Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Palestras SOI V Paola Camargos – Med44 Pa ol a Ca m ar go s – M ed 44 Palestras SOI V Paola Camargos – Med44 Pa ol a Ca m ar go s – M ed 44 Diabetes tipo 1 Sintomas clássicos: poliúria, polidispsia, nocturia, visão turva, perda de peso e polifagia Destruição autoimune das células beta pancreáticas Diabetes tipo 2 Mais comum >90% Maioria assintomático Resistência a insulina Diabetes tipo 2 é mais recorrente ser de família do que o 1 Em diabetes tipo 1, quando é diagnosticado na idade adulta é chamado de LADA, -Pré diabético já pode tratar, porque observa-se uma redução de complicação tratando antes Como diagnosticar qualquer diabetes? Precisa de 2 exames alterados Exames: Glicemia jejum, hb glicada, TOTG • Glicemia jejum: > 126mg/dl • Hb glicada: > 6,5% • TOTG: > 200mg Outro diagnóstico: paciente com os 4P, associado com glicemia aleatória (causal) acima de 200mg/dl Depois que diagnosticar, o paciente tem que sair com fundoscopia, eletrocardiograma e função renal Como é feita avaliação e manejo no pré-diabético? Pode avaliar por 6 meses somente com mudança no estilo de vida É diagnosticado da seguinte forma: • Glicemia jejum: 100-126 • Hb glicada: 5,6-6,4 • TOTG: 140-200 A- Fisiopatologia DM1: doença autoimune que se produz anticorpos contra as células B do pâncreas. Tratamento DM1: insulina B- Fisiopatologia DM2: sempre terá “fome” de glicose, porque as células não terão insulina Hiperglicemia gerando: -Diminuição da secreção de insulina; (fadiga pancreática) Por que? GLP1 sinaliza para o cérebro que tem que parar de comer, mas essa sinalização não acontece e começa a disfunção. -Aumenta a produção hepática de glicose; -Diminui o efeito da secretina pelo intestino. Ex: GLP1 sinaliza para secreção de insulina -> Fígado e músculos são os maiores alvos da resistência insulina Tratamento DM2: 1º: mudança no estilo de vida e alimentação (dieta hipocalórica) 2º: prática de atividade física: que tipo? Musculação – qualquer tipo de doença, é o melhor. Curiosidade: não contraindica musculação para nada hoje em dia Por que musculação? A fibra muscular ao contrair não precisa de insulina para receber glicose No início vai ter uma insulina auge, mas depois uma fadiga -Aumenta reabsorção de glicose do rim Ex: Enzima SGLT2: reabsorve a glicose, não excreta -Aumenta a lipólise da gordura; -Aumenta a secreção de glucagon; -Diminui a reabsorção de glicose pelo musculo; -Disfunção de neurotransmissores; Palestras SOI V Paola Camargos – Med44 Pa ol a Ca m ar go s – M ed 44 Farmacológico: Pode associar 2/3 hipoglicemiantes orais, se não funcionar: insulina. 1- Biguanidas (metformina) 1ª escolha • Metformina – droga que mais diminui HB glicada, tem no SUS, é o de escolha para DM2, “emagrece”, não causa hipoglicemia Ação: atua no musculo e no fígado. Aumenta a ligação da insulina, estimula atividade de receptor e aumenta o transportador de glicose (GLUT 4), aumenta de todas as formas. Efeito colateral: gases intestinais, diarreia Por que? Quando prescreve, já inicia com dose máxima (2,2g- 2,3g) (4 comp no SUS), mas se o paciente não tolerar pode pedir para diminuir. As células epiteliais do intestino absorvem de maneira eficiente a metformina, onde se acumula em altas concentrações, causando toxicidade e aumento da produção de lactato. A absorção de vitamina B12 parece estar reduzida, e o rastreamento deve ser considerado se o paciente desenvolver anemia macrocítica ✓ No fígado, diminui a gliconeogênese; ✓ Aumento da captação de glicose muscular ✓ Diminui lipólise de ácidos graxos livres, diminui LDL; ✓ Reduz absorção de CHO intestinal Meia vida:1,5 a 3 horas Não se liga a proteínas plasmáticas e não é metabolizada em humanos, sendo excretada inalterada pelos rins. Contraindicações: CL de CR < 30 (renal), insuficiência respiratória, cardíaca, doença hepática, uso abusivo de álcool, infecção grave, geralmente gravidez e lactação. Por que de algumas contraindicações? A produção de ácido lático a partir do intestino e outros tecidos, que se eleva durante a terapia com metformina, pode resultar em acidose lática quando hepatócitos defeituosos não podem remover lactato ou quando a redução de nucleotídeos induzida pelo álcool interfere com a eliminação do lactato. • Gravidez: não se sabe a longo prazo, mas sabe que não é contraindicação absoluta, pode prescrever, mas não deve. Risco grave: acidose láctica, mas raro Avaliar constantemente: Função renal, TGO e TGP 2- Sulfanilureia (gilberclamida, glicazida – a mais segura) Existem de primeira geração (tolbutamida, tolazamida, acetoexamida e clopapamida) e de segunda geração (glibenclamida, glipizida, glicazida e glimepirida) • Também tem no SUS • Impacta muito na hb glicada Ação: no pâncreas, aumentar a secreção de insulina (uma “apertada” mais no pâncreas) – gerando principalmente HIPOGLICEMIA Qual o mecanismo? Se liga a canais de potássio sensíveis ao ATP na superfície das células B resultando no fechamento do canal e na despolarização da celula B. Esse estado despolarizado permite que o cálcio entre na celula e promova ativamente a liberação de insulina. Orientar a não ficar em jejum prolongado, alimentar de 3 em 3 horas. São metabolizados pelo fígado exceto acetoexamida Glicazida é a que menos causa hipoglicemia, impede o remodelamento após problema cardíaco *Diabético faz muito infarto silencioso Reações adversas: hipoglicemia, ganho de peso, náuseas e vômitos Contraindicações: gravidez, lactação, IR grave (CL Cr >60), DM1, alergia, insuficiência hepática 3- Glinidas (nateglinidas e repaglinidas) Ação: aumenta a secreção de insulina pelo pâncreas/ inicio de ação rápido • Metabolizado no fígado e tem meia vida de menos de 1 hora. Pode associar qualquer medicamento antidiabético, menos glinidas com sulfanilureias Vantagens em relação a sulfanilureia: Tem o “feeling” de aumentar a secreção de insulina somente quando o estomago está cheio, diferente da sulfanilureia. Palestras SOI V Paola Camargos – Med44 Pa ol a Ca m ar go s – M ed 44 Mesma reação da sulfanilureia, mas pouco prescritos Efeito colateral: hipoglicemia, ganho de peso 4- Glitazona (pioglitazona) Tem uma redução mais discreta de Hb glicada Ação: Diminui a resistência a insulina, mas age em outro receptor (PPAR). Além do fígado e musculo, como a metformina, também atuam no tecido adiposo (principal ação). Curiosidade: Tem usado muito esse medicamento na esteatose hepática, mas não necessariamente em pacientes com diabetes – parece ser um tratamento promissor para esteatose Efeito colateral: ganho de peso - retenção hídrica (mais relacionado) Contraindicações: ICC classes III e IV, gravidez e insuficiência hepática. 5- Inibidores da a-Glicosidase (acarbose) • Impacta pouco na HB glicada • Agem a nível intestinal Ação: Retardo na absorção do carboidrato Efeito colateral: diarreia (por que? Atua no nível intestinal com menos absorção). Contraindicações: Doença inflamatória intestinal, gravidez 6- Inibidores do SGLT2 – mais caros (dapagliflozina, empaglifozina, canagliflozina) • Não diminuem muito a HB glicada • Reduz o peso, não causa hipoglicemia Ação: inibe SGLT2, inibe a reabsorção de glicose, excreta mais glicose, deixa urina mais “doce”.***São cardioprotetores: reduz eventos cardiovasculares e mortalidade em pacientes com DCV Portanto, pode até prescrever para esses pacientes sem ser diabéticos. -Deve ser a primeira escolha para “segunda opção”, caso o paciente quiser Reação adversa: ITU e candidíase vulvovaginal *Risco de cetoacidose diabete euglicemica- raro, mas tem. Contraindicação: disfunção renal moderada a grave (TFG <60ml/min). Incretinomiméticos dentro dele tem duas classes – muito caro Potencializa a via GLP1 atuando no cérebro junto com seu componente que o degrada (DPP4) Vai diminuir peso – vai mandar o cérebro parar de comer Inibição da fome 7- Análogo (agonista) de GLP1 (liraglutida, semaglutida, dulaglutida) • Aplicação subcutânea; • Risco CV 0, inclusive tem uma proteção pequena • Impacto pouco na HB glicada Curiosidade: tratamento para obesidade, liberado pela ANVISA, as vezes melhor que uma cirurgia bariátrica Efeito colateral: náuseas, vômitos, diarreia, pancreatite aguda Contraindicação absoluta: história de pancreatite, HF e pessoal de câncer de tireoide 8- Inibidores de DPP4 (as gliptinas – sitagliptina, vildagliptina) Efeito colateral: diarreia, cefaleia, tontura. Contraindicação absoluta: gravidez Insulinoterapia Tratamento para DM1 Insulina é o hormônio Meia vida: 3 a 5 min Metabolismo: inativada/ insulinases hepáticas Quando insulinizar? DM1 ao diagnóstico Glicemia >300mg/dl Emagrecimento (glicotoxidade) – presença de sintomas Cetonúria/ cetonemia Não quer dizer que vai utilizar pra sempre E quando não é DM1? Falência de medicamentos orais (> 9% hemoglobina glicada), gravidez, cirurgias. No SUS: tem disponível a insulina NPH e insulina regular Como diferenciar os medicamentos? O que determina o tempo de ação do fármaco é uma proteína. Existem diversos medicamentos de insulina. Palestras