Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
🩺 ‘Antiglicemiantes 1 • Menos frequente quando comparado a DM 2, além de ser uma doença que tem maior prevalência em jovens. o Quando adulto possui DM 1 é chamada de LADA. • Tem origem multifatorial que envolve uma complexa rede de genes e alterações fisiológicas e bioquímicas, desencadeando reações autoimunes. • Ocorre produção de anticorpos específicos que culminam na destruição das células beta pancreáticas, prejudicando assim a produção e secreção de insulina. 2 • É o paciente que tem resistência à insulina, assim os receptores não a reconhecem mais, que são os GLUT4 que fazem o transporte da insulina para dentro da célula. • Uma vez criada essa resistência o fígado e o músculo são os que mais sofrem. • Além do tecido adiposo, pâncreas (fadiga pancreática, logo diminui a produção de insulina, que no início era bem maior), intestino (diminui liberação de incretina), rins e cérebro. Paciente com DM2 geralmente é assintomático, enquanto o paciente com DM1 costuma ter mais sintomas (4 T’s). • Diabetes é diagnosticada por laboratório: TOTG (> OU = 200), glicemia em jejum (> OU = 126) e hemoglobina glicada (> OU = 6,5). o É necessário 2 desses resultados alterados para o diagnóstico. • Pode ser feito o diagnóstico quando o paciente tem uma glicemia aleatória > ou = 200 e na presença de sintomas que são os 4 P’s (poliúria, polifagia, perda de peso e polidipsia). 2 METFORMINA • É a droga que mais diminui a hemoglobina glicada. • É a droga de primeira escolha do tratamento para DM2, pois está disponível no SUS e tem efeito positivo na diminuição do peso. • A dose máxima de metformina é a que cada paciente tolera e o tratamento já é iniciado com dose máxima. • É necessário solicitar ureia, creatinina e TGOTGP, para avaliar função renal e hepática. • Um dos principais efeitos colaterais é diarreia. o Obs: alguns pacientes reclamam que conseguem ver nas fezes o comprimido inteiro, mas isso não tem relação com o efeito dele. - MECANISMO DE AÇÃO Atua principalmente no músculo e no fígado, diminuindo a resistência à insulina. • Geral: o Diminuição da produção hepática glicose (gliconeogênese). o Aumento da captação glicose muscular = diminuição da resistência insulínica. o Diminui lipólise de ácidos graxos livres -> diminui LDL. o Reduz absorção CHO (glicose) intestinal. • Celular: o Aumenta à ligação à insulina. o Estimula atividade tirosinaquinase do receptor de insulina. o Aumento de Transportador de glicose (GLUT4). - CONTRAINDICAÇÃO • CL de CR > 30. • Insuficiência respiratória e cardíaca, paciente com IC compensada pode usar a metformina, mas se estiver descompensada não pode fazer uso. • Doença hepática. • Uso abusivo de álcool. • Infecção ativa. • Gravidez (contraindicação relativa, porque a longo prazo não se sabe se é teratogênico). • Podem surgir anorexia, náuseas, vômitos e diarreia. • Raro: acidose lática pode ocorrer, mas é um evento raro, e surge por baixa eliminação do fármaco ou menor oxigenação tecidual. 🩺 • Agentes de primeira geração: o Clorpropamida: associados a icterícia colestática, hiponatremia, níveis pressóricos mais elevados e não diminuição da incidência de retinopatia. • Agentes de segunda geração: o Glibenclamida, glipizida (essas 2 drogas impedem o recondicionamento cardíaco após isquemia), gliclazida (menos causa hipoglicemia e esse não afeta recondicionamento cardíaco) e glimepirida. o A gliclazida teve sua segurança cardiovascular comprovada. - MECANISMO DE AÇÃO Age no pâncreas aumentando a secreção de insulina. • Já que aumenta a secreção de insulina, mas glicose é captada então pode existir uma hipoglicemia. Assim, deve orientar ao paciente que não fique em jejum prolongado. - REAÇÕES ADVERSAS • Ocorre em 1% a 5% dos pacientes. • Hipoglicemia: evitar idoso e IR. • Náuseas, vômitos. • Podem estimular apetite = ganho peso, já que aumenta secreção de insulina. • Reações cutâneas (exantemas, dermatite, fotossensibilidade, púrpura, síndrome de Stevens-Johnson). - CONTRAINDICAÇÕES • Gravidez. • Lactação. • Insuficiência renal grave. • Insuficiência hepática. • DM 1. • Alergia. - EFEITOS TÓXICOS • Alterações hematológicas. • Agranulocitose. • Trombocitopenia. • Anemia hemolítica. • Alterações hepáticas. • Ex: Nateglinidas e Repaglinidas. • Como essa droga age no = pâncreas aumentando a secreção de insulina, NÃO deve ser associada com a sulfanilureia. • Aumenta peso já que aumenta secreção de insulina. - MECANISMO DE AÇÃO Age no pâncreas aumentando a secreção de insulina. • Mesmo mecanismo ação das Sus. • Início ação + rápido. • Duração ação + curta: liberação precoce de insulina (pós- prandial). • Reguladoras glicêmicas pós-prandiais (fator risco p/ DCV). o Administrar 1 a 30 min. antes das refeições. o Tem menor ação de hipoglicemia, porque age principalmente quando o estomago está “cheio”. Obs: pouco prescrita, porque o efeito é parecido com a sulfanilureia, sendo mais indicada em casos que o paciente possui alguma resistência a essa classe. • Ex: Pioglitazona. • Diminui HbA1c 0.5% a 1.5%, sendo uma diminuição baixa. • Efeitos colaterais: edema, ganho de peso (3,5-4 kg dose dependente), aumento gordura SC e anemia. o Aumenta muito a retenção de líquido logo não é indicada em casos de insuficiência cardíaca. • Muito utilizado em esteatose hepática associada com a vitamina E, já que tem ação em fígado e tecido adiposo. - MECANISMO DE AÇÃO Tem ação de diminuir a resistência à insulina, porém com maior ação no tecido muscular e adiposo. • Efeito parecido com as biguanidas (metformina), porém com ação em receptores diferentes, logo podem ser passadas em associação. • Depende da presença de insulina e resistência à sua ação. • Início efeito lento 1-2 meses. • Meia vida 7h. • Metabolismo hepático e eliminada na bile. a- • Ex: acarbose. • Diminui HbA1c 0.5% a 1%. • Posologia: 3x ao dia. • Reações adversas: transtornos GI (meteorismo, flatulência). • Risco principal: aumento das enzimas hepáticas (raro). - MECANISMO DE AÇÃO Retarda a absorção CHO (carboidrato). • Agem a nível intestinal, logo podem causar diarreia. 2 • SGLT2 está presente no túbulo contorcido dos rins, logo com esse medicamento é feita uma inibição do cotransportador que faz a reabsorção de glicose. • Dapagliflozina (Forxiga), empagliflozina (Jardiance), canagliflozina (Invokana). o São drogas ótimas, porém com maior custo. o Entre esses a daplagliflozina é a mais indicada, porque é a mais barata. • Redução da HbA1C de 0,5 a 1% = diminuição baixa. 🩺 • Essas drogas diminuem muito os riscos cardíacos, logo gera uma proteção. o Nos casos de pacientes que já tiveram alguma doença cardiovascular ou tem uma doença estabelecida é obrigatório indicar. o Pode ser usada até mesmo em pacientes que não tem diabetes. • Ajuda na redução do peso e redução da PAS. • Baixo risco de hipoglicemia. • Risco aumentado da hipotensão quando associados a diuréticos, infecções genitais e infecções do trato urinário. - MECANISMO DE AÇÃO Impede a reabsorção de glicose renal por meio da inibição do SGLT2. • Por ter um mecanismo de ação independente da insulina, os fármacos desta classe podem ser utilizados em qualquer estágio do diabetes tipo 2. - EFEITOS ADVERSOS • Infecção urinária e genital. • Hipotensão: o Depleção de volume: hipotensão postural, desidratação, síncope, aumento de Hto, aumento de ureia, redução transitória da função renal . o Obs: evitar uso em conjunto com diuréticos de alça. • Fratura óssea. • Aumento de LDL. • Raro: cetoacidose diabética euglicêmica. Explicação: existem peptídeos/hormônios que são produzidos pelo intestino e o principaldeles é GLP-1 que vão ser liberados após uma ingesta de alimentos, assim o GLP-1 irá comunicar com o pâncreas para liberar insulina e também com o cérebro para ter a saciedade e encerrar o estímulo da fome. Mas esse efeito do GLP-1 ele é rápido, porque é degradado rapidamente por uma enzima chamada DPT4. ANÁLOGOS/AGONISTAS DE GLP1 • Liraglutina (Victoza), Semaglutina (Ozempic) e Dulaglutina (Trulicity). • Esses medicamentos auxiliam muito na redução da obesidade e são indicados para o tratamento, mesmo não sendo diabético. o Curiosidade: Sua eficácia é até melhor que a bariátrica. • Permitem o aumento da atividade de GLP-1, aumentando liberação de insulina e aumento da saciedade. • Tem um impacto discreto na hemoglobina glicada. • Não oferece risco cardiovascular. • Surge muitas náuseas com uso dessa droga. - CONTRAINDICAÇÕES ABSOLUTAS • Gravidez → sendo o único medicamento que pode ser usado é a metformina. • História de pancreatite. • História familiar ou pessoal de câncer na tireoide. • Câncer. INIBIDORES DE DPT4 • Sitagliptina (Januvia), Vildagliptina (Galvus), Saxagliptina (Onglyza) e Linagliptina (Trayenta). • Contraindicado apenas na gravidez e pode ser usado até nos pacientes renais crônicos. 