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Prévia do material em texto

Preparação para a Internacionalização 
Logística
Logística 
Internacional 
Diretor Executivo 
DAVID LIRA STEPHEN BARROS
Gerente Editorial 
CRISTIANE SILVEIRA CESAR DE OLIVEIRA
Projeto Gráfico 
TIAGO DA ROCHA
Autoria 
ANA CELIA VIDOLIN
AUTORIA
Ana Celia Vidolin
Olá! Sou formada em Engenharia e Administração, com experiência 
técnico-profissional de mais de 20 anos na área de Logística Internacional 
e comércio exterior. Passei por empresas do setor automobilístico, 
autopeças, químico e freight forwarder; além de atuar na docência nos 
níveis de graduação e pós-graduação. Sou apaixonada pelo que faço e 
adoro transmitir minha experiência de vida àqueles que estão iniciando 
em suas profissões. Por isso, fui convidada pela Editora Telesapiens a 
integrar seu elenco de autores independentes. Estou muito feliz em poder 
ajudar você nesta fase de muito estudo e trabalho. Conte comigo!
ICONOGRÁFICOS
Olá. Esses ícones irão aparecer em sua trilha de aprendizagem toda vez 
que:
OBJETIVO:
para o início do 
desenvolvimento de 
uma nova compe-
tência;
DEFINIÇÃO:
houver necessidade 
de se apresentar um 
novo conceito;
NOTA:
quando forem 
necessários obser-
vações ou comple-
mentações para o 
seu conhecimento;
IMPORTANTE:
as observações 
escritas tiveram que 
ser priorizadas para 
você;
EXPLICANDO 
MELHOR: 
algo precisa ser 
melhor explicado ou 
detalhado;
VOCÊ SABIA?
curiosidades e 
indagações lúdicas 
sobre o tema em 
estudo, se forem 
necessárias;
SAIBA MAIS: 
textos, referências 
bibliográficas e links 
para aprofundamen-
to do seu conheci-
mento;
REFLITA:
se houver a neces-
sidade de chamar a 
atenção sobre algo 
a ser refletido ou dis-
cutido sobre;
ACESSE: 
se for preciso aces-
sar um ou mais sites 
para fazer download, 
assistir vídeos, ler 
textos, ouvir podcast;
RESUMINDO:
quando for preciso 
se fazer um resumo 
acumulativo das últi-
mas abordagens;
ATIVIDADES: 
quando alguma 
atividade de au-
toaprendizagem for 
aplicada;
TESTANDO:
quando o desen-
volvimento de uma 
competência for 
concluído e questões 
forem explicadas;
SUMÁRIO
Logística na Economia Globalizada .................................................... 10
Economias Globais .......................................................................................................................10
Integração Global da Cadeia .................................................................................................. 12
Logística em uma Economia Global ................................................................................ 13
A Logística no Brasil ..................................................................................................................... 14
A evolução da globalização e logística ......................................................................... 15
Aspectos da Logística Globalizada .....................................................20
Estratégias de Globalização ................................................................................................... 20
Nenhuma estratégia internacional ................................................................. 20
Estratégia doméstica múltipla ............................................................................ 21
Estratégia global ........................................................................................................... 21
Estratégia transnacional .........................................................................................22
Gerenciando a logística global ..............................................................................................25
Estágios das operações globalizadas ................................................29
Aspectos da logística globalizada ......................................................................................29
A empresa global ........................................................................................................................... 30
Estágios de operações globalizadas ............................................................. 31
Estágios de operações globalizadas ................................................................................34
Organizando-se para a Logística Internacional .............................40
Organizando a logística global ............................................................................................. 40
Redes de comunicação e tomada de decisão ........................................................42
Definição e aplicação de indicadores-chave de desempenho ....................45
7
UNIDADE
01
Logística Internacional 
8
INTRODUÇÃO
Dividimos nosso tempo com a tecnologia que adentrou nossas vidas 
sob diversas formas, e nos negócios não é diferente. Os clientes querem 
e buscam atendimento de suas necessidades em tempos cada vez 
menores, com qualidade e preço justo. A realidade da globalização trouxe 
mudanças na economia e no estilo de vida, criou novas necessidades e 
essa condição chegou aos processos internos, inclusive à logística nas 
organizações. Nesse cenário de vida e economia globalizadas, a logística 
assume papel de relevante importância, pois é ela que irá disponibilizar o 
bem demandado segundo o cliente deseja para seu pleno atendimento. A 
tecnologia da informação trouxe inovação e agilidade aos processos; logo, 
ter visão do todo é fundamental à tomada de decisão para ser competitivo 
no mercado. Alcançar a vantagem competitiva e resguardar essa condição 
tem sido objeto de muitas empresas. A organização que prospectar as 
demandas do mercado e direcionar a força logística nessa demanda com 
suporte das demais áreas da organização certamente terá a confiança do 
cliente. Todas essas mudanças transformam o entendimento empresarial, 
sua postura no mercado, e a logística se posiciona como ferramenta 
gerencial nesse escopo. Entendeu? Ao longo desta unidade letiva, você 
vai mergulhar neste universo!
Logística Internacional 
9
OBJETIVOS
Olá. Seja muito bem-vindo à Unidade 1 – Preparação para a 
internacionalização logística. Nosso objetivo é auxiliar você no atingimento 
dos seguintes objetivos de aprendizagem até o término desta etapa de 
estudos:
1. Compreender o campo de atuação da logística na economia 
globalizada.
2. Exemplificar os aspectos da logística globalizada.
3. Classificar os aspectos dos estágios de operações globalizadas.
4. Explicar como se preparar para a Logística Internacional.
Então? Preparado para uma viagem sem volta rumo ao 
conhecimento? Ao trabalho! Vamos juntos fazer uma viagem e descobrir 
novos horizontes e desafios!
Logística Internacional 
10
Logística na Economia Globalizada
OBJETIVO:
Ao término deste capítulo, você será capaz de entender 
como a logística na economia globalizada atua e tem papel 
relevante. Essa condição o auxiliará a compreender várias 
situações. A correta compreensão o auxiliará na tomada de 
decisão precisa e com qualidade. E então? Motivado para 
desenvolver esta competência? Então, vamos lá. Avante!.
Economias Globais 
A globalização oferece desafios e oportunidades para as estratégias 
logísticas e para as operações na cadeia de suprimentos. Quando 
analisamos em relação aos recursos humanos e materiais, oportunidades 
compreendem incremento de mercados e maior gama de opções de 
produção com uma série de vantagens absolutas ou relativas. Algumas 
áreas do mundo podem oferecer economia de escala expressiva em 
função de salários menos expressivos; já outras oferecem flexibilidade 
devido à especialização. Em termos de desafios encontrados, temos 
ambientes operacionais logísticos mais exigentes, análises de custo total 
e segurança mais complexas (BOWERSOX et al., 2014).
REFLITA:
A maioria das empresas no mundo tem certo nível de 
operação global, pois trabalham com matérias-primas 
ou produtos originados de outros países, ou, ainda, tem 
clientes empresas de outros países. Muitas empresas 
estão envolvidasno fornecimento e na entrega global. 
As empresas operam globalmente devido à busca por 
fornecedores e produção mais baratos, mas também 
existem muitos outros motivos (BOWERSOX et al., 2014).
As principais razões pelas quais as empresas desenvolvem 
capacidades globais podem ser analisadas no Quadro 1, que relaciona os 
Logística Internacional 
11
objetivos das organizações que buscam a globalização ou pretendem ser 
globalizadas. Entretanto, há aqueles que pensam que a motivação maior 
para transferir a produção e a cadeia de suprimentos seja a mão de obra 
de custo reduzido, oferta de serviços, mas, em mercados que oferecem 
baixos salários, há a opção da rápida expansão (BOWERSOX et al., 2014).
Quadro 1 – Fundamentação da lógica de expansão
Objetivo Fundamentação lógica
Aumentar a 
receita
•	 Abrir mais mercados.
•	 Expandir-se mais que os concorrentes.
•	 Obter acesso a mercados que limitam o acesso sem 
operações locais.
Conseguir 
economias 
de escala 
e reduzir 
os custos 
diretos
•	 Obter vantagem da capacidade de produção 
disponível.
•	 Obter vantagem de salários ou despesas imobiliárias 
mais baixos.
•	 Reduzir os requisitos de combustível, diminuindo a 
distância ou alterando o modal de transporte.
•	 Obter vantagem das diferenças dos requisitos de 
produção.
Avançar a 
tecnologia
•	 Obter acesso à tecnologia avançada, que pode não 
estar disponível nos locais atuais.
•	 Obter acesso a conhecimentos especializados ou 
habilidades de linguagem.
Reduzir 
a carga 
tributária 
global da 
empresa
•	 Obter benefícios fiscais locais ou regionais 
relacionados à propriedade, ao estoque ou à receita.
•	 Obter reduções nos impostos de valor agregado 
devido à localização da produção ou outros 
serviços com valor agregado (isto é, embalagem, 
gerenciamento de estoque, customização).
Reduzir a 
incerteza de 
acesso ao 
mercado
•	 Comprar produtos de locais que envolvam menos 
incerteza nos transportes.
•	 Comprar produtos de locais que envolvam menos 
restrições de segurança.
Melhorar a 
sustentabili-
dade
•	 Obter produtos ou outros recursos (incluindo 
recursos humanos) de locais que tenham 
disponibilidade contínua de materiais e 
especialização, como energia ou profissionais 
treinados.
Fonte: Bowersox et al. (2014).
Logística Internacional 
12
EXPLICANDO MELHOR:
O aumento da receita se dá como consequência da abertura 
de mais mercados, mais opções de oferta dos produtos, 
crescendo mais que os concorrentes. Além disso, atuar em 
mercados sem atuação local não possibilita acessá-los. 