SOI V Paola Camargos – Med44 Pa ol a Ca m ar go s – M ed 44 • Primeiro medicamento a ser prescrito: de ação intermediaria-longa, para durar o dia inteiro (insulina basal) • Se o paciente não estabilizar e para fazer correções necessárias, depois de um tempo pode ser de ação rápida – mas continua com a basal. Ex: aquele paciente que sobe muita glicose no café da manhã, almoço e somente a insulina basal não está resolvendo. Insulina basal: é importante não apresentar pico, porque vai que o paciente não almoça, e são mais fisiológicas e linear. Palestras SOI V Paola Camargos – Med44 Pa ol a Ca m ar go s – M ed 44 GLÂNDULA SUPRARRENAL • Controle da liberação de glicocorticoide: eixo hipotálamo- hipofise-adrenal Ritmo circadiano (estresse emocionais ou físicos) ↓ CRH ↓ ACTH ↑ Cortisol (fazendo feedback negativo) • Ritmo circadiano: mais intenso em torno da manhã, e atinge sua menor quantidade no fim do dia e inicio da noite. • Efeitos do cortisol: SNC: depressão e psicose; Sistema endócrino: -Liberação de FSH e LH -Secreção pulsátil de GbRH -Secreção de GH Metabolismo: -↑ Proteolise -↑Gliconeogenese -Lipolise: liberação de AGL -Diminui captação de glicose pelo musculo Pele/ musculo/ tecido conjuntivo -Aumenta catabolismo proteico/ quebra de colágeno Sistema imune: -Ação anti-inflamatória e imunossupressora (estabiliza lisossomos) Sistema cardiovascular: -Aumento de receptores adrenérgicos -Aumenta a sensibilidade as catecolaminas -Aumenta retenção de água e sal -Distribuição de gordura -Aumento gordura visceral (maior expressão de GR no omento comparado a periferia) Osso e metabolismo do cálcio - Diminui massa óssea; - Diminui absorção intestinal de cálcio; - Aumenta excreção renal de cálcio PRIMÁRIA/ Addison • Destruição do córtex da adrenal (causa principal) • Esteroidogenese defeituosa (uso e drogas que interferem na síntese ou metabolismo do cortisol) • Prevalência: 39 a 110 casos/ milhão • Mais frequente mulheres Palestras SOI V Paola Camargos – Med44 Pa ol a Ca m ar go s – M ed 44 ✓ Etiologia A- Congênita • Hipoplasia adrenal congênita • Adrenoleucodistrofia • Deficiência familiar de glicocorticoide B- Formas adquiridas • Adrenalite autoimune • Adrenalite infecciosa • Droga • Doenças virais: AIDS, citomegalovirose; • Drogas: cetoconazol, rifampicina, fenobarbital; • Doenças infiltrativo-neoplásicas: metástases (rim, pulmão, mama) e linfomas; • Doença infiltrativo-metabólicas: hemocromatose, amiloidose; • Hemorragia adrenal: trauma, cirurgia, uso de anticoagulantes, sepse, metástase; • Adrenalectomia bilateral. SECUNDÁRIA ✓ Etiologia • Glicocorticoideterapia crônica • Neoplasias • Traumatismo craniano • Apoplexia hipofisária, anticoagulação • Pós cirurgia: hipofisectomia • Radioterapia: tumores selares e parasselares • Anorexia nervosa • Hipofisite linfocitica DOENÇA DE ADDISON: (IA CRÔNICA I) • Necessário pelo menos 90% da destruição; • Início gradual e progressivo Vários sintomas inespecíficos: • Fraqueza, astenia, anorexia, perda de peso, náuseas, vômitos, dor abdorminal, amenorreia, avidez por sal SINAIS E SINTOMAS • Mialgias, artralgias • Sintomas psiquiátricos (comuns) • Hiperpigmentação • Vitiligo • Calcificação auricular • Redução da libido e pilificação axilar/ pubiana DEFICIÊNCIA DE GLICOCORTICOIDE • Astenia • Mal estar • Anorexia • Vomitos, náuseas • Perda de peso • Hipotensão • Hipoglicemia DEFICIÊNCIA DE MINERALOCORTICOIDES • Avidez por sal • Hipovolemia • Hipotensão • Hiponatremia • Hiperpotassemia • Acidose metabólica leve DEFICIÊNCIA DE ANDROGÊNIOS ADRENAIS • Redução da libido e da pilificação axilar e pubiana (em mulheres) • Cortisol plasmático baixo e aumento do ACTH • Elevação do TSH • Hiperprolactinemia • Hipoglicemia • Hiperpotassemia, hiponatremia • Hipercalcemia, hipomagnesemia • Azotemia • Elevação de transaminases • Anemia normocítica normocromica • Eosinofilia, neutropenia e linfocitose reativa • Anticorpos anticortex adrenal ACHADOS DIFERENCIAIS • Não há hiperpigmentação cutaneomucosa • Geralmente não há depleção de volume, desidratação e hiperpotassemia (preservação da secreção de mineralocorticoide e o sistema renina angiotensina está intacto) • Hipoglicemia é mais comum • Pode ocorrer hiponatremia por diminuição do clearence de água livre na IA II. Dor abdominal – diagnóstico diferencial, cuidado com a investigação – se levar para cirurgia sem uso de corticoide pode ser fatal Palestras SOI V Paola Camargos – Med44 Pa ol a Ca m ar go s – M ed 44 • 25% dos addisonianos podem apresenta-la ao diagnóstico. • Pode ser encontrada na insuficiência adrenal secundária, após exposição ao estresse. • Pode ser precipitada pela reposição isolada de hormônios tireoidianos em indivíduos com hipotireoidismo e hipocortisolismo. • Pode ser precipitada em indivíduos com baixa reserva adrenal ao usarem drogas inibidorasda esteroidogênese (cetoconazol, metirapona etc.). • Hipotensão e choque; • Desidratação; • Confusão mental, torpor e coma; • Febre; • Náuseas, vômitos, anorexia; • Dor abdominal; • Fraqueza, apatia, depressão DOSAGEM DE CORTISOL PLASMÁTICO ENTRE 8 E 9 HORAS • É o primeiro a ser solicitado • Valores < 3ug/dl são indicativos e > 19ug/dl praticamente excluem • Valores intermediários exigem o teste de estimulo rápido com ACTH DOSAGEM DE ACTH PLASMÁTICO • ACTH > 100 pg/ml– VR: 9 – 52 no ensaio imunorradiométrico - (Doença de addison) • ACTH < 20pg/ml (insuficiência adrenal II) TESTE DE ESTIMULO RÁPIDO COM ACTH SINTÉTICO • Administração de cortrosina IM ou EV com dosagem do cortisol basal, 30 e 60 minutos após Interpretação: Cortisol > 20 ug/ dl • Exclui IA I franca ou IA II com atrofia adrenal • Não descarta deficiência leve ou recente de ACTH Cortisol < 20ug/dl • Confirma o diagnóstico, mas não discrimina IA I da IA II TESTE DA HIPOGLICEMIA INDUZIDA POR INSULINA OU TESTE DE TOLERÂNCIA A INSULINA Quanto tem hipoglicemia, o que o corpo faz? Aumenta hormônios contrarreguladores (cortisol) Procedimento: • Dosagem do cortisol basal, 30 e 60min após administração de insulina EV • É necessário que a glicemia seja <40mg/dl • NORMAL: incremento > 8 ug/dl e um pico > 18-20 ug/dl • CL: idoso, doença cardiovascular ou cerebrovascular, HP de convulsões DOENÇA DE ADDISON • Adrenais pequenas e atrofiadas (adrenalite) • Aumento do volume das adrenais (TBC, outras doenças granulomatosas, micoses, neoplasias) • Calcificações adrenais (TBC, hemorragia) • Microcardia • Aumento do volume da sela túrcica e da hipófise INSUFICIENCIA ADRENAL SECUNDÁRIA • Lesões primárias ou metástase na hipófise, hipotálamo ou eminencia media. • Hiperpotassemia: ondas T em tenda, baixas ondas p, complexos QRS baixos e em casos extremos assistolia ventricular • Hipcortisolismo por se: ondas T achatadas ou invertidas CRISE ADRENAL ➢ Reposição de glicocorticoides • Hidrocortisona, EV, 100mg de 6/6h (porque a meia vida dela é horas) • Após estabilização 50mg EV de 6/6h • Terapia de manutenção no 4º ou 5º dia e fludrocortisona conforme necessidade • Se houver complicações, aumenta dose de hidrocortisona. Palestras SOI V Paola Camargos – Med44 Pa ol a Ca m ar go s – M ed 44 ➢ Medidas gerais de apoio • Corrigir depleção de volume, desidratação, distúrbios hidroeletrolíticos e hipoglicemia. • Tratar infecção ou outros fatores precipitantes. ➢ Tratamento de manutenção • Prednisona, deflazacort VO • Fludrocortisona (raramente necessária na A II) • Seguimento clinico: paciente assintomático, peso estabilizado, PA e eletrólitos normais • Cartão ou bracelete de identificação -Dizendo que é portador de insuficiência adrenal Por quê? Se sofrer um acidente, precisa entrar com dose triplicada de corticoide se não entra em choque sem saber por que. • Aumento da dose de glicocorticoides durante o estresse -Qualquer processo infeccioso, cirurgia, febre • Resposta clínica: melhor parâmetro para o seguimento *Lembrar que urina de 24 horas é um problema, porque o paciente que está colhendo Palestras SOI V Paola Camargos – Med44 Pa ol a Ca m ar go s – M ed 44 Síndrome de Cushing: conjunto de sinais e sintomas decorrentes da exposição prolongada a elevados niveis de glicocorticoides Doença de Cushing: síndrome de cushing secundária a adenoma hipofiario corticotrófico a) Exogena/ iatrogênica Tanto por indicação médica, quanto para automedicação • Uso prolongado (> 3 semanas) de altas doses de glicocorticoides por via oral, parenteral, intranasal ou cutânea - >7,5mg prednisona - >0,75mg dexametasona - >30mg hidrocortisona • Quadro clinico - Manifestações do hipercortisolismo; - Supressão do ACTH e atrofia adrenocortical bilateral ↓ ACTH ↓Cortisol b) Endógena: A- ACTH dependente (80%) • Doença de Cushing • Síndrome de ACTH ectópico (SAE) • Tumor ectópico secretor de CRH B- ACTH independente (20%) • Tumores drenais • Hiperplasia adrenal nodular pigmentada primária • Hiperplasia adrenal macronodular C- Estado pseudo-cushing (EPC) Fenotipo clinico Cushing símile, com hipercortisolismo leve ou moderado Secundário a condições que levam a produção aumentada de cortisol Sintomas: Depressão