placas de Petri. 
 1882  Robert Koch (1843-1910) 
 Descobriu o bacilo causador da tuberculose (Bacilo de Koch)  Mycobacterium 
tuberculosis. 
 1884  Hans Christian Joachim Gram (1853-1938) 
 Desenvolveu a técnica de coloração das bactérias. 
 Procedimento padrão da microbiologia  Bactérias Gram-positivas e Gram-negativas. 
 1884  Robert Koch (1843-1910)  Postulados de Koch 
 O agente causador deve estar presente em todos os casos de doenças e não deve estar 
presente em animais saudáveis. 
 O patógeno deve ser isolado do animal hospedeiro doente e deve crescer em cultura 
pura. 
 A mesma doença deve ser produzida quando os micróbios da cultura pura são 
inoculados em animais sadios suscetíveis. 
 O mesmo patógeno deve ser recuperado outra vez do hospedeiro animal 
artificialmente infectado e ser capaz de crescer novamente em cultura pura. 
 Exceções aos Postulados de Koch: 
 Muitas pessoas sadias carregam patógenos, mas não exibem sintomas de doença. 
 Alguns micróbios são muito difíceis em crescer in vitro em meios artificiais. 
 Alguns animais são resistentes às infecções microbianas. 
 Certas doenças se desenvolvem somente quando um patógeno oportunista invade 
um hospedeiroenfraquecido. 
 Nem todas as doenças são causadas por microrganismos. 
10 
 
UNEB – Campus X – Prof. Dr. Jorge Luiz Fortuna – Ciências Biológicas – Apostila de Microbiologia 
 1902-1904  Oswaldo Cruz (1872-1917)  Revolta da Vacina 
 Campanha de vacinação obrigatória contra a varíola. 
 Maioria da população era contra  desinformação. 
 Agentes sanitários invadiam as casas e vacinavam as pessoas à força. 
 Reforma urbana  desalojou milhares de pessoas dos cortiços  construção de 
avenidas, jardins e prédios modernos. 
 1909  Carlos Chagas (1876-1934) 
 Lassance-MG  Descobre a tripanossomíase (Trypanosoma cruzi) americana  Doença 
de Chagas. 
 Primeiro a descobrir o vetor, o agente etiológico e o quadro clínico da doença. 
 1918-1919  Gripe Espanhola 
 Pandemia do vírus da Influenza A do subtipo H1N1. 
 1928  Frederick Griffith (1881-1941) 
 Experimentos com pneumococos (Streptococcus pneumoniae). 
 Transferência genética (ácido nucleico) de uma bactéria para outra, transmitindo suas 
características. 
 1928  Alexander Fleming (1881-1955) 
 Descobriu a penicilina e suas propriedades antimicrobianas. 
 Placas de Petri com cultura de Staphylococcus aureus contaminadas por Penicillium 
notatumm. 
 Anos 30  Maud Menten (1879-1960) – MULHERES NA CIÊNCIA 
 Caracterizou as toxinas bacterianas de Bacillus paratyphosus, Streptococcus scarlatina e 
Salmonella ssp. 
 Primeira mulher no Canadá a obter um doutorado (1913). 
 1931  Ernst Ruska (1906-1988) 
 Inventou o microscópio eletrônico: 
 Microscópio Eletrônico de Transmissão (MET)  observação de cortes 
ultrafinos. 
 Microscópio Eletrônico de Varredura (MEV)  alta ampliação para a 
observação de superfícies. 
 Microscópio Eletrônico de Varredura de tunelamento (MEVT)  para 
visualização de átomos. 
 1945  Ernst Boris Chain (1906-1979) & Howard Walter Florey (1898-1968) 
 Descobriram um método de purificação da penicilina  permitindo a síntese e 
distribuição comercial 
 1946  Joshua Lederberg (1925-2008) 
 Descobriu a conjugação bacteriana  troca ou transferência de material genético entre 
bactérias. 
 Bactérias doadoras de DNA (F+) e receptoras (F-). 
 1947  Gerty Theresa Radnitz Cori (1896-1957) – MULHERES NA CIÊNCIA 
 Descobriu o mecanismo pelo qual o glicogênio é transformado em ácido lático nos 
músculos. 
 Ganhadora do Prêmio Nobel de Fisiologia. 
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 1948  Elizabeth Lee Hazen (1885-1975) & Rachel Fuller Brown (1898-1980) – 
MULHERES NA CIÊNCIA 
 Desenvolveram o primeiro antifúngico  Nistatina. 
 1950  Esther Miriam Lederberg (1922-2006) – MULHERES NA CIÊNCIA 
 Descobriu o Fago Lambda  bacteriófago (vírus que ataca a bactéria Escherichia coli). 
 Junto com seu marido Joshua Lederberg descobriu a transferência de genes entre 
bactérias através de transdução. 
 Os estudos que ela desenvolveu com as bactérias renderam ao seu marido Joshua 
Lederberg o Prêmio Nobel de Fisiologia, em 1958  Dizem que em seu discurso, no 
dia da premiação, ele não mencionou a participação de Esther nas pesquisas nem 
tampouco a agradeceu. 
 1952  Rosalind Elsie Franklin (1920-1958) – MULHERES NA CIÊNCIA 
 Ajudou a elucidar as estruturas moleculares do DNA e dos vírus. 
 Anos 60  Margaret Pittman (1901-1995) – MULHERES NA CIÊNCIA 
 Realizou avanços na luta contra coqueluche, tétano, febre tifoide, cólera, meningite e 
conjuntivite. 
 1964  Dorothy Crowfoot Hodgkin (1910-1994) – MULHERES NA CIÊNCIA 
 Determinou a estrutura da penicilina e da vitamina B12. 
 Vencedora do Prêmio Nobel de Química. 
 1970 Howard Temin (1934-1994); David Baltimore (1938-) & Satoshi Mizutani 
 Descobriram a enzima transcriptase reversa  Vírus. 
 1974  Johanna Liesbeth Kubelka Döbereiner (1924-2000) – MULHERES NA 
CIÊNCIA 
 Primeira a descrever a associação entre bactérias fixadoras de Nitrogênio do gênero 
Azospirillum e a gramínea Paspalum notatum. 
 Fixação biológica do Nitrogênio em leguminosas tropicais  melhoramento da soja. 
 Indicada ao Nobel de Química em 1997. 
 É a sétima cientista brasileira mais citada pela comunidade científica mundial e a 
primeira entre as mulheres. 
 1980  Erradicação da Varíola 
 Causada pelo Orthopoxvirus  Primeira doença erradicada pelo ser humano. 
 1981  HIV / AIDS 
 Primeira descrição de um caso de AIDS nos EUA  Causada pelo vírus HIV. 
 1983  Barbara MaClintock (1902-1992) – MULHERES NA CIÊNCIA 
 Transposição genética. 
 Vencedora do Prêmio Nobel de Fisiologia. 
 1983  Françoise Barré-Sinoussi (1947-) – MULHERES NA CIÊNCIA & Luc 
Montainger (1932-) 
 Descobrem o retrovírus HIV  Causador da AIDS. 
 Vencedores do Prêmio Nobel de Fisiologia por terem descobertos o vírus HIV. 
 
 
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 1988  Gertrude Bell Elion (1918-1999) – MULHERES NA CIÊNCIA 
 Medicamentos no tratamento da AIDS, Herpes (Aciclovir) e Leucemia. 
 Diferenças bioquímicas entre células humanas normais e patógenos. 
 Vencedora de Prêmio Nobel de Fisiologia. 
 Séc. XXI  Biotecnologia 
 2019-2020  Início da Pandemia de COVID-19  SARS-CoV-2 
 2020  Ester Cerdeira Sabino (1960-) & Jaqueline Goes de Jesus (1990-) – 
MULHERES NA CIÊNCIA 
 Determinaram, em apenas 48 horas, a sequência completa do genoma viral encontrado 
no Brasil, que foi chamado de SARS-CoV-2. 
 2020  Emmanuelle Charpentier (1968-) & Jennifer Doudna (1964-) – 
MULHERES NA CIÊNCIA 
 Prêmio Nobel de Química, pelo desenvolvimento de um método de edição de genoma 
utilizando CRISPR-Cas9. 
 
1.2. INTRODUÇÃO À MICROBIOLOGIA 
 MICROBIOLOGIA  MIKROS = pequeno; BIOS = vida; LOGOS = ciência. 
 Estudo dos organismos microscópicos (microrganismos)  estudo da vida dos seres vivos 
microscópicos. 
 Bactérias; vírus; fungos; protozoários e algas. 
 Micróbios ou germes  Apenas 1% dos microrganismos causam doenças. 
 Microrganismos originaram-se aproximadamente há 4 bilhões de anos. 
 Ancestrais de todas as outras formas de vida. 
 
1.3. IMPORTÂNCIA DA MICROBIOLOGIA 
 Ecologia microbiana. 
 Ciclos biogeoquímicos. 
 Fertilização do solo. 
 Reciclagem de nutrientes. 
 Auxilia no estudo e interpretação das funções fisiológicas de outros seres vivos. 
 Microbiota endógena. 
 Indústrias alimentícias e farmacêuticas. 
 Biotecnologia. 
 Estudo das doenças infecciosas. 
 