Outro aspecto é a redução dos custos fixos e a economia 
em escala; o avanço da tecnologia diferenciada, que 
pode ser de difícil acesso no local atual; e a obtenção de 
benefícios fiscais ou reduções, contribuindo com a redução 
da carga tributária da empresa. Esses são alguns benefícios 
que podem ser alcançados por meio da expansão da 
operação da empresa em função da economia globalizada. 
E a logística vem a servir de instrumento para que isso 
ocorra (BOWERSOX et al. 2014).
Em regra, as operações globais da cadeia de suprimentos estão 
se tornando habituais, seja de forma direta ou indireta. O desempenho 
da empresa pode ser melhorado empregando-se as compras, porque o 
mercado global oferece oportunidades em termos de volume, receita e 
participação de mercado (BOWERSOX et al., 2014).
Integração Global da Cadeia
A manufatura e o comércio global serão bem-sucedidos se existir um 
sistema logístico eficaz para integrar a cadeia de suprimentos. A logística é 
responsável pelas atividades de movimentação, armazenamento e apoio 
na integração da cadeia de suprimentos (BOWERSOX et al., 2014).
A variedade de cenários nacionais, políticos e econômicos 
serve de pano de fundo para a logística, que também faz a gestão da 
distância, demanda, diversidade e documentos requeridos no comércio 
internacional (BOWERSOX et al., 2014).
Cada grande região do mundo tem desafios operacionais distintos 
em seus sistemas logísticos. As diferentes características demandam 
que as empresas com operações globais desenvolvam e mantenham 
Logística Internacional 
13
habilidades e competências específicas para cada região ou situação 
(BOWERSOX et al. 2014).
Devemos pensar que atuar regionalmente ainda é factível e 
viável para algumas empresas; todavia, aquelas que desejam crescer e 
prosperar têm de enfrentar os desafios de atuar como uma organização 
globalmente integrada (BOWERSOX et al. 2014). As iniciativas das 
estratégias dos negócios devem se adequar à “medida que uma empresa 
e sua cadeia de suprimentos se tornam progressivamente mais globais” 
(BOWERSOX et al., 2014, p. 278).
Logística em uma Economia Global 
Operações globais aumentam o custo devido ao grau de 
complexidade da operação logística. Países da América do Norte gastam 
cerca de 8,5% de seus respectivos PIBs com logística. Em relação à 
complexidade, as operações globais são caracterizadas por maior 
variabilidade e incerteza, e menor controle e visibilidade ao longo de 
todo processo. As distâncias geram certo grau de incerteza na operação, 
e prazos de entrega mais extensos e menor conhecimento do mercado 
são outros fatores que influenciam na logística globalizada (BOWERSOX 
et al. 2014).
VOCÊ SABIA?
O incremento na variação é fruto da documentação e de 
ambientes políticos inconstantes. Há uso intensivo de 
intervenção governamental nas áreas de alfândega e 
restrições comerciais, e a visibilidade diminui por causa 
de maiores períodos de trânsito e menos capacidade 
de monitorar e determinar a localização das cargas. 
Essas condições representam desafios e complicam o 
desenvolvimento de uma estratégia efetiva para a cadeia 
de suprimentos global (BOWERSOX et al. 2014).
Logística Internacional 
14
A Logística no Brasil 
Com o incremento do comércio internacional, a globalização 
atingiu praticamente a maioria das nações e trouxe uma competição mais 
acirrada entre os mercados competitivos, requerendo das organizações 
alinhamento das suas estratégias às estratégias competitivas globais. 
Assim, passaram a ser necessários investimentos em logística para 
alcançar economia e produtividade (SEGRE, 2018).
Hoje, a logística se apresenta mais estratégica, em processo 
coordenado e integrado com as necessidades do cliente, prazos, valor 
agregado, entre outros (SEGRE, 2018).
A logística está ligada à cadeia de suprimento, integrando 
processos-chave do negócio, com informações que agregam valor a 
todos (SEGRE, 2018).
VOCÊ SABIA?
Segundo dados da Associação Brasileira de Movimentação 
e Logística (ABML), o índice de redução de custo de uma 
organização pode chegar a 25%, a partir de uma cadeia 
eficiente de suprimentos (SEGRE, 2018).
No Brasil e no mundo, a logística passa por mudanças, em termos 
de práticas empresariais, que atingem e requerem eficiência, qualidade 
e disponibilidade da infraestrutura de transportes e comunicações. O 
crescimento do comércio internacional em função da velocidade da 
globalização criou demanda por um refinamento na Logística Internacional, 
que reivindica infraestrutura e práticas empresariais modernas para o 
pleno exercício (SEGRE, 2018). 
No Brasil, a condição econômica do Plano Real fez com que 
fatores como o comércio internacional e as privatizações da infraestrutura 
impulsionassem esse processo e o fim do processo inflacionário gerou 
uma das maiores mudanças na prática da logística empresarial no país 
(SEGRE, 2018).
Logística Internacional 
15
VOCÊ SABIA?
Com gastos equivalentes a 10% do PIB, o transporte 
brasileiro possui dependência do modal rodoviário. No Brasil, 
o transporte rodoviário é responsável por 58% da carga 
transportada (em toneladas-km); na Austrália, EUA e China, os 
valores são 30%, 28% e 19%, respectivamente (SEGRE, 2018).
O crescimento do comércio exterior brasileiro mostrou uma série de 
fragilidades logísticas no país, como as condições das rodovias, ferrovias 
com baixa eficiência,malha insuficiente e dificuldade de integração, entre 
as malhas. O transporte marítimo sofre pela desorganização e excesso de 
burocracia dos portos; já no transporte aéreo, custos elevados e carência 
de investimento em infraestrutura limitam a competitividade do modal 
(SEGRE, 2018).
O crescimento do comércio exterior brasileiro contribuiu para o 
aumento da participação do Brasil nas exportações mundiais, que saltou 
de 0,86% para 1,03% (SEGRE, 2018). Mesmo mais eficiente, o modo 
dutoviário esbarra no monopólio do setor petrolífero; e o transporte 
aquaviário apresenta ineficiências da infraestrutura e altos custos. Apesar 
dos pontos de ineficiência da logística no Brasil, as perspectivas de 
investimento e expansão do setor podem ser a esperança (SEGRE, 2018).
A evolução da globalização e logística 
Com o término da Segunda Guerra Mundial, houve o 
desenvolvimento econômico, o fenômeno da globalização dos mercados 
(DAVID; STEWART, 2010). Assim, vários segmentos industriais foram 
afetados, bem como a demanda por competitividade e novas tecnologias. 
Essas condições obrigaram as empresas a atuar de forma diferenciada 
em suas atividades e decisões. Segundo Bowersox e Closs (2001), embora 
pensem que a transferência do sistema produtivo para outro país seja 
mão de bora de baixo custo, podem ter motivos distintos, como:
 • Aumentar receita.
 • Atingir economia de escala.
Logística Internacional 
16
 • Reduzir custos diretos.
 • Alavancar tecnologia.
 • Reduzir carga de tributos.
 • Dirimir incertezas do mercado.
A Logística Internacional enfrenta vários desafios de uma região para 
outra, pois, além do aumento de custos, há um grau de complexidade 
expressivo. A complexidade diz respeito às legislações de cada país em 
termos de aduanas, documentos, taxas e procedimentos. Outro fator é 
a redução da certeza na operação, pois as cargas percorrem distâncias 
maiores, e o controle e acompanhamento dos processos demandam 
conhecimentos específicos para garantir que o planejado com o transporte 
da carga ocorra (BOWERSOX; CLOSS, 2001).
Apesar dos enfrentamentos que a Logística Internacional vivência, 
não há condições de parar ou diminuir o processo de globalização. Assim, 
deve a logística encontrar soluções para os problemas e complexidades 
(BOWERSOX; CLOSS, 2001). As empresas devem buscar aumentar 
suas áreas de atuação com base na globalização, que é facilitada pelo 
desenvolvimento de novas tecnologias e inovações (BOWERSOX; CLOSS, 
2001).
IMPORTANTE:
Os cinco fatores que conduzem as operações globalizadas 
são: a própria cadeia de suprimentos, o crescimento 
econômico, tecnologia, a desregulamentação e a 
regionalização (BOWERSOX; CLOSS, 2001).
No que se refere ao crescimento econômico após 1945, com o fim da 
Segunda Guerra Mundial, muitos países tiveram suas receitas aumentadas, 
seja como fruto do aumento de países onde atuavam, aumento do 
portfólio de produtos, crescimentos dos mercados ou eficiência de seus 
processos. Como o crescimento dos países ricos estabilizou, houve 
a necessidade de buscar novos mercados para continuar a crescer e 
Logística Internacional 
17
aumentar a receita e o lucro ao se estabelecerem em novos mercados. 
Logo, o crescimento e o lucros são forças propulsoras da abertura de 
novos mercados (BOWERSOX; CLOSS, 2001).
IMPORTANTE:
Outro fator importante está relacionado à cadeia de 
suprimentos em grande escala, mas os empresários 
notaram que, ao aumentarem a cadeia, também tinham 
de aumentar os ativos necessários para o controle efetivo. 
Então, a opção foi terceirizar. contratar serviços de terceiros 
para dar subsídio no crescimento globalizado, firmando 
parcerias, alianças, com novas empresas para atuar de 
melhor forma nos novos mercados (BOWERSOX; CLOSS, 
2001).