maior, alcoolismo crônico, apneia obstrutiva do sono, DM mal-controlado, transtorno do pânico • Adenoma hipofisário secretor de ACTH • 65-70% dos casos de SC endógena (80-90% ACTH dependente); • As células tumorais são parcialmente autônomas: perda da contra-regulação normal do eixo HHA • Alteração no ritmo circadiano de secreção do cortisol • Microadenomas (<1cm) respondem pela maioria dos casos – macroadenomas: 10-20% Ex: As vezes não enxerga no exame de imagem -O que fazer? Pet-scan e uma hemi retirada • Sexo feminino (M:H = 8:1), 20-40 anos • Obesidade (predominantemente central): Mais comum, e em geral, o primeiro sintoma. Afetando principalmente a face, o pescoço, o tronco e o abdome. Facies de lua cheia: acumulo de gordura na face Gordura supraclavicular Giba de búfalo • Alterações cutâneas: Atrofia de epiderme e seu tecido conjuntivo causando diminuição da espessura (um aspecto transparente da pele e pletora facial; Surgimento de equimoses após um trauma mínimo (40%); Estrias (50%), mas incomum em > 40 anos; são mais comumente abdominais, porem também podem: mamas, quadris, nadegas, coxas e axilas. Acne apresentando-se na forma de lesões pustulares ou papulares pode ser resultando do excesso de cortisol ou hiperandrogenismo Lesões que cicatrizam lentamente Infecções fúngicas superficiais são frequentes, incluindo a tinea versicolor, comprometimento ungueal (onicomicose) e candidíase oral Pletora facial • Hirsutismo: Presente em 80% pacientes feminino, devido hipersecreção de androgênios suprarrenais. Palestras SOI V Paola Camargos – Med44 Pa ol a Ca m ar go s – M ed 44 O facial é mais comum, porém, o crescimento aumentado de pelos também ocorre o abdome, mamas, tórax a parte superior das coxas. • Hipertensão: Está presente em 75% dos casos e a pressão arterial diastólica é maior que 100mmHg em mais de 50% dos casos. E assim, contribui para taxa de morbidade e mortalidade • Intolerancia a glicose • Disfunção gonadal (amenorreia ou impotência): Resultando muito comum da elevação dos androgênios (sexo feminino) e cortisol (masculino). Amenorreia: 75% das mulheres e frequentemente é acompanhada por infertilidade Redução da libido: frequente no sexo masculino e alguns ainda apresentam redução dos pelos corporais e testiculos de consistência amolecida. • Osteopenia/ osteoporose Devido efeito profundo dos glicocorticoides sobre o esqueleto. Podem apresentar múltiplas fraturas de fragilidade – nos pés, costelas ou vertebras. *Osteopenia sem causa aparente em qualquer adulto jovem ou de meia-idade sempre indicar uma avaliação para Cushing, mesmo na ausência de outros sinais. • Fraqueza muscular proximal Ocorre em aproximadamente 60% dos casos, com mais frequencia proximal e mais proeminente nas extremidades inferiores. O hipercortisolismo está associado a uma diminuição a massa muscular magra e das proteínas corporais totais • Disturbios psicológicos/ nervoso Ocorrem na maioria, sintomas de leve intensidade: labilidade emocional e aumento da irritabilidade Ansiedade, depressão, má concentração e memoria ruim também estão presentes, euforia é frequente. Disturbios do sono, com insônia ou acordar precoce pela manha Depressão severa, psicose com alucinações e paranoia • Litiase renal: Calculos secundários a hipercalciuria induzida por glicocorticoides ocorrem em aproximadamente 15% dos pacientes, e a cólica renal pode ocasionalmente ser sintoma de apresentação • Sede e poliuria Pode ser causada pela inibição de glicocoirticoide pela secreção de vasopressinae pelo aumento direto do clearence renal de agua pelo cortisol • Desaceleração do crescimento Mais de 95% das crianças demonstram redução do crescimento linear O ganho de peso acompanha a diminuição do crescimento deve indicar avaliação medica. ➢ DIFICULDADES Distinção clinica entre: • Tumor adrenal • Doença de Cushing • Síndrome do ACTH ectópico • Normal: -80 a 120ug/dl -Recomenda-se a coleta de pelo menos 4 urinas de 24 horas (S: 95% e E: baixa) • Falso positivo: alcoolatras, SOP, depressão, gestante, uso de carbamazepina • Falso negativo: IRC, baixo volume urinário Teste de supressão noturna pela dexametasona • 1mg de dexametasona as 23 horas • Cortisol salivar • Se internado, coletar pós pelo menos 48 horas de internação e após no máximo 5 min depois de ter acordado • Não pode haver fatores estressantes • Teste de alta sensibilidade • Tem maior utilidade na exclusão da síndrome NORMAL: cortisol < 1,8ug/dl Administra-se 0,5 mg de dexa de 6/6h por 2 dias consecutivos. • Dosagem do cortisol 6 horas após a última dose. • Normal: cortisol < 1,8 μg/dL. • Falso negativo: - Depressão e alcoólatras; - Na obesidade não é frequente falso positivo. Palestras SOI V Paola Camargos – Med44 Pa ol a Ca m ar go s – M ed 44 1- ACTH plasmático: diferencia síndrome dependente ou não de ACTH 2- Dosagem de potássio plasmático: hipocalemia é mais frequente na SAE 3- Dosagem de outros peptídeos: pode haver co-secreção de outras substâncias em tumores ectópicos ocultos: calcitonina, PIV, somatostatina, glucagon, gastrina, etc) 1- Teste de supressão com altas doses de dexametaosna: Adenomas corticotróficos geralmente retêm a capacidade de supressão. • Já os tumores que cursam com ACTH ectópico e tumores adrenais habitualmente não suprimem. 2- Teste com CRH – não tem mais no Brasil: • O CRH estimula a secreção de ACTH pelos corticotros na hipófise anterior • Geralmente existe um aumento > 50% do ACTH na doença de Cushing • Já nos tu adrenais e na SAE, o pico de ACTH é menor • Excepcionalmente uma SAE pode responder com grande elevação de ACTH 3- Teste da desmopressina: • AVP é um importante regulador da secreção de ACTH • É usado nos testes o análogo AVP, a desmopressina, ou DDAV 4- Cateterismo bilateral e simultâneo dos seios petrosos inferiores (BIPSS) • É o teste mais seguro na diferenciação entre fontes hipofisárias e não hipofisárias. • Mede o gradiente central (hipofisário) e o periférico de ACTH. • Pode ser realizado com ou sem estímulo (CRH). • Não é muito eficaz na lateralização hipofisária da secreção de ACTH A- HIPÓFISE • RM é melhor que a TC, porém todas tem uma baixa sensibilidade (50% dos adenomas são < 0,5cm) • A maioria tem sinal hipointenso na RM; • Cuidado com incidentalomas de hipófise, são encontrados em até 10% da população normal B- ADRENAL • TC: é o exame de imagem que dá maior resolução espacial para a anatomia adrenal. • Visualiza quase 100% dos tumores. • Difícil diferencial entre adenoma e carcinoma: geralmente adenomas são < 3 cm e carcinomas > 6 cm. • Tumor secretor de cortisol: pode provocar atrofia da glândula. • Tumor produtor de ACTH: causa hiperplasia da Adrenal. A) Síndrome de Cushing Exógena: idealmente supressão gradual do glicocorticoide B) Doença de Cushing • Cirurgia (geralmente transesfenoidal) • Radioterapia • Adrenalectonomia bilateral • Medicamentoso • Drogas adrenoliticas Mitotano: geralmente em câncer • Drogas inibidoras da esteroidogênese adrenal: cetoconazol Ex: paciente com problema hepático por exagero de cetoconazol •Medida paliativa em certos tumores inoperáveis e hipercortisolismo grave, não controlado com medicamentos •Indicada somente se a perspectiva de vida justifique um procedimento de tal porte Palestras SOI V Paola Camargos – Med44 Pa ol a Ca m ar go s – M ed 44 MASSAS SELARES DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS TUMORES BENIGNOS (MAIS COMUNS) ADENOMA DE HIPÓFISE; CRANIOFARINGIOMA; MENINGIOMA. HIPERPLASIA HIPOFISÁRIA HIPERPLASIA DE LACTOTROFOS, HIPERPLASIA DOS TIREOTROFOS E GONADOTROFOS, HIPERPLASIA DOS SOMATOTROFOS PELA PRODUÇÃO ECTOPICA DE GRH TUMORES MALIGNOS PNEALOMA, SARCOMA, CORDOMA, GERMINOMAS, CARCINOMA HIPOFISÁRIO (RARO), METASTASES (PRINCIPALMENTE PULMÃO E MAMA) CISTOS CISTOS DE RATHKE, CISTO ARACNOIDE, EPIDERMOIDE E DERNOIDE ABCESSO HIPOFISÁRIO - HIPOFISITE LINFOCITICA - FISTURA ARTERIOVENOSA CAROTIDEA - OBS: Tomar cuidado com hiperplasia hipofisária, ou seja, paciente pode ter um nível de UM hormônio aumentado, mas da mesma forma, precisa avaliar os outros. • Aumento de um local da glândula em si, podendo ser funcionante ou não ADENOMAS FREQUÊNCIA Prolactinoma 50% Clinicamente não funcionantes (a maioria é gonadotrofinoma não secretor 30% Somatotrofinomas (acromegalia) 15% Corticotrofinomas (Síndrome de Cushing) 5 – 10% Tireotrofinoma < 1% • Paciente gravida, hipófise cresce • Adolescente, tem dobro do volume de adulto • O TUMOR PROLACTINOMA, responde muito bem à medicação, quase que desaparece – aspecto positivo Apresentação clínica: depende do tamanho e situação da secreção hormonal -Maioria é incidentaloma: pacientes que fazem exame de imagem por: perda de memória, e etc, coisas pequenas • Avaliação: análise de secreção hormonal e RNM de hipófise. (se atrapalha a secreção dos outros hormônios) -Porque nem sempre o paciente tem adenoma significativo (funcionante) • Tratamento: → Microadenoma: RM de sela em 1, 2 e 5 anos. A minoria (5-15%) dos microadenomas hipofisários pode apresentar algum crescimento. • Não deve mexer (operar) em