1.4. ESPECIALIDADES DA MICROBIOLOGIA 
 MICROBIOLOGIA GERAL: 
 Classificação e Fisiologia Geral dos microrganismos. 
 Abrange todas as áreas da Microbiologia. 
 MICROBIOLOGIA MÉDICA: 
 Estudo dos patógenos, das doenças e das defesas do corpo. 
 Relaciona-se com a epidemiologia, transmissão, profilaxia, tratamento e imunologia. 
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 MICROBIOLOGIA VETERINÁRIA: 
 Estuda a disseminação e o controle das doenças infecciosas entre os animais e também 
entre animais e homens (zoonoses). 
 MICROBIOLOGIA DE ALIMENTOS: 
 Produção e higiene de alimentos (inspeção de produtos de origem animal). 
 Microbiologia dos alimentos. 
 Produção, processamento, estocagem, cozimento e utilização adequada dos alimentos. 
 Toxinfecção alimentar. 
 MICROBIOLOGIA AGRÍCOLA: 
 Microrganismos responsáveis pela formação e fertilização do solo. 
 Ciclos biogeoquímicos. 
 MICROBIOLOGIA SANITÁRIA: 
 Processamento e eliminação de lixo e esgoto. 
 Purificação e processamento dos estoques de água. 
 Inspeção de instalações de produção de alimentos e estabelecimentos de alimentação. 
 MICROBIOLOGIA INDUSTRIAL: 
 Indústria alimentícia. 
 Indústria farmacêutica. 
 MICROBIOLOGIA AMBIENTAL: 
 Biodegradação de produtos químicos tóxicos. 
 Ciclos biogeoquímicos. 
 MICROBIOLOGIA GENÉTICA e FISIOLÓGICA: 
 Estuda as funções dos microrganismos e a estrutura do DNA. 
 Manipulação genética. 
 Biotecnologia. 
 
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2. BIOSSEGURANÇA 
 
2.1. INTRODUÇÃO 
 BIOSSEGURANÇA  Bio = Vida + Segurança = Livre de Perigo; 
 Laboratório  Clínico; Biológico; Biomédico; Saúde; Microbiológico; Parasitológico; etc. 
 Microrganismos  Doenças infecciosas. 
 Obrigatório  Condições de Biossegurança. 
 
2.2. CONCEITOS DE BIOSSEGURANÇA 
 Pode ser considerada como ações que contribuem para a segurança de pessoas. 
 Conjunto de medidas para minimização dos riscos para os humanos, outros animais e o 
meio ambiente. 
 Conjunto de cuidados e procedimentos que devem ser tomados para prevenir acidentes em 
laboratórios e/ou diminuir ou eliminar os riscos destes acontecerem, assegurando assim a 
execução apropriada do trabalho, além de proteger os profissionais do laboratório. 
 Qualidade na segurança do trabalho. 
 Conjunto de ações (técnicas, administrativas, educacionais, biológicas, médicas, 
psicológicas, comportamentais) empregadas para a prevenção, minimização ou eliminação 
de riscos inerentes às atividades de pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento 
tecnológico e prestação de serviços, assegurando o avanço dos processos (bio)tecnológicos, 
visando a proteger a saúde humana, dos outros animais e do meio ambiente; e também a 
qualidade dos resultados e/ou produtos desenvolvidos. 
 Biossegurança Profissional: 
 Todas as profissões envolvem riscos inerentes à natureza de sua própria atividade e ao 
ambiente onde o profissional exerce suas atividades, podendo ser responsáveis por 
acidentes ocupacionais ou doenças profissionais. 
 Biossegurança Laboratorial: 
 Conjunto de medidas, princípios de contenção, tecnologias e práticas que são usadas 
para evitar a exposição não intencional a agentes biológicos e toxinas ou a sua 
liberação acidental. 
 Biosseguridade Biológica: 
 Conjunto de medidas de proteção, controle e responsabilidade para agentes biológicos 
e toxinas de modo a evitar sua perda, roubo, uso indevido, extravio, acesso não 
autorizado ou liberação intencional. 
 Biosseguridade Veterinária: 
 Conjunto de medidas e procedimentos de cuidados com a saúde do plantel aplicados 
em todas as etapas da criação, em interação com os diversos setores que compõem o 
sistema produtivo para diminuir o risco de infecções, aumentar higidez nos plantéis, 
minimizar a contaminação do ecossistema, resguardar a saúde do consumidor final do 
produto. 
 
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2.3. HISTÓRICO 
 1973  Transferência e expressão do gene insulina para a bactéria Escherichia coli. 
 1974  Conferência de Asilomar (Califórnia): 
 Questões sobre os riscos das técnicas de engenharia genética e sobre a segurança dos 
espaços laboratoriais. 
 Origem do Conceito: 
 Anos 70 
 Conferência de Asilomar. 
 Proteção aos pesquisadores e demais profissionais envolvidos nas áreas onde se 
realiza o projeto da pesquisa. 
 Saúde dos trabalhadores frente aos riscos biológicos no ambiente ocupacional. 
 Anos 80 
 Incorporação aos riscos periféricos presentes em ambientes laboratoriais que 
trabalhavam com agentes patogênicos para o homem (diferentes tipos de riscos). 
 Anos 90 
 Inclusão de temas como ética em pesquisa, meio ambiente, animais, DNA 
recombinante, etc. 
 1997  Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio)  Instrução Normativa 
(IN) nº 7 (06.06.1997): 
 Classificação de Agentes Etiológicos Humanos e Animais com Base no Risco 
Apresentado. 
 2005  Lei de Biossegurança  Lei nº 11.105 (24.03.2005): 
 Normas de Segurança e Mecanismos de Proteção para Pesquisas. 
 
2.4. RISCOS 
 A Biossegurança envolve a análise dos riscos a que os profissionais estão constantemente 
expostos em suas atividades e ambientes de trabalho. 
 Função da Biossegurança  despertar a consciência dos profissionais em relação aos 
riscos a que estão expostos e conduzi-los a adotarem os procedimentos de segurança 
durante suas atividades de rotina. 
 AÇÕES HUMANAS E RISCOS SÃO CONCEITOS INSEPARÁVEIS: 
• Risco de não obter os resultados desejados. 
• Risco de danificar ferramentas e/ou equipamentos. 
• Risco de acidentes  HUMANO + RISCO. 
• NÃO EXISTE RISCO ZERO!!!! 
 
2.5. TIPOS DE RISCOS 
 Acidente; Ergonômico; Físico; Químico; Biológico. 
 Acidente (Mecânico)  situações de perigo que possam afetar a integridade, o bem estar 
físico e moral dos indivíduos presentes no local de trabalho  pisos lisos; instalações 
elétricas; equipamentos desregulados. 
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 Ergonômico  qualquer ocorrência que venha a interferir nas características 
psicofisiológicas do indivíduo, podendo gerar desconforto ou afetando sua saúde  LER 
(lesões por esforço repetitivo); DORT (doenças osteomoleculares relacionadas com o 
trabalho). 
 Físico  diversas formas de energia que os indivíduos estão expostos  ruídos; 
vibrações; temperaturas extremas; radiações; ultrassom; materiais cortantes e pontiagudos. 
 Químico  todas as substâncias, compostos ou produtos que possam penetrar no 
organismo por via respiratória, pele/mucosas ou ingestão  gases; vapores; poeiras; 
fumaças; névoas; neblinas. 
 Biológico  abrange a manipulação de agentes e materiais biológicos  vírus; bactérias; 
fungos; parasitas; OGM; tecidos vivos; excreções. 
 
2.6. CLASSIFICAÇÃO DE RISCO BIOLÓGICO 
 Classificação de risco de um determinado microrganismo patogênico depende do potencial 
de risco que ele oferece ao indivíduo, à comunidade e ao meio ambiente. 
 Classe de Risco 1  Risco individual e para a comunidade é ausente ou muito baixo  
Microrganismos com baixa probabilidade de causar infecções  Bacillus subtilis. 
 Classe de Risco 2  Risco individual é moderado e para a comunidade é baixo  
Microrganismos que podem causar infecções, mas apresentam medidas terapêuticas e 
profiláticas eficientes com risco de propagação limitado  Vírus da febre amarela; 
Schistosoma mansoni. 
 Classe de Risco 3  Risco individual é alto e para a comunidade é limitado  
Microrganismos podem provocar infecções graves no homem e nos outros animais, 
podendo se propagar entre os indivíduos, mas existem medidas terapêuticas e profiláticas 
 Vírus da encefalite equina; Mycobacterium tuberculosis. 
 Classe de Risco 4  Risco individual e para a comunidade é alto  Microrganismos que 
representam sério risco para o homem e para os outros animais, sendo altamente 
patogênicos, fácil dispersão, sem medidas terapêuticas e profiláticas  Vírus Ebola. 
 
2.7. NÍVEIS DE BIOSSEGURANÇA LABORATORIAL 
 Níveis de Biossegurança 1 (NB1)  Laboratórios de ensino e pesquisa acadêmica  
Microrganismos da Classe de Risco 1  Adoção de Boas Práticas Laboratoriais (BPL). 
 Níveis de Biossegurança 2 (NB2)  Laboratórios clínicos ou hospitalares de níveis 
primários de diagnóstico  Microrganismos da Classe de Risco 2  BPL + Barreiras 
físicas primárias  Cabine de segurança biológica e uso obrigatório de Equipamentos de 
Proteção Individual (EPI). 
 Níveis de Biossegurança 3 (NB3)  Laboratórios especiais de diagnóstico  
Microrganismos da Classe de Risco 3 ou grandes volumes e altas concentrações de 
microrganismos da Classe de Risco 2  Roupas especiais e acesso controlado. 
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 Níveis de Biossegurança 4 (NB4)  Laboratórios especiais  Microrganismos 
patogênicos perigosos  Procedimentos especiais de Biossegurança  Acesso totalmente 
restrito. 
 