A regionalização foi um fator preponderante para dar sustentabilidade 
ao desenvolvimento de novos mercados fora de seu país de origem. A 
regionalização se explica pela preferência da escolha de países localizados 
na mesma área geográfica, de países com semelhanças de população 
e de poder econômico. O comércio nessas regiões é facilitado, seja por 
deduções ou isenções de tarifas, exigências tarifárias e alfandegárias, ou 
documentações semelhantes, fomentando o trânsito de mercadorias e 
o comércio entre os países, como se estivesse acontecendo dentro do 
próprio país (BOWERSOX; CLOSS, 2001).
Todavia, embora a logística globalizada tenha tantos pontos 
que favoreçam e tragam oportunidades a vários países e pessoas de 
desenvolvimento, podemos elencar barreiras à logística globalizada, 
apesar de toda a tecnologia. Três barreiras são significativas: barreiras 
financeiras, canais de distribuição e mercados e concorrência.
Logística Internacional 
18
Figura 1 – Barreiras à Logística Internacional
Mercado e 
concorrência
Entrada
Informação
Formulação de 
preço
Concorrência
Barreiras 
financeiras
Previsão
Deficiências 
institucionais
Canais de 
distribuição
Infraestrutura
Restrições de 
comércio
Barreiras à logística 
internacional
Gerenciamento da 
logística globalizada
Vantagens potenciais 
do comércio 
internacional
Sucesso nas 
operações 
internacionais
Fonte: Bowersox e Clossx (2001).
A concorrência e os mercados tornam mais trabalhosa ou dificultam 
a entrada de concorrentes, a oferta de informações e, ainda, podem 
dificultar a formação de preços. Também há as barreiras físicas e legais às 
importações: as dificuldades e barreiras impostas pelos governos, a falta 
de informações, a documentação e tarifas alfandegárias.
As barreiras financeiras configuram-se em função das dificuldades 
de previsões, taxa de câmbio, novamente as atividades alfandegárias e as 
políticas governamentais, no que diz respeito às ações financeiras. Nesse 
escopo, as barreiras de infraestrutura institucional estão relacionadas com 
bancos, seguradoras, assessores jurídicos e transportadoras atuam. A 
incerteza financeira somada à insegurança institucional trazem dificuldade 
ao planejamento financeiro, que acarretam até problemas de estoque e 
demandam maiores volumes financeiros para dar suporte à operação.
Logística Internacional 
19
SAIBA MAIS:
Quer se aprofundar nesse tema? Leia o artigo O papel 
da logística no processo de globalização e de integração 
territorial brasileira. Acesse clicando aqui.
RESUMINDO:
E então? Gostou do que mostramos? Aprendeu mesmo 
tudinho? Agora, só para termos certeza de que você 
realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, 
vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter aprendido 
que a economia globalizada demanda uma logística 
igualmente globalizada para oferecer suporte e pleno 
atendimento. As empresas têm vários objetivos e buscam 
a integração global das cadeias de suprimentos. A Logística 
Internacional enfrenta vários tipos de barreiras nos 
diversos países, sejam barreiras financeiras, no mercado 
e de distribuição. Também as definições governamentais 
trazem outros tipos de barreiras (como câmbio, financeiras, 
aduaneiras, documentação) que a Logística Internacional 
deve superar, para prover um serviço com efetividade no 
atendimento a clientes em qualquer parte do mundo.
Logística Internacional 
http://bit.ly/2N8KAJ8
20
Aspectos da Logística Globalizada
OBJETIVO:
Ao término deste capítulo, você será capaz de entender 
os aspectos da logística globalizada que têm dependência 
direta da cadeia de suprimentos. O entendimento dessa 
relação será importante para o exercício profissional. A 
correta compreensão auxiliará na tomada de decisão precisa 
e com qualidade. E então? Motivado para desenvolver esta 
competência? Então, vamos lá. Avante!.
Estratégias de Globalização
Segundo Bowersox et al. (2014), a logística acompanha a globalização 
da cadeia de suprimentos e pode ser executada, utilizando-se de:
 • Nenhuma estratégia internacional.
 • Estratégia doméstica múltipla.
 • Estratégia global.
 • Estratégia transnacional. 
Vamos conheceros tipos de estratégias!
Nenhuma estratégia internacional
A primeira representa as empresas que não dispõem de uma 
estratégia internacional e têm apenas operações domésticas. Pode até 
ter algumas poucas transações internacionais, na forma de terceirização 
ou entrega, mas sem ter definido uma estratégia sistemática ou um plano 
para organizar ou aumentar as operações internacionais. 
Como vantagem, as operações domésticas têm complexidade 
reduzidas e baixa complexidade e reduzida coordenação entre a cadeia 
de suprimentos e as outras funções da organização. Como desvantagens, 
têm a dificuldade de responder a clientes globais e o crescimento 
limitado aos mercados locais (BOWERSOX et al., 2014).
Logística Internacional 
21
Estratégia doméstica múltipla
A segunda estratégia, doméstica múltipla, define-se por empresas 
que operam em vários países, tendo o país de origem como dominante. As 
empresas costumam ter cadeias de suprimento específicas e parcialmente 
autônomas em cada região de atuação. As operações internacionais são 
utilizadas para apoiar as operações domésticas, com suprimento de 
matérias-primas e bens para venda; logo, cada operação logística e da 
cadeia de suprimentos dentro de cada região é independente de outra.
A vantagem da estratégia doméstica múltipla é que a empresa 
pode se concentrar nos mercados locais, reduzindo a necessidade de 
coordenação geral. Já como desvantagem, pode-se elencar que não 
responde bem aos clientes globais e tem dificuldade de desenvolver 
economias de escala (BOWERSOX et al., 2014).
Estratégia global
A terceira estratégia, operações globais, está relacionada com as 
operações transfronteiriças, tendo alguma adaptação para o mercado de 
atuação. Normalmente, há uma única sede, que coordena as operações 
em nível global, as atividades logísticas e da cadeia de suprimento 
ocorrem pelo mundo todo. 
As características do mercado regional estão concentradas na 
região de atuação. Pode até haver forças para coordenar as atividades 
da cadeia de suprimentos entre as regiões; todavia, não há desejo em 
reduzir a complexidade da fabricação, da logística. As transações entre 
países diferentes são vistas como transferências internas da empresa. 
A integração mais avançada nessas organizações ocorre na integração 
global das finanças. Outras integrações, como o desenvolvimento de 
produtos e o marketing, são menos usuais.
Como vantagens das operações globais estão a concentração 
em vários mercados locais, atendimento das necessidades dos clientes 
locais e a condição de ter vantagem de produtos e marcas globais. Mas 
como desvantagens estão a dificuldade para responder de maneira 
Logística Internacional 
22
integrada aos clientes globais e não ter economia escalável (BOWERSOX 
et al., 2014).
Estratégia transnacional 
A última, mas não menos importante estratégia, é a transnacional, 
que diz respeito às empresas que mantêm operações em regiões 
distintas em todo o globo e usam estruturas centralizadas para aumentar 
a eficácia das atividades da empresa e seu desempenho. Podem ter 
operações regionalizadas, mas certas atividades podem estar em regiões 
estratégicas para assegurar a perspectiva global.
O objetivo é gerir as atividades na região que consegue coordenar 
ou executar melhor essas atividades, assim as empresas podem optar por 
manter uma quantidade limitada de centros de atendimento ao cliente, 
instalações de controle da produção e quantidade limitada de centros de 
compras. 
Como vantagens da estratégia transnacional estão o foco global no 
desenvolvimento e no fornecimento de soluções, oferecer economias de 
escala, ser expansível. E como desvantagem é que requer coordenação 
especializada e integração das informações, reduzindo a capacidade da 
empresa responder às particularidades de cada mercado (BOWERSOX et 
al. 2014).
A Figura 2 representa como as empresas conseguem evoluir sem 
ter uma estratégia internacional. No eixo horizontal, está a capacidade de 
resposta local, e no eixo vertical, o nível de integração global. A categoria 
nenhuma estratégia internacional pode ter uma capacidade de resposta 
no país de origem, mas não demonstra qualquer capacidade de resposta 
fora do país (BOWERSOX et al., 2014).
A estratégia doméstica múltipla pode ter como foco mercados 
individuais, sem um caminho para a integração global. A empresa 
com estratégia global se move para uma operação global ampla, com 
adaptações e operações para o mercado local, mas mantém uma sede 
global central que tende a orientar a estratégia e as operações. Esforços 
são feitos para padronizar produtos e soluções, e as atividades são 
centralizadas com a perspectiva global (BOWERSOX et al., 2014).
Logística Internacional 
23
Figura 2 – Estratégias de globalização
Capacidade de resposta local
Integração global
Estratégia global
Estratégia 
transnacional
Nenhuma estratégia 
internacional
Estratégia doméstica 
múltipla
Alta
Alta
Baixa
Baixa
Fonte: Bowersox et al. (2014).
O Quadro 2 compara as va ́rias caracteri ́sticas da logi ́stica e da cadeia 
de suprimento globais pelas perspectivas (BOWERSOX et al., 2014):
 • Produtos.
 • Estratégia de mercado.
 • Estratégia da cadeia de suprimentos.
 • Estratégia de gestão.
 • Desenvolvimento de recursos humanos. 
Quadro 2 – Características diferenciais das estratégias globais
Estágios de 
globalização
Produtos
Estratégias 
de mercado
Estratégia 
da cadeia de 
suprimentos
Estratégia de 
gestão
Desenvol-
vimento de 
recursos 
humanos
Nenhuma 
estratégia 
internacional.
Produto 
padrão para 
o mercado 
local.
Estratégia 
única com 
foco no mer-
cado local.
Direto ao 
cliente.
Finanças 
simples.
Intuitivo, com 
especializa-
ção limitada.
Estratégia 
doméstica 
múltipla.
Comercializa-
ção e logís-
tica domés-
ticas.
Clientes 
domésticos.
Colaboração.