pacientes com microadenoma que não tem função hormonal comprometida O que fazer? Acompanhar com RM em 1,2 e 5 anos Caso não crescer, pode dar alta ao paciente → Madroadenoma e outros tumores: ressecção cirúrgica. → Tratamento medicamentoso, em caso de não conseguir resseccionar/ cura total: os mais utilizados são análogos de somatostatina, cabergolina. → Radioterapia. • Retira pelo nariz (transfenoidal, acesso nasal), chegando ao osso esfenoide, retira a lesão, e coloca uma cola cirúrgica na região; → Se não for possível, transcraniano Ex: pelo tamanho Palestras SOI V Paola Camargos – Med44 Pa ol a Ca m ar go s – M ed 44 • Existe uma cirurgia com neuronavegação: manipula a estrutura com uma tela ampliada – isso fez com que aumente a taxa de sucesso ➢ E se não conseguir retirar? ➢ Ou se for um tumor mais maligno? RADIOTERAPIA, atualmente tem um direcionamento maior ao local • Produzida pelas células lactotroficas • Estimula a produção de leite nas glândulas mamarias • Aumento durante a gestação e amamentação • Estimulo: TRH, VIP • Inibição: dopamina • Diferenciar prolactinoma da compressão de haste (podendo ser de outro tumor) • Hipotireoidismo pode elevar prolactina – então você não vai tratar prolactina – não analisar um hormônio isoladamente → É obrigatório fazer dosagem de hormônios, principalmente tireoidiano antes de dar medicamento • Estrogênio pode aumentar a prolactina – O que fazer? Para a pílula e reiniciar • Hipogonadismo hipogonadotrofico Ex: mulher que pariu, para de ovular, INIBE OVULAÇÃO, faz amenorreia – alta de prolactina • Irregularidade menstrual: oligomenorreia, amenorreia, ciclos anovulatórios • Redução de libidos, impotência, oligospermia Por que? prolactina inibe LH e FSH • Infertilidade • Galactorreia em 30 a 80% das mulheres, rara nos homens → Podendo ser espontânea ou por expressãomamaria • Ginecomastia (homens) • Osteoporose • Sintomas compressivos, se houver macroadenoma: alterações visuais, cefaleia • Hipopituitarismo • Resistencia a insulina • Progressão ou piora de doenças autoimune ➢ Suspeita de prolactinemia: além dos exames complementares Expressão mamária E campimetria afetada (frequente em tumores altos – compressão quiasma) • Fisiológicas: se está gravida, fazer BHCG e amamentação • Farmacológicas: além de ACO, antipsicóticos • Doenças crônicas: insuficiência renal • Doenças endócrinas: SOP, hipotireodismo • Lesões hipofisárias • Compressão da haste hipofisária • Estimulo mamário 1º a se fazer: Excluir situações fisiológicas que aumentam a prolactina 2º a se fazer: dosagem sérica de prolactina Diluir amostra, isso é feito no laboratório – chamada de efeito gancho, gerando uma falsa normalização de prolactina Anamnese é muito importante Após confirmação do diagnóstico Após fechar diagnóstico: agonistas dopaminérgicos (cabergolina, bromoeriptina), cirurgia Somente se comprimir quiasma (emergência) Palestras SOI V Paola Camargos – Med44 Pa ol a Ca m ar go s – M ed 44 • Não há tratamento especifico • Só descobre quando a mulher tem neném e não produz leite • Estimula a síntese hepática e tissular de IGF-1 • Secretado pelas células somatotroficas • Função: promover crescimento • Efeitos metabólicos • Estimulo: GHRH • Inibição: feedback negativo pelo GH e IGF-1, somatostatina MANIFESTAÇÕES CLINICAS • Alterações da fisionomia por crescimento de extremidades osseas e partes moles • Aumento da estatura • Artropatia de grandes articulações: artrose, dor articular • Pele espessada e oleosa: proliferação de glândulas sebáceas e sudoríparas • Sudorese ou hiperidrose • Hipertricose, machas pigmentadas • Doença arterial coronariana (DAC): hipertrofia miocárdica • Síndrome da apneia obstrutiva do sono (SAOS) • Resistencia a insulina, acantose, DM • Exoftalmia, glaucoma de ângulo aberto • Dislipidemia de síndrome metabólica • Neuropatia periférica • Organometálicas • Polipos colonicos • Cefaleia, alterações visuais • HAS, miocardiopatia, hipertrófica • Fadiga CAUSAS Adenoma hipofisária secretor de GH (somatrotofina) -Maioria não é passível de cirurgia, adicionar radioterapia ou medicamentos DIAGNÓSTICO 1. Suspeita -> analise sérica basal de GH e IGF-1 -> se normal descarta 2. Se diferente -> supressão com TOTG -> se não suprimir -> diag confirmado -> RM TRATAMENTO • Cirurgia • Medicamentos: análogos de somatostatina, agonista dopaminérgicos, antagonista do GH • Radioterapia • Tem a mesma característica do excesso; • Sem GH na infância: cresce bem pouco e sua repercussão clinica é maior – estado libera para todos o medicamento • Em adultos: dislipidemia, osteoporose, perda de massa muscular Estado libera tratamento Em adultos: faz a dosagem de IGF-1 quando tem lesão na hipófise Se suspeita em criança: avaliar crescimento com curva CAUSAS: genética, adquirida DIAGNÓSTICO: IGF1 basal, idade óssea, velocidade de crescimento. Teste de estimulo (ITT, clonidina) -Injeta insulina, faz glicose cair e testa GH em 30-40 minutos, se não aumentar – deficiência TRATAMENTO: reposição de somatropina Palestras SOI V Paola Camargos – Med44 Pa ol a Ca m ar go s – M ed 44 • Produzida pelas células tireotróficas sob estimulo do TRH • Responsável pela produção de dois hormônios semelhantes: tiroxina (T4) e triiodotironina (T3) • Inibição por feedback negativo (T3) • Diferenciação celular durante desenvolvimento • Manutenção da homeostase termogênica e metabólica no adulto • Desenvolvimento fetal • Produção de calor • Contratilidade miocárdica • Controle do centro respiratório • Controle eritropoiese • Aumento da motilidade gastrointestinal; • Aumento do turn-over ósseo; • Aumento do tur-over muscular; • Aumenta gliconeogênese e glicogenólise; • Síntese e degradação do colesterol. CAUSAS -Tumores hipofisários e hipotalâmicos -Necrose hipofisária pós-parto -Outros processos destrutivos ou com isquemia hipofisária -Doenças infiltrativas e processos inflamatórios da glândula, como hipófise linfocitica -Defeitos funcionais na síntese de TSH ou desenvolvimento hipofisário MANIFESTAÇÕES CLINICAS Sintomas: • Cansaço, fraqueza •Pele seca • Sensação de frio • Queda de cabelo • Dificuldade de concentração/memória • Constipação • Aumento de peso • Dispneia • Voz rouca • Menorragia • Parestesia • Baixa audição Sinais: • Pele áspera • Extremidade fria • Edema de mãos, pés e face • Alopecia difusa • Bradicardia • Edema periférico • Hiporeflexia • Síndrome do túnel do carpo • Derrames serosos • Tumores hipofisários produtor de TSH: tireotropinas MANIFESTAÇÕES CLINICAS Sintomas de hipertireoidismo: as vezes os sintomas são muitos exarcebado, mas as vezes não • Taquicardia • Diarreia • Bocio difuso • Hipermenorregia • Tremores • Efeitos de massas: cefaleia, alterações visuais (tumor de hipófise) • Agitação • Insonia • Perda de peso • Pode ser co-secretor de outros hormônios (GH, prolactina) Geralmente esses tumores são mistos DIAGNÓSTICO TSH normal ou alto com T3 e T4 altos Pode ser tireotropinoma Palestras SOI V Paola Camargos – Med44 Pa ol a Ca m ar go s – M ed 44 TRATAMENTO • Remoção cirurgia • Terapia medicamentosa: análogo de somatostatina • Controle a produção adrenal de cortisol Se hiperfunção: aumento de cortisol e androgênio • Doença de cushing: adenomas, que diferente do GH, e tireotropina, são pequenos – microadenomas • Mas pode vir de outros tumores endócrinos: ACTH ectópico • Também doença primária na adrenal O que vai diferenciar: exame laboratorial e de imagem MANIFESTAÇÕES CLINICAS + comuns • Equimoses a mini traumas • Braço e perna afilados e aumento de abdome • Fraqueza muscular proximal • Estrias violáceas • Pletora facial • Giba – excesso de tecido adiposo • Em criança quando suspeitar? Para de crescer e começa a engordar Cushing da muita doença coronariana e hipercoagulabilidade Cateterismo semipetroso DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO Diagnóstico: • Cortisol salivar da meia noite • Cortisol livre urinário • Cortisol pós supressão com dexametasona • ACTH: não faz exame, faz o cateterismo, porque pode ter um paciente que está com alta de ACTH e tem microadenoma, mas ele é não funcionante -> realiza o cateterismo e so depois RM se positivo ACTH ectópico: geralmente pulmão Cateterismo de seio petroso: se confirmou origem central, faz ressonância Tratamento: • Ressecção cirúrgica, radioterapia (pode durar anos e lesionar outras células), tratamento medicamentoso (cetoconazol) Insuficiência adrenal secundária CAUSAS • Pan-hipopituitarismo • Falha isolada da produção de ACTH • Pacientes que receberam corticoides (por qualquer via, incluindo doses elevadas de corticoides inalatórios, intra- articulares ou tópicos) – pode inibir o eixo por 6 meses e fazer uma insuficiência adrenal temporária MANIFESTAÇÕES CLINICAS • Fadiga • Fraqueza • Perda ponderal • Nauseas, vômitos e diarreia • Ausência de hiperpigmentação de valores relativamente normais de eletrolitocs e nitrogênio da ureia sanguiena (nitrogênio da ureia sanguínea) Por que? Somente se lesão na adrenal –> lesão da adrenal faz com que ACTH suba e MSH também. -Normalmente não