2.8. PERIGOS EXISTENTES NO LABORATÓRIO 
 Formação de aerossóis. 
 Atividades com grandes volumes e/ou altas concentrações de microrganismos. 
 Sobrelotação de pessoal e equipamento. 
 Infestação de roedores e artrópodes. 
 Entradas não autorizadas. 
 Fluxo de trabalho. 
 Utilização de amostras e reagentes específicos. 
 59% das infecções de origem laboratorial ocorrem em laboratóriosde pesquisa e de aula e 
17% em laboratórios clínicos. 
 Em geral, a aquisição da infecção é decorrente da manipulação profissional de agentes 
infecciosos (40%) e em segundo lugar pela ocorrência de acidentes no laboratório. 
 A fonte de exposição está relacionada a procedimentos com risco de ingestão, de 
inoculação, de contaminação da pele e/ou mucosas e de inalação de aerossóis. 
 18% dos acidentes são decorrentes de descuido por parte do funcionário ou de erro 
humano. 
 Dos acidentes em laboratório: 
 27% por materiais que espirram durante sua manipulação; 
 25% são associados ao uso e descarte incorreto de agulhas; 
 16% por ferimentos com materiais cortantes (tubos e vidraria); 
 13% pela pipetagem com a boca. 
 As pessoas que menos se acidentam tem como características pessoais: 
 A aderência aos regulamentos de BIOSSEGURANÇA; 
 Hábitos defensivos no trabalho; 
 Habilidade em reconhecer situações de risco. 
 As pessoas envolvidas em grande número de acidentes: 
 Têm pouca opinião formada sobre os programas de BIOSSEGURANÇA; 
 Se expõem a riscos excessivos; 
 Trabalham rápido demais; 
 Têm pouco conhecimento sobre os materiais que estão manipulando. 
 
2.9. MÉTODOS UTILIZADOS NA BIOSSEGURANÇA LABORATORIAL 
 Contenção (ou Barreira) Primária: 
 Proteção do trabalhador e do ambiente de trabalho contra a exposição a agentes 
infecciosos. 
 Obtida através das práticas microbiológicas seguras e pelo uso adequado dos 
equipamentos de segurança. 
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 Contenção (ou Barreira) Secundária: 
 Proteção do ambiente externo contra a contaminação proveniente do laboratório e/ou 
setores que manipulam agentes nocivos. 
 Alcançada tanto pela adequada estrutura física do local como também pelas rotinas 
adequadas de trabalho. 
 
2.10. PRÁTICAS PADRÕES NO LABORATÓRIO 
 Limitar ou restringir o acesso ao laboratório  Local de Trabalho. 
 Lavar as mãos. 
 Não comer, beber, fumar, mascar chicletes, manusear lentes de contato, aplicar cosméticos 
ou armazenar alimentos para consumo nas áreas de trabalho. 
 Evitar a pipetagem com a boca. 
 Evitar o uso de calçados abertos. 
 Manter as unhas cortadas e os cabelos presos. 
 Não usar anéis, pulseiras, relógios e cordões longos, durante as atividades laboratoriais. 
 Não lamber as etiquetas ou colocar objetos na boca. 
 Não utilizar a pia do laboratório como lavatório. 
 Usar roupa de proteção durante o trabalho  Equipamentos de Proteção Individual (EPI): 
 Essas peças de vestuário não devem ser usadas em outros espaços que não sejam do 
laboratório (escritório, biblioteca, salas de estar e refeitório). 
 Jalecos, luvas, toucas, óculos, máscaras, protetores, dispositivos para pipetagem, etc. 
 Verificar os equipamentos de proteção coletiva (EPC)  Extintores, chuveiro de água fria 
e lava-olhos. 
 Manter Boas Práticas de Laboratório (BPL). 
 Restringir ao máximo a utilização de agulhas. 
 Todos os procedimentos da análise devem ser realizados  Protocolos. 
 As superfícies de trabalho devem ser descontaminadas antes e depois das atividades. 
 Todas as culturas, colônias e outros resíduos devem ser descontaminados antes de serem 
descartados. 
 Afixar o símbolo internacional de "Risco Biológico" na entrada do laboratório. 
 Providenciar o exame médico adequado. 
 Presença de kits de primeiros socorros, na área de apoio ao laboratório. 
 O responsável pelo laboratório precisa assegurar a capacitação da equipe em relação às 
medidas de segurança e emergência. 
 Deve haver um programa de controle de roedores e artrópodes. 
 
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3. MATERIAIS E EQUIPAMENTOS 
 
3.1. VIDRARIAS 
 Alça Drigalsky 
 Almofariz com Pistilo 
 Balão de Fundo Chato 
 Balão de Fundo Redondo 
 Balão Volumétrico 
 Bastão de Vidro 
 Becker 
 Bureta 
 Condensador 
 Erlenmeyer 
 Frascos de Vidros (Transparente / Âmbar) 
 Funil de Buchner 
 Funil de Vidro (Haste Longa / Curta) 
 Funil de Separação 
 Kitassato 
 Lâminas de Vidro e Lamínulas 
 Pipeta Volumétrica 
 Pipetas de Vidro 
 Placas de Petri 
 Proveta 
 Tubos de Ensaio 
 Vidro de Relógio 
 
 
 
 
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3.2. EQUIPAMENTOS 
 Autoclave 
 Balança de Precisão 
 Bico de Bunsen 
 Cabine de Fluxo Laminar 
 Cabo Kolle + Alça Bacteriológica / Agulha Bacteriológica 
 Capela de Exaustão 
 Chapa Aquecedora 
 Condutivímetro 
 Contador de Colônias 
 Deionizador 
 Destilador de Água 
 Espectrofotômetro ou Espectrômetro 
 Estante para Tubos de Ensaio 
 Estereoscópio ou Estereomicroscópio (Lupa) 
 Estufa de Banho-Maria 
 Estufa de Esterilização (Forno Pasteur) 
 Estufa de Incubação (Estufa Microbiológica) 
 Freezer 
 Hastes de Ferro + Garras + Suportes 
 Homogeneizador (Agitador) de Tubos de Ensaio 
 Manta Aquecedora 
 Medidor de pH 
 Microscópio 
 Oxímetro 
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 Refrigerador 
 Tela de Amianto 
 Tripé 
 Turbidímetro 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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3.3. MATERIAIS DE CONSUMO 
 Álcool 
 Algodão Hidrofílico 
 Algodão Hidrofóbico 
 Caneta Marcadora 
 Corantes 
 Detergente 
 Escova para Tubos 
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 Esponja 
 Hipoclorito de Sódio (Água Sanitária) 
 Lápis Dermatográfico 
 Meios de Cultura 
 Microtubos (Tubos Eppendorf) 
 Microplacas 
 Óleo de Imersão 
 Papel Alumínio 
 Papel Toalha 
 Pipeta Pasteur 
 Pisseta 
 Potes Coletores 
 Reagentes Químicos 
 Swabs (Suabes) (Zaragatoa) 
 
 
3.4. PARTES DO MICROSCÓPIO ÓPTICO 
 
 
 
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4. TAXONOMIA E FILOGENIA DOS MICRORGANISMOS 
 
4.1 CONCEITOS 
 TAXONOMIA 
 Taxis = Arranjo + Nomia = Método. 
 Classifica os seres vivos em categorias de acordo com suas similaridades e diferenças. 
 FILOGENIA 
 File/Filon = Tribo ou Raça + Genia = Origem ou Nascimento. 
 Classifica os seres vivos de acordo com sua história evolutiva. 
 
4.2 HISTÓRICO 
 Bíblia  ADÃO 
 Nomeou os seres vivos. 
 Gênesis 2:19  “Tendo, pois, o Senhor Deus formado da terra todos os animais dos campos, e 
todas as aves dos céus, levou-os ao homem, para ver como ele os havia de chamar; e todo o nome que o 
homem pôs aos animais vivos, esse é o seu verdadeiro nome.” 
 Séc. IV a.C.  ARISTÓTELES (384-322 a.C.) 
 Classificação dos seres vivos  Plantas e animais. 
 1650  JOHN RAY (1627-1705) 
 Tentou catalogou os organismos da Terra. 
 Classificou diversas plantas. 
 Primeiro a usar o termo ESPÉCIE. 
 1735  KARL VON LINNÉ (1707-1778) 
 Pai da Taxonomia Moderna. 
 Criou o sistema binominal dos seres vivos. 
 1857  CARL VON NÄGELI (1817-1891) 
 Classificou as bactérias e os fungos no Reino Plantae. 
 1859  CHARLES DARWIN (1809-1882) 
 Descreveu que a seleção natural era responsável pelas similaridades e diferenças entre 
os seres vivos. 
 1866  ERNEST HAECKEL (1834-1919): 
 Classificou as bactérias, protozoários, algas e fungos no Reino Protista. 
 1925  ÉDOUARD CHATTON (1883-1947): 
 Diferenciou organismos com células com núcleo (eucariontes) e os anucleados 
(procariontes). 
 1961  ROGER STANIER (1916-1982): 
 Autor da definição atual de procarioto. 
 1968  ROBERT GEORGE EVERITT MURRAY (1919-): 
 Criou o Reino Procaryotae (Monera). 
 Bactérias Gram-Positivas; Bactérias-Negativas; Micoplasmas. 
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 1969  ROBERT H. WHITTAKER (1920-1980): Criou o sistema de classificação com cinco (5) Reinos. 
 Monera  Protista  Fungi  Plantae (Metaphyta) Animalia (Metazoa). 
 1978  CARL R. WOESE (1928-2012): 
 Criou o sistema de classificação com três (3) Domínios. 
 Análise filogenética do RNA-r (ribossomal) 16S. 
 Archaea + Eubacteria  Prokaryotes. 
 Eukarya  Eukaryotes 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4.3 NOMENCLATURA 
 Regulamentada pelo Código Internacional de Nomenclatura, que se baseia no Sistema 
Binominal desenvolvido por Karl Von Linné. 
 Regras de Nomenclatura: 
 A nomenclatura de espécie é obrigatoriamente binominal, sendo o primeiro deles a 
designação de gênero; 
 Sua grafia deve obedecer à colocação de ambos em destaque representado por letras 
em itálico ou sublinhado; 
 A primeira letra referente ao gênero em maiúsculo e o termo específico em minúscula; 
 As palavras correspondentes devem ter origem latina ou latinizada  Escherichia coli; 
 Opcionalmente se, já citada no texto, as demais vezes em que uma espécie for escrita, 
poderá ser colocada de forma que a primeira letra do gênero seja seguida de ponto  
Clostridium perfringens (1ª citação) e C. perfringens (próximas citações); 
 Caso não se especifique a espécie, mas sabe-se o gênero, deve ser escrito o gênero 
seguido do termo spp. (gênero com diferentes espécies)  Clostridium spp. 
 