Transação 
conduzida 
por finanças 
integradas.
Gestão com 
foco no país 
de origem.
Logística Internacional 
24
Estratégia 
global.
Customiza-
ção para os 
mercados 
locais.
Foco em 
áreas espe-
cíficas do 
mercado que 
podem atra-
vessar fron-
teiras interna-
cionais.
Subsidiárias 
com presen-
ça local.
Operações 
descentra-
lizadas com 
responsabi-
lidade pela 
rentabilidade 
local.
Alta direção 
com certa 
experiência 
internacional.
Estratégia 
transnacional.
Marcas 
globais e 
operações 
integradas.
Clientes 
globais.
Fluxo mundial 
de recursos-
-chave.
Planejamento 
centralizado 
em escritó-
rios globais.
Treinamento 
e experiência 
internacio-
nais.
Fonte: Bowersox et al. (2014).
Mesmo se considerarmos haver mais sinergia com marketing, 
portfólio de produtos e operações, quando a empresa passa a evoluir 
do estágio de nenhuma estratégia para uma estratégia transnacional, há 
desafios relativos à gestão e ao desenvolvimento de recursos humanos 
(BOWERSOX et al. 2014).
As decisões logísticas em várias dimensões são afetadas nas 
estratégias domésticas múltiplas, globais e transnacionais. As opções de 
suprimentos e recursos podem ser influenciadas por restrições artificiais, 
como aquelas definidas por governos sob a forma de restrições de uso, 
leis de nacionalização ou sobretarifas. 
Uma restrição de uso é uma limitação que restringe o nível de vendas 
ou compra de produtos importados; ou quando as leis de nacionalização 
de componentes especificam o percentual dos componentes de um 
produto que devem ser fornecidos pela economia local e as sobretarifas 
envolvem cobranças mais elevadas por produtos de origem estrangeira 
(BOWERSOX et al. 2014).
A escolha do fornecedor preferido pode se basear pela combinação 
das restrições de uso, as leis de nacionalização de componentes e as 
sobretarifas (BOWERSOX et al., 2014). Para a logística, a complexidade do 
planejamento aumenta devido a restrições do local; sendo que o objetivo 
fundamental da logística é proporcionar um fluxo de produtos, a fim de 
facilitara utilização eficiente da capacidade (BOWERSOX et al. 2014).
Uma terceira condição é que as operações globais ampliam os 
sistemas e as práticas de logística domésticas para uma gama de locais 
Logística Internacional 
25
e ambientes de operação. Apesar da estratégia doméstica introduzir 
diferenças regionais nas operações logísticas, as operações globais 
aportam uma complexidade maior. A gestão logística quase sempre deve 
se ambientar com a cultura, o idioma, a empregabilidade e a política do 
local de atuação (BOWERSOX et al. 2014).
Gerenciando a logística global
A capacidade global de uma empresa é aprimorada quando 
a gerência de logística considera cinco diferenças entre operações 
domésticas e internacionais, que devem ser incorporadas à estratégia 
operacional global da empresa (BOWERSOX et al., 2014), que são:
 • Estrutura do ciclo de atividades.
 • Transportes. 
 • Considerações operacionais.
 • Integração dos sistemas de informação.
 • Alianças. 
A estrutura e a duração do ciclo de atividades constituem-se como 
grandes diferenças entre as operações domésticas e as internacionais. Os 
motivos dessa diferença temporal são vários fatores, como atrasos nas 
comunicações, financeiro, embalagem, frete, liberação alfandegária, entre 
outros. A comunicação pode ter atraso por causa de fuso horário e idioma; 
e os problemas financeiros são causados pelas exigências de tradução 
de documentos e câmbio das moedas. Embalagens especiais podem 
ser necessárias para proteção dos itens no transporte. Os problemas de 
segurança podem gerar atrasos adicionais; assim como a disponibilidade 
de contêineres para os envios marítimos (BOWERSOX et al., 2014).
Esses são alguns fatores que contribuem para que os ciclos de 
atividades logísticas internacionais sejam mais longos e menos flexíveis 
do que nas operações domésticas típicas. Essas condições tornam o 
planejamento e a coordenação mais complexas. Um ciclo de atividades 
mais longo também requer um maior comprometimento de ativos, visto 
que há um estoque significativo em trânsito (BOWERSOX et al. 2014). 
Logística Internacional 
26
Nos transportes, houve quatro importantes mudanças globais, 
como a propriedade e operação intermodal; a privatização; a cabotagem 
e acordos bilaterais; e as restrições de infraestrutura (BOWERSOX et al. 
2014). Apesar de algumas restrições existirem no transporte, os arranjos 
de marketing e alianças entre países contribuíram para a flexibilidade dos 
transportes (BOWERSOX et al. 2014).
Outra importante condição é que as regiões sofrem com as restrições 
na infraestrutura física, pois as operações globais aumentam a demanda 
por capacidades portuárias e aeroportuárias. Apesar da tecnologia da 
informação, o aumento do volume ainda resulta em congestionamentos 
em portos e aeroportos (BOWERSOX et al. 2014).
ACESSE:
Leia o artigo Segundo o Banco Mundial nossa logística 
melhorou, disponibilizado no Guia Marítimo e faça suas 
análises. Acesse clicando aqui. 
Como considerações operacionais, as operações internacionais 
normalmente requerem idiomas distintos para os produtos e documentos. 
Sob a perspectiva logística, os idiomas aumentam a complexidade. As 
operações internacionais podem exigir documentação em diversos 
idiomas para cada país pelo qual a carga deve passar; mas essas 
dificuldades de comunicação e documentos podem ser deixadas de lado 
usando as transações eletrônicas padrões (BOWERSOX et al., 2014).
A integração dos sistemas de informação é um desafio na 
globalização. A integração operacional exige a capacidade de direcionar 
as ordens dos clientes e gerir os estoques em todo o mundo. A integração 
tecnológica representa investimento de capital para apoiar as operações 
globais (BOWERSOX et al., 2014).
Logística Internacional 
http://bit.ly/2QD4IoX
27
REFLITA:
As crescentes alianças com outras empresas são 
importantes nas operações no seu país de origem e 
fundamentais no comércio internacional, pois, sem as 
alianças, a empresa deveria operar no mundo todo. As 
alianças internacionais oferecem acesso ao mercado e à 
especialização, visto que as alternativas e a complexidade 
da globalização as requerem. Logo, a globalização é uma 
fronteira evolutiva, que exige cada vez mais integração na 
cadeia de suprimentos. 
À medida que as empresas expandem para mercados 
internacionais, a demanda por competência logística 
aumenta, pois as cadeias de suprimentos, as variações e as 
incertezas ficam maiores, e torna necessário providenciar 
mais documentação. O desafio é posicionar a empresa para 
obter vantagens dos benefícios do mercado e da produção 
globais com competência logística mundial (BOWERSOX et 
al. 2014).
SAIBA MAIS:
Quer se aprofundar neste tema? Leia o artigo A logística e o 
mundo globalizado. Acesse clicando aqui. 
Logística Internacional 
http://bit.ly/2tFuJeq
28
RESUMINDO:
E então? Gostou do que mostramos? Aprendeu mesmo 
tudinho? Agora, só para termos certeza de que você 
realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, vamos 
resumir tudo o que vimos. Você deve ter notado, quanto 
aos aspectos da logística globalizada, que a empresa pode 
optar por qual estratégia adotar para acessar o mercado 
internacional. Mesmo não tendo uma estratégia definida, 
pode evoluir segundo seu posicionamento no mercado. 
Para dar suporte e desenvolvimento a essa condição, 
a cadeia de suprimentos e a logística são importantes 
para atender às necessidades do cliente com demandas 
específicas em uma economia globalizada. A logística, 
por estar presente desde a estrutura da organização-sede 
até o cliente, deve se adaptar às condições do mercado 
internacional no que tange a transporte, legislações 
internacionais, definições governamentais e aplicações de 
tarifas. Também devem se atentar em relação às restrições 
aplicadas no sistema logístico em termos operacionais. 
As alianças no âmbito internacional fomentam parcerias 
importantes para a empresa em outro país que não o seu 
de origem, facilitando seu desenvolvimento.
Logística Internacional 
29
Estágios das operações globalizadas
OBJETIVO:
Ao término deste capítulo, você será capaz de entender 
os aspectos dos estágios das operações globalizadas. 
O entendimento dessa relação será importante para o 
exercício profissional. A correta compreensão auxiliará na 
tomada de decisão precisa e com qualidade. E então? 
Motivado para desenvolver esta competência? Então, 
vamos lá. Avante!.
Aspectos da logística globalizada
Atualmente, há movimentos no mercado internacional devido 
a novos mercados abertos e mercados já existentes que estão em 
crescimento. As economias das nações industrializadas estão saturadas e, 
assim, buscam outras opções de mercado em outros países (NOGUEIRA, 
2018).
Devido ao aumento da competitividade, a diminuição dos ciclos 
de vida dos produtos e o aumento na diversificação, consumismo 
intensificado e tecnologia, a globalização nos dá acesso a qualquer 
produto em qualquer parte do mundo (NOGUEIRA, 2018).
DEFINIÇÃO:
A globalização está relacionada à crescente dependência 
entre os países, traduzida pelos crescentes fluxos 
internacionais de bens, serviços, capital e conhecimentos 
(NOGUEIRA, 2018).
Mas, para que os produtos sejam importados ou exportados, 
devemos seguir as definições de regras internacionais e do país de 
origem para que a operação ocorra dentro das normas específicas da lei, 
desde a solicitação de compra do cliente até o recebimento do material 
(NOGUEIRA, 2018).