🩺 Insulinização • Hormônio secretado pelo pâncreas, necessário para disponibilizar glicose para as células, provendo-as de energia e para manter os níveis de glicose em limites aceitáveis. • É essencial para o tratamento de DM1 e em muitos casos de pacientes com DM2. • Meia vida da insulina é de 3 a 5 minutos. o Para avaliar a insulina do paciente solicita-se peptídeo C que é um fragmento e sua meia-vida é mais longa, já que a meia-vida da insulina é curta. o Em casos de pacientes com DM2 a muitos anos (20-30 anos) pode-se solicitar o peptídeo C, para ver se existe falência pancreática. 2 - DIAGNÓSTICO • Glicemia > 300 mg/dl. • Emagrecimento (glicotoxidade). • Cetonúria/cetonemia. Obs: Isso não significa que durante toda a vida o portador de DM2 irá utilizar a insulina, pode ser que seja por apenas um período. - AO LONGO DO TRATAMENTO • Falência de medicamentos orais. • Quando as metas não foram atingidas com os antidiabéticos orais. • Durante a gravidez. • Cirurgias e infecções graves. • Existem insulinas diferentes de acordo com o tempo de ação. • O que irá determinar se uma insulina tem ação mais prolongada ou mais curta é uma proteína que é acrescentada na sua formulação. • Existem 2 insulinas que se destacam mais é a insulina NPH e a insulina regular, porque são efetivas e disponíveis no SUS. o Ação intermediária → insulina NPH. o Ação rápida → insulina regular. Para controlar uma glicemia basal (durante todo dia) a melhor insulina seria uma de ação longa. Já apenas para um determinado momento pode ser uma de ação rápida. • Quando se inicia a Insulinização geralmente é prescrito uma insulina de ação longa (que no caso do SUS é intermediária, para garantir um suporte de insulina durante o dia todo ao paciente. • Caso o paciente não estabilize seu caso é passado uma insulina de ação rápida para fazer correções necessárias. Obs: Paciente que faz uso de insulina não pode fazer jejum prolongado, ideal se alimentar de 3/3 horas. - PREESCRIÇÃO • 10 unidade fixas de NPH OU calcula-se 0,2 unidades por peso. o Ex: paciente com 60 kg deverá usar 12 unidades. • Quando se faz a prescrição de 0,2 unidades por peso deverá ser fracionado, 2/3 pela manhã e 1/3 pela noite. • Tem que estar atento ao momento que existe o início da ação, o pico de ação e o tempo de duração. 🩺 Fármacos utilizados nos Distúrbios da Tireoide TIREOIDE SÍNTESE HORMONIOS TIREOIDE • Folículo ou ácino. • Tireoglobulina: molécula grande glicoproteica; + 115 resíduos tirosina. • Tiroxina(T4). • Triladotironina(T3) • Calcitonina: controle do cálcio plasmático, utilizado no tratamento. • Osteoporose. REGULAÇÃO DA FUNÇÃO TIREOIDIANA AÇÕES T3 e T4 • Aumento do metabolismo • CHO; lipídeos, proteínas. • Aumento consumo O2 e termogênese → aumento taxa metabolismo basal. • Aumento frequência e débito cardíacos → arritmias (FA). • Influenciam atuação GH → crescimento e maturação esqueleto; SNC. HIPOTIREOIDISMO → principal etiologia doença de Hashimoto. RASTREIO • O hipotireoidismo não se rastreia normalmente na população sem sintomas, só é solicitado caso exista sintomas (que são bem inespecíficos) que possam parecer hipotireoidismo. • É mais rastreado na infância o hipotireoidismo congênito no teste do pezinho. • Não se rastreia hipotireoidismo na grávida, a não ser na presença de sintomas. • Em casos de depressão é feito o rastreio de hipotireoidismo. EXAME • Primeiro solicita-se TSH, se vier alterado solicita-se o TSH e T4 livre no intervalo de 6 semanas. • Na pesquisa de doença de Hashimoto solicita-se o anticorpo anti-TPO (anticorpos anti-tireoperoxidase). • Exame físico: fazer palpação da tireoide, avaliação do aparelho cardiovascular e os pulsos. Hipotireoidismo primário → T3T4 baixos e TSH alto. Hipotireoidismo secundário → T3T4 baixos e TSH normal ou discretamente baixo. Hipotireoidismo subclínico → T3T4 normais e TSH altos. INFORMAÇÕES IMPORTANTES • Ao se suspeitar de hipotireoidismo primário pedir anti-TPO na pesquisa de doença de Hashimoto, porque é a etiologia mais comum nos casos. • Sempre pesquisar alguns medicamentos que podem tá afetando o funcionamento da tireoide como: amiodarona, carbonato de lítio, biotina e etc. • Quando não se sabe a etiologia e existe nódulo na tireoide, importante pedir ultrassom. • Primário: 95% dos casos. 🩺 • Causa + frequente: o Tireoidite de Hashimoto ▪ Ac antitireoperoxidase ou antireoglobulina: presentes >= 90% dos casos • Diagnóstico: o Clinico. o Laboratório. ▪ TSH: VR 0,45-4,5 mU/L ▪ T4L: VR 0,7-1,5 ng/aL. • Tratamento: hormônio tireoidiano (T4). MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS VALORES DE REFERÊNCIA DE TSH • Adultos - 3,5 – 4. • Crianças – tabela específica. • Gestantes: 17 ~ 2,5 (pode haver supressão). • Lembrando que a taxa metabólica na gestante é altíssima, por isso que o TSH acaba caindo, • › 70 anos ~6 • › 80 anos ~7,5 HIPOTIREOIDISMO PRIMÁRIO - DIAGNÓSTICO • TSH normal exclui hipotireoidismo primário. • TSH> VR; repetir TSH.com T4 e anti-TPO SN. → TSH › 10 (persistente) com T4 baixo é HIPOTIREOIDISMO CLÍNICO. → TSH › 10 (persistente) com T4 normal é HIPOTIREOIDISMO SUBCLÍNICO. → TSH < 10 (persistente) com T4 baixo pensar em HIPOTIREOIDISMO SECUNDÁRIO. → TSH < 10 (persistente) e maior que o valor superior da normalidade com T4 normal possível HIPOTIREOIDISMO SUBCLÍNICO. REGRAS – TRATAMENTO → No caso de TSH acima de 20 ou em caso de gravidez repete o exame no mesmo momento para investigar. 1) Para tratamento precisa de TSH acima de 10, todos os pacientes independentes da presença de sintomas serão tratados. 2) Se TSH abaixo de 10 repentinamente, só será tratado na presença de sintomas, casos assintomáticos não. 3) Gestante com alterações de TSH sempre serão tratadas, porque pode oferecer riscos para a mulher e o filho. 4) Em casos de dislipidemia e/ou anemia é obrigatório tratar. 5) Quando anti-TPO for positivo, pode ser pensar em tratar ou não, porque não é obrigatório. TRATAMENTO - QUEM TRATAR? • Hipotireoidismo clínico → todos devem ser tratados. • Hipotireoidismo subclínico → gestantes, infertilidade, neonatal, TSH > 10, TSH < 10 (repercursão clínica, alteração laboratorial (dislipidemia), presença de bócio ou multinodular, anti TPO (considerar). - LEVOTIROXINA • Reposição com Levotiroxina (LT4) - T3 indisponível e de manipulação proibida.• Orientações: o Jejum de 30min o Intervalo > 2h para ingestão de Fe, Ca, vitaminas, anti- ácidos. • Meia vida de 8 dias. • Se engravidar: TSH imediato e aumentar LT4 em 30%. • Aumentam a demanda de LT4: rifampicina, fenobarbital, carbarnazepina, fenitoina, estrógenos - DOSES • Dose inicial de LT4 para hipotireoidismo clínico: o < 60 anos e sem coronaniopatia: 50 mcg/dia, aumento 25mc/semana até 1,5mcg/Kg o > 60 anos ou coronariopatia: 25mcg/dia, aumento de 12,5mcg/2sem o Congênito: tabela. o Gestante 2 mcg/kg/dia. • Dose inicial de LT4 para hipotireoidismo subclínico: o < 60 anos e sem coronariopatia: 50mcg/dia (TSH < 10) e 75mcg/dia (TSH >10). o > 60 anos ou coronariopatia: 12, 5mcg/dia (TSH < 10) e 25mcg/dia (TSH>10). o Gestante 1mcg/kg/dia (TSH <10) e 1,5mcg/dia (TSH > 10). SEGUIMENTO • Acompanhamento é com TSH • Após iniciar ou ajustar dose de LT4: TSH em 2 meses • Metas do TSH: 🩺 o Adultos <3-4 miU/L o Gestantes - 17 < 2,5 mlU/L, 2 e 3T < 3 o > 70 anos - ‹ 6IU/L o >80 anos - < 7,5 miU/L • Hipertireoidismo → síntese e liberação hormônios tireoidianos pela tireoide. • Tireotoxicose → síndrome clínica decorrente do excesso de hormônios tireoidianos circulantes, secundário ou não ao hipertireoidismo. - TRATAMENTO 1. Drogas Antitireoidianas: inibem a oxidação do iodo captado pela tireoide. • Afetam mais a síntese do que a liberação: início de ação em 3 a 4 semanas); recidivas em 60%. 