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CONSTITUCIONAL_AULA 3

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TEORIA E FUNDAMENTOS 
DA CONSTITUIÇÃO
AULA III – CLASSIFICAÇÃO DAS CONSTITUIÇÕES
Objetivo: Conhecer e aplicar os principais critérios de classificação das Constituições
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Quanto ao conteúdo:
MATERIAL: Constituições escritas ou não, cujas normas tratam apenas de matérias de conteúdo constitucional.
Ex: Constituição dos EUA.
FORMAL: Constituições escritas com normas que tratam de matérias de conteúdo constitucional juntamente com outros temas não tipicamente objeto de constituição, mas tendo as mesmas características de supremacia e rigidez.
Ex: Constituição da República Federativa do Brasil.
Quanto à forma:
ESCRITA: são aquelas positivadas de forma sistemática em um único texto constitucional.
Ex: Constituição da República Federativa do Brasil.
NÃO ESCRITA: Também conhecidas como costumeiras ou consuetudinárias, são constituições não positivadas em um único documento, mas em textos esparsos produzidos ao longo do tempo.
Ex: Constituição da Inglaterra.
Quanto ao modo de elaboração:
DOGMÁTICA: é fruto de um determinado momento único, onde um poder constituinte formaliza o documento constitucional, consolidando as ideias e princípios dominantes da época (dogmas) no texto da Constituição.
Ex: Constituição da República Federativa do Brasil.
HISTÓRICA: é construída ao longo do tempo, de forma esparsa, através de documentos e costumes constitucionais que vão sendo criados e sedimentados no decorrer da história de um determinado Estado.
Ex: Constituição da Inglaterra.
Quanto à origem:
PROMULGADA: aquela da qual o povo participa do seu processo de formação, de modo direto ou por meio de seus representantes, gozando, portanto de legitimidade popular democrática.
Ex: Constituição da República Federativa do Brasil.
OUTORGADA: constituição imposta pelo governante, onde o povo não participa do seu processo de formação.
Ex: Constituição Brasileira de 1824, 1937, 1967 e 1969.
CESARISTA: aquela onde o povo não participa do seu processo de elaboração, porém, é submetida, posteriormente, a referendo popular.
Ex: Constituições Napoleônicas na França e de Pinochet, no Chile.
PACTUADA: aquela, fruto de um conflito político instável, pela qual se oficializa um certo compromisso entre as forças políticas conflitantes.
Ex: Magna Carta de 1215 e Constituição Francesa de 1789.
Quanto à estabilidade:
RÍGIDA: aquela que para ser alterada requer procedimento legislativo especial, mais difícil e solene que aquele previsto para aprovação de leis ordinárias infraconstitucionais.
Ex: Constituição da República Federativa do Brasil.
FLEXÍVEL: aquela constituição que pode ser alterada por procedimentos legislativos comuns como as que aprovam ou modificam leis ordinárias.
Ex: Constituição Inglesa.
SEMIRRÍGIDA: aquela em que parte da constituição é rígida e parte é flexível, prevendo dois procedimentos para sua alteração.
Ex: Costituição Brasileira de 1824.
SUPER-RÍGIDA: classificação de parte da doutrina, sendo aquelas constituições que possuem um núcleo duro e imutável que não podem ser alteradas pelo poder constituinte reformador.
Ex: Constituição da República Federativa do Brasil.
OUTRAS CLASSIFICAÇÕES: Fixa (silenciosa); Imutável (Granítica); Transitórias; 
Quanto à extensão:
ANALÍTICA: também chamadas de prolixas, são aquelas constituições extensas, longas e detalhistas que dispõem não apenas de matérias de conteúdo constitucional, mas de todos os assuntos considerados relevantes.
Ex: Constituição da República Federativa do Brasil.
SINTÉTICA: caracteriza-se por ser sucinta, concisa, resumida, concentrando-se nas matérias constitucionais, prevendo apenas o que é verdadeiramente essencial e principiológico.
Ex: Constituição dos EUA.
Quanto à função ou finalidade:
CONSTITUIÇÃO-GARANTIA: caracterizada pela abstenção do Estado frente aos cidadãos, valorizando a liberdade fundamentais do indivíduo contra os possíveis arbítrios do Poder Público.
Ex: Constituição dos EUA.
CONSTITUIÇÃO DIRIGENTE: Constituições caracterizadas por atuações positivas do Estado com implementação de políticas públicas voltadas ao bem estar social da população.
Ex: Constituição da República Federativa do Brasil.
CONSTITUIÇÃO-BALANÇO: constituições que buscam retratar o estágio da sociedade na época, registrando-se a organização política e as relações reais de poder e estabelecendo parâmetros a serem seguidos em face da realidade política, econômica e social.
Ex: Constituições da Ex-União Soviética.
Quanto à correspondência com a realidade:
NORMATIVA: aquela em que há uma adequação entre o texto constitucional (dever ser) e a realidade social (ser), de modo que a Constituição efetivamente domina os processos políticos, sendo respeitada pelos destinatários do poder.
Ex: Constituição dos EUA.
NOMINAL: aquela em que não há essa adequação entre o texto constitucional e a realidade social, não havendo, portanto, uma simbiose entre a Constituição e seus destinatários.
Ex: Constituição da República Federativa do Brasil.
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988.
FORMAL;
ESCRITA;
DOGMÁTICA; 
PROMULGADA; 
RÍGIDA;
ANALÍTICA;
ECLÉTICA;
DIRIGENTE;
NOMINAL.

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