faz distúrbio hidroeletrolítico – porque quem faz a controlação é a aldosterona (quando a insuficiênciaé da adrenal ai tem distúrbio hidroeletrolítico marcante) DIAGNÓSTICO • Cortisol basal (< 3) e pós estimulo (ITT, cortrosina) -Injeta insulina, faz glicose cair e testa cortisol em 30-40 minutos, se não aumentar – deficiência TRATAMENTO • Reposição de glicocorticoite (hidrocortisona, prednisona, dexametasona) • FSH: espermatogênese. • LH: Testosterona. • Mulher: maturação do oócito, ovulação, estrógeno, progesterona, ciclo menstrual. Palestras SOI V Paola Camargos – Med44 Pa ol a Ca m ar go s – M ed 44 Causa: Gonadotropinoma – raramente ocorre hiperestimulo gonadal Sintoma: -Distúrbios menstruais, amenorreias -Alterações na libido (redução ou aumento) -Infertilidade • Infertilidade • Criança e adolescente: puberdade tardia • Homens: diminuição do desejo sexual, irritabilidade, aumento da gordura abdominal, diminuição da ereção matinal e diminuição da massa e força muscular Causas: lesões hipofisárias, hipotireoidismos, hiperprolactinemia, tumores, síndromes genéticas funcional, inibição do eixo por exposição a esteroides. (por uso de testosterona exógena) -Homem vai ter atrofia testicular progressiva e além de inibir a produção de testosterona endógena, precisando de depender de hormônios. Se uso menos longo, pode demorar anos a voltar o eixo. Diagnóstico: nível sérico de esteroides sexuais, LH, FSH, teste de estimulo com GnRH Tratamento: suplementação de esteroide sexual (estrógeno, progesterona, testosterona), citrato de clomifeno, gonadotrofina coriônica). Obesidade – inibição do GNRH, LH, FSH. • Tratamento: emagrecer. Elevação da osmolaridade -> retem água no túbulo Não consegue reter agua livre -> desidratada rapidamente e osmolaridade aumenta MANIFESTAÇÕES CLINICAS -Poliúria e sensação Curiosidade: eles urinam de 15 a 20L por dia -À medida que tenta compensar, sódio fica alto Causas: tumores de hipófise, apoplexia, hemorragia, pós operatório Diagnóstico: osmolaridade plasmática e urinária, diurese, teste da restrição hídrica - osmolaridade serica sobe mas a urinária não Tratamento: hidratação, resposivação endovenosa ou nasal de desmopresina Causas: doenças sistêmicas (pulmonares), tumores, AVC, medicamentos MANIFESTAÇÕES CLINICAS • Paciente retem muita água • Desenvolve hiponatremia e gera sintomas neurológicos Por que não fica hipertenso? Porque na parte cardiovascular libera PNA Diagnóstico: Tratamento: restrição hídrica • Contração do miométrio uterino, importante durante o parto • Ativação da musculatura lisa na mama, promovendo a ejeção do leite durante a amamentação • Efeitos no sistema nervoso central que promovem o comportamento maternal Palestras SOI V Paola Camargos – Med44 Pa ol a Ca m ar go s – M ed 44 A- Tireotoxicose: síndrome de excesso de hormônios tireodianos nos tecidos, independente da fonte (tireoide, exógena ou ectópica) B- Hipertireoidismo: uma das etiologias da tireotoxicose, quando a produção excessiva dos hormônios é proveniente da tireoide. Todo hipertireoidismo cursa com tireotoxicose, mas nem toda tireotoxicose é hipertireoidismo Principal causa: Doença de graves, também autoimune • Tireotoxicose modera ou grave, oftalmopatia recente e bócio difuso • O anticorpo produzido é o Trab: não faz destruição, faz estimulação • Tal anticorpo é direcionado contra: receptor de TSH na membrana da célula da TIREOIDE, estimulando o crescimento e função da glândula tireoide O anticorpo (IG): anticorpo estimulador da tireoide (TSAb) OU imunoglobulina estimuladora da tireoide (TSI) Fazendo com que T3 e T4 livre sejam estimulados e assim, TSH suprimido Realiza TSH -> se suprimido -> repetir em 6 semanas -> se baixo -> dosar T3 e T4 OBS: lembrar que TSH diminuido, pedir antitpo para descobrir se pode ser hashimoto 2ª causa: Doença de Plummer O tratamento é realizado baseado na dosagem de T4 livre Metimazol: (TAPAZOL) Mecanismo de ação: inibem a síntese hormonal, uso de iodeto • Droga de 1ª escolha • Tem comprimido de 10 e 20mg • A dose geralmente realizada é de 30 a 50mg ▪ Dose inicial: mais baixa, 20/30mg Vai aumentando a partir que o paciente se torne eutireoideano e para nesse momento. 1x dia, baixo custo ▪ Risco: paciente desenvolver agranulocitose, precisando uso de ATB – mas raro Como orientar o paciente quando isso acontecer? Se 3 primeiros meses de tratamento, surgir dor de garganta/ febre, procurar com urgência PA e avisar que iniciou uso de TAPAZOL. Propiutiuracila: • Tem muito mais efeitos colaterais, pode ser responsável por quadro de hepatoxocidade grave • Posologia difícil, tendo que ser administrado de 8/8 horas Quando ser primeira escolha? Gestante no primeiro trimestre Efeitos colaterais: Leves – 1% a 5%: rash cutâneo, prurido, urticária ou artralgia Graves – 1%: poliartrite grave, neutropenia e agranulocitose, raramente, anemia aplasica, trombocitopenia, hepatite toxica (PTU), vasculites, síndromes lúpus-like, hipoprotrombinemia (PTU) e hipoglicemia (MMI) Beta-bloqueador: droga responsável por diminuir os sintomas adrenérgicos -Taquicardia, palpitações, DC aumentado. Paciente inicia dose (20mg) e volta em 6 a 8 semanas; 1. Se T4 livre continua alto Aumenta dose 2. Se T4 livre normal Manter a dose 3. Se T4 livre diminuir Abaixar a dose – Rever de 6 em 6 meses e dosando T4 livre, depois de manter a dose, anualmente. Hipertireoidismo pode entrar em remissão E ai quando retirar a droga do paciente? 2 anos Se tratamento não está dando certo... Como saber? • Paciente que T4 livre permanece alto, ou apareceu efeitos colaterais graves O que fazer? Radioiodoterapia ou cirurgia • Paciente pode evoluir para hipotireoidismo -> prescrever levotiroxina *Na radioablação pode ser que não evolua Palestras SOI V Paola Camargos – Med44 Pa ol a Ca m ar go s – M ed 44 Iodoterapia: 1ª escolha contraindicações para DAT e/ou cirurgia ou recidiva do hipertireoidismo após DAT. • Terapia inicial para controle rápido: -Cardiopatas, idosos, e mulheres idade fértil planejam gravidez futura; • Contraindicado: gestação, lactação E suspeita/ Confirmação câncer de tireoide -Gestação liberada após seis- 12 meses. -Solicitar BHCG em mulheres menacme antes 131L: para confirmar se não está gravida • Via oral: resposta inflamatória e destruição com fibrose e redução da glândula Uso prévio betabloqueadores. Se muito sintomáticos e/ou risco aumentado para complicações Se nada der certo, ou se tem contraindicações para os outros: O tratamento cirúrgico indicado: -Doença de graves com bócio volumoso + sintomas compressivos Sinal de peiper: face plectorica, ausculta estridor -Nódulos suspeitos ou confirmação de doença maligna -Gestantes sem controle com DAT; -Pacientes com intolerância a DAT ou recusa ao tratamento com radiodoablação GRAVES: VAI BRILHAR TODO PLUMMER: PARTE VAI BRILHAR É uma síndrome clinica ocasionada por síntese/ secreção insuficiente ou ação inadequada dos hormônios, resultando em lentificação generalizada do metabolismo. Quando for hipotireoidismo → pensar em HASHIMOTO, até que se prove o contrario Qual exame é feito para rastreio? Teste do pezinho -Os outros exames são mais para diagnóstico quando sintomáticos Sintomas? Exames? TSH (Valor de ref depende do laboratório) – média de 0,4 a 4,5 • Se alterado repetir em 6 semanas com TSH + T4 livre E o anti-TPO diante suspeita de hashimoto ➢ Hipo 1°: T3 e T4 diminuídos ou normais e TSH alto. • Sublclínico: T4 normal. • Clínico: T4 baixo. • Pedir Anti-TPO:+: Hashimoto. – se tiver nódulo → pedir imagem -: USG de tireoide para pesquisar outras causas. • 95% dos casos; • Tratamento: hormônio tireoidiano (T4). ➢ Hipo 2°: T3 e T4 diminuídos e TSH normal ou diminuído. • Valores de referência de TSH - Adultos: 3,4 – 4. - Criança: tabela. Palestras SOI V Paola Camargos – Med44 Pa ol a Ca m ar go s – M ed 44 - Gestantes: 1° trimestre 2,5 (pode haver supressão). - > 70 anos: aproximadamente 6. - > 80 anos: aproximadamente 7,5. Palestras SOI V Paola Camargos – Med44 Pa ol a Ca m ar go s – M ed 44 CAPACIDADE DE OBSERVAÇÃO DOS FENÔMENOS PSÍQUICOS A- APARÊNCIA • No exame de paciente psiquiátrico, so podemos observar o que está aparente, não oculto. Assim, poderíamos chamar de aparência todo o conteúdo do exame psíquico. • Mas, no exame psíquico e na sumula psicopatológica, o termo aparência tem um significado bem mais restrito, referindo-se basicamente aos cuidados higiênicos e estéticos relativos ao corpo (barba, cabelos, unhas), roupas, maquiagem e adereços (brincos, colares, pulseiras etc). • Em geral, a aparência é o primeiro elemento observado no paciente, e o seu exame oferece indicações sobre o estado de diversas funções mentais Ex: paciente chega toda arrumada, com maquiagem, brincos, precisa relatar isso. Pode ser por uma patologia, pessoas com transtorno de humor, ansiedade B- ATITUDE • É o comportamento (ou atitude), num sentido amplo- englobando a fala, os gestos, a mimica e os demais movimentos corporais -, sena tudo no exame psiquico. Todavia, parece mais interessante, na sumula