Logística Internacional 
30
Ao definir o modal de transporte adequado, os procedimentos e 
documentos utilizados, devem ser seguidos todos os trâmites e exigências 
da legislação em vigor (NOGUEIRA, 2018). Em um mundo crescentemente 
global, nem todos os países já estão integrados da mesma forma na 
economia global (NOGUEIRA, 2018). 
A gestão de um sistema de distribuição global é mais complexa 
quando comparada com a logística doméstica. Analisaro ambiente 
internacional e planejar e desenvolver procedimentos para monitorar o 
sistema logístico no exterior é necessário (NOGUEIRA, 2018).
Para ser global, a empresa deve coordenar um complexo conjunto de 
atividades para ter o menor custo logístico total; assim, ganhará vantagem 
competitiva em seus mercados-alvo internacionais (NOGUEIRA, 2018).
As empresas devem estruturar sua organização logística global, 
observando que (NOGUEIRA, 2018):
 • Estrutura estratégica e controle geral dos fluxos logísticos devem 
ser centralizados para a otimização dos custos em nível mundo.
 • Controle e gerenciamento do serviço ao cliente devem ser locais 
para garantir a obtenção e manutenção de vantagem competitiva.
 • Aumento da tendência para a aquisição de todas as necessidades 
em terceiros.
 • Sistema global de informações logísticas é o pré-requisito que 
possibilita a satisfação das necessidades locais de serviços.
A empresa global
A empresa global deve apresentar múltiplas identidades para fazer 
frente às demandas do mercado. A empresa globalizada deve saber 
identificar e avaliar estratégias alternativas e, em termos de logística, deve 
analisar com cuidado, pois os investimentos em fornecedores, estrutura 
física e alianças com clientes são importantes. O escopo geográfico exerce 
papel fundamental nos custos operacionais e riscos de investimentos 
devido a dimensões do negócio e sua complexidade (BOWERSOX; 
CLOSS, 2001).
Outro aspecto importante está relacionado com o desenvolvimento 
e a implantação de sistemas e procedimentos flexíveis. A logística no 
escopo macro se ocupa com as economias de escala em operações 
globalizadas; mas o atendimento deve ser local para não perder a 
Logística Internacional 
31
sensibilidade e o contato com esse mercado, como idioma, cultura do 
país. Atenção deve ser dada à documentação exigida e aos tipos de 
embalagens, por exemplo. A empresa deve ter procedimentos, mas 
também deve ser flexível ao ponto de cada operação ter a liberdade e 
a facilidade dentro do escopo maior da organização em adaptar-se às 
demandas locais (BOWERSOX; CLOSS, 2001).
SAIBA MAIS:
Para saber um pouco mais a respeito de exportações e a 
cultura de outros países, leia o artigo Exportação: como as 
diferenças culturais podem impactar seu negócio. Acesse 
clicando aqui.
Estágios de operações globalizadas
As empresas podem apresentar diferentes níveis de estágios 
de operações globalizadas, desde o estágio inicial, classificado como 
relacionamento distante, até o mais evoluído, denominado operações 
desnacionalizadas.
Figura 3 – Gráfico da relação de risco e retorno nas operações globalizadas
Operações des-
nacionalizadas 
(Estágio 5)
R
is
co
-r
e
to
rn
o
Relacionamento 
distante (Estágio 1)
Atividade 
interna de 
exportação 
(Estágio 2)
Operações 
em país 
estrangeiro 
(Estágio 3)
Operações 
com conheci-
mento genui-
namente local 
(Estágio 4)
Fonte: Bowersox e Closs (2001).
Logística Internacional 
http://bit.ly/37UMLbn
http://bit.ly/37UMLbn
32
Outro detalhe importante é o ciclo de duração de cada estágio, 
que retrata a filosofia da gestão da empresa. Segundo Bowersox e Closs 
(2001), os cinco estágios são:
 • Relacionamento distante.
 • Atividade interna de exportação.
 • Operações em país estrangeiro.
 • Operações com conhecimento genuinamente local.
 • Operações desnacionalizadas.
A situação do relacionamento distante, estágio 1, é marcada pelo 
distanciamento da empresa e um distribuidor internacional que atende a 
uma região ou país. A empresa tem experiência internacional restrita, age 
por consignação ou venda de seus produtos para uma terceira empresa, 
que, por sua vez, atua no mercado internacional. Essa terceira empresa 
assume a responsabilidade de receber pedidos de compras, gerir 
estoque, gerenciar as operações. 
Esse tipo de situação tem seu lado positivo, que é a redução 
significativa do risco da empresa no mercado internacional, pois está 
atuando em conjunto sob a liderança da empresa terceira no mercado 
internacional; logo, está mais preservada de problemas. Mas tem também 
o lado negativo, que é a redução da margem de contribuição da empresa 
e menor controle logístico na operação, além da redução do controle 
comercial igualmente (BOWERSOX; CLOSS, 2001).
O segundo estágio está relacionado com a atividade interna de 
exportação, que envolve as empresas que já têm habilidades para gerir 
documentos e transporte internacionais. Mas ainda temos a presença do 
agente ou distribuidor local, que se ocupa do controle do estoque, da 
comercialização, do faturamento e de todo o suporte para o produto. 
Se a empresa decidir assumir mais funções pode significar aumento 
de custo operacional. A empresa consegue manter sua margem de 
contribuição, ocupando-se de algumas atividades de exportação, mas 
ainda dispondo de um terceiro especializado em marketing, comercial. 
Pelo fato da empresa não ter presença estabelecida no exterior, esse 
Logística Internacional 
33
terceiro fica responsável pelas percepções de oportunidades no mercado 
externo, como necessidades especiais, particularidades (BOWERSOX; 
CLOSS, 2001).
As operações em país estrangeiro, estágio 3, têm como característica 
principal o desenvolvimento de atividades locais no país estrangeiro, como 
atividades de marketing, produção, vendas e distribuição. A condição de 
estar instalada no país estrangeiro aumenta a sensibilidade e percepção 
das demandas do mercado, e a empresa começa a ter presença no 
mercado local. 
As empresas matrizes têm por hábito aplicar suas normas e 
procedimentos em suas novas unidades para a manutenção de padrão; 
inclusive mão de obra, para garantir que as novas operações tenham os 
mesmos padrões da matriz. Essa nova empresa refletirá com intensidade 
as definições da empresa sede. A presença no país aumenta a percepção 
do mercado local, mas ainda tem total apoio da empresa sede em termos 
de procedimento, condutas, valores e operações (BOWERSOX; CLOSS, 
2001).
Um estágio mais evoluído, estágio 4, diz respeito às operações 
internacionais que tem menos relações com a nacionalidade e desenvolve 
práticas comerciais locais. A empresa nesse estágio já contrata executivos 
locais para as áreas de vendas e marketing, os quais são apoiados pela 
empresa sede em relação a procedimentos. Assim que se estabelece o 
conhecimento local com originalidade, começa a ser criada uma filosofia 
distinta daquela do país de origem, mas a filosofia da empresa sede 
continua presente e dominante na empresa local. Todas as operações 
internacionais são ainda avaliadas sob o controle da empresa sede 
(BOWERSOX; CLOSS, 2001).
O estágio final da evolução das empresas é o de operações 
desnacionalizadas, nas quais são mantidas as operações no país local e 
há a criação de uma sede regional para acompanhar e supervisionar a 
coordenação das operações na área. A empresa não tem nacionalidade 
definida, pois, muitas vezes, é um conjunto. As operações são efetuadas 
em ações de marketing e vendas, e têm apoio de outras operações 
globalizadas de produção e logística; as fontes de suprimentos e decisões 
Logística Internacional 
34
de marketing têm opções globalizadas igualmente. Os procedimentos são 
elaborados para atender às demandas locais (BOWERSOX; CLOSS, 2001). 
Estágios de operações globalizadas
Agora vamos estudar a internacionalização das empresas e as 
demandas nas empresas e benefícios.
As empresas atuantes no comércio exterior buscam manter 
suas marcas e produtos nos mercados estratégicos e esse nível de 
envolvimento está diretamente ligado ao grau de potencial do mercado 
e também ao quanto os futuros consumidores são exigentes. Assim, a 
pesquisa constante dá condições para a empresa definir o momento 
correto de investir no mercado estratégico. 
O ato de pesquisar é desafiador, seja pelas análises de cenários 
e propostas ou a gestão de fatores internos e externosà empresa. Um 
importante aspecto na formulação da estratégia de marketing é definir qual 
será o mercado-alvo para a exportação, com estudo de possibilidades, 
critérios de marketing e estratégia global da empresa (PIGOZZO, 2012).
As empresas que atuam no mercado nacional já demandam um 
esforço concentrado. Atuar no mercado internacional apresenta maior 
complexidade e requer da empresa candidata a esse mercado externo 
uma gestão adequada do marketing internacional (BERNARD, 2013). A 
entrada da empresa no mercado externo pode se dá como estágio inicial 
de um processo de internacionalização ou um estágio mais evoluído, 
como extensão de desenvolvimento da empresa (PIGOZZO, 2012). 
Definir o mercado-alvo é prévio ao desenvolvimento do programa de 
marketing; a localização e a natureza dos mercados e sua capacidade de 
coordená-los dirão o quanto a empresa é competente, e o estabelecimento 
no mercado internacional deve estar adequado à estratégia global da 
empresa (PIGOZZO, 2012). Vale destacar que a estratégia, a decisão de 
seleção do mercado, do modo de entrada, operação e direcionamento 
do mercado normalmente afetam mais as operações de exportação 
(PIGOZZO, 2012).
Logística Internacional 
35
O primeiro passo para a seleção do mercado-alvo diz respeito ao 
estabelecimento do perfil do produto no mercado e ao conhecimento 
sobre quem compra ou não compra o produto, a funcionalidade do 
produto, qual preço praticar, onde e quando pode ser comprado o 
produto, que soluções o produto apresenta. O mix de marketing serve de 
ferramenta para definir segmentos e nichos de mercado para o produto, o 
preço, a praça e a distribuição (PIGOZZO, 2012).