2. Cirurgia ou Iodo radioativo (I131) MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Perda de peso e palpitações: principais queixas que o paciente procura o médico e queixa em casos de hipertireoidismo. Perda de peso → Para investigação de possíveis etiologias: solicitar TSH, glicemia em jejum, anti-HIV 1 e 2 e outros. HIPERTIREOIDISMO (TIROTOXICOSE) - CAUSAS • Doença de Basedow-Graves (bócio difuso tóxico): o Causa mais frequente. o Estimulação autoimune da tireoide através de uma imunoglobulina. • Doença de Plummer. (bócio uni ou multinodular tóxico). o Segunda causa mais frequente. HIPERTIREOIDISMO (GRAVES) A principal causa do hipertireoidismo é a doença de Graves que é de etiologia autoimune e o anticorpo presente é TRAb, esse estará positivo. Esse anticorpo não se liga na glândula para destruí-la, se liga para estimular a produção de T3 e T4. • Sintomas: tireotoxicose moderada ou grave, oftalmopatia recente e bócio difuso. • Patogênese: TRAb. o Auto anticorpos se ligam aos receptores de TSH = hiperfunção. o Drogas antitireoidianas (DAT), destruição de tecido tireoidiano com iodo radioativo (131 I) ou tireoidectomia total (TT). DIAGNÓSTICO - CONFIRMAÇÃO DIAGNÓSTICO • Suspeita clínica de tireotoxicose: o Confirmada por determinação TSH e hormônios tireoidianos. • Pacientes com tireotoxicose: o TSH baixo ou indetectável. o Níveis elevados de T4L e/ou T3. - DIAGNÓSTICO CLÍNICO E LABORATORIAL • Cintilografia método de diagnóstico por imagem da Medicina Nuclear - após administração de iodo radioativo ou tecnécio-99m. • Presença de nódulo hiperfuncionante (“quente”) = não necessidade de outros exames complementares PAAF (incidência de malignidade baixa) permitindo início do tratamento, com drogas anti-tireoidianas (metimazol ou propiltiouracil), ou iodo-131 / cirúrgico. - CINTILOGRAFIA • Captação de iodo radioativo 131I ou 123I. • Útil diagnóstico diferencial da causa da tireotoxicose. • Diferencia tireoidites da DG e do BMNT. • Contraindicada gestação e lactação. TRATAMENTO - DROGAS ANTIRIREOIDIANAS • Existem duas drogas antitireoidianas: metimazol e propiltiouracil. Inibem síntese hormônios tireoidianos /interferência uso iodeto e reação de acoplamento, catalisadas pela peroxidase tireoidiana. 🩺 • Metimazol (Tapazol): o Geralmente é bem tolerada, não é cara e dose única. o Existem comprimidos de 10 e 20 mg. o A dose geralmente é entre 30 a 50 mg. o A dose que inicia o tratamento é uma mais baixa (por volta de 20 e 30) e vai aumentando conforme o paciente necessita para chegar a um eutireoidismo. o A manutenção de tratamento é conforme as concentrações de T4L. ▪ Se as concentrações de T4L estão altas, aumentar a dose. Se T4L está baixo diminuir a dose. Se permanecer dentro do valor de normalidade manter a mesma dose. Agranulocitose → pode ser um efeito colateral grave dessa droga. Então orientar ao paciente se surgir nos primeiros 2 meses, dor de garganta e febre procurar o pronto atendimento, porque pode ser devido a uma queda de leucócitos. • Propiltiouracil: o Tem muito mais efeitos colaterais, pode ser responsável por um quadro de hepatoxidade grave. Sua posologia é difícil porque precisa ser administrado de 8 em 8 horas. - PTU como 1ª opção terapêutica restrita ao hipertireoidismo grave, crise tireotóxica e 1º trimestre da gestação. - MMI associado aplasia cutis congênita, contraindicado no 1º trimestre gestacional. • Redução gradativa: o Metimazol (MMI) 5 e 10 mg por dia o Propiltiouracil (PTU) 50 e 100 mg por dia. Uma vez tratando o hipertireoidismo ele pode da remissão, então a droga só pode ser suspendida após 2 anos. - 131 I • 1ª escolha em caso de contraindicações para DAT e/ou cirurgia, ou recidiva do hipertireoidismo após DAT. • Casos que já terá como terapia inicial para controle rápido: o Cardiopatas, idosos, e mulheres idade fértil planejam gravidez futura. • Contraindicado → gestação, lactação e suspeita/confirmação câncer de tireoide. o Gestação liberada após 6 a 12 meses. Solicitar BHCG em mulheres menacme antes 131I. • Via oral → resposta inflamatória e destruição com fibrose e redução da glândula. • Uso prévio betabloqueadores SE muito sintomáticos e/ou risco aumentado para complicações se piora do quadro tireotoxicose. • Dose usual: 5-15 milicuries (mCi – unidade de atividade). • Meia vida de 8 dias. • Leva 1-2 meses para iniciar efeito e mais 2 meses para efeito máximo. • DAT interromper 4 a 7 dias antes 131I. • Evitar lactação mínimo 6 semanas após administração radioiodo. • Glicocorticoide - indicado profilaxia de desenvolvimento/progressão oftalmopatia doença de Graves e crise tireotóxica. TIREOIDECTOMIA • O tratamento cirúrgico (tireoidectomia total) indicados: • DG com bócio volumosos + sintomas compressivos. • Nódulos suspeitos ou confirmação doença maligna; • Gestantes sem controle da doença com DAT; • Pacientes com intolerância a DAT ou recusa ao tratamento com 131I. INJEÇÃO DE ETANOL • Bem tolerada com descrição de dor leve ao procedimento na maioria pacientes. • Procedimento eficaz, seguro, baixo custo, resultados adequados em longo prazo. • Modalidade abandonada se nódulos sólidos. • Ablação nódulos sólidos percutânea a laser ou radiofrequência eficaz nódulos tireoidianos benignos, • Escleroterapia de nódulos císticos ou autônomos opção terapêutica segura em pacientes tratamentos tradicionais (cirurgia ou 131I) contraindicados ou recusados. 🩺 Psicopatologia Geral ? APARÊNCIA • No exame de paciente psiquiátrico, só podemos observar o que está aparente, não oculto. Assim, poderíamos chamar de aparência todo conteúdo do exame psíquico. • Mas, no exame psíquico e na sumula psicopatológica, o termo aparência tem um significado bem mais restrito, referindo-se basicamente aos cuidados higiênicos e estéticos relativos ao corpo (incluindo cabelos, barba, unhas, dentes), roupas, maquiagem e adereços (brincos, colares, pulseiras etc.). • Em geral, a aparência é o primeiro elemento observado no paciente, e o seu exame oferece indicações sobre o estado de diversas funções mentais. ATITUDE • É o comportamento (ou atitude), num sentido amplo - englobando a fala, os gestos, a mimica e os demais movimentos corporais, seria tudo no exame psíquico. • Todavia, parece mais interessante, na sumulapsicopatologica, restringir o termo atitude aquela que esta especificamente relacionada ao examinador e a entrevista CONSCIÊNCIA • Atividade integradora dos fenômenos psíquicos, o todo momentâneo que possibilita o tomar consciência da realidade naquele instante (Jaspers). • Totalidade da experiência momentânea inserida na corrente contínua da vida psíquica (Alonso Fernandes). ASPECTO FUNCIONAL DA CONSCIÊNCIA • Vigilância ou estado de alerta. • Clareza o Vinculada ao grau de vigilância o Capacidades de percepção, intelectual e de memória claras • Consciência de si mesmo o Sabemos e conhecemos a nós mesmos como seres viventes e ativos e biograficamente coerentes em um todo unitário. • Consciência normal: lúcido. CONSCIÊNCIA NORMAL • Lucidez. • Estado normal da consciência, com conteúdo nítidos e claros. • Hipervigilância. • Sonolência. • Obnubilação. • Estupor. • Coma. ALTERAÇÕES QUANTITATIVAS - HIPERVIGILÂNCIA • Estado de muita claridade da consciência, com aumento do interesse, diminuição do tempo de reação e máxima capacidade de adaptação. -SONOLÊNCIA • Sono, sonho, cansaço, estado hipnótico. -OBNUBILAÇÃO • Diminui o nível de vigilância e a claridade. • Diminuição da nitidez da atividade psíquica. • Sonolência. • Pensamento lento. • Pensamento confuso ou incoerente. • Desorientação. • Perda da atenção. • Apatia. • Falta de espontaneidade e perplexidade. - ESTUPOR • Grau extremo de obnubilação. • Ausência de resposta ao ambiente. • Acinesia (diminuição ou desaparecimento dos movimentos espontâneos e automáticos) e mutismo. • Pouca resposta a dor. • Respiração lenta, profunda e em geral rítmica. • Pode sair do estado mediante estímulos intensos e repetidos. - COMA • Ausência total de respostas a estímulos externos ou internos • Diversos graus de profundidade - ESTADO CREPUSCULAR • Capaz de realizar certos atos corretamente, e não ser consciente de que os está realizando: Condutas automáticas. o Pode apresentar ilusões ou alucinações. o Angustiado ou perplexo. o Tranquilo ou exaltado. - DELIRIUM • Rebaixamento da consciência • Alterações da atenção, memória de fixação e orientação. • Presença de ilusões, alucinações, onirismos, pensamento incoerente, delírios, • Sugestionabilidade, flutuação do grau de consciência • “Atenção e o processo pelo qual a consciência e direcionada para determinado estímulo (de origem externa ou interna), que pode 🩺 ser uma imagem perceptiva ou representativa, um afeto ou um pensamento. Ha uma concentração da atividade mental sobre um objeto específico (ou poucos objetos) em detrimento dos demais. O que é selecionado pela atividade da atenção adquire maior clareza e nitidez”. • Foco ativo ou passivo da consciência em um objeto. o Foco ativo → é aquilo que você se esforça para prestar atenção. o Foco passivo → é aquilo que você não precisa se esforçar para ter atenção. • O foco aumenta e diferencia um núcleo central, tornando-o nítido. Ao redor do qual existem outros objetos mais difusamente percebidos. • Estimulada pela afetividade e inteligência. • Capacidade de focalizar a atividade psíquica, de discriminar os conteúdos da consciência dirigindo-se a determinados estímulos. • Voluntária e espontânea • Hipoprossexia (desinteresse, déficit intelectual, alteração da consciência). • Hiperprossexia(distraibilidade). • A sensopercepção constitui a primeira etapa da cognição, ou seja, do conhecimento do mundo externo. Este se refere aos objetos reais, isto e, aqueles que estão fora de nossa consciência. • Exemplos: o Sensações: formas e cores em uma fotografia o Percepções: um quadro-negro, carteiras, crianças uniformizadas (sentadas) e uma senhora de pé (apontando para o quadro) o Apreensão (ou apercepção): uma aula. • Ilusão → inventar algo, sem sentido. • Pareidolia → é um pensamento mais fantasioso, é quando você ver alguma coisa, mas imagina que seja outra. • Alucinação → é você ter uma percepção de um objeto real sem que ele exista, mas ele tem todas as características como se o paciente o vesse no local. • Sinestesia → deformidade de algum processo sensitivo. • O que é memória : Para os antigos gregos, a memória era uma entidade sobrenatural, a deusa Mnemosyne, que dava aos poetas e adivinhos o poder de voltar ao passado. • Aprendizado o processo pelo qual adquirimos conhecimento sobre o mundo, já memória representa o armazenamento desse conhecimento. Essas informações armazenadas dizem respeito as nossas experiências perceptivas e motoras, assim como são vivências internas (nossos pensamentos e emoções). • Uma capacidade mnêmica preservada fundamental para a percepção (gnosia) e para a orientação. • Linguagem um sistema até certo ponto arbitrário de signos - fonéticos e gráficos (as palavras) que funciona como um processo intermediário entre o pensamento e o mundo externo. - FUNÇÕES DA LINGUAGEM A linguagem possui as seguintes finalidades: comunica social, expressão de vivências internas (pensamentos, sentimentos), organização da experiência sensorial e dos processos mentais, tradução o o dos estímulos externos, indicação e descrição das coisas, transmissão de conhecimentos e regulação da conduta. • A palavra pensar vem do verbo latino pendere, que significa ficar em suspenso, examinar‚ pesar, ponderar. O pensar está relacionado antecipação de acontecimentos, construção de modelos da realidade e simulação do seu funcionamento. - ALTERAÇÕES DO PENSAMENTO • A palavra delirar derivada do latim delirare (de = fora; liros = sulcos), que significa literalmente lavrar fora do sulco. 🩺 - DEFINIÇÃO CLÁSSICA DE DELÍRIO • De acordo com Karl Jaspers (1987), ideias delirantes (ou delírios) são juízos patologicamente falsos, que possuem as seguintes características externas: acompanham-se de uma convicção extraordinária, não são susceptíveis influência e possuem um conteúdo impossível. • ”Inteligência e a capacidade de compreender e de elaborar conteúdos intelectuais que facilitem a realização de novas adaptações, para a obtenção de um objetivo apetecido" (Nobre de Melo, 1981). • Inteligência é a capacidade para aprender a partir da experiência, usando processos metacognitivos para melhorar a aprendizagem, e a capacidade para adaptar-se ao ambiente circundante, que pode exigir diferentes adaptações dentro de diferentes contextos sociais e culturais” (Sternberg, 2000). Por conação definimos o conjunto de atividades psíquicas direcionadas para a ação. Incluem-se entre as funções conativas os impulsos e a vontade. 1) Impulsos: Impulso, também chamado estado motivacional ou pulsão, representa um estado interno, uma vivência afetiva, que induz o indivíduo a atuar no sentido de satisfazer uma necessidade, basicamente uma necessidade corporal. 2) Vontade: A vontade constitui um processo psíquico de escolha de uma entre varias possibilidades de ação, uma atividade consciente de direcionamento da acão. Trata-se de uma elaboração cognitiva realizada a partir dos impulsos, sendo influenciada por fatores intelectivos e socioculturais. 3) Processo Volitivo: O processo volitivo divide-se em quatro etapas: 1- Intenção ou propósito. 2- Deliberação (ou análise). 3- Decisão 4 - Execução. A fase de intenção ou propósito é representada por uma tendência para a ação, e está intimamente relacionada aos impulsos. • Conhecimento ou saber acerca de si mesmo. • Certeza que uma pessoa desperta possui de ser ela mesma. • Conhecimento de que as experiências e vivências são um produto mental pessoal. • Vitalidade – experiência de estar corporalmente presente. • Atividade – ser pessoa ativa e com capacidade de tomar decisões e agir por vontade própria • Unidade – experiência pessoal de ser um. • Limitesou demarcação - experiência do que corresponde a si e do que não (imaginação ou percepção) • Identidade - experiência de ser inseparável do próprio corpo, de ser a mesma pessoa desde o nascimento. • Energia – auto afirmar-se diante das sugestões e induções externas. • Continuidade – sou o mesmo ao longo do tempo. • Afetos: Qualidade e tônus emocional que acompanham uma idéia ou representação mental. É o componente emocional de uma idéia. • Experiências emocionais ou sentimentais associadas a um estado mental. TIPOS DE AFETOS • Emoção. • Humor. • Sentimento. 1) Emoções • Movimentos afetivos intensos, com apresentação brusca e de curta duração. • Reações afetivas agudas, momentâneas desencadeadas por estímulos importantes. São intensas e de curta duração. • Alegria, tristeza, raiva, medo. 2) Estados de Ânimo ou Humor • Estado emocional basal e difuso da pessoa em determinado momento. • Disposição afetiva de instalação lenta, com intensidade variável, estável e persistente no tempo. • Ansioso, Depressivo, Eufórico, Disfórico. 