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Professor ProfetasProfetasProfetas 12 a 17 anos Revista 08 Edição 01 O MINISTÉRIO PROFÉTICO DURANTE A RECONSTRUÇÃO DE JERUSALÉM: AGEU E ZACARIAS Lições da Escola Bíblica Dominical Sumário 03 05 08 11 13 15 17 19 22 24 26 29 31OS LIVROS POÉTICOS 01Lição 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 Lição Lição Lição Lição Lição Lição Lição Lição Lição Lição Lição Lição MENSAGEM DO SENHOR PARA SAMARIA E JERUSALÉM A MENSAGEM DE ISAÍAS JEREMIAS O PROFETA DA ESPERANÇA DANIEL: GUARDANDO OS PRINCÍPIOS DIVINOS EM TEMPOS DE CRISES EZEQUIEL, O ATALAIA DE ISRAEL O ANÚNCIO DO JUÍZO DE DEUS SOBRE AS NAÇÕES O ANÚNCIO DA SALVAÇÃO OS ENSINAMENTOS DE DEUS POR MALAQUIAS ESDRAS: RESTAURAÇÃO DE ISRAEL LIDERANÇA EM TEMPOS DE CRISE O OFÍCIO PROFÉTICO DE CRISTO 02 ATIVIDADES LIÇÕES 01 A 13 34 a 52 PROFETAS Classe Adolescentes Lição 1 A MENSAGEM DO SENHOR PARA SAMARIA E JERUSALÉM ““E a uns pôs Deus na Igreja, primeiramente apóstolos, em segundo lugar, profetas, em terceiro, doutores, depois milagres...” (I Co 12.28). Texto Áureo: Os profetas falaram de Deus como alguém que a�vamente estava envolvido no mundo que Ele criou e interessado no seu povo. O amor é tema central de Oséias, pois o vale de Acor não será lembrado pelo cas�go, mas pela restauração. Amós combateu contra o pecado do povo e ficou conhecido como o livro da jus�ça de Deus, mostrando a necessidade de se incluir na adoração dois elementos importantes, a jus�ça e a re�dão. Miquéias fala de jus�ça e esperança, que resume em obediência a Deus, o soberano do Universo, e por isso Ele se apresenta como juiz e testemunha contra seu povo, Israel e Judá. Para conscien�zar o povo do seu desvio, Deus manda Oséias casar com uma pros�tuta, ter filhos com ela e colocar nomes simbólicos: Jezreel, Lo- I -OSÉIAS (Os 1.1-11; 12.1-14; 14.1-9). INTRODUÇÃO Oséias significa salvação e tem o mesmo sen�do dos nomes de Josué e Jesus. Ele profe�zou em Samaria, capital do Reino do Norte, procurou levar o povo ao arrependimento e a servir ao Senhor com pureza e san�dade. O amor do Se- nhor é o tema central de sua mensagem, apesar da vida pecaminosa do povo. Ruama e Lo-Ami (Os 1.4,5-9). Deus viria sobre a nação, pois já não era mais povo de Deus. O dia da visitação chegou e a correção veio, até privados dos filhos eles ficaram. Mas como havia promessa de restauração, o profeta foi resgatar sua esposa infiel, e o amor venceu. O amor paternal de Deus por Israel nos faz entender a misericórdia de um Deus restaurador, amor esse que elege, cuida, traz disciplina e sofrimento, porém o amor vence (Os 11.1-8). A disci- plina de Deus visa não simplesmente punir o homem, mas restaurá-lo através da confissão de pecados e do abandono das idolatrias, trazendo o verdadeiro louvor. Os caminhos do Senhor são retos e os justos andarão nele (Os 14.9). O nome Amós quer dizer “fardo”. O profeta de Tecoa, ao Sul de Jerusalém, era um camponês de Judá, boieiro (va- queiro) e cul�vador de sicômoros, porém não era da linhagem de profetas. Enfren- tou oposição do sacerdote Amazias, que era aliado polí�co do rei Jeroboão II (7.10-16). O assunto do livro é a jus�ça de Deus, descrevendo denúncias e ameaças de cas�go, e finaliza com pro- messa de restauração para Israel. II - AMÓS (Am1.1; 2.6-16; 9.7-15). LEITURA BÍBLICA: Os 1.1-2, 2.14-17; Am 1.1, 2.6-16, 9.7-15; Mq 1.1-5, 6.6-8 03 PROFETAS Lições da Escola Bíblica Dominical 04 Miquéias era de Moresete-Gate e seu nome significa “quem é como o Se- nhor?”. Fala de jus�ça e esperança e res- salta a importância da obediência. Sua estrutura coloquial é simples de enten- der, pois sua divisão está baseada numa dupla sequência de ameaças e promes- sas, assim vemos o juízo de Deus, a men- sagem de esperança e a misericórdia do Eterno. Por consequência da baixa con- dição moral e espiritual, o povo con�nu- ou a oferecer a Deus, sem refle�r, seu culto com as mãos sujas de injus�ças, tanto Israel como Judá. Fica aparente a decadência do povo nos dias de Amós. Deus lhe falou através das visões prome- tendo jus�ça, mas o julgamento não foi a palavra final de Amós, de fato ele encerra com a promessa de restauração (Mq 9.11-15). O genuíno sacri�cio para Deus é o espírito quebrantado e o coração contrito (Sl 51.17). O problema do povo a quem Miquéias dirigiu sua mensagem não era a falta de uma liturgia, mas de uma correta mo�vação para se adorar ao Senhor. Os ensinamentos do profeta Amós permanecem atuais abrangendo diversos aspectos da vida social, polí�ca e religiosa do povo de Deus. Combateu a idolatria, reprovou a violência, profe�zou o cas�go para os pecadores e falou sobre o futuro glorioso de Israel. Amós ainda profe�zou que o julgamento do Senhor ocasionaria uma seca (Am 1.2) e suas palavras foram citadas no Novo Testa- mento (cf. Am 5.25,26 com At 7.