Uma forma mais ágil e menos custosa para o processo de 
entrada e expansão é abordar os países próximos, por ter condições 
culturais semelhantes, e considerar os indicadores econômicos, 
sociodemográficos, o acesso a esse mercado e suas legislações, custos 
logísticos, valor do frete e demanda temporal, e eventuais adequações 
ao produto. Os mercados são comparados por critérios de PIB, taxa de 
crescimento e condições logísticas e legais (PIGOZZO, 2012). Como fontes 
de informações dos mercados-alvos, têm-se as internas obtidas dentro da 
empresa, fontes externas, institucionais, documentais diretas ou indiretas 
(PIGOZZO, 2012).
As pequenas e médias empresas optam pela exportação como 
forma de internacionalização, pois instalar-se em outro país envolve 
grande gama de riscos e custos. Em termos financeiros, deve-se definir 
com atenção a condição de pagamento e financiamento, conhecer as 
normas bancárias para as operações de câmbio e a gestão logística e 
financeira com exatidão (PIGOZZO, 2012).
As exportações podem ser diretas, nas quais o exportador é 
fabricante das mercadorias e isento de impostos; e a indireta, o exportador 
é uma empresa comercial exportadora, que tem suspensão dos impostos 
até que seja comprovada a exportação por meio do embarque e o 
recebimento do pagamento. Há um terceiro tipo, com a venda realizada 
dentro do país, no qual o fabricante entrega as mercadorias para uma 
comercial exportadora (trading company), constituída segundo a Lei nº 
1.248, de 29 de novembro de 1972, que define incentivos fiscais específicos 
para as exportações realizadas sob essa tipologia (PIGOZZO, 2012).
Para que a comercialização internacional ocorra, é necessário um 
conjunto de ações para se ter a concretização dos negócios no mercado 
Logística Internacional 
36
internacional. E essas ações combinam a pesquisa e seleção de mercados 
e, eventualmente, negociação com intermediários, contatos com futuros 
clientes, publicidade, propaganda, questões logísticas de armazenagem 
e distribuição, transporte no país de destino, questões financeiras e 
bancárias, atendimento das normas legais, documentações, entre outros 
(PIGOZZO, 2012).
Na exportação direta, o fabricante também é o exportador; logo, 
desde o processo produtivo, ação comercial no exterior, logística de 
exportação, atividades do marketing internacional, pesquisa e seleção de 
compradores, negociações, entre outras atividades, são responsabilidade 
do exportador. A preparação conforme acordada, datas e prazos devem 
ser respeitados. 
O exportador tem controle total do processo de exportação e do 
composto de marketing, o acesso aos incentivos fiscais, aprendizagem 
sob todas essas atividades, desenvolvimento da vantagem competitiva, 
melhoria contínua, imagem mais valorizada no mercado e presença 
internacional da marca. A empresa precisa ter disciplina, organizar-se 
internamente (PIGOZZO, 2012).
ACESSE:
Leia o artigo Será que já estamos preparados?, que traz 
reflexões a respeito da postura da empresa brasileira e do 
exportador. Acesse clicando aqui. 
Na exportação indireta, o processo fabril é de responsabilidade do 
fabricante; mas o processo de comercialização no mercado internacional 
e o pacote logístico são subordinados a um intermediário. A trading 
company, ou agente de compra, compra a mercadoria e efetua a venda 
no mercado externo. O fabricante atua com a venda usual no mercado 
interno; o intermediário é responsável pela exportação. 
Esse tipo de operação tem algumas vantagens, como o produtor 
objetivar a produção e a agilidade nas vendas no país de origem, não há 
necessidade de ter estrutura especializada, sem custos de comercialização 
Logística Internacional 
http://bit.ly/2T7hldF
37
no exterior e sem demanda de estrutura logística. Porém, o lucro maior 
nessa operação fica com o intermediário, que efetua a venda no exterior 
(PIGOZZO, 2012). O produtor também tem lucro; no entanto, a maior parte 
fica com o intermediário. 
Esse tipo de operação é recomendado para empresas de pequeno 
porte que estão iniciando suas operações, além de serem esporádicas. 
Já o intermediário pode auxiliar o produtor em outras atividades, como 
design e gestão de suprimentos. 
IMPORTANTE:
Destaque-se que, quando houver um intermediário 
na operação de exportação, os incentivos e benefícios 
oferecidos por parte do governo federal aplicam-se ao 
exportador, e não ao fabricante (PIGOZZO, 2012).
Temos também a exportação associativa, que diz respeito à 
produção e tem a responsabilidade dividida entre vários produtores, 
sendo que a comercialização e a logística estão sob responsabilidade 
de uma cooperativa de exportação ou consórcio. A produção está sob 
controle da associação, além de atividades como gestão de suprimentos, 
design, desenvolvimento e pesquisa, gestão administrativa e financeira 
(PIGOZZO, 2012).
O consórcio pode ocorrer sob a forma horizontal, quando os 
produtores produzem os mesmos tipos de itens, para ter incremento 
de volume de exportação. Ou pode ser também sob a forma vertical, 
que ocorre quando os produtores produzem partes distintas que se 
complementam. Há vantagens nesse processo, como a concentração 
do exportador na produção, mercados diversificados, custos reduzidos 
devido à divisão entre as empresas, riscos compartilhados e incentivos 
próprios destinados a consórcios (PIGOZZO, 2012).
As exportações podem ocorrer sob meios não comerciais de 
entrada e operações nos mercados externos e, entre essas condições, 
estão as modalidades contratuais que constituem os contratos de 
Logística Internacional 
38
fabricação, montagem, licenciamento, franquia e joint venture (formação 
de associação de empresas) (PIGOZZO, 2012).
O contrato de fabricação consiste no contrato de um fabricante 
local que fica responsável pela produção, tendo o controle do marketing 
internacional, ações comerciais no mercado-alvo. Essa condição é útil 
para empresas destinadas a países nos quais o tamanho do mercado 
ainda não garante a instalação de uma fábrica no exterior. O contrato deve 
ter cláusulas que expressem que o fabricante guardará os padrões de 
qualidade e entregas (PIGOZZO, 2012).
SAIBA MAIS:
O artigo Exportação na pequena e média empresa– bicho 
de sete cabeças? aborda um problema sensível que atinge 
a grande maioria das empresas brasileiras: o grande 
potencial nas empresas, que, por desconhecimento e 
medo, deixam oportunidades comerciais passarem sem 
atuar. Acesse clicando aqui.
Temos também os contratos de montagem de produtos no exterior, 
que consistem em enviar partes/peças e efetuar a montagem no país de 
destino, tendo como vantagem o imposto de importação no país de destino 
ser menor quando comparado com o imposto de produtos acabados. A 
empresa exportadora envia kits com os componentes e peças chamados 
CKD (Completely Knock-Down). No contrato para montagem no exterior, 
a empresa montadora não pode estabelecer relações com produtos de 
concorrentes (PIGOZZO, 2012).
Outra opção é o contrato de licenciamento, que é uma forma de 
ingresso no mercado internacional quando a empresa apresenta patente 
de produtos, direitos autorais, software, livros, filmes, fotografias. Nessa 
modalidade, a empresa licenciadora concede ao licenciado o direito de 
usar a tecnologia que foi patenteada, perante o pagamento da taxa de 
royalty (PIGOZZO, 2012).
Há ainda os contratos de franquia, uma forma de licenciamento na 
indústria de serviços, por exemplo, o serviço de refeições como fast food, 
Logística Internacional 
http://bit.ly/2t20iPw
39
agências de emprego, de automóveis. O franqueador libera ao franqueado 
o direito de negociar sob especificações definidas por causa do nome e 
da marca (PIGOZZO, 2012). 
O estabelecimento de joint venture com um parceiro local ocorre 
quando duas empresas privadas, uma do mercado-alvo e outra do 
mercado externo se juntam para atuar no mercado-alvo (PIGOZZO, 2012).
SAIBA MAIS:
Quer se aprofundar nesse tema? Recomendamos a leitura 
do artigo Internacionalização de empresas: importância, 
como conduzir e modos de implantação. Acesse clicando 
aqui. 
RESUMINDO:
E então? Gostou do que mostramos? Aprendeu mesmo 
tudinho? Agora, só para termos certeza de que você 
realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, 
vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter notado que 
os estágios das operações globalizadas se relacionam com 
o mercado internacional e conduzem ao crescente processo 
de globalização entre os países. As empresas precisam 
desenvolver novas posturas estratégicas que as conduzam 
aos estágios de globalização de suas operações; bem como 
organizar sua Logística Internacional. Pudemos entender 
como se dá o processo de internacionalização da empresa 
e as opções de diversificação de mercado, crescimento 
e consolidação da marca, além dos benefícios internos, 
como melhoras de processos produtivos, administrativos 
em a estratégia da empresa. Nesse processo, é importante 
a definição de indicadores para avaliação da efetividade 
dos processos.
Logística Internacional 
http://bit.ly/2T3C4z0
http://bit.ly/2T3C4z0
40
Organizando-se para a Logística 
Internacional
OBJETIVO:
 Ao término deste capítulo, você será capaz de entender 
como se preparar para a Logística Internacional, que é o 
meio de atendimento ao cliente que pode estar em qualquer 
país. Mas preparar-se não é suficiente, a informação 
deve ser de qualidade, no momento certo, e devemos 
ter métricas aplicadas a indicadores. Vamos entender os 
indicadores, para saber como aplicá-las e melhorar nossa 
performance enquanto empresa no mercado, garantindo 
nossa competitividade. E então? Motivado para desenvolver 
esta competência? Então vamos lá!.