3) Sentimentos • Conjunto amplo das experiências afetivas. • Vivências afetivas constituídas pela fusão entre emoções, humor, sentimentos, sensações corporais, conteúdos intelectuais, valores, representação. • Paixão, amizade, agressividade, perigo. ALTERAÇÕES DE AFETIVIDADE • A prospecção consiste no planejamento que o indivíduo faz quanto à própria vida, e reflete a expectativa que ele tem em relação ao seu futuro. • A consciência de morbidade se refere ao entendimento que o indivíduo tem sobre o seu próprio estado de saúde. Constituem as dimensões da consciência de morbidade o reconhecimento, por parte do paciente, de que: (1) determinadas vivências ou comportamentos seus são anormais, (2) uma doença o está acometendo e (3) sua doença é mental e não física. 🩺 Síndrome de Hipertensão Incraniana • Volume interno fixo 1400-1700 ml. • PIC < 15-20 mmHg. • HIC >= 20 mmHg. 1) Organização normal. 2) Quando existe uma massa dentro do parênquima cerebral, existem mecanismo de compensação para o cérebro liberar algumas substancias, como: líquor e sangue venoso, principalmente. 3) Quando os mecanismos de compensação não conseguem mais agir, assim o paciente descompensa. Relembrando: • Fase 1 (inicial): mudanças proporcionais. PIC normal. Sem cascata vasodilatadora. • Fase 2 (descompensação): não há mais LCR. Modificação da perfusão regional, vasodilatação, > volume sangue. • Fase 3 (exponencial): aumento exponencial de volume sanguíneo cerebral. PIC = PAM • Fase 4 (final): encefálica vasoplegia, PPC =0. Morte. • Lesões de massa intracraniana: tumor, abscesso, hematoma sub e epidural, hemorragia intraparenquimatosa,HSAE; • Edema cerebral: encefalopatia hipóxico-isquêmica, AVCi, lesão cerebral traumática grave, encefalopatia hipertensiva; • Aumento da produção de LCR: papiloma do plexo coroide; • Diminuição da absorção/bloqueio de LCR: aderências de granulação aracnóide após meningite, estenosé aqueduto; • Hidrocefalia obstrutiva • Obstrução do fluxo venoso : trombose seio venoso, compressão veia jugular, cirurgia do pescoço; • HIC idiopática: pseudotumor cerebral. 1) Hematoma subdural: dá principalmente por sangue venoso. Sangramento parecendo uma meia lua, concavo. 2) Hematoma epidural: se dá por sangue arterial. 3) Hemorragia intraparenquimatosa. Geralmente são hemorragias pequenas, mas podem ser grandes. Já existe desvio da linha média, observar os ventrículos. 4) Hemorragia subaracnóidea: sangue nas cisternas. 1) AVCi extenso em região de artéria cerebral média, com edema citotóxico importante e desvio de linha média 2) tumor cerebral (provavelmente glioblastoma multiforme) com Edema cerebral ao redor, que também causa desvio de linha média 3) Abscesso intracraniano circundado por edema e com lesão satélite. 🩺 1) Acúmulo de líquor. O próprio tumor pode gerar uma compressão do aqueduto cerebral e impedir que o líquor desça dos ventrículos laterais para o 4º ventrículo. Isso gera um aumento da pressão liquórica e, consequentemente, HIC. 2) Ao redor dos ventrículos laterais é possível ver extravasamento do líquor (hipersinal periventricular) em um paciente com hidrocefalia obstrutiva. • Podem ser divididas em: o Manifestações gerais de PIC elevada. o Síndromes de herniação. MANIFESTAÇÕES GERAIS • Cefaleia → maior durante a manhã, já que o paciente ficou deitado durante toda a noite. • Vomito em jato → sem sinais de náusea que antecede o vomito geralmente. • Paralisia de VI nervo → inerva músculo reto lateral, que faz abdução do olho. o O nervo abducente é muito extenso (o maior). o O trajeto que ele percorre entre o espaço subaracnoide e o osso temporal o deixa muito suscetível a qualquer mudança na PIC, podendo ser comprimido. o Com isso, o paciente manifesta paralisia do 6º par e queixa de diplopia horizontal (vê um objeto do lado do outro), que some quando tampa um dos olhos. o Essa compressão geralmente é bilateral, porque a pressão aumenta como um todo dentro da calota craniana. • Papiledema →é um sinal de hipertensão incraniana recorrente, em que há o aumento do fluxo venoso que não consegue mais ser drenado devido a pressão intracraniana. Assim o fluxo sanguíneo fica aumentado, e as veias ficam dilatadas. • Redução do estado de consciência → pode ter redução do estado de consciência pelo aumento da PIC, pelo extravasamento e redução do LCR, pela diminuição da perfusão cerebral e pelas estruturas que são comprimidas. • Tríade de Cushing → bradicardia, hipertensão e depressão respiratória. o A tríade de Cushing é um sinal grave de HIC, é a fase final de uma HIC. o Essa tríade ocorre por disfunção das vias autonômica mais direcionadas para o tálamo e para o tronco cerebral. o Geralmente o paciente tem bradipneia, por compressão da ponto e do bulbo, mas inicialmente há um ritmo respiratório irregular que pode evoluir com hiperpneia. • Esses sintomas são mais vistos em quadros subagudos, porque nos agudos ainda não deu tempo de aparecer. SÍNDROMES DE HERNIAÇÃO • A síndrome de herniação é causada pelo efeito de massa que cada lesão pode causar. • A partir de 8 mm de desvio lateral da linha média já existem alterações de consciência, quando atinge 11 mm o paciente geralmente já está em coma. • Primeiro a desvio lateral e depois desvio caudal (para baixo). • A: lobo temporal, Compressão III nervo ipsilateral,infarto mesencefálico (coma). • B: compressão no sentido vertical tálamo → mesencéfalo. Coma + pupilas médio fixa + descerebração, Cheynestrokes → apnêustica pontinha → apneia. Descerebração • C: giro cingulado. Hemiparesia ipsilateral à lesão. • D: amídala cerebelar. Apneia. • O paciente geralmente fica em UTI. • Para monitorar a PIC, geralmente tem indicações específicas. • Os dispositivos podem ser inseridos na região ventricular, intraparenquimatosa ou subaracnoide. Ele dá uma curva da PIC, 🩺 para ter uma noção se o paciente está tendo uma PIC e uma PCC adequada. ? • História (ex.: traumatismo cranioencefálico, cefaleia, etc). • Exame (pupila dilatada e fixada vinila ou bilateralmente, postura decorticada ou descerebrada, bradicardia, hipertensão e/ou depressão respiratória). • Escala de Coma de Glasgow maior ou igual a 8. • Neuroimagem. Existe diferença entre o paciente que tem o aumento da pressão Incraniana de forma gradual e aquele que acontece de forma subida (ex: depois de acidente). • Tratamento da causa de base / Neurocirúrgico. • Suporte ventilatório e estabilização hemodinâmica. • Abordagens para prevenir e tratar elevação da PIC, independente da etiologia: o Cabeceira elevada 30 graus o Otimização da drenagem venosa:manter o pescoço em posição neutra o Evitar hipervolemia excessiva o Sedação, a fim de reduzir a demanda metabólica o Tratamento agressivo da febre o Manter PC02 entre 26 e 30 mmHe • Dependendo da etiologia da HIC: o Manitol intravenoso (em casos de edema citotáxico) o Uso de corticosteroides (em casos de edema vasogênico) 🩺 Cefaleias Primárias e Secundárias • Primárias → são sem causas orgânicas que não são encontradas em exames de imagem. • Secundárias → decorrem de causas orgânicas são encontradas em exames de imagem. • 5-18%. • 15 a 55 anos, mais comum em mulheres. • Sétima causa específica de incapacidade no mundo. • Com aura 1/3 das enxaquecas e o restante sem aura. CRITÉRIOS DE DIAGNÓSTICO – ENXAQUECA A- Pelo menos cinco ataques atendendo aos critérios B-D. B- Dor de cabeça com duração de 4-72 horas (não tratada) C- A dor de cabeça tem pelo menos duas das quatro características a seguir: → Localização unilateral → Qualidade pulsante. → Intensidade da dor moderada ou severa. → Agravamento ou evitação de atividade física de rotina (por exemplo, caminhar ou subir escadas. D- Durante a dor de cabeça, pelo menos um dos seguintes: → Náusea e / ou vômito → Fotofobia e fonofobia E- Não melhor explicada por outro diagnóstico. CRITÉRIOS DE DIAGNÓSTICO – ENXAQUECA COM AURA Enxaqueca clássica: oftálmica, hemiparaestética, hemiplégica, afásica, enxaqueca e complicada. A- Pelo menos dois ataques. B- Um ou mais mais dos seguintes sintomas de aura totalmente reversíveis: → Visual (>90%). → Sensorial. → Fala e ou linguagem. → Motor. → Tronco cerebral. C- Pelo menos três das seguintes seis características: → Pelo menos um sintoma de aura se espalha gradualmente ao longo de > 5 minutos. → Dois ou mais sintomas de aura ocorrem em sucessão. → Cada sintoma de aura individual dura de 5 a 60 minutos. → Pelo menos um sintoma de aura é unilateral. → Pelo menos um sintoma de aura é positivo. → A aura é acompanhada, ou seguida em 60 minutos, por dor de cabeça. ESTÁGIOS DE ENXAQUECA - PRÓDROMO • Sintomas que antecedem a dor de cabeça em horas a dias. • Paciente geralmente fica com concentração reduzida, irritabilidade, tristeza, perversão alimentar (chocolate de forma exagerada), fadiga muscular antes da cefaleia. - AURA • Até 1/3. • Duração: 5 a 60 minutos - ENXAQUECA - PÓS-PRÓDROMO • Sintomas que duram até 2 dias após a cefaleia. • Irritabilidade, fadiga, sonolência, falta de concentração, cervicalgia associada. • Ressaca da enxaqueca. CRIANÇAS E ADOLESCENTES • Enxaqueca de crianças e adolescentes: o São mais inespecíficas: mais frequentemente bilateral e menos intensa do que do adulto (mas, com o passar da idade vai ficando parecida com do adulto). o Geralmente frontotemporal. o Cefaleia unilateral surge, geralmente, no final da adolescência ou início da vida adulta. 