psicopatologica, restringir o termo atitude aquela que esta especificamente relacionada ao examinador e a entrevista Ex: forma que ele está atuando, exemplo: gritando, falando alto, cantando C- CONSCIENCIA • Atividade integradora dos fenômenos psíquicos, o todo momentâneo que possibilita o tomar consciência da realidade naquele instante (Jaspers). • Totalidade da experiência momentânea inserida na corrente continua da vida psíquica (Alonso Fernances) ASPECTOS FUNCIONAIS DA CONSCIÊNCIA • Vigilância ou estado de alerta • Clareza -Vinculada ao grau de vigilância -Capacidade de percepção, intelectual e de memorias claras • Consciência de si mesmo Sabemos e conhecemos a nós mesmos como seres viventes e ativos e biograficamente coerentes em um todo unitário CONSCIÊNCIA NORMAL Lucidez: estado normal da consciência, com conteúdo nítidos e claros ALTERAÇÕES PATOLOGICAS ALTERAÇÕES QUANTITATIVAS • Hipervigilancia: estado de muita claridade da consciência, com aumento do interesse, diminuição do tempo de reação e máxima capacidade de adaptação Ex: mãe puerperais, típico de ansiedade • Sonolencia: sono, sonho, cansaço • Obnubilação: Diminui o nivel de vigilancia e clareza -Interação ambientais muito reduzidas -Diminui o nível de vigilância e a claridade -Diminuição da nitidez da atividade psíquica -Sonolência, -Pensamento lento, -Pensamento confuso ou incoerente, -Desorientação -Perda da atenção -Apatia -Falta de espontaneidade e perplexidade Ex: muito comum em delírio • Delirium - Rebaixamento da consciência - Alterações da atenção, memória de fixação e orientação. - Presença de ilusões, alucinações, onirismos, pensamento incoerente, delírios, - "Sugestionabilidade, flutuação do grau deconsciência • Estupor Palestras SOI V Paola Camargos – Med44 Pa ol a Ca m ar go s – M ed 44 D- ATENÇÃO É o processo pelo qual a consciência é direcionada para determinado estimulo (externo ou interno), que pode ser uma imagem perceptiva ou representativa, um afeto ou um pensamento. Há uma concentração da atividade sobre um objeto especifico (ou poucos objetos) em detrimento dos demais. O que é selecionado pela atividade da atenção adquire maior clareza e nitidez. • Foco ativo ou passivo da consciência em um objeto Ativo: necessidade de prestar atenção, voluntariamente Passivo: automaticamente se prende sem tanto esforço Ex: prestar atenção a uma aula seria inicialmente foco ativo, mas se for um tema agradável, o sistema mesolimbico libera dopamina e isso se torna mais um foco passivo. • O foco aumenta e diferencia um núcleo central, tornando-o nítido. Ao redor do qual existem outros objetos difusamente percebidos • Estimulada pela afetividade e inteligência A avaliação da atenção é feita basicamente pelo comportamento do paciente durante a entrevista, observando se ele consegue concentrar-se nas perguntas que lhe são feitas ou se ele se distrai com facilidade diante dos estímulos ambientais. • Capacidade de focalizar a atividade psíquica de discriminar os conteúdos • Capacidade de localizar a atividade psiquica, de discriminar os contendos da consciência dirigindo-se a determinados estimulos. • Voluntária e espontânea • Hipoprossexia (desinteresse, déficit intelectual, alteração da consciência) • Hiperprossexia (distraibilidade) – foca muito que fica distraído E- SENSOPERCEPÇÃO • A sensopercepção constitui a primeira etapa da cognição, ou seja, do conhecimento do mundo externo. Este se refere aos objetivos reais, isto é, aqueles que estão fora de nossa consciência Exemplo: -Sensações: formas e cores em uma fotografia -Percepções: um quadro negro, carteiras, crianças uniformizadas (sentadas) e uma senho de pé (apontando para o quadro) -Apreensão (ou aperpcepção): uma aula ALTERAÇÕES PATOLOGICAS ALTERAÇÕES QUALITATIVAS Ilusão, alucinação (verdadeira, pseudoalucinação, alucinosa), pareidolia, sinestesia A- Ilusão: deformidade de uma imagem real – verdadeiro Ex: vendo filme de terror e a cortina balança e você vê na cortina uma pessoa Sendo assim, a cortina é uma imagem verdadeira, mas que te fez enxergar outra coisa B- Pareidolia: capacidade de assimilar muito grande, tenha capacidade imaginativa, imaginação Ex: uma nuvem, em que você enxerga um dinossauro. C- Alucinações: ter experiencia sensoperceptiva na ausência do objeto real Ex: ouvir vozes que ninguém em volta está ouvindo, ver objetos ou figuras que não estão presentes, e assim por diante, em relação a todas as funções sensoperceptivas. → Tem que ser parecidos com o objeto real: ter corpo, ser fixo, mesma dimensão → Geralmente é persistente. D- Sinestesia: deformidade dentro do processo perceptivo F- MEMÓRIA • Capacidade de recordar, de reviver estados de consciência anteriores, de reconhece-los como tais e de localiza-los no tempo e no espaço. O que é memória: Para os antigos gregos, a memória era uma entidade sobrenatural, a deusa Mnemosyne, que dava aos poetas e adivinhos o poder de voltar ao passado • Aprendizado o processo pelo qual adquirimos conhecimento sobre o mundo, já memoria representa o armazenamento desse conhecimento. Essas informa es armazenadas dizem respeito as nossas experiências perceptivas e motoras, assim como são vivências internas (nossos pensamentos e emoções). • Uma capacidade mnêmica preservada fundamental para a percepção (gnosia) e para a orientação. Etapas do processo mnêmico Palestras SOI V Paola Camargos – Med44 Pa ol a Ca m ar go s – M ed 44 CLASSIFICAÇÕES DAS MEMORIAS G- LINGUAGEM • Linguagem um sistema até certo ponto arbitrário de signos - fonéticos e gráficos (as palavras) que funciona como um processo intermediário entre o pensamento e o mundo externo. Funções dalinguagem: a linguagem possui as seguintes finalidades: comunicação social, expressão de vivências internas (pensamentos, sentimentos), organização da experiência sensorial e dos processos mentais, tradução dos estímulos externos, indicação e descrição das coisas, transmissão de conhecimentos e regulação da conduta. H- PENSAMENTO • O pensar A palavra pensar vem do verbo latino pendere, que significa ficar em suspenso, examinar, pensar, ponderar. O pensar está relacionado antecipação de acontecimentos, construção de modelos de realidade e simulação do seu funcionamento. Alterações do pensamento i- DELIRIO A palavra delirar é derivada do latim delirare (de=fora; liros= Definição clássica: de acordo com Karl Jaspers (1987), ideias delirantes (ou delírios) são juízos patologicamente falsos, que possuem as seguintes características externas → acompanham- se de uma convicção extraordinária, não são susceptíveis à influência e possuem um conteúdo impossível. J- INTELIGÊNCIA • Capacidade de compreender e de elaborar conteúdos intelectuais que facilitem a realização de novas adaptações para obtenção de um objetivo apetecido. • Capacidade de adaptar o pensamento as necessidades do momento presente ou de adquirir novos conhecimentos Aprender a partir de expereincia, usando processos metacognitivos para melhorar a aprendizagem K- CONAÇÃO Define-se o conjunto de atividades psíquicas direcionadas a ação. Incluem-se entre as funções conativas os impulsos e as vontades. L- IMPULSOS Estado motivacional ou pulsão, representa um estado interno, uma vivencia afetiva, que induz o individuo a atuar no sentido de satisfazer uma necessidade, basicamente uma necessidade corporal. M- VONTADE Processo psíquico de escolha de uma entre varias possibilidades de ação, uma atividade consciente de direcionamento da ação. Trata-se de uma elaboração cognitiva realizada a partir dos impulsos, sendo influenciada por fatores intelectivos e socioculturais. N- PROCESSO VOLITIVO Divide em 4 etapas a) Intenção ou proposito; b) Deliberação (ou analise); c) Decisão d) Execução A fase de intenção ou proposito é representada por uma tendencia para a ação, e esta intimamente relacionada aos impulsos. O- Consciência do EU • Conhecimento ou saber acerca de si mesmo • Certeza que uma pessoa desperta possui de ser ela mesma • Conhecimento de que as experiencias e vivencias são um produto mental pessoal. Não esquecer: Paciente em confusão mental é relação ao rebaixamento de nível de consciência, agora um paciente que não se reconhece, é de consciência do EU. • Vitalidade – experiencia de estar corporalmente presente • Atividade- ser pessoa ativa e com capacidade de tinar defucies e agir por vontade própria • Unidade – experiencia pessoal de ser um • Limites ou demarcação – experiencia do que corresponde a si e do que não (imaginação ou percepção) • Identidade – experiencia de ser inseparável do próprio corpo Palestras SOI V Paola Camargos – Med44 Pa ol a Ca m ar go s – M ed 44 • Continuidade – sou o mesmo ao longo do tempo P- AFETIVIDADE • Afetos: qualidade e tônus emocional que acompanha uma ideia ou representação mental. É o componente emocional de uma ideia. • Experiências emocionais ou sentimentais associadas a um estado mental. TIPOS DE AFETO • Emoção: movimentos afetivos intensos, com apresentação brusca e de curta duração. - Reações afetivas agudas, momentâneas desencadeadas por