Organizando a logística global
Com o desenvolvimento das operações comerciais, as cadeias de 
suprimentos também foram obrigadas a terem dimensões maiores para 
prestar atendimento às novas demandas; por consequência, as empresas 
foram obrigadas a também adequar suas estruturas logísticas a âmbito 
global (CHRISTOPHER, 2009).
Com estudos desenvolvidos, as empresas chegaram à mesma 
dedução de que somente com centralização pode-se auxiliar na eficácia 
da operação logística global. Esse argumento parece que segue no 
sentido contrário do compartilhamento das decisões locais; todavia, essa 
condição se contrapõe quando analisamos a tomada de decisão em nível 
global para as estratégias globais integradas (CHRISTOPHER, 2009).
IMPORTANTE:
Para definir os trade-offs em potencial na racionalização 
de compras, processo produtivo e distribuição além das 
fronteiras nacionais, é preciso definir uma base central para 
a tomada de decisões logísticas.
Logística Internacional 
41
ACESSE:
Confira a matéria Trade-off: uma decisão entre custo e 
benefícios e saiba mais a respeito de trade-off. Acesse 
clicando aqui. 
Então, como estabelecer o equilíbrio nas decisões empresariais? 
Cada organização é única e deve otimizar os custos, a estratégia e o 
controle dos fluxos logísticos em uma sede central; e o controle do 
serviço prestado ao cliente deve ser local, por estar próximo e conhecer 
as especificidades do mercado. Também um sistema de informação na 
logística global é requisito para atender o cliente e atingir a otimização 
do custo global (CHRISTOPHER, 2009). Quanto mais as organizações 
adequarem seus negócios à manufatura global, mais deverão ter em 
consideração a decisão de onde posicionar as unidades, por meio do 
custo total.
A operação logística centralizada vem a contribuir na estratégia 
global com a visão e o entendimento de todas as operações em curso, 
bem como o entendimento dos custos para a minimização e maximização 
do nível de serviço prestado. A tomada de decisão é importante, pois a 
escolha de onde produzir, montar e estocar é fundamental no cotidiano 
da empresa, podendo levar ao lucro ou ao prejuízo (CHRISTOPHER, 2009).
Com a avaliação ou reavaliação da rede logística, há a possibilidade 
de melhoria e eficiência da rede logística global, no que tange ao 
posicionamento do processo produtivo e do estoque. Já a gestão de 
serviços para o cliente requer o controle das necessidades de serviço e 
do nível de desempenho, mas resguardando a gestão local de serviços 
para o cliente, pois cada mercado local tem suas próprias características 
(CHRISTOPHER, 2009).
No escopo da terceirização e de parcerias, deve-se seguir a 
coerência da empresa e investir tempo e energia em suas principais 
competências, além de estabelecer parcerias e terceirizar serviços. O foco 
deve ser atividades da cadeia de valor que tragam posição e vantagem 
distintiva (CHRISTOPHER, 2009).
Logística Internacional 
http://bit.ly/2s7IGkI
http://bit.ly/2s7IGkI
42
Outro importante aspecto é o gerenciamento das informações 
logísticas globalizadas, que fornece visibilidade dos itens ao longo da 
cadeia de suprimentos. Deve-se lembrar que a introdução do sistema de 
resposta rápida depende do fluxo de informação.
ACESSE:
Entenda melhor a importância de sistemas de informação 
para a competitividade logística e saiba mais a respeito dos 
sistemas de informação e logística. Acesse clicando aqui.
Dessa maneira, formamos um pensamento que trata da coordenação 
global e local. O Quadro 3 apresenta essas considerações.
Quadro 3 – Coordenação global e local
Global Local
Estrutura da rede para otimização de 
produção e transporte. Gestão de serviços para o cliente.
Desenvolvimento e controle de 
sistemas de informação.
Acumulação de inteligência de 
mercado.
Posicionamento do estoque. Gerenciamento de armazém e entrega local.
Decisões de aquisições. Análises de lucratividade do cliente.
Modo de transporte internacional e 
decisões de aquisições.
Contato com vendas locais e 
gerenciamento de marketing.
Análises de trade-off e controle de 
custo da cadeia de suprimentos. Gestão de recursos humanos.
Fonte: Christopher (2009).
Redes de comunicação e tomada de decisão 
O valor da informação é um conceito muito relativo, pois nem todas 
as informações apresentam a mesma importância para uma decisão. Além 
disso, por melhor que seja a informação, se ela não for comunicada para 
as pessoas interessadas, de forma adequadae com conteúdo correto, 
Logística Internacional 
http://bit.ly/302vYjU
43
perde todo o seu valor. Por conta disso, a informação pode ser reutilizada 
infinitamente, não se deprecia e seu valor é determinado pelo usuário.
A eficiência na utilização do recurso é medida pela relação do custo 
para obtê-la e o valor do benefício de seu uso. O valor da informação 
deve ser avaliado, também, quanto à sua finalidade. Sua qualificação se 
torna evidente conforme possibilita a diminuição do grau de incerteza no 
processo de tomada de decisão, permitindo a melhoria da qualidade das 
decisões.
As empresas têm como opção a utilização de tecnologias 
modernas para facilitar esse processo, visando atender a aspectos como 
complexidade, crescimento, modernidade, perenidade, rentabilidade 
e competitividade. Em uma abordagem mais prática e moderna, a 
informação deixa de estar dividida em estratégica, tática e operacional, 
passando a ser executiva e dando suporte à tomada de decisões 
oportunas. 
Nesse sentido, quando se discute sobre informação empresarial, 
há a necessidade de se discutir a respeito das estratégias empresariais. 
A estratégia empresarial deve ser emanada da alta administração da 
organização, contemplando a organização como um todo. 
DEFINIÇÃO:
A palavra “estratégia” está vinculada a objetivos macros, 
ações globais, de maior tempo e amplitude. Ela pode ser 
decomposta por diversas táticas e objetivos definidos, com 
ações menores, direcionadas, de menor tempo e menor 
amplitude, a fim de atender às respectivas estratégias. O 
conceito mais simples de estratégia é a arte de planejar.
A estratégia é um conjunto de decisões, diretrizes e regras 
formuladas com o objetivo de orientar o posicionamento da empresa em 
seu ambiente e mercado. Para alcançar isso, quatro fatores podem ser 
postos em prática:
 • Sobrevivência: redução de custos, desinvestimento e liquidações.
Logística Internacional 
44
 • Manutenção: estabilidade, nicho e especialização.
 • Crescimento: inovação, internacionalização, associação e 
expansão.
 • Desenvolvimento: mercado, produto ou serviço, financeiro, 
capacidades e estabilidade.
O responsável pela tomada de decisão deve decidir, mesmo com 
a possibilidade de errar. Assim, a tomada de decisão envolve um ciclo 
de controle, decisão e execução, em que é fundamental a existência de 
informações apropriadas para cada etapa.
Para o processo de decisão, é preciso diferenciar as informações 
em gerenciais e operacionais, sendo que:
 • Informações gerenciais se destinam a alimentar processos 
de tomada de decisão. Cada nível de gerência depende de 
informações diferentes, e a organização deve conhecer as 
necessidades em todos os níveis.
 • Informações operacionais são as que permitem que determinadas 
operações continuem ocorrendo dentro do ciclo operacional da 
empresa.
Outro fator importante para a tomada de decisão é a qualidade 
das informações, que deve ser comparativa, confiável, gerada em tempo 
hábil e no nível de detalhe adequado. Isso porque tomar uma decisão 
nada mais é do que escolher uma alternativa, obedecendo critérios 
preestabelecidos.
Assim, quanto maior o valor e a qualidade da informação, maior é a 
probabilidade de acerto na tomada de decisão. Essa mesma informação 
servirá como instrumento de avaliação da qualidade da decisão tomada 
por meio da alimentação de um processo de feedback.
A informação desempenha papéis importantes tanto na definição 
quanto na execução da estratégia. Ao atuar na definição sobre ambiente 
competitivo e organização, a informação auxilia os executivos a 
identificarem as ameaças e as oportunidades para a empresa, criando um 
cenário para a resposta competitiva e eficaz.
Logística Internacional 
45
Definição e aplicação de indicadores-chave 
de desempenho
Desse modo, deve-se fazer a definição e escolha de indicadores 
de performance alinhados ao planejamento estratégico. A boa escolha 
de aspectos organizacionais para as métricas auxiliará a organização a 
reconhecer qual caminho está seguindo. Nesse contexto, o gerenciamento 
de processos de negócio é muito importante, pois permite ao gestor 
conhecer as atividades e, consequentemente, contribuir para a melhora 
dos processos. 
Os indicadores merecem atenção porque fazem a representação 
métrica da performance dos processos organizacionais. Nesse cenário, o 
sistema de informações gerenciais é de grande valia, assim como as redes 
de comunicação, que contribuem na tomada de decisão e na gestão do 
conhecimento organizacional. 
A definição de desempenho nas organizações tem gerado grande 
debate, pois o conceito de desempenho é descrito como um mix de 
fatores, a exemplo da eficácia, eficiência, produtividade, qualidade, 
inovação e lucratividade. Alguns critérios de competividade são: a 
qualidade, a velocidade, a confiabilidade, a flexibilidade e o custo, fatores 
inerentes às operações.
Os indicadores-chave de desempenho também são conhecidos 
como Key Performance Indicator (KPI) ou Key Success Indicator (KSI). Eles 
exercem um papel muito importante na organização, visto que traduzem 
as operações em índices, quantificando-as. 
