Buscar

Obstetrícia em Grandes Animais

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Obstetrícia de Grandes Animais 
Período de Gestação 
⇢ Ovinos: 145 – 150 dias 
⇢ Caprinos: 147 – 155 dias 
⇢ Bovinos: 270 – 292 dias 
⇢ Equinos: 320 – 350 dias 
O período do parto pode ser adiantado 15 
dias ou atrasado 15 dias. 
Controle da Parição 
Para um bom controle de partos deve-se 
analisar outros fetos/neonatos filhos 
daquela matriz, ferimentos provocados 
durante o parto (ideal não ocorrer), se ouve 
a eliminação da placenta e condições gerais 
da matriz. 
Após a expulsão da placenta deve observar 
se há sangue, conteúdo digestório e se ela 
está intacta. 
Parto Distócico 
É a dificuldade ou impedimento do feto em 
ser expulso do útero, podendo ter origem 
materna ou fetal. 
Quando a distocia possui origem materna 
pode ser decorrente a magreza, gordura 
(não abre a pelve – gordura impede), idade 
(muito nova ou muito velha), anomalias 
vulvares. 
⇢ Atonia Uterina: é a não contração 
uterina sendo dividida em primeira e 
segunda. 
 1°: falta de preparo para parto – disfunção 
hormonal (estrógeno, ocitocina, relaxina), 
hipocalcemia, Hipomagnesemia. 
Normalmente ocorre em animais de 
primeira cria. 
 2°: exaustão muscular – trabalho de parto 
prolongado. Normalmente ocorre em 
éguas. 
 Éguas devem realizar o parto em até 30 
minutos, após esse período o feto entra em 
agonia e hipoxia. 
⇢ Hipertonia Uterina: contrações uterinas 
excessivas. Ocorre em éguas. O tratamento 
é realizado com: sedação com xilazina, 
proteção manual do períneo, anestesia 
epidural (cuidado pois causa ataxia) e 
utilização de acepromazina (hipotensão). 
⇢ Torção Uterina: rotação do órgão 
gestante sobre seu eixo longitudinal. 
 A rotação pode ocorrer pelas seguintes 
etiologias: 
 - Disposição do ligamento largo na porção 
côncava inferior (porção convexa livre para 
girar). 
 - Assimetria entre corno gestante e não 
gestante. 
 - Flacidez da musculatura e ligamentos 
(idade e partos repetidos). 
 - Derrubamento das vacas no final da 
gestação. 
 - Rotação durante levantamento do 
animal. 
 - Choque útero pesado rúmen rotação. 
⇢ Prolapso Uterino: exteriorização do 
órgão ao avesso pelos lábios vulvares. 
 O tratamento é realizado com gelo por 10 
minutos para a diminuição do edema para 
facilitar a reintrodução do útero após isso 
realiza uma anestesia epidural para realizar 
a reintrodução do órgão e então realizar a 
sutura (ponto simples) da vulva mantendo 
apenas um espaço para urina sair. 
Quando a distocia tem origem fetal pode 
possuir causas como tamanho do feto e 
anomalias (2 cabeças, 6 membros). 
Cesariana 
É abertura do útero materno para remoção 
do feto. 
Para realizar a cesariana deve-se avaliar os 
auxiliares, manipulações anteriores, 
condição e temperamento da vaca, 
condição do feto, experiencia do cirurgião e 
valor dos animais (feto + vaca). 
A técnica necessita de um local menos 
contaminado possível, iniciar ATB 
profilática, fluido terapia com cálcio, 
tricotomia, antissepsia local e anestesia. A 
anestesia deve ser realizada na região do 
flanco no modelo de L invertido. 
 
Pode ser utilizada a anestesia epidural 
injetando de 2 a 6 mL de lidocaína 2% em 
grandes animias e 2 mL em pequenos 
ruminantes. 
⇢ Cesária em vaca pelo flanco: método 
menos estressante que exige maior 
experiencia do profissional. Realiza uma 
incisão de 30 a 40 cm na vertical abaixo 10 
cm abaixo do processo vertebral e então 
realiza a exteriorização do útero e retira o 
feto, após isso é realizado um padrão de 
sutura simples e depois cushing com fio 
categute 3 ou 4 e agulha atraumáticas. 
⇢ Cesária em vaca paramamária: 
1. tricotomia + assepsia 
2. anestesia 
 xilazina 2 %. 
 infiltração de 80 a 100 mL de lidocaína 
em cordão anestésico na região da incisão 
cirúrgica (paramamária esquerda) 
3. laparatomia com exposição e fixação do 
útero na parede abdominal com auxílio de 
pinças 
4. uterotomia/histerotomia incisão entre a 
linha media e a veia mamária 
5. fechamento do útero (uterorrafia) com 
fio absorvível (Vycril ou categute) com 
padrão de sutura shimidem e cushing 
6. fechamento da musculatura com nylon e 
padrão de suturo sultan (x) 
7. fechamento de pele com nylon e padrão 
de sutura simples continuo 
8. P.O. = Gluconato de cálcio 10% + 
ocitocina (10 - 50 UI IM) + ATB + curativo 
Vulvoplastia 
Alteração na conformação da vulva 
possuindo como fatores determinantes 
magreza, idade, lordose e número de 
partos, sendo fatores que alteram a posição 
da vulva inclinando a comissura dorsal em 
direção ao períneo e ânus. 
⇢ Pneumovagina: entrada de ar na vagina, 
tratamento cirúrgico com técnica de caslick. 
1. assepsia + cauda enfaixada e amarrada 
2. anestesia: 5 mL de lidocaína no 
subcutâneo na comissura vulvo dorsal e ao 
longo de cada margem dos lábios vulvares. 
3. é feito uma secção de 0,5 cm de largura 
na junção muco cutânea de cada lábio 
vulvar com a tesoura, então as margens 
seccionadas são aproximadas com sutura 
continua e nylon. 
⇢ Urovagina: acúmulo de urina no fundo 
da vagina. 
1. assepsia do períneo e da vulva + causa 
enfaixada e amarrada 
2. anestesia epidural com lidocaína 
3. a dobra da membrana transversa é 
suturada na parede dorsal do vestíbulo e a 
mucosa ventral da borda da membrana 
transversa é incisada de 1 a 1,5 cm dorsal 
ao orifício uretral, circundando a metade 
cranial do orifício uretral, cada lado da 
incisão é estendido caudo lateralmente e 
levemente dorsal para evitar deiscência. 
4. sutura em 03 camadas, primeiras laterais 
da porção ventral da mucosa são 
aproximadas com podrão Colchoeiro e 
Vycril, submucosa é aproximada com 
padrão simples continuo e Vycril, por 
último a porção da mucosa segue o mesmo 
padrão da porção ventral. 
⇢ Laceração de períneo: presença 
permanente de fezes na vagina. 
1. manter o animal em repouso 4-6 
semanas antes da intervenção. 
2. administrar antibióticos, AINE e soro 
antitetânico. 
3. jejum de 24 horas antes do 
procedimento. 
4. técnica de caslick.

Continue navegando