estímulos importantes. São intensas e de curta duração. - Alegria, tristeza, raiva, medo. • Humor ou Ânimo: estado emocional basal e difuso da pessoa em determinado momento. - Disposição afetiva de instalação lenta, com intensidade variável, estável e persistente no tempo. - Ansioso, depressivo, eufórico, disfórico. • Sentimento: conjunto amplo das experiências afetivas. - Vivências afetivas constituídas pela fusão entre emoções, humor, sentimentos, sensações corporais, conteúdos intelectuais, valores, representação. • Paixão, amizade, agressividade, perigo. Alterações da afetividade Q- PROSPECÇÃO • Consiste no planejamento que o indivíduo faz quanto à própria vida, e reflete a expectativa que ele tem em relação ao seu futuro. R- CONSICÊNCIA DE MORBIDADE • Se refere ao entendimento que o indivíduo tem sobre o seu próprio estado de saúde. Constituem as dimensões da consciência de morbidade o reconhecimento, por parte do paciente de que: • Determinadas vivências ou comportamentos seus são anormais; • Uma doença o está acometendo; • Sua doença é mental e não física Palestras SOI V Paola Camargos – Med44 Pa ol a Ca m ar go s – M ed 44 • Infecção, ulceração e/ou destruição de tecidos moles associadas e alterações neurológicas e vários graus de doença arterial periférica nos membros inferiores. • Tanto a doença vascular periférica quanto a infecção são os fatores evolutivos mais frequentes para a ulceração (que pode culminar em amputação). • A prevalência anual de úlceras varia de 4 a 10%. • Elas são responsáveis por 85% das amputações. • São responsáveis por internações prolongadas e alto custo para os pais. • A neuropata diabética exerce principal fator permissivo (+ em 75% dos pacientes). • A prevalência anual de ulceras varia de 4 a 10%; • São responsáveis por 85% das amputações e por internações prolongadas e alto custo para o país Perda da sensibilidade a dor e a temperatura e comprometimento do equilíbrio e propriocepção + Desequilibrio entre tendões flexores e extensores = Surgimento de deformidades neuropáticas e alterações biomecânicas (aumento da pressão plantar na cabeça dos metatarsos e dorso dos pododáctilos). • Comprometimento do colágeno tipo IV e deposição de produtos finais de glicosilação avançada causam hiperceratose e calosidades • A pele seca (hipo ou anidrose) secundária a disautonomia periférica + calos + aumento da carga plantar = Hemorragia subcutânea e ulceração pelo trauma repetitivo. 1- Áreas de pressão plantar anormal + proeminência de cabeças de metatarso 2- Arco desabado (charcot) 3- Região dorsal dos dedos e valgismo REGIAO PLANTAR MAIS VULNERÁVEL A ULCERA O que fazer? Tentar diminuir a pressão do peso do paciente, hidratar o pé, não tirar cutículas, evitar calosidades A- Dedos em garra, pele seca em calcâneo e hiperceratose, com hipotrofia dos interosseos. B- Hipotrofia de pequenos músculos • Está presente em 50 a 60% dos pacientes que desenvolvem ulceração; • Sintomas atípicos ou asuentes: 25 a 50% • Claudicação intermitente: 20% • Formais mais graves com isquemia critica: 20% -Medicamento não chega mais no local -> vira gangrena -> amputar Ex: Paciente que andava muito antes, e agora, ao andar pouco começa a doer, para e a dor desaparece, volta a andar e doi novamente: claudicação intermitente. ▪ DM2 de maior duração 9> 10 anos) ▪ Sexo masculino ▪ Mal controle glicêmico ▪ Doença renal do diabetes Palestras SOI V Paola Camargos – Med44 Pa ol a Ca m ar go s – M ed 44 ▪ Retinopatia ▪ Condição socioeconômica ▪ Indivíduo que mora sozinho ▪ Inacessibilidade ao sistema de saúde a) Teste do monofilamento b) Teste diapasão a) Medida da pressão do braquial e tornozelo – índice braquiotibial • Educação para indivíduos com DM e seus cuidadores • Assistência primária (ambulatório) • Bom sistema de identificação de pacientes de risco (perda da sensibilidade protetora e doença arterial periférica), através de exame anual • Treinamento de outros profissionaisde saúde; • Uso de sapatos adequados; • Não andar descalço • Não usar sapatos sem meias ou chinelo de sola fina. • Inspecionar diariamente os pes e o interior dos calcados -Evitar frieira • Lavar os pes diariamente e secar bem a regiao entre os dedos • Emolientes para hidratação da pele seca • Cortar as unhas dos pes retas; • Não realizar a autorremoção de calos e hipercertose • Não usar hidratantes entre os dedos • Usar meias de algodão sem costura CONSIDERAÇÕES GERAIS • A retinopatia diabética é uma complicação microvascular comum e especifica do diabetes mellitus; • Uma metanalise de 35 estudos com mais de 20 mil pacientes estimou as prevalências de RD, edema macular (EMD) e RD com risco de perda de visão respectivamente em 34,6%, 6,8% e 10% • A RD está consistentemente associada a outras complicações do diabetes, e sua gravidade está ligada a um maior risco de desenvolvimento de complicações micro e macrovasculares. É muito comum uma doença cardiovascular já estabelecida concomitante • O diagnóstico da RD aumenta a probabilidade de doença renal, AVC e doença cardiovascular; • A RD proliferativa (RDP) é forte preditora para doença arterial periférica, aumentando o risco de ulceração e amputação dos MMII • Diagnóstico e tratamento precoces melhoram o prognóstico da RD, reduzindo o risco de dano visual irreversível. • O atraso no diagnóstico e o surgimento das formas graves constituem a principal causa de perda visual evitável na população economicamente ativa Edema de macula: enxerga tudo borrado Palestras SOI V Paola Camargos – Med44 Pa ol a Ca m ar go s – M ed 44 Tempo de diabetes Má qualidade do controle glicêmico/ variabilidade glicêmica (faz pico e volta) HAS História familiar de diabetes, independente do tipo Puberdade Dislipidemia Gestação Tabagismo Melhora muito CONSIDERAÇÕES GERAIS • A doença renal do diabetes 9DRD) é a principal causa de ingresso em TRS e está associada ao aumento de morbidade e mortalidade • Tradicionalmente, a DRD era considerada uma evolução sequencial de estágios onde o inicio seria caracterizado por hiperfiltração glomerular e por hipertrofia renal, seguidas por aumento progressivo na excreção urinaria de albumina (EUA) entre 30mg/dia e 300mg/ dia (anteriormente conhecida como microalbuminúria) e por EUA maior que 300mg/dia ou macroalbuminúria. Nesta fase mais avançada, ocorre perda progressiva da taxa de filtração glomerular (TFG), culminando com a falência renal terminal • No entanto, nos últimos anos tem sido reconhecido que essa evolução nem sempre acontece, já que há pacientes que perdem filtração glomerular sem desenvolver albuminúria, fato associado a fatores múltiplos como hipertensão, dislipidemia, obesidade e idade → Paciente pode ter uma TFG boa, mas com perda de proteína grande (proteinúria). Problema da proteinúria de 24 horas: viés para coleta da urina, o paciente as vezes pode não fazer certo, atualmente faz a relação albumina/ creatinina -Outro caso, paciente com incontinência urinaria, fica difícil. • Boa parte dos diabéticos estão em G3b • Em G4, vários medicamentos já não podem mais ser administrados. Palestras SOI V Paola Camargos – Med44 Pa ol a Ca m ar go s – M ed 44 • Vermelho é o risco cardiovascular AUMENTADO do paciente Dilatação da arteríola aferente, com isso tem aumento no glomérulo (hiperfiltração), com o tempo começa a ter lesão e perder nefrons • SGLT2 – reduzir a progressão para doença renal terminal e morte Por que metformina não pode ser utilizada com TFG < 30? Porque tem uma atuação de aumentar o lactato, e começa a ficar em doses muito altas – risco em acidose lática • Análogos de GLP1 também tem beneficio no paciente com nefropatia. Contrição aferente – vasodilatação eferente (IECA X BRA + SGLT2) Palestras SOI V Paola Camargos – Med44 Pa ol a Ca m ar go s – M ed 44 Aumentando a pressão dentro da calota craniana • Volume interno fixo 1400-1700mL • PIC < 15-20 MmmHg • HIC > 20mmHg Quem produz liquor? Plexo coroide e precisa ser absorvido → Não consegue absorver liquor e nem sangue, que aumenta a pressão intracraniana Fase inicial tem uma PAM estável e uma PIC normal. Sendo PPC sem alteração Fase 2: alteração de perfusão cerebral, aumenta a PIC, aumento de lactato Fase 3: aumento do volume sanguíneo cerebral, aumenta tanto a PAM que vai quase igualar a PIC, chegando a quase PPC a 0 Fase 4: não consegue vencer mais a pressão intracraninana • Lesões de massa intracraniana • Edema cerebral – Se falta sangue, gera um aumento cerebral por falta de sangue, isquemia difusa • Aumento da produção do liquor – papiloma de plexo coroide • Diminuição da absorção/ bloqueio de LCR – aderências de granulação aracnoide após meninginte, estenose aqueduto Ex: meninigite, danificou as aderências e vai atrabaçhar a reabsorção, se calcificar como vai reabsorver, geralmente paciente com meningite tem hidrocefaleia • Hidrocefalia obstrutiva – qualquer bloqueio na via do liquor pode atrapalhar • Obstrução do fluxo venoso – trombose seio venoso, compressão veia jugular, cirurgia do pescoço OBS: O sangue venoso precisa ser reabsorvido assim