Além disso, organizam esses índices para as tomadas de decisões, 
a fim de orientar a gestão. Assim, os indicadores, como o próprio nome 
sugere, fazem a representação numérica de uma atividade, para que a 
organização consiga distinguir se o resultado é bom ou ruim. Quando 
ruim, significa que devemos colocar um plano de ação em prática para 
a melhoria.
Os KPIs também são meios de comunicação, pois auxiliam quanto 
a metas e resultados. No entanto, devem ser e estar devidamente 
Logística Internacional 
46
orientados para a saúde da operação da organização, ou seja, só se pode 
afirmar que um indicador é de desempenho quando ele colaborar com a 
busca do resultado operacional da empresa.
Os indicadores são classificados em termos de área de gestão 
(estratégica, tática e operacional), sendo que, para cada nível, há um 
público com o qual se relaciona, a partir de objetivos distintos. Podemos 
entender melhor essa relação com o quadro a seguir. 
Quadro 4 – Tipos de estratégias
Nível Público-alvo Espectro de atuação
Estratégico Alta administração.
Visão da empresa, relações exter-
nas, planos genéricos e visão de 
longo prazo.
Tático Gerentes.
Estudo de unidades de negócios, 
relações internas e visão de médio 
prazo.
Operacional Supervisores.
Estudos de ações rotineiras, relação 
com os interessados e visão de cur-
to prazo, com objetivos específicos.
Fonte: Elaborado pela autora (2020).
Os indicadores estratégicos são aqueles que possuem ligação 
com a alta gestão, tendo como finalidade principal a performance da 
organização em relação aos objetivos estratégicos. Já os indicadores 
táticos são aqueles analisados pelo nível de gerência, em seus respectivos 
departamentos. Eles apresentam relação com a estratégia da empresa, 
uma vez que contribuem para essa finalidade.
Por fim, há os indicadores operacionais, que representam aqueles 
acompanhados pelos especialistas de cada área. Eles buscam fornecer 
particularidades para a operação que possam contribuir para o alcance 
da estratégia organizacional. 
Assim, podemos dizer que um indicador quantifica uma operação 
da organização. Dessa forma, é possível saber se a operação em questão 
está atendendo ou não às expectativas. Por isso, os KPIs devem ser 
disponibilizados para todos, permitindo que os interessados conheçam a 
performance da empresa.
Logística Internacional 
47
Dessa forma, avaliar o desempenho, o resultado e o quão é efetiva 
a organização em suas tomadas de decisão é a principal função dos 
indicadores. Essa contribuição reflete a efetividade das estratégias e dos 
planos adotados. Nesse cenário, é possível definir metas, comparar o 
planejado com o realizado e ter um descritivo analítico das operações.
Em complemento, vale destacar três itens que devem serobservados 
quando se trabalha com indicadores de desempenho: dado, informação e 
indicador. O dado é o elemento coletado, a informação é a representação 
dos dados organizados em determinado ambiente, enquanto o indicador 
é o produto de funções estatísticas e/ou matemáticas que apresentam 
o resultado atingido na organização. Esse é, portanto, o caminho para a 
interpretação.
Os indicadores são ferramentas úteis na gestão de qualquer 
organização, porém, sua implantação gera, no primeiro momento, dúvidas 
de como implementar e qual modelo de indicador usar. Deve-se estar 
atento ao uso de indicadores no que diz respeito ao seu conceito e à sua 
aplicação, pois são diferentes pessoas e eles podem não ser calculados 
e aplicados da mesma forma, situação que pode levar a análises 
equivocadas. Ao empregar o uso de indicadores, deve-se documentar 
qual é o procedimento praticado (ROSS et al., 1995).
Alguns aspectos são importantes no que diz respeito aos 
indicadores, como: 
a. Como ele é calculado?
b. O que se pretende medir com ele, e por que estaríamos 
interessados nisso?
c. Qual é a unidade de medida?
d. O que um valor alto ou baixo estaria indicando? De que modo tais 
valores poderiam ser enganosos?
e. Como essa medida poderia ser aperfeiçoada? (ROSS et al., 1995, 
p. 52)
Para os indicadores, podem-se definir áreas específicas para a 
implantação, como:
 • Indicadores econômicos: representam a saúde financeira da 
organização, a produção dos resultados econômicos e a geração 
de lucro. Temos como exemplos a margem de contribuição de 
Logística Internacional 
48
uma linha de produto, o ponto de equilíbrio, a depreciação, a 
amortização, entre outros;
 • Indicadores financeiros: têm foco no quantitativo de dinheiro em 
caixa, ou seja, nas entradas e saídas de capital da organização. 
Como exemplos, temos a necessidade de capital de giro e os 
índices de liquidez corrente, seca, geral e imediata;
 • Indicadores de análise de investimentos: ferramentas para a 
tomada de decisão quanto a realização/priorização ou não de 
determinado investimento.
É válido mencionar que os indicadores econômico e financeiro 
podem demonstrar a mesma informação, porém, sob prismas distintos. 
É, portanto, caixa versus competência. Mas como devemos implementar 
um indicador de desempenho? Para a implementação de um indicador, 
passamos por sete etapas, conforme nos mostra a figura a seguir. 
Figura 4 – Etapas para implantação de indicadores
1. Definir o que será 
mensurado
2. Alinhar os objetivos 
com o planejamento 
estratégico
3. Definir o indicador de 
desempenho.
4. Responsável pela 
implantação.
5. Comunicação efetiva.
6. Coletar os dados.
7. Monitorar os resultados.
Fonte: Elaborada pela autora (2020).
O primeiro passo é definir quais elementos serão medidos e em que 
áreas da empresa. Depois, alinham-se os indicadores escolhidos com os 
Logística Internacional 
49
objetivos estratégicos, que são desdobrados em metas, apresentando o 
real desempenho dos resultados. 
Na sequência, devem-se definir quais indicadores de desempenho 
serão utilizados. Aqui, é importante lembrar que os indicadores elencados 
devem fazer parte e ter relação com o negócio.
Com os três primeiros passos definidos, chegamos ao momento de 
definir o responsável ou responsáveis pela implantação dos indicadores 
escolhidos e a devida orientação para os demais profissionais. 
O quinto passo é a promoção real a respeito dos indicadores 
para toda a organização. Somente com a comunicação, os profissionais 
compreenderão a importância dos indicadores, sua aplicação e os 
resultados esperados. Assim, o engajamento das pessoas no processo é 
essencial para o sucesso do projeto como um todo. 
O sexto passo é realizar a coleta de dados, que deverá ser de total 
responsabilidade da empresa. Nesse sentido, opta-se por informações 
claras e bem-delineadas, a fim de não ocorrer imprevistos e falhas. 
O último passo é o monitoramento, que compreende a gestão dos 
resultados frente aos objetivos estratégicos da organização, que deve ser 
constante para o real acompanhamento da performance da empresa.
Desse modo, com os indicadores de desempenho implantados, é 
possível conhecer a situação real da empresa, estabelecer parâmetros 
para mensurar resultados, ter mais qualidade e agilidade na tomada de 
decisão e conhecer a maturidade dos processos. 
SAIBA MAIS:
Quer se aprofundar nesse tema? Recomendamos a leitura 
do artigo KPIs na área da logística: o que são, para que 
servem e como cria-os. Acesse clicando aqui. 
Logística Internacional 
http://bit.ly/35CVJbF
50
RESUMINDO:
E então? Gostou do que mostramos? Aprendeu mesmo 
tudinho? Agora, só para termos certeza de que você 
realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, 
vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter aprendido 
que a mudança de comportamento e atuação das 
empresas conduziu a cadeia de suprimentos para além 
dos domínios do país da empresa, levando-a para a área 
internacional. Isso exige que a operação logística seja 
mais robusta para atender os clientes e às demandas em 
outros países. A empresa que decide operar em âmbito 
global deve se preparar sob vários aspectos, inclusive 
em termos de logística, e deve manter a condição de 
decisão centralizada, pois tem a visão do todo e a gestão 
de custos de toda operação; mas o atendimento ao cliente 
deve ser local. Para conhecer a performance, a empresa 
deve aplicar indicadores para monitorar sua efetividade 
operacional. Dessa maneira, terá condições de conhecer 
sua performance e posicionar-se de forma mais competitiva 
no mercado internacional.
Logística Internacional 
51
REFERÊNCIAS
BERNARD, D. A. Marketing Internacional: guia dialógico. Curitiba: 
IBPEX, 2013.
BOWERSOX, D. J.; CLOSS, D. J. Logística Empresarial: o processo 
de integração da cadeia de suprimento. São Paulo: Atlas, 2001.
BOWERSOX D. J.; CLOSS, D. J.; COPPER, M. B.; BOWERSOX, J. C. 
Gestão Logística da Cadeia de Suprimentos. 4. ed. Porto Alegre: AMGH, 
2013.
BOWERSOX, D. J.; CLOSS, D. J; COOPER, M. B.; BOWERSOX, J, C. 
Gestão Logística da Cadeia de Suprimentos. Porto Alegre: AMGH, 2014.
CHRISTOPHER, M. Logística e gerenciamento da cadeia de 
suprimentos: criando redes que agregam valor. São Paulo: Cengage 
Learning, 2009.
DAVID, P. A.; STEWART, R. D. Logística Internacional. São Paulo: 
Cengage Learning, 2010.
NOGUEIRA, A. S. Logística empresarial – um guia de operações 
logísticas. São Paulo: Atlas, 2018.
PIGOZZO, A. F. Marketing Internacional. Curitiba: InterSaberes, 
2012.
ROSS, S.; WESTERNFIELD, R.; JAFFE, J. Administração Financeira. 
São Paulo: Atlas, 1995.
SEGRE, G. (org.). Manual prático de comércio exterior. 5. ed. São 
Paulo: Atlas 2018. 
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