4.4 CLASSIFICAÇÃO 
 É responsável pelo agrupamento de bactérias que compartilham certas características 
comuns em grupos taxonômicos. 
 Os sistemas de classificação podem ser artificiais ou naturais. 
 Artificiais  características fenotípicas (morfológicas e fisiológicas). 
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 Naturais  relações filogenéticas (moléculas de RNA-r; parede celular; lipídeos; 
proteínas). 
 
4.5. HIERARQUIA TAXONÔMICA 
 Domínio 
 Reino 
 Filo 
 Classe 
 Ordem 
 Família 
 Gênero 
 Espécie. 
 
4.6. CONCEITO DE ESPÉCIE EM MICROBIOLOGIA 
 Populações clonais que apresentam alto grau de similaridade fenotípica e genotípica, além 
de apresentarem dissimilaridade com outros grupos relacionados. 
 Espécie microbiana representa um grupo de biotipos semelhantes à cepa (estirpe) padrão e 
diferente de outras. Para cada espécie é designada uma cepa padrão ou type strain, que é 
mantida em coleções especializadas. 
 
4.7. VARIEDADES DENTRO DE UMA ESPÉCIE 
 BIOTIPO  Comportamento bioquímico. 
 SOROTIPO  Composição antigênica. 
 FAGOTIPO  Receptores para bacteriófagos. 
 PATOTIPO  Propriedades patogênicas. 
 
4.8. IDENTIFICAÇÃO 
 Consiste na determinação da espécie ou de outra unidade taxonômica de uma bactéria 
recém-isolada. 
 Características Fenotípicas: 
 Cultivo  Características nutricionais; características morfológicas e tintoriais; 
 Microscopia  Formato das células; Técnica de coloração de Gram; 
 Testes Bioquímicos  Primários (Família; Gênero); Secundários e Terciários 
(Espécie). 
 Características Genotípicas: 
 PCR  Identifica fragmentos específicos de DNA; 
 Porcentagens de Guanina e Citosina (%GC); 
 RNA-ribossomal. 
 Características Antigências: 
 Sorotipagem  Soros com anticorpos específicos. 
SOROTIPO 
BIOTIPO 
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5. ESTRUTURA GERAL DOS MICRORGANISMOS 
 
5.1. INTRODUÇÃO 
 Célula  Unidade viva fundamental dos seres vivos. 
 1665  Robert Hooke (1635-1703) 
 Visualizou pequenas câmaras vazias na estrutura da cortiça  Microscópio. 
 1838  Matthias Schleiden (1804-1881) & Theodore Schwann (1810-1882) 
 Teoria Celular. 
 1858  Rudolf Virchow (1821-1902) 
 Células surgem de outras pré-existentes. 
 Célula Procariota X Célula Eucariota 
Estrutura das Células 
Procariotas (Procarióticas) 
Estrutura das Células 
Eucariotas (Eucarióticas) 
Plasmídeo + Cromossomo 
(Material Genético) 
Citoplasma 
Partículas Citoplasmáticas 
(Ribossomos e Polirribossomos) 
Membrana Celular 
Parede Celular 
Cápsulas 
Flagelos 
Pili (Fímbrias) 
Esporos (Endosporos) 
Membrana Celular 
Membrana Nuclear 
Núcleo (Material Genético) 
Citoplasma: 
Ribossomos 
Retículos Endoplasmáticos 
Complexo Golgiensi 
Lisossomos 
Mitocôndrias 
Centríolos 
Parede Celular 
Flagelos e Cílios 
 
ESTRUTURAS 
CELULARES 
CÉLULAS 
PROCARIÓTICAS 
CÉLULAS 
EUCARIÓTICAS 
PAREDE CELULAR 
Todas as bactérias 
(PEPTIDOGLICANO) 
Protozoários e animais 
(AUSENTE) 
Vegetais (CELULOSE) 
Fungos (QUITINA) 
MEMBRANA 
NUCLEAR 
Ausente Presente 
ORGANELAS 
MEMBRANOSAS 
Ausentes 
(exceto MESOSSOMOS) 
Presentes 
MICROTÚBULOS E 
CENTRÍOLOS 
Ausentes Presentes 
RIBOSSOMOS Menores (70S) Maiores (80S) 
CROMOSSOMOS Somente DNA DNA e Proteínas 
FLAGELOS E CÍLIOS 
Estrutura proteica 
(FLAGELINA) 
Ausência de cílios 
A partir dos 
MICROTÚBULOS dos 
CENTRÍOLOS 
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 Classificação dos Seres Vivos: 
DOMÍNIOS REINOS EXEMPLOS 
EUBACTERIA 
------------- 
Cyanobacteria; Bactérias Gram-Positivas e 
Gram-Negativas 
ARCHAEABACTERIA Thermophila; Halophila; Methanobacterium 
EUKARYA 
PROTISTA Protozoários e Algas microscópicas 
FUNGI Fungos, Mofos e Leveduras 
PLANTAE 
Talófitas, Briófitas, Pteridófitas, 
Gimnospermas e Angiospermas 
ANIMALIA 
Poríferos, Cnidários, Platelmintos, 
Nematelmintos, Anelídeos, Artrópodes, 
Anelídeos, Moluscos, Equinodermos, Peixes, 
Anfíbios, Répteis, Aves e Mamíferos 
 Diferenças Entre os Principais Microrganismos: 
DIFERENÇAS 
ALGAS 
(MICROSCÓPICAS) 
PROTOZOÁRIOS FUNGOS BACTÉRIAS VÍRUS 
TIPO CELULAR Eucariota Eucariota Eucariota Procariota Acelular 
PAREDE 
CELULAR 
Presente 
(celulose) 
Ausente 
Presente 
(quitina) 
Presente 
(peptidoglicano) 
-------- 
FOTOSSÍNTESE Sim Não Não Sim / Não -------- 
MOTILIDADE Sim / Não Sim Não Sim / Não -------- 
ÁCIDO 
NUCLÉICO 
Ambos Ambos Ambos Ambos 
Único 
(DNA ou 
RNA) 
METABOLISMO Próprio Próprio Próprio Próprio Dependente 
 
 
5.2. ESTRUTURAS CELULARES DOS PROCARIOTAS 
 Membrana Plasmática: 
 Não contem esteróis  Exceto Micoplasmas. 
 Mesossomos: 
 Replicação do DNA. 
 Sítio da respiração celular. 
 Parede Celular: 
 Peptidoglicano (Mureína): 
 NAG  Ácido N-Acetilglucosamina. 
 NAM  Ácido N-Acetilmurâmico (Acetilgalactosamina). 
 Peptídeo. 
 Formação de monômeros. 
 Bactoprenol  Transporta os monômeros (NAG+NAM). 
 Ligação Horizontal (Transglicolização)  NAM + NAG. 
 Ligação Cruzada (Transpeptidase)  Peptídeo + NAM. 
 Bactérias Gram-Positivas  Camada espessa de PEPTIDOGLICANO. 
 Bactérias Gram-Negativas  Fina camada de PEPTIDOGLICANO + Membrana 
externa de LIPOPOLISSACARÍDEOS (LPS). 
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 Membrana de LPS: 
 Sítio de ligação de bacteriófagos. 
 Antígeno O  Antígeno de membrana. 
 Lipídeos + Polissacarídeos. 
 Micobactérias: 
 Parede celular mais resistente. 
 Ácido Micólico. 
 Bactérias Álcool-Ácido Resistentes (BAAR). 
 Ribossomos: 
 Formado por 60% de RNA-r e 40% de proteínas ribossomais (RNA-r + Ptns 
ribossomais). 
 Eucariontes  80S  60S+40S  18S RNA-r + Proteínas. 
 Procariontes  70S  50S+30S  16S RNA-r + Proteínas. 
 S  Coeficiente de Sedimentação  Velocidade. 
 Polissomos / Polirribossomos  Agrupados. 
 Nucleóide: 
 Cromossomo único circular. 
 DNA (dupla hélice) + Proteínas. 
 Cápsula: 
 Dificulta a fagocitose pelas células de defesa. 
 Função de aderência. 
 Polissacarídeos semelhantes aos eucariotos. 
 Flagelos: 
 Formados por proteína  Flagelina. 
 Função de locomoção. 
 Nem todas as bactérias possuem. 
 Classificação das bactérias de acordo com o número de flagelos: 
 Monotríquias  Possuem um único flagelo. 
 Anfitríquias  Tem um flagelo em cada extremidade da célula. 
 Lofotríquias  Apresentam múltiplos flagelos em um único ponto da célula. 
 Peritríquias  Possuemflagelos em toda a superfície da célula. 
 Pilus / Fímbrias: 
 Pilus  Proteína Pilina  Mais longo  Adesão, receptores, conjugação. 
 Fímbrias  Mais curtos  Adesão, receptora. 
 Grânulos ou Inclusões Citoplasmáticas: 
 Polímeros insolúveis. 
 Reserva de nutrientes. 
 Endósporos ou Esporos: 
 Envoltório composto por cálcio. 
 Ambiente inóspito  Condições desfavoráveis  Bactéria se esporula. 
 Função  Resistência  Dessecação, calor, agentes químicos, radiações, lisozima 
(quebra ligação glicolítica). 
 Germinação  Volta a ser uma célula germinativa. 
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5.3. VÍRUS 
 Possuem DNA ou RNA. 
 Parasitas intracelulares. 
 Constituído de um genoma (material genético) de DNA ou RNA revestido por um 
CAPSÍDIO (capa de proteína), o qual é composto por várias unidades proteicas menores 
chamadas CAPSÔMEROS. 
 REPLICAÇÃO VIRAL  Ciclo lisogênico e ciclo lítico. 
 Bacteriófagos  Vírus que infectam bactérias. 
 Viroides  Formados por uma única fita de RNA circular que pode infectar uma célula 
vegetal. 
 Príons  Pequenas proteínas que causam doenças no sistema nervoso do homem e dos 
outros animais. 
 