🩺 TRATAMENTO – FASE AGUDA • Analgésicos habituais (paracetamol – acetaminofeno –, dipirona, AINES). • Triptanos (associação desses três acima). • Mais evidencia na literatura: diclofenaco, naproxeno, Ibuprofeno. • Orientar em utilizar os analgésicos no início da crise de enxaqueca. TRATAMENTO PROFILÁTICO • 2 ataques graves ou 4 menos incapacitantes por mês; • Tratamento agudo é ineficaz ou contraindicado; • Cefaleia por uso excessivo de medicamentos; • Ataques altamente incapacitantes (enxaqueca hemiplégica ou com aura do tronco); • Preferência do paciente. TRATAMENTO ENXAQUECA CRÔNICA • A enxaqueca crônica é caracterizada pela presença de sintomas por mais de 15 dias ao longo de um mês, durante 3 meses. • Além de ter uma frequência alta de dor, tende a ter sintomas mais leves (dor menos forte, menos náusea), mas o paciente é muito incapacidade e demanda por muito analgésico • O TTO é diferente (toxina botulínica e Topiramato, por exemplo). • Prevalência a longo da vida na população em geral: 30% a 78%,. • Alta impacto socioeconômico. • Mais episódica • Descrição: o Tipicamente BILATERAL, de qualidade com pressão, intensidade leve a moderada, durante de minutos a dias o A dor não piora com a atividade física de rotina e não está associada a náuseas, embora fotofobia ou fonofobia possam estar presentes. CEFALEIA TENSIONAL = “Dor frontal bilateral, em peso, leve (mas que incomoda o paciente), que não piora com esforço físico, luz e não tem náusea e vômito. CRITÉRIO DE DIAGNÓSTICO A- Pelo menos 10 episódios de dor de cabeça atendendo aos critérios BD. B- Duração de 30 minutos a 7 dias. C- Pelo menos duas das quatro características a seguir: → Localização bilateral; → Qualidade de pressão ou aperto (não pulsante); → Intensidade leve ou moderada; → Não agravado pela atividade física de rotina, como caminhar ou subir escadas. D- Ambos os seguintes: → SEM náusea ou vômitos; → Não mais do que um de fotofobia ou fonofobia. TRATAMENTO PROFILÁTICO – TENSIONAL • Antidepressivos tricíclicos: Amitriptilina 12,5 – 150 mg o Ficar atento com os EC: constipação, boca seca, aumento do intervalo QT • Nortriptilina • Mirtazapina • Venlafaxina • Medidas comportamentais: o Regulação do sono. o Exercícios. o Terapia cognitiva comportamental. o Relaxamento. - • Descrição: dor em trajeto do nervo trigêmeo (ramo oftálmico V1), dor periorbitraria, intensa, unilateral associada sintomas autonômico, como: o Lacrimejamento o Rinorreia o Ptose palpebral o Miose o Sudorese o Plenitude auricular (sensação de ouvido “cheio”) o Hiperemia conjuntival • A cefaleia trigêmino-autonômica é subdivida em: o Cefaleia em salvas (mais frequente) o Hemicraniana paroxística SUNCT e SUNA o Hemicraniana contínua 🩺 • O que diferencia cada uma é o tempo de cada episódio dura e a frequência. • 0,12 a 1% da população • 3x mais comum em homens, 20-40 anos; • Subdividida em: o Episódica: livre de dor > 3 meses (90%). o Crônica: livre de dor < 3 meses. • Descrição: o Crises de dor forte (é a mais intensa), estritamente unilateral, orbitrária, supraórbitária. o Duração de 15-180 minutos, ocorrendo até 8 vezes ao dia acompanhadas por pelo menos um sintoma ipsilateral à dor ou sensação de agitação, ou ambos. • Enxaqueca: paciente fica quietinho. • Em salvas: paciente fica agitado, querendo “bater a cabeça” na parede. • Ocorrem em séries, durante semanas ou meses (chamados períodos de salva) → temporal (outono e primavera, segundo um estudo) e de madrugada. CRITÉRIO DIAGNÓSTICO A - Pelo menos 5 ataques atendendo aos critério B-D; B- Dor orbital, unilateral, supraorbital e/ou temporal severa ou muito severa com duração de 15-180 minutos (quando não tratada) C- Um ou ambos os seguintes: → Pelo menos um dos seguintes sintomas ou sinais, ipsilateral à dor de cabeça: o Injeção conjuntival e/ou lacrimejamento; o Congestão nasal e/ou rinorreia o Edema de pálpebra o Suor na testa e rosto. o Miose e/ou ptose → Uma sensação de inquietação ou agitação D- Ocorrendo com uma frequência entre um dia sim, dia não e 8 por dia. TRATAMENTO DOR AGUDA • Oxigênio em alto fluxo, a 100%, é o que tem mais evidência na literatura. Coloca o paciente sentado, com o tronco inclinado para a frente. 80% dos pacientes respondem bem ao oxigênio. • Pacientes crônicos é recomendando oxigênio em casa. • Os sumatriptanos (subcutâneo, nasal ou oral) pode ser utilizados. TRATAMENTO PROFILÁTICO • A medicação de 1ª escolha é o verapamil, que usado em pacientes com arritmia cardíaca. • Se o paciente tiver alguma contraindicação ao verapamil, usa o lítio (tomar cuidado com efeitos tóxicos). LOCALIZAÇÃO • Cefaleia tensional: dor em peso/pressão dos dois lados da fronte, podendo ser um pouco occipital também. Pode ter fotofobia ou fonofobia associada, masnão pode ter as duas associadas à dor. • Enxaqueca: dor unilateral e pulsátil. • Cefaleia em salvas: dor periorbital, com sintomas autonômicos associados. 🩺 • Prevalência → A mais prevalente é a tensional e a mais rara é a cefaleia em salvas. • Idade → A enxaqueca tem 2 picos, aos 15 e aos 55 anos, sendo mais comum em mulheres. A tensional pode aparecer em qualquer fase da vida, mas é mais comum por volta dos 30 anos. A cefaleia em salvas é mais comum em homens jovens, até os 40 anos. • Caráter → A enxaqueca tem caráter pulsátil, a tensional em pressão e a cefaleia em salvas é latejante/fincadas. Dor súbita → pensar em etiologia vascular, principalmente em hemorragia subaracnóidea. 🩺 Psicofarmacologia: Ansiolíticos e Hipnóticos • 1864 Adolf Von Baeyer sintetizou o primeiro barbitúrico que resulta da união do ácido malônico com uréia, tendo seu uso terapêutico em todas as situações que necessitavam depressão do sistema nervoso Central, como: o Antieplépticos o Sedativos o Hipnóticos o Anestésicos • Foram amplamentes utilizados até a dec. 60 • Apresentavam efeitos colaterais severos e grande risco de toxidade. • Em 1950 Leo Stembach e Earl Reeder sintetizaram o primeiro benzodiazepínico(BZD)-clordiazepoxido. • Em 1954 um agente mais potente foi descoberto - Diazepam, trazendo grande entusiasmo a toda comunidade medica, sendo umas medicações mais prescritas por todas as especialidades, em vista seu perfil de segurança, eficácia, tolerabilidade e baixo risco de dependência, se comparada aos Barbitúricos. • Liga-se aos receptores do canal de cloro envolvendo o acido gama-amino-butilico(GABA) é um neurotransmissor com propriedades inibitórias do SNC, principalmente no sistema líbico que é responsável ela modulação e mecanismo de ansiedade adaptativo. • Os BZD são agonistas GABA-érgicos, além do efeito no sistema límbico atua no tronco cerebral, podendo induzir disfunções no sistema respiratório e no córtex cerebral causando síndrome amnésica pelos seus efeitos inibitórios. CARACTERISTICAS FARMOCOLÓGICAS • Miorelaxamento. • Hipno-indução. • Sedação • Atividade anti-convusivante. • VO • < antiácidos e alimentos • IM errática • Medicamentos mais prescritos na maioria dos países • Risco de dependência (saúde páblica) • Avaliação individual: benefício x risco • Mecanismo de ação: Potencializa o efeito inibidor do neurotransmissor GABA. EFEITOS ADVERSOS • Os BZD podem exercer efeitos deletérios sobre o desempenho e cognitivo. • Os efeitos são proporcionais às doses e persistem por várias horas e estão associadas às propriedades sedativas dos compostos. Sonolência; sedação. Fadiga. Diminuição da atenção. • Memória: promove hipomnésia para eventos subsequentes à administração. Prejudica o processo de aquisição de novas informações e a fixação delas. BZD • Os BZD tem "boa" margem de segurança. • Antagonista benzodiazepínico (flumazenil). 