como o liquor Palestras SOI V Paola Camargos – Med44 Pa ol a Ca m ar go s – M ed 44 • HIC idiopática – pseudotumor cerebral A- HEMORRAGIA SUBDURAl: entre a dura mater e subaracnoide, sangue venoso (meia lua) B- HEMORRAGIA EPIDURAL: entre o osso e a dura mater, sangue arterial (parece lente de contato, convexo) C- HEMORRAGIA INTRAPARENQUIMATOSA: geralmente do hipertenso, pequeno (mas pode ser extensa) Pode se observar que o paciente já está com HIC, porque tem desvio de linha media, de ventrículo OBS: se tem desvio de estruturas, quer dizer que não consegue drenar D- HEMORRAGIA SUBARACNOIDE A- AVC ISQUÊMICO de artéria cerebral media Tem um pouco de 2/3 dias; → Por que? Área bem definida, mais hipodenso, já faz um edema, empurra as estruturas (venticulos) B- RM axial sequencia T2, uma MASSA INTRACRANIANA na região frontal - Edema vasogenico (fica circundando a massa) Palestras SOI V Paola Camargos – Med44 Pa ol a Ca m ar go s – M ed 44 C- TC com contraste: lesão capta contraste – parece um ABCESSO Todas essas lesões intracranianas crescendo causa PIC A- RM no corte sagital em T1, uma massa no subdural entre o 3º e 4º ventrículo – onde passa o aqueduto – tem uma MASSA CÍSTICA nessa regiao. Não permite que o liquor desça ↑ PIC B- RM. Apresentando VENTRÍCULOS AUMENTADOS. Ao redor dos ventrículos são liquor extravasados Pode ser dividida em: • Cefaleia: geralmente matinal, não tem localização especifica -O paciente fica deitado o tempo todo e levanta ao amanhecer • Vomito: sem sinal de náusea antes do vomito • Paralisia de VI nervo: inerva o reto lateral, -É comumente afetado na HIC porque ele é muito longo e passa perto da calota craniana, que quando tem HIC é apertado pela calota intracraniana -Paciente vai queixar diplopia (olhar imagem duas vezes) -Na imagem a lesão está no olho esquerdo, porque o paciente está olhando para o lado, mas o olho não acompanha• Papiledema: fundo de olho - O nervo optico é muito sensível pela pressão intracraniana, o sangue venoso do nervo optico não é drenado, e como consequência a veia fica edemaciada -Enxerga no fundo de olho o nervo optico sem delimitação • Redução do estado de consciência: • Tríade de Cushing: irritação do centro de homeostase (bulbo) -Bradicardia, hipertensão, depressão respiratória Palestras SOI V Paola Camargos – Med44 Pa ol a Ca m ar go s – M ed 44 Uma massa que ocupa espaço dentro do lobo cerebral que não tem espaço e desloca lateral (herniação lateral), quando não consegue mais, desloca para baixo (herniação caudal) • A partir de 8mm de herniação lateral, paciente já altera a consciência, começa a ficar confuso, desorientado • Se chegar em 11mm de desvio, paciente geralmente está em coma. • Quando tem herniação caudal é pior, afeta o tronco encefálico A- Hernia uncal: desloca o temporal pro lado – podendo afetar o mesencéfalo, compressão do II nervo ipsilateral, infarto mesencefalico (coma) Ex: paciente apresenta pupila anisocorica B- Hernia transtentorial central: massa um pouco mais alta que comprime de cima pra baixo (sentido vertical) Tálamo > mesencéfalo Coma + pupilas médios fixas + descerebração CheyneStroker (postura pra baixo) > apneustica pontinha > apneia C- Hernia subfalcica - Giro cingulado. Hemiparesia D- Hernia tonsilar: hernia para baixo pode pegar o bulbo Palestras SOI V Paola Camargos – Med44 Pa ol a Ca m ar go s – M ed 44 • História (ex: traumatismo cranioencefálico, cefaleia, etc) • Exame (pupila dilatada e fixada unila ou bilateralmente, postura decorticada ou descerebrada, bradicardia, hipertensão e/ ou depressão respiratória -Alteração de pupila em paciente com cefaleia, vomito, pensar em PIC elevada • Escala de coma de Glasgow < igual 8 • Neuroimagem • Tratamento da causa de base / neurocirugico; • Suporte ventilatório e estabilização hemodinâmica; • Abordagens para prevenir e tratar elevação da PIC, independente da etiologia: -Cabeceira elevada 30 graus - Otimização da drenagem veneosa: manter o pescço em posição neutra - Evitar hipervolemia excessiva -Tratamento agressivo da febre - Manter PCO2 (porque vasodilata) entre 26 e 30mmHg • Dependendo da etiologia -Manitol intravenoso (em casos de edema citotóxico) -Uso de corticosteroides (em caso de edema vasogenico Palestras SOI V Paola Camargos – Med44 Pa ol a Ca m ar go s – M ed 44 1- Enxaqueca 2- Tensional 3- Trigemenino-autonomicas 4- Outras 1- Pós traumática 2- HIC 3- Disturbio vascular 4- Meningite 5- Neoplasias 6- Infecção sistemica 7- Disturbios da homeostase • 5-18% da população • O grande problema: incapacitante – 7ª causa de falta do trabalho • 15-55 anos, mulheres • Com aura (1/3): com sintomas neurológicos • Sem aura • Ocorrência de pelo menos cinco episódios de cefaleia. • Com duração de 4 a 72h não tratados e que apresentem as seguintes características: ❯ Cefaleia com pelo menos duas das seguintes (2) características: → Unilateral → Pulsátil, → Intensidade moderada a severa → Piora com atividade física diária (EX: caminhar ou subir escadas) ❯ Durante a dor de cabeça, pelo menos a presença (1) → Náusea → Vômitos → Fotofobia e fonofobia ❯ História e exame físico não sugestivos de outras doenças orgânicas que possam causar cefaleia (em resumo, sem “sinais de alarme”). • Não é melhor explicada por nenhum outro diagnóstico da ICHD-3 (e exclusão de ataque isquêmico transitório nos casos de enxaqueca com aura). Sintomas neurológicos que antecedem ou acompanham a cefaleia em si. Tem outros nomes: enxaqueca clássica, oftálmica, hemiparestetica, hemiplégica, afásica. A- Pelo menos dois ataques B- Um ou mais dos seguintes sintomas de aura totalmente reversíveis: • Visual (90%) • Sensorial • Fala e/ou linguagem (afasia) Palestras SOI V Paola Camargos – Med44 Pa ol a Ca m ar go s – M ed 44 OBS: paciente que chega com afasia no hospital, sem a presença de cefaleia no inicio, pela primeira vez, a equipe vai tratar sendo AVC, e não é errado. Até que se prove o contrario • Motor: enxaqueca hemiplégica -Geralmente tem histórico familiar -É a mesma coisa de afasia, tratado como AVC ate que se prove o contrario • Tronco cerebral C- Pelo menos três das seguintes seis características • pelo menos um sintoma de aura se espalha gradualmente ao longo de 25 minutos • dois ou mais sintomas de aura ocorrem em sucessão • cada sintoma de aura individual dura de 5 a 60 minutos • pelo menos um sintoma de aura é unilateral • pelo menos um sintoma de aura é positivo • a aura é acompanhada, ou seguida em 60 minutos, por dor de cabeça 1- PRÓDROMO (sintomas premonitórios): cerca de 60% das crises, pode surgir irritação, fadiga, dificuldade de concentração, sono agitado, avidez por doces e mal-estar, precedendo a dor em até dois dias. 2- AURA: em 20% das crises, temos a enxaqueca com aura, caracterizada pela presença de sinais e sintomas neurológicos focais, como escotomas cintilantes (zigue-zagues brilhantes em espectro de fortificação), escurecimento da visão, dormência ou parestesias (periorais, mãos e pés), que podem surgir antes, durante (mais frequente) ou logo após a cefaleia. A aura pode acompanhar a cefaleia ou precede-la em até uma hora 3- DOR: é de forte intensidade, pulsátil ou latejante, geralmente unilateral e na regiao frontotemporal, as vezes pode ser bilateral. -Duração de 4 a 72h; -Pode ser agravada pela atividade física ou mesmo pelo movimento da cabeça; -Costuma melhorar quando o paciente permanece em repouso num ambiente silencioso e pouco iluminado 4- SINTOMAS ASSOCIADOS: náuseas, vômitos, fonofobia, fotofobia, osmofobia ETC. O sintoma mais comum é a náusea (87% dos casos) 5- PÓSDROMO: fase de exaustão. Os pacientes podem ficar horas ou dias cansados e astênicos, precisando de um período de repouso para seu completo restabelecimento Palestras SOI V Paola Camargos – Med44 Pa ol a Ca m ar go s – M ed 44 • Espectro de fortificação: sintoma mais comum de enxaqueca com aura • 2 ataques graves ou 4 menos incapacitantes por mês; • Tratamento agudo é ineficaz ou contraindicado; • Cefaleia por uso excessivo de medicamentos; • Ataques altamente incapacitantes (enxaqueca hemiplégica ou com aura do tronco) • Prevalência ao longo da vida na população em geral: 30% a 78% • Alto impacto socioeconômico • Descrição → Tipicamente bilateral, qualidade com pressão, intensidade leve a moderada, durando minutos a dias → Não piora com atividade física de rotina e não está associada a náuseas, embora fotofobia ou fonofobia possam estar presente • Pelo menos 10 episódios de dor de cabeça atendendo critérios abaixo • Duração de 30min a 7 dias; • Pelo menos duas das características a seguir: ❯ Dor em pressão ou aperto (não pulsátil); ❯ Localização bilateral; ❯ Intensidade leve a moderada; ❯ Dor não é agravada por atividade física de rotina como caminhar ou subir escadas. Palestras SOI V Paola Camargos – Med44 Pa ol a Ca m ar go s – M ed 44 • Ausência de náusea e vômitos (na cefaleia tensional crônica pode haver vômitos e náusea leve); • Apenas um dos sintomas a seguir pode estar presente (não é obrigatório): fotofobia ou fonofobia;
Compartilhar