5.4 DOMÍNIOS EUBACTERIA & ARCHAEABACTERIA 
 Classificação: 
 Arqueobactérias  Bactérias primitivas (antigas). 
 Eubactérias  Bactérias verdadeiras. 
 Cianobactérias  Algas cianofíceas (algas azuis). 
 Arqueobactérias: 
 Bactérias que habitam locais com características extremas: 
 HALÓFILAS: lagos salgados. 
 TERMOACIDÓFILAS: fontes de águas quentes e ácidas. 
 METANOGÊNICAS: pântanos e trato digestivo de herbívoros, produzem 
Metano. 
 Eubactérias: 
 Cianofíceas: 
 Autotróficas fotossintetizantes. 
 Maioria dulcícolas, isoladas ou em colônias. 
 Clorofila; Ficocianina; Ficoeritrina. 
 Reprodução assexuada. 
 Bactérias. 
 Características das Bactérias: 
 Procariontes. 
 Parede celular  PEPTIDOGLICANO. 
 Importância das bactérias: 
 Decompositoras  Reciclagem da matéria orgânica. 
 Associações  Bactérias nitrificantes; microbiota endógena. 
 Indústrias de alimentos e farmacêutica. 
 Muitas características fornecem dados para a identificação e classificação das bactérias: 
 Morfologia  Crescimento  Metabolismo  Composição Genética 
 Coloração  Atmosfera  Patogenicidade  Temperatura 
 Motilidade  Nutrição  Aminoácidos 
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 Morfologia: 
 Três formas básicas: 
 COCOS  Células esféricas: 
 Diplococo  Cocos em dupla  Neisseria meningitides; Streptococcus pneumoniae 
 Tétrade  Cocos em quarteto  Sarcina spp. 
 Sarcina  Oito cocos agrupados formando um cubo  Sarcina spp. 
 Estafilococos  Cocos agrupados em forma de cachos  Staphylococcus aureus 
 Estreptococos  Cocos agrupados em fila Streptococcus pyogenes 
 Cocobacilos  Célula apresentando morfologia entre um coco e um bacilo  
Acinetobacter spp. 
 BACILOS  Células em forma de bastão  Mycobacterium spp.; Escherichia coli; 
Salmonella spp.: 
 Diplobacilo  Bacilos em dupla; 
 Estreptobacilo  Bacilos agrupados em fila; 
 Vibrião  Bacilos curvados parecendo uma vírgula  Vibrio cholerae 
 HELICÓIDES  Células espiraladas (espirais): 
 Espirilos  Apresentam menos espirais, são menos espiralados  Treponema 
pallidum 
 Espiroquetas  São mais espiralados  Leptospira spp. 
COCOS BACILOS ou BASTONETES 
DIPLOCOCO 
TÉTRADE 
SARCINA 
PNEUMOCOCO 
ESTREPTOCOCO 
ESTAFILOCOCO 
DIPLOBACILO 
ESTREPTOBACILO 
VIBRIÃO 
HELICÓIDES ou ESPIRALADOS 
ESPIRILO 
ESPIROQUETA 
 Crescimento: 
 Tamanho, cor, forma das colônias dependem do meio de cultura utilizado, sendo 
característico de cada espécie; 
 A sua velocidade de crescimento é também uma característica importante. 
 Motilidade: 
 Associada à presença de flagelos; 
 Bactérias móveis e imóveis. 
 Coloração: 
Método de GRAM 
Método de ZIEHL-NEELSEN 
Bactérias Álcool-Ácido 
Resistentes (BAAR) 
GRAM-POSITIVAS 
(púrpuras ou violetas) 
Corante: Cristal Violeta 
BAAR-POSITIVAS 
(vermelhas) 
Corante: Fucsina 
GRAM-NEGATIVAS 
(vermelhas) 
Corante: Safranina ou Fucsina 
BAAR-NEGATIVAS 
(azuis) 
Corante: Azul de Metileno 
 
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 Exigências Atmosféricas: 
 
Aeróbia 
Obrigatória 
(Estrita) 
Aeróbia 
Microaerofílica 
(Microaerófila) 
Anaeróbia 
Obrigatória 
(Estrita) 
Anaeróbia 
Facultativa 
Anaeróbia 
Aerotolerante 
 CAPNÓFILAS  Bactérias que crescem melhor na presença de concentrações 
aumentadas de CO2 
 Exigências Nutritivas: 
 Necessidade de alguma substância que forneça CARBONO, HIDROGÊNIO, 
OXIGÊNIO, ENXOFRE, FÓSFORO e NITROGÊNIO. 
 Atividades Bioquímica e Metabólica: 
 Em meios específicos, certas bactérias são caracterizadas pela produção de CO2, 
H2SO4, O2 ou Metano. 
 Patogenicidade: 
 Presença de cápsulas, toxinas (endo e exo) e enzimas que danificam células e tecidos. 
 Sequência de Aminoácidos das Proteínas: 
 Algumas proteínas encontradas nas bactérias são específicas daquela espécie. 
 Composição Genética: 
 Composição do material genético (DNA) é única para cada espécie. 
 Temperatura: 
BACTÉRIAS TEMPERATURAS 
PSICRODÚRICAS Congelamento (<0oC) 
PSICRÓFILAS 0oC – 20oC 
PSICROTRÓFILAS -5oC – 35oC (Ideal: 25oC – 30oC) 
MESÓFILAS 20oC – 40oC (Ideal: 35oC – 37oC) 
TERMÓFILAS 40oC – 90oC (Ideal: 45oC – 55oC) 
TERMODÚRICAS Fervura (>100oC) 
 
5.5 REINO PROTOCTISTA (PROTISTA) 
 Representado pelos Protozoários e Algas Unicelulares. 
 Características dos Protozoários: 
 Heterótrofos. 
 Aeróbicos. 
 Vida livre / parasitas; 
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 Associação com seres vivos: cupim /fungos / mamíferos. 
 Reprodução assexuada (cissiparidade); reprodução sexuada (conjugação). 
 Formação de CISTOS: condições desfavoráveis. 
 Classificação dos Protozoários: 
PROTOZOÁRIOS CARACTERÍSTICAS EXEMPLOS 
SARCODÍNEOS 
(RIZÓPODES) 
Não possuem cílios nem flagelos. 
Locomovem-se através de 
PSEUDÓPODES ou 
PSEUDOPÓDIOS. 
Fagocitose ou Pinocitose. 
Entamoeba histolytica 
Amoeba proteus 
FLAGELADOS 
(MASTIGÓFORAS) 
Movem-se por meio de um ou mais 
FLAGELOS. 
Trypanosoma cruzi 
Giardia lamblia 
Trichomonas vaginalis 
CILIADOS 
(CILIÓFORAS) 
Movem-se por meio de um grande 
número de CÍLIOS. 
Balantidium coli 
Paramecium aurelia 
ESPOROZOÁRIOS Não são móveis. 
Plasmodium malariae 
Toxoplasma gondii 
 Algas: 
 ALGAS UNICELULARES: 
 São organismos eucarióticos. 
 Classificados no Reino Protoctista. 
 ALGAS PLURICELULARES: 
 Formadas por várias células eucarióticas. 
 Classificadas como TALÓFITAS no Reino Vegetal. 
 Características das Algas Unicelulares: 
 Autótrofas fotossintetizantes. 
 Formam o PLÂNCTON  FITOPLÂNCTON + ZOOPLÂNCTON; 
 MARÉ VERMELHA: 
  Temperatura; 
  Luminosidade; 
  Nutrientes  EUTROFIZAÇÃO. 
 Classificação das Algas Unicelulares: 
ALGAS CARACTERÍSTICAS 
CRISÓFITAS 
Algas douradas, conhecidas como DIATOMÁCEAS. 
Possuem FUCOXANTINA e SÍLICA. 
PIRRÓFITAS 
Capacidade de BIOLUMINESCÊNCIA. 
Dotadas de dois flagelos, se movimentam em rodopios. 
Conhecidas como DINOFLAGELADAS. 
São responsáveis pela MARÉ VERMELHA. 
EUGLENÓFITAS 
Principalmente dulcícolas. 
Dois flagelos (um emergente e outro não-emergente). 
 
 
34 
 
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5.6. REINO FUNGI 
 Características dos Fungos: 
 Cogumelos; bolores; mofos e leveduras. 
 Heterotróficos: matéria orgânica em decomposição. 
 Parede celular  QUITINA. 
 Muitos fungos são unicelulares  LEVEDURAS. 
 Outros crescem como filamentos (HIFAS), que se entrelaçam para formar uma massa 
(MICÉLIO). 
 Alguns formam o CORPO FRUTÍFERO (ESTROMA)  Estruturas reprodutoras. Reprodução assexuada  Esporos. 
 Reprodução sexuada: fusão de duas HIFAS haplóides. 
 MUTUALISMO: 
 LÍQUENS: fungos + cianofíceas; 
 MICORRIZAS: fungos + raízes de plantas. 
 Classificação dos Fungos: 
FUNGOS CARACTERÍSTICAS EXEMPLOS 
OOMYCOTA 
Reproduzem-se sexuadamente por meio de 
esporos móveis e flagelados. 
Phytophtera infestans 
Plasmopara viticola 
ZIGOMYCOTA 
Parasitas microscópicos de plantas e animais 
inferiores, e alguns bolores que causam 
mofos. Bolor Negro do Pão. 
Rhyzopus stolonifer 
ASCOMYCOTA 
Formam ASCÓPOROS, esporos originados 
no interior de ASCOS. 
Fabricação de queijos. Levedos; trufas; 
bolores; parasitas de plantas. 
Aspergillus fumigatus 
Aspergillus flavus 
Saccharomyces cerevisae 
Penicillium roquefortii 
Penicillium camembertii 
BASIDIOMYCOTA 
Formados por MICÉLIO, que crescem no 
solo ou madeira em decomposição. 
Apresenta basidioma (COGUMELO), que 
libera esporos (BASIDIÓSPOROS) 
formados nos BASÍDIOS. 
Agaricus campestri 
Amanita muscaria 
DEUTEROMYCOTA 
(FUNGOS 
IMPERFEITOS) 
Fungos parasitas, causadores de doenças 
(MICOSES). 
Candida albicans 
Trichophyton purpureum 
Epidermophyton 
floccosum 
 
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6. FISIOLOGIA MICROBIANA 
 
6.1. TIPOS NUTRICIONAIS 
SERES VIVOS 
FONTE DE 
ENERGIA 
FONTE DE 
CARBONO 
EXEMPLOS 
FOTOAUTOTRÓFICOS 
(FOTOLITOTRÓFICOS) 
LUZ 
CO2 e outros 
(INORGÂNICA) 
Vegetais; algas; 
cianobactérias; 
bactérias sulfurosas. 
FOTOETEROTRÓFICOS 
(FOTORGANOTRÓFICOS) 
LUZ ORGÂNICA 
Bactérias não 
sulfurosas. 
QUIMIOAUTOTRÓFICOS 
(QUIMIOLITOTRÓFICOS) 
QUÍMICA 
(H2S; S; NH3; 
NO2-; H2; Fe-2) 
CO2 e outros 
(INORGÂNICA) 
Bactérias 
nitrificantes; 
hidrogênicas; 
ferrosas e sulfurosas. 
QUIMIOETEROTRÓFICOS 
(QUIMIORGANOTRÓFICOS) 
QUÍMICA 
(Glicose) 
ORGÂNICA 
(Glicose) 
Animais; 
protozoários; fungos; 
maioria das bactérias. 
6.2. ENZIMAS 
 Enzimas: 
 Proteínas que aceleram a velocidade das reações químicas. 
 Componentes das enzimas: 
 APOENZIMA  Porção proteica. 
 COENZIMA (COFATOR)  Componente não-proteico. 
 HOLOENZIMA  APOENZIMA + COFATOR. 
 Mecanismo de Ação: 
 Substrato entra em contato com o sítio da enzima. 
 Forma-se o COMPLEXO ENZIMA+SUBSTRATO. 
 Transformação da molécula do substrato: 
 Quebra da molécula; 
 Combinação com outra molécula. 
 Liberação dos produtos da reação. 
 Enzima livre para reagir com outras moléculas do substrato. 
 Fatores que Influenciam a Atividade Enzimática: 
 Temperatura. 
 Ph. 
 Concentração do substrato. 
 Inibidores: 
 Inibidores Competitivos  Ocupam o sítio ativo de uma enzima, competindo 
com o substrato. 
 Inibidores Não-Competitivos (Alostéricos)  Interagem com uma parte da 
enzima, causando uma deformidade no sítio ativo da enzima  Inibição 
Alostérica. 
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 Enzimas Metabólicas: 
 ENDOENZIMAS  Encontradas dentro das células. 
 EXOENZIMAS  Secretadas para fora da célula. 
6.3. METABOLISMO 
 Metabolismo Celular: 
 Soma de todas as reações químicas dentro de um organismo vivo, podendo ser dividido 
em duas classes de reações químicas: 
 Aquelas que liberam energia  Catabolismo. 
 Aquelas que requerem energia  Anabolismo. 
 CATABOLISMO  Degradação metabólica de compostos orgânicos, resultando na 
produção de energia e moléculas menores. 
 ANABOLISMO  Processos biossintéticos que usam energia para a síntese de 
substâncias necessárias para o crescimento, manutenção e funções celulares. 
 As reações catabólicas (degradativas) fornecem a energia necessária para as reações 
anabólicas (biossintéticas). 
 Biossíntese Metabólica (Anabolismo): 
 Conversão de Energia. 
 Uso de Energia. 
 Fotossíntese: 
 
 Quimiossíntese  Envolve uma fonte química de energia e matéria-prima para 
sintetizar os metabólitos e macromoléculas necessários ao crescimento e realização das 
funções do organismo. 
 Oxidação aeróbica (Quimioautotróficos). 
 Nutrientes a partir de materiais orgânicos (Quimiorganotróficos). 
 
 Metabolismo Energético: 
 Reações de OXIRREDUÇÃO. 
6.4. PRODUÇÃO DE ENERGIA 
 Respiração (Aeróbica) Celular da Glicose: 
 Glicólise. 
 Ciclo do Ácido Cítrico e Sistema Transportador de Elétrons. 
 
 
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 Respiração Anaeróbica (Fermentação Anaeróbica): 
 Fermentação Láctica: 
 
 Fermentação Alcoólica: 
 
 Oxidação Aeróbica pelos Quimiolitotróficos (Quimioautotróficos): 
 São capazes de realizar as reações da respiração oxidando: 
H2 H2O NH3 e NO2
- NO3
- 
Hidrogênio Água Amônia Nitrito Nitrato 
C e CO CO2 H2S e S SO4
-2 
Carbono Monóxido Carbono Dióxido de Carbono Gás Sulfídrico Enxofre Sulfato 
 Respiração Anaeróbica pelos Quimioautotróficos: 
 O doador de elétrons normalmente é um composto orgânico, tal como a glicose. 
 Os compostos inorgânicos servem como aceptores finais de elétrons no lugar do 
oxigênio. 
NO3- NO2- e N2 
Nitrato Nitrito Gás Nitrogênio 
CO3-2 CO2 e CH4 
Carbonato Dióxido Carbono Metano 
SO4- S e H2S 
Sulfato Enxofre Gás Sulfídrico 
6.5. CRESCIMENTO MICROBIANO 
 O crescimento bacteriano é considerado o aumento do número de indivíduos 
(populacional) e não o aumento de tamanho (individual) de uma determinada célula  
Aumento do número de microrganismos. 
 Divisão binária  Cissiparidade ou Bipartição. 
 Depende de: 
 Temperatura e pH. 
 Umidade. 
 Nutrientes. 
 Atmosfera. 
 
6.6. MEIO DE CULTURA 
 Composição: 
 Complexo  Natural (extrato de carne). 
 Sintético  Quimicamente conhecido. 
 
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 Consistência: 
 Líquido. 
 Semi-sólido. 
 Sólido. 
 Utilização: 
 Enriquecido  Contem um rico suprimento de nutrientes especiais que promovem o 
crescimento dos microrganismos: 
 Ágar Sangue  5% de sangue de carneiro. 
 Ágar Chocolate  Hemoglobina. 
 Seletivo  Apresenta inibidores: 
 Ágar MaConkey  Inibe o crescimento de bactérias Gram-Positivas (G+). 
 Ágar Dextrose Sabouraud  Seletivo para fungos. 
 Ágar Verde Brilhante  Inibe bactérias Gram-Negativas (G-). 
 Diferencial ou Indicador  Permite a diferenciação de microrganismos: 
 Ágar MaConkey  Lactose + (colônias cor-de-rosa); Lactose – (colônias sem 
cor). 
 Ágar Manitol Salgado  Crescimento de Staphylococcus aureus. 
 Ágar Sangue  Diferentes tipos de hemólise. 
COMPOSIÇÃO CONSISTÊNCIA UTILIZAÇÃO 
Complexo 
Sintético 
Líquido 
Semi-sólido 
Sólido 
Enriquecido 
Seletivo 
Diferencial 
(Indicador) 
 
6.7. CURVA DE CRESCIMENTO POPULACIONAL 
 
 1 – FASE INICIAL (LAG ou LATÊNCIA): 
 Bactéria absorve nutrientes, sintetiza enzimas e se prepara para a reprodução. 
 2 – FASE LOGARÍTMICA DO CRESCIMENTO (LOG ou EXPONENCIAL): 
 Bactéria se multiplica rapidamente, o número de população dobra a cada TEMPO DE 
GERAÇÃO. 
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 3 – FASE ESTACIONÁRIA: 
 Equilíbrio entre o número de novas bactérias e o número de bactérias mortas. 
 4 – FASE DE MORTE (DECLÍNIO): 
 O número de bactérias mortas excede o número de novas bactérias  Extinção da 
colônia. 
6.8. TEMPO DE GERAÇÃO 
 Contaminação inicial. 
 Taxa de crescimento  Variação no número ou massa por unidade de tempo. 
 Tempo de geração  Intervalo de tempo necessário para que uma célula se duplique  
Número de gerações. 
 Reprodução assexuada  Divisão binária (bipartição). 
 Cálculo do número final de células: 
N = N0 x 2n 
 N  Número total de bactérias após determinado tempo. 
 N0  Número inicial de células bacterianas; 
 n  Númerode gerações. 
 Cálculo do número de gerações: 
n = log N – log N0 / 0,301 
 Cálculo do tempo de geração: 
 g = t / n n = t / g 
 g  Tempo de geração. 
 t  Tempo de crescimento. 
 n  Número de gerações. 
 
Exemplo: 
Três (3) bactérias iniciais (N0) com um tempo de geração (g) de dez (10) minutos. Quantas 
bactérias (N) em uma hora e vinte minutos (t)? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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7. GENÉTICA BACTERIANA 
 
7.1. ESTRUTURA GENÉTICA 
 Molécula DNA. 
 Molécula RNA. 
 
7.2. REPLICAÇÃO DO DNA 
 Semiconservativa. 
 5’  3’: fita líder (Ladding Strand) continua. 
 3’  5’: fragmentos de OKASAKI + DNA-ligase. 
 
7.3. SÍNTESE PROTÉICA 
 TRANSCRIÇÃO  síntese de uma fita complementar de RNA (RNA-m) a partir de um 
molde de DNA. 
 TRADUÇÃO  síntese de proteínas, através da decodificação do RNA-m convertendo a 
sua informação em proteínas. 
 
7.4. PLASMÍDEOS 
 Moléculas extracromossomiais circulares de DNA. 
 Replicação independente  Autorreplicante. 
 Todos os plasmídeos contem pelo menos uma sequência de DNA que serve como uma 
"origem de replicação" ou ori (ponto inicial para a replicação de DNA), e que permite ao 
DNA do plasmídeo replicar-se independentemente do DNA cromossômico. 
 Tipos de plasmídeos: 
 PLASMÍDEOS CONJUNTIVOS  Contem um gene chamado tra-gene, que pode 
iniciar a conjugação. 
 PLASMÍDEOS NÃO-CONJUNTIVOS  São incapazes de iniciar a conjugação e, 
por esse motivo, não há movimento independente para outra bactéria, mas podem ser 
transferidos com plasmídeos conjuntivos durante a conjugação. 
 PLASMÍDEO SEXUAL (PLASMÍDEO F): 
 Genes dos PILIS sexuais; 
 FATOR F  Fator de fertilidade; 
 Hfr (Hfr+)  Alta frequência de recombinações. 
 PLASMÍDEO R  Resistência a antibióticos; 
 PLASMÍDEO Col  Produz colicinas  Matam outras bactérias; 
 PLASMÍDEO VIRULENTO  Favorece a virulência  Bactéria torna-se agente 
patogênico; 
 PLASMÍDEO DEGRADATIVO  Permite a degradação de substâncias; 
 EPISSOMAS  Plasmídeos que conseguem se integrar no DNA cromossômico. 
F+  F- 
F+  cromossomo  Hfr 
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7.5. TRANSPOSONS 
 Pequenos segmentos de DNA que podem se mover de uma região de uma molécula de 
DNA para outra. 
 Mediadores da evolução nos organismos  Mutações. 
 
7.6. REGULAÇÃO GÊNICA 
 A célula conserva energia produzindo somente aquelas proteínas necessárias em um 
momento particular  Regulação da transcrição do RNA-m. 
 REPRESSÃO  Diminui a síntese das enzimas, mediada por PTNs reguladoras 
(repressoras). 
 INDUÇÃO  Ativa a transcrição de um gene ou genes (indutor)  Formando enzimas 
induzíveis. 
 
7.7. MUTAÇÃO 
 Alterações na estrutura química ou física do DNA. 
 Alterações na sequência de bases do DNA, causando uma alteração no produto codificado 
por aquele gene. 
 Espontânea ou influenciada. 
 
7.8. AGENTES MUTAGÊNICOS 
 QUÍMICOS: 
 Ácido Nitroso. 
 Análogo de Base  Similares às bases nitrogenadas (drogas antivirais e antitumorais). 
 Benzopireno  Presente na fumaça e na cinza; 
 Aflatoxina  Aspergillus flavus. 
 Acridinas  Corantes. 
 RADIAÇÕES: 
 Raio X. 
 Raio Gama; 
 Luz Ultravioleta (UV). 
 
7.9. TIPOS DE MUTAÇÕES 
 Substituições de pares de bases (mutação de ponto): 
 Transição  Pirimídica  Pirimídica ou Púrica  Púrica. 
 Transversão  Púrica (A-G)  Pirimídica (T-C-U). 
 Mutações sem sentido  Não especificam nenhum aminoácido. 
 Mutações de sentido errado (perda de sentido)  Afetam uma base, ocorrendo 
substituição de um aminoácido por outro. 
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 Mutações silenciosas  Substituição de uma base do DNA por outra mas que codifica o 
mesmo aminoácido. 
 Mutações de fase de leitura (frameshif)  Afetam toda a sequência de bases, devido a 
inserções ou deleções numa sequência. 
 Mutações supressoras  Formando códon sem sentido (UAG / UGA / UAA). 
 
7.10. VARIAÇÕES FENOTÍPICAS 
 AUTOTRÓFICAS  São incapazes de sintetizar fatores de crescimento. 
 RESISTENTE A DROGAS  Exibem tolerância a drogas. 
 MORFOLÓGICAS  Apresentam alterações estruturais. 
 TEMPERATURA-SENSÍVEIS  Incapazes de sintetizar substâncias ou função a 
temperaturas diferentes à normal (temperatura restrita). 
 SUPRESSOR-SENSÍVEIS  Incapazes de funcionar, a menos que uma segunda mutação 
ou fator, ou supressor, esteja presente. 
 
7.11. RECOMBINAÇÃO GENÉTICA 
 Refere-se à troca de genes entre duas moléculas de DNA, para formar novas combinações 
de genes em um cromossomo. 
 Variabilidade genética. 
 TRANSFORMAÇÃO  Processo pelo qual o DNA livre no meio é tomado pela célula, 
resultando em alterações genotípicas desta  Experimento de Griffith. 
 CONJUGAÇÃO  Mecanismo de transferência de informação genética que requer 
contato entre as células  Fator F. 
 TRANSDUÇÃO  Processo no qual o DNA bacteriano é transferido entre células 
mediado por um vírus  Bacteriófago. 
 
7.12. DNA RECOMBINANTE 
 Técnica de transferência de genes dentro de uma espécie ou entre espécies diferentes. 
 Engenharia Genética  Manipulação gênica feita em ambiente de laboratório. 
 Biotecnologia  Termo que inclui todas as aplicações industriais de sistemas ou processos 
biológicos, identifica as aplicações industriais da Engenharia Genética. 
 Principais objetivos: 
 Isolamento de um gene particular, parte de um gene ou de uma região do genoma de interesse. 
 Produção de um RNA particular e proteínas. 
 Melhoramento na produção de compostos bioquímicos. 
 Produção de plantas com características desejáveis. 
 Produção de vacinas. 
 Terapia genética  Geneterapia. 
 
 
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7.13. CRISPR 
 CRISPR  Clustered Regularly Interspaced Short Palindromic Repeats (Repetições Palindrômicas 
Curtas Agrupadas e Regularmente Espaçadas). 
 Este termo surgiu em 2001  artigo de Francisco Mojica e Ruud Jansen  mas a primeira 
observação da sua ação foi feita em 1987 por Yoshizumi Ishino, da Universidade de Osaka. 
 O lócus CRISPR é uma área do material genético de bactérias e arqueas onde se encontram 
repetições, que são “intercaladas” com pequenos fragmentos de DNA de vírus que 
infectaram esses organismos no passado (ou seus antepassados). 
 Esse processo é parte de um mecanismo de defesa das bactérias e arqueas contra esses 
vírus invasores. 
 Quando um vírus, com uma sequência de DNA que já está contida nesse “histórico de 
ameaça” da bactéria ou arquea invade essa célula, ela envia uma enzima capaz de cortar a 
fita dupla do DNA viral na região em que há essa compatibilidade  proteínas Cas9 
(CRISPR associada a proteína 9). 
 Para essa enzima conseguir identificar essa parte do material genético do vírus que já é 
reconhecida como perigosa, a célula produz um complexo guia, contendo um RNA feito a 
partir da sequência de DNA viral que já está em seu genoma  os nucleotídeos que 
compõem esse RNA são complementares a área alvo do vírus invasor. 
 Possíveis aplicações: 
 Ferramenta de edição do genoma  totalidade dos genes  em vez de cortar o DNA 
viral invasor, a Cas9 é “carregada” com um RNA guia que indicará que parte do DNA 
de um ser vivo deve ser cortada  reparo, que geralmente leva a retirada ou adição de 
nucleotídeos, descaracterizando a informação contida na antiga sequência, inutilizando 
o gene. 
 Inativar ou “destruir” genes causadores de doenças, como a hemofilia, que é 
hereditária. 
 Ajudar a identificar a função de determinado gene, analisando a diferença entre 
organismos com o gene ativo, e outros com o gene silenciado pelo processo. 
 Em um segundo tipo de restauração, um novo pedaço de DNA, que traz novas 
informações, pode ser incorporado para ligar as duas pontas queforam desconectadas. 
 Possibilitando inserir características de interesse nos organismos, como tornar espécies 
agrícolas mais resistentes a condições climáticas ou mais produtivas. 
 Em 2020, Emmanuelle Charpentier e Jennifer Doudna receberam o Prêmio Nobel de 
Química, pelo desenvolvimento de um método de edição de genoma utilizando CRISPR-
Cas9. 
 
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8. INTERAÇÕES HOMEM-MICRORGANISMOS 
 
8.1. MICROBIOTA ENDÓGENA 
 Microbiota normal de uma pessoa incluindo todos os microrganismos usualmente 
encontrados na superfície ou no interior do corpo; 
 Células do corpo humano  1013 células  10 trilhões  10.000.000.000.000; 
 Células bacterianas no corpo humano  1014 bactérias  100 trilhões  100. 
000.000.000.000; 
 Um feto NÃO tem microbiota endógena; 
 Umidade, pH, temperatura, oxigênio, nutrientes  Favorecem crescimento de 
microrganismos; 
 Microbiota residente; 
 Microbiota transiente  Instala-se temporariamente: 
 Retiradas pelo banho; 
 Competição com microbiota residente; 
 Eliminados pelas excreções ou secreções. 
 Antibioticoterapia destrói microbiota intestinal; 
 Oportunistas  Normalmente não causam doença em seu habitat normal, em uma pessoa 
saudável. 
 
8.2. MICROBIOTA DA PELE 
 Bactérias e fungos; 
 Umidade da pele  Suor; gordura  Axilas; virilha; dedos; 
 Staphylococcus spp.; Streptococcus spp.; Candida albicans; 
 Áreas secas  Poucos microrganismos; 
 Áreas úmidas  Muitos microrganismos. 
 
8.3. MICROBIOTA DA BOCA 
 Boca e garganta possuem ótima umidade e temperatura; 
 Partículas de alimentos e resíduos de células epiteliais ao redor dos dentes; 
 Lactobacillus spp., Streptococcus spp. e Staphylococcus spp.; 
 Doença periodôntica e gengivite  Alimentos favorecem as bactérias  Baixa acidez; 
 PORTADORES SADIOS  Resistentes a patógenos, mas transmitem a pessoas 
suscetíveis  Difteria; meningite; pneumonia; tuberculose. 
 
 
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8.4. MICROBIOTA DOS OUVIDOS E OLHOS 
 Ouvidos médio e interno são estéreis; 
 Ouvido externo e canal auditivo  Microbiota idêntica à boca e nariz; 
 Tosse; espirro; assoar  Microrganismos carregados pela Tuba Auditiva (ouvido médio) 
 Podendo causar infecção; 
 Membranas mucosas dos olhos são lavadas por lágrimas que contêm LISOZIMA. 
 
8.5. MICROBIOTA DO TRATO RESPIRATÓRIO 
 Abaixo da laringe livre de microbiota; 
 Trato superior com rica microbiota; 
 Streptococcus spp.; Staphylococcus spp.; Neisseria spp.; leveduras. 
 
8.6. MICROBIOTA DA ÁREA UROGENITAL 
 Rins, ureteres e bexiga são estéreis; 
 Abertura da uretra abriga muitos microrganismos; 
 Staphylococcus spp.; Enterococcus spp.; leveduras; 
 Não invadem, pois a urina é ácida e fluxo constante da micção; 
 Relação sexual  fluxo urinário; 
 Sistemas reprodutores estéreis, exceto vagina; 
 Puberdade e menopausa secreções vaginais são alcalinas  Streptococcus spp.; Staphylococcus 
spp. e coliformes; 
 Período reprodutivo e gravidez secreções vaginais ácidas  Lactobacillus spp. e leveduras. 
 
8.7. MICROBIOTA DO TRATO GASTRINTESTINAL 
 Meio ácido do estômago impede crescimento de microbiota endógena; 
 Bile inibe o crescimento de microbiota; 
 Duodeno  Poucas bactérias; 
 Parte inferior do intestino delgado  Staphylococcus spp.; Lactobacillus spp.; Streptobacillus 
spp.; Clostridium spp. 
 Intestino  Escherichia coli produz BACTERIOCINAS  Inibem o crescimento de outras 
bactérias; 
 Cólon ou intestino grosso  Grande número de microrganismos. 
 
8.8. BENEFÍCIOS DA MICROBIOTA ENDÓGENA 
 Vitaminas K, B12, ácido pantotênico, piridoxina e biotina a partir de coliformes intestinais; 
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 Fonte de substâncias irritantes e antígenos para estimular sistema imune  Produção de 
anticorpos; 
 Competição de local e nutrientes com microrganismos patogênicos; 
 Produção de antibióticos por certos microrganismos residentes. 
 
8.9. RELAÇÕES SIMBIÓTICAS 
 SIMBIOSE  Relação entre diferentes organismos (SIMBIONTES) vivendo juntos em 
estreita relação; 
 Pode ser benéfico, inofensivo ou prejudicial: 
 MUTUALISMO  Ambos os organismos são beneficiados e um depende do outro 
metabolicamente: 
 Bactéria Escherichia coli  Vitamina K; 
 COMENSALISMO  Relação na qual um dos seres é beneficiado mas o outro não é 
nem beneficiado nem prejudicado: 
 COMENSAIS  Micróbios da microbiota humana recebem nutrientes e habitat 
sem causar nenhum efeito no hospedeiro; 
 INDIFERENÇA ou NEUTRALISMO  Quando os organismos ocupam o 
mesmo nicho, mas um não afeta o outro; 
 ANTAGONISMO ou ANTIBIOSE  Quando os produtos de excreção de um 
microrganismo podem destruir certas bactérias vizinhas. 
 PARASITISMO  Relação na qual um organismo se beneficia com prejuízo do 
hospedeiro: 
 ECTOPARASITAS  INFESTAÇÃO; 
 ENDOPARASITAS  INFECÇÃO. 
 RELAÇÕES PATOGÊNICAS  Quando os microrganismos causam danos ao 
hospedeiro durante um processo infeccioso: 
 Comensal fora do seu lugar normal  Staphylococcus spp. na pele  Infecção em 
queimaduras ou feridas; 
 Microrganismo altamente virulento; 
 Oportunista  Baixa imunidade  Invasão  Sangue; bexiga urinária; pulmões. 
 MICRÓBIOS NÃO-PATOGÊNICOS  Nunca causam doença. 
 Exceto pacientes imunossuprimidos  AIDS. 
 
8.10. CICLO DOS NUTRIENTES 
 SAPRÓBIOS  Fungos e bactérias de vida livre que decompõem matéria orgânica; 
 FOTOSSÍNTESE; 
 CICLO DO NITROGÊNIO  Importante para o solo  Agricultura. 
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9. ECOLOGIA MICROBIANA 
 
9.1. INTRODUÇÃO 
 Ecologia. 
 Ecossistema. 
 Habitat. 
 Nicho. 
 
9.2. IMPORTÂNCIA DOS MICRORGANISMOS 
 Produtores  Microrganismos autótrofos fotossintetizantes. 
 Decompositores  Decomposição da matéria orgânica  Reciclagem. 
 Equilíbrio ecológico. 
 Ciclos biogeoquímicos. 
 Relações ecológicas. 
 Indústria de alimentos e bebidas  Fermentação. 
 Indústria farmacêutica  Antimicrobianos. 
 Controle biológico  Agricultura / Poluição. 
 Biotecnologia  Engenharia genética. 
 Doenças. 
 Eutrofização: 
 
 
 
9.3. FATORES DETERMINANTES DA ECOLOGIA MICROBIANA 
 Nutrientes. 
 Aeração. 
 Umidade. 
 Temperatura. 
 pH. 
 Manejo do solo. 
 Relações ecológicas. 
 Ciclos biogeoquímicos. 
 
 
Aumento de 
matéria orgânica 
Proliferação de microrganismos 
decompositores 
 
Aumento do consumo de O2 disponível 
e diminuição da fotossíntese 
 
Morte dos seres vivos 
aeróbios 
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9.4. INTERAÇÕES ENTRE OS SERES VIVOS 
 MUTUALISMO (++): 
 Ambos organismos se beneficiam. 
 Algas + Fungos  LÍQUENS. 
 Fungos + Raízes Vegetais  MICORRIZAS. 
 Rhizobium + Raízes Leguminosas  NÓDULOS. 
 AMENSALISMO (+–): 
 Um organismo inibe outro pela ação ou produção de substâncias tóxicas. 
 Agaricus X Coprinus 
 ANTIBIOSE (+–): 
 Produção e difusão de substâncias químicas capazes de matar ou impedir o 
desenvolvimento de outros microrganismos. 
 Penicillium X Staphylococcus 
 PARASITISMO (+–): 
 Organismo se beneficia da extração de nutrientes, com prejuízo ao outro organismo  
Patogenia  Parasitose. 
 Bacteriófagos  Parasitas de bactérias. 
 Microrganismos patogênicos  Causadores de doenças. 
 PREDATISMO (+–): 
 Organismos de uma espécie (predadora) se alimentam de organismos de outra espécie 
(presa). 
 Microrganismos que participam na produção de alimentos e bebidas. 
 
9.5. CICLOS BIOGEOQUÍMICOS 
 Carbono. 
 Oxigênio. 
 Nitrogênio: 
 AMONIFICAÇÃO  Decompositores  PTN  Aminoácido (AA)  NH3 
 NITRIFICAÇÃO  Nitrosomonas  NH3  Nitrato. 
 DENITRIFICAÇÃO  Pseudomonas  Nitrato  N2

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