🩺 • Uso isolado de altas doses de BZD pode ser letal por complicações secundárias, como infecção devidas ao coma prolongado (idosos, debilitados). • Efeito paradoxal (agitação, confusionais, agressividade). INDICAÇÕES • Transtorno de ansiedade generalizada. • Transtorno de pânico. • Transtorno de ansiedade social. • Transtorno de estresse pós-traumático. • > Crises convulsivas e epilepsias (adjuvante). • Síndrome de abstinência de álcool. • Controle de manifestações ansiosas graves que cercam diversas circunstâncias médicas: pré e pós-operatório e patologias cardiovasculares. • Insônia (?). OBSERVAÇÕES • O uso dos benzodiazepínicos deverá ter sua indicação restrita a crises ou estados transitórios, sendo mantidos apenas por curto prazo ou usados conforme a necessidade (ideal). • Nos quadros ansiosos prolongados ou crônicos, a estratégia terapêutica visa a remissão da presumida disfunção básica. • Transtornos de ansiedade: normalmente são tratamentos prolongados. • Por isso é dada preferência a tratamentos mais eficazes e seguros do que BZD. • Benefício × risco potencial. - ZOLPIDEM(STILNOXR) • Mecanismo de ação hipnótico semelhante a BZD. o Agonista seletivo do receptor alfa-1 dos receptores GABA. • Agonista seletivo do receptor alfa 1 dos receptores GABA. • Sua ação é seletiva, oque pode explicar sua eficácia como hiponótico na ausência de efeitos miorelaxantes e anticonvulsivantes • Pico plasmático: 0,5h a 2,5 h • Meia vida: 2h a 4h. • Indicação: insônia e aprovação recente para uso eventual minimizando tolerância e dependência • Metabolização: hepática e risco de abuso e dependência. BARBITÚRICOS (FENOBARBITAL E TIOPENTAL) • Grande risco de toxidade, desenvolvimento de tolerância, tendo • indicações mais consistentes como anticonvulsivantes e sedação • anestésica. HIDRATO DE CLORAL (CLORMETIAZOL) -1869 • Diminui a latência do sono utilizada atualmente em sedação de crianças para procedimentos odontológicos e realização de eletroencefalograma. • Charpentier (1950) sintetizou a clorpromazina, utilizada inicialmente como agente pré-anestésico. • Delay e Deniker (1952) publicaram os resultados da clorpromazina em esquizofrênicos e cunharam o termo neuroléptico, pelos acentuados efeitos neurológicos que ela provocava: sintomas extrapiramidais, lentidão psicomotora, indiferença emocional e melhora dos sintomas psicóticos. • Só no final de 60 descobriu-se que todos os neurolépticos tinham em comum a propriedade de o D2. bloquear os receptores dopaminérgicos, em especial VIAS DOPAMINÉRGICAS A. Via dopaminérgica nigroestriada: substância negra aos gânglios basais, e faz parte do sistema nervoso extrapiramidal, que controla os movimentos. Bloqueio de D2 produz SEP. B. Via dopaminérgica mesolímbica: tegmento mesencefálico ao núcleo accumbens e estruturas límbicas adjacentes. Sua hiperatividade está associada a sintomas psicóticos positivos. Bloqueio de D2 produz alívio destes sintomas. C. Via dopaminérgica mesocortical: tegento mesencefálico as áreas corticais anteriores. A ação dos antipsicóticos nesta via poderia aumentar os sintomas negativos ao provocar a síndrome deficitária induzida por neurolépticos. D. Via dopaminérgica tuberoinfundibular: hipotálamo ao lobo intermediário da pituitária. Bloqueio D2: aumento da prolactina. ANTIPSICÓTICOS TÍPICOS • Clorpromazina: Amplictil (25-1000 mg/dia) • Levomepromazina: Neozine (25-600 mg/dia) • Periciazina: Neuleptil (10-75 mg/dia) • Pipotiazina: Piportil (10-20 mg/dia) * • Tioridazina: Melleril (25-600 mg/dia) • Flufenazina: Flufenan (2,5-10 mg/dia) * • Trifluoperazina: Stelazine (2-30 mg/dia) • Haloperidol: Haldol (1-30 mg/dia) * • Penfluridol: Semap (10-60 mg/dia) • Pimozide: Orap (1-10 mg/dia) • Zuclopentixol: Clopixol (10-75 mg/dia) * ANTIPSICÓTICOS CONVENCIONAIS OU NEUROLÉPTICOS - HALOPERIDOL • Haldol • Cp. de 1 mg e de 5 mg. e Amp. 5 mg • Haloperidol decanoato (longa duração) • Dose média: 5 a 15 mg/dia 🩺 • Vo: pico de concentração plasmática 1 a 4 h. IM: 30 min. • Sintomas extra-piramidais • Baixo custo; Gestação: seguro • Esquizofrenia, Tresquizoafetivo, Tr.bipolar (fase maníaca aguda), Tr.personalidade borderline, Gilles de La Tourette, agitação psicomotora. • Alta potência: 2 mg haloperidol = 100 mg clorpromazina. • Bloqueador receptores de dopamina (D2). • Efeitos anti-colinérgico, anti-histaminérgico e de bloqueio alfa- adrenérgico bem discretos. • Efeitos adversos: Acatisia, distonia, parkinsonismo, rigidez muscular, tremores finos (SEP). - CLORPROMAZINA • Amplictil. • Cp. de 25 mg e de 100 mg; Amp. 25 mg. • Gotas: 1gota = 1mg. • Doses: 25 a 1200 mg/dia. • Grupo das fenotiazinas, baixa potência. • Menos efeitos colaterais extrapiramidais. • Receptores D1, D2, D3 e D4. • Bloqueio alfa-adrenérgico,histaminérgico e colinérgico • Efeitos adversos: aumento do apetite, ganho de peso, boca seca, constipação, aumento dos níveis de prolactina, hipotensão postural, tontura, taquicardia, sedação, sonolência. EFEITOS COLATERAIS DOS ANTIPSICÓTICOS • Sedação. Principalmente os de baixa potência. • Cardiovasculares: prolongamento QT e intervalos PR, hipotensão ortostática. Baixa potência são mais cardiotóxicos. • Efeitos anticolinérgicos: boca seca, constipação, retenção urinária, desorientação, distúrbio da acomodação visual, etc. • Efeitos hematológicos: leucopenia e agranulocitose. • Efeitos hepáticos: icterícia hepatocelular colestática em 2% • dos que usam clorpromazina • Efeitos epileptogênicos: podem reduzir o limiar para uma crise convulsiva. • Ganho de peso e disfunção sexual. • Hiperprolactinemia. • Acatisia: até 50% dos pacientes • Distonia aguda: até 20% dos pacientes. Pronúncia ou fala confusa, dificuldade de engolir, caretas, fala grossa ou arrastada devido a língua alargada ou hipertônica, olhos desviados para cima, para baixo ou para os lados, espasmo da garganta e dificuldade para respirar, protrusão de língua, torcicolo e trismo • Síndrome parkinsoniana: idade avançada, sexo feminino, altas doses de antipsicóticos • Discinesia tardia: até 20% dos pacientes (uso prolongado) • Síndrome neuroléptica maligna: reação idiossincrática caracterizada por: rigidez muscular; febre; instabilidade autonômica (taquicardia, aumento da pressão arterial, taquipneia, sudorese); alteração do estado mental. PECULIARIDADES • São eficazes no tratamento dos sintomas psicóticos e apresentam habitualmente menos efeitos secundários, como os efeitos extrapiramidais • São eficazes nos transtornos resistentes ao tratamento convencional. • Tem efeito terapêutico sobre os sintomas negativos da esquizofrenia • Não induzem à discinesia tardia (?). • Não elevam (tanto) os níveis de prolactina durante o tratamento. ANTIPSICÓTICOS ATÍPICOS • Amisulprida (Socian) • Olanzapina(Zyprexa) • Clozapina (Leponex) • Risperidona (Risperdal)* • Ziprazidona (Geodon) • Quetiapina (Seroquel) • Aripiprazol (Abilify) • Paliperidona(Invega)* RISPERIDONA • Risperdal • Cp1,2 e 3mg • Solução 1mg/ml • Longa duração: IM a cada 2 semanas • Estrutura química diferente • Pico plasmático VO: 1h. • Doses: 1 a 10 mg/dia • Menos efeitos colaterais • Bloqueador 5HT2, D2 (sobretudo na via mesolímbica), D4, alfa adrenérgicos,histamínicos • Efeitos adversos: Acatisia, agitação, ansiedade, aumento do apetite, aumento do peso, cefaléia, disfunções sexuais, hipotensão postural, inquietude, sedação, insônia, taquicardia, tremores, SEP (doses mais altas). CLOZAPINA • Apareceu na década de 60 e na década seguinte morreram 8 finlandeses de agranulocitose. • Reapareceu na década de 90 com um sistema de monitorização laboratorial. • A clozapina não produz SEPs, que, na época eram considerados obrigatórios para o efeito antipsicótico. • É o único agente aprovado e eficaz para o tratamento da esquizofrenia refratária. • Dosagem: Leponex (200-900mg/dia). OLAZAPINA • Ziprexa • Cp 5 e 10mg • Solução injetáveis de curta e longa ação não padronizadas no brasil. • Pico plasmático VO; 4 a 6h. • Doses: 5 a 30 mg/dia • Menos efeitos colaterais extrapiramidal • Bloqueador 5HT2, D1 e D4, D2(<halopedidol), alfa adrenérgicos, histamínicos. 5HT2 > dopamina. • Efeitos adversos + comuns: aumento do apetite, aumento do peso, disfunções sexuais, hipotensão postural, sedação. QUETIAPINA • SEROQUEL • Cp 25, 50 XR*, 100, 200/200XR* e 300/300 XR* mg *liberação controlada • Pico plasmático VO: 1.2 a 1.8h. • Doses: 25 a 800 mg/dia - o Em doses baixas(25 a 100 mg) tem efeito sedativo o Em doses intermediarias(200 a 300mg) se comporta com estabilizador de humor 🩺 o Em doses acima de 400 mg tem efeitos antipsicoticos • Menos efeitos colaterais extrapiramidal • Bloqueador: 5HT2(alta), D1 e D2(baixa), D4(afinidade). Alfa1 adrenérgicos(afinidade) histaminérgicos (afinidade) • Efeitos adversos + comuns: Aumento do Apetite, Aumento do Peso, Disfunções Sexuais, Hipotensão Postural, Sedação, constipação, tontura e boca seca. ESQUIZOFRENIA REFRATÁRIA • Uso de dois antipsicóticos em dose terapêutica por seis semanas, sendo pelo menos um deles amisulprida, aripiprazol, olanzapina, quetiapina, risperidona, ziprasidona, paliperidona ou asenapina, sem redução satisfatória dos sintomas (30% BPRS). 🩺 Acidente Vascular Encefálico • Comprometimento da vascularização do tecido neurológico, seja por lesão isquêmica ou hemorrágica. • Acontece quando os vasps que levam o sangue ao encéfalo sofrem processo de obstrução ou rompimento, provocando sintomatologia referente a área cerebral lesionada. • Embora em alguns casos isso possa ser uma condição crônica, a maioria dos acidentes vasculares cerebrais ocorre agudamente. • Aproximadamente 20% do DC é destinado a manutenção vital do cérebro, embora tenha apenas 2% do peso corporal. • Diversos processos fisiopatológicos que envolvem os vasos sanguíneos do cérebro, podem justificar o AVC: • Processo intrínseco do vaso → aterosclerose, lipo-hialinose (DM), inflamação (vasculites), deposição de amilóide (doença de Alzheimer), dissecção arterial, malformação do desenvolvimento, dilatação aneurismática ou trombose venosa. • Processos embólicos. • Redução do fluxo sanguíneo cerebral → durante uma sincope, parada cardiorrespiratória. • O processo pode resultar da ruptura de um vaso no espaço subaracnóideo ou no tecido. • Intracerebral. • Condição na qual o fluxo sanguíneo para parte ou todo o cérebro é reduzido, resultando em danos aos tecidos. TRANSITÓRIO • Definido como um episódio transitório de disfunção neurológica causada por isquemia focal do cérebro, medula espinhal ou retina, sem infarto agudo. • Essa definição e baseada na ausência de lesão de órgão final, avaliando por imagem ou outras técnicas. PERSISTENTE • O núcleo central do tecido destinado a morrer, ou contendo tecido que já está morto, é chamado de infarto. • A região do tecido potencialmente recuperável é conhecida como penumbra. • AVC trombótico → processo patológico que dá origem a formação de trombo em uma artéria. Fluxo sanguíneo reduzido distalmente (baixo fluxo). o Fragmento embólico que se rompe e viaja para um vaso mais distante. o Pode se pedir doppler de carótidas para avaliar. • AVC embólico → partículas de detritos originários de outros lugares que bloqueiam o acesso arterial a uma região cerebral específica. • Hipoperfusão sistêmica → a perfusão reduzida pode ser devida a falha da bomba cardíaca. Parada cardíaca ou arrítmica. Em casos de sepse também. • Hemorragia intracerebral → o sangramento ocorre diretamente no cérebro, derivado de pequenas artérias ou arteríolas. o Causas mais comuns → HAS, trauma, diáteses hemorrágicas, angiopatia amiloide, uso de drogas ilícitas, malformações vasculares. o Causas menos frequentes → sangramentos em tumores, ruptura aneurismática e vasculite. • Hemorragia subaracnóidea (HSA) → sangramento corre diretamente no LCR sob pressão arterial. o A ruptura de aneurismas arteriais é a principal causa de HSA. o Outras causas são as malformações vasculares, diáteses hemorrágicas, traumas, angiopatia amilóidea e uso de drogas ilícitas. • O principal sintoma é uma dor de cabeça subida e intensa (97% das vezes), classificada como a pior dor de cabeça da minha vida. Pode está associado a uma breve perda de consciência, convulsão, náusea, vomito, déficit neurológico focal ou rigidez do pescoço. • Pode causar danos secundários por vários mecanismos, incluindo aumento da pressão intracraniana, que pode diminuir o fluxo sanguíneo cerebral e efeito de massa. • Tipos de edema: o Edema citotóxico→ o Edema ... TOMOGRAFIA COMPUTARIZADA • Amplo acesso e a velocidade de aquisição. • Altamente sensível para o diagnóstico de hemorragia no quadro agudo “lesões focais hiperdensas brancas no parênquima cerebral”. • Indicadores sutis de infarto dentro de seus horas após o inicio do AVC. • A RM é mais sensível que a TC para o diagnóstico precoce de infarto cerebral "sequências FLAIR difusão". o Existem formas precoces de identificar o AVC. 🩺 o Seu acesso é mais difícil, o tempo para a realização do exame. • Punção lombar pode ser necessária para o diagnóstico HSA. • HAS é fator de risco mais comum e mais importante. • O tabagismo aumenta a probabilidade de doença vascular oclusiva extracraniana. • O diabetes aumenta a probabilidade de doença oclusiva das grandes e pequenas artérias. • A cocaína aumenta o risco de VCs hemorrágicos, também está associada à isquemia cerebral, principalmente envolvendo as artérias intracranianas da circulação posterior; isso provavelmente se deve à vasoconstrição. • As doenças cardíacas, incluindo doenças valvulares cardíacas, infarto do miocárdio prévio, fibrilação atrial e endocardite. FATORES DE RISCO MODIFICAVEIS • HAS • Dislipdemia. • DM • Tabagismo • Inatividade física FATORES DE RISCO NÃO MODIFICÁVEIS • Idade avançada, particularmente idade > 80 anos. • Raça e etnia, com risco maior para pacientes negros do que para brancos. • Sexo, com risco maior para homens em comparação com mulheres, exceto para idades de 35 a 44 anos e > 85 anos, onde as mulheres têm risco semelhante ou maior que os homens. • História familiar e distúrbios genéticos: doença falciforme, arteriopartia cerebral autossômica dominante, trombofilias etc. AVC -TRATAMENTO FASE AGUDA - TROMBOLISE Critérios de elegibilidade para o tratamento do AVC agudo, com alteplase intravenosa (ativador do plasminogênio tecidual recombinante ou tPA). • AVC isquêmico em qualquer território encefálico • Possibilidade de se iniciar a infusão do rtPA dentro de 4,5 horas do início dos sintomas. Para isso, o horário do inicio dos sintomas deve ser precisamente estabelecido. Caso os sintomas forem observados ao acordar, deve-se considerar o último horário no qual o paciente foi observado normal • Tomografia computadorizada (TC) do crânio ou ressonância magnética (RM) sem evidência de hemorragia • Idade superior a 18 anos SE > 4,5: alguns serviços utilizam trombectomia mecânica. Qual paciente terá mais complicações tendo um AVC? - Mulher de 30 anos. - Mulher de 90 anos. Mulher de 30 anos terá pior evolução. Em maior idade os sulcos, giros e parênquima estão mais atrofiados, sendo assim a pressão será menor quando comparada em uma pessoa mais nova, em que o edema causará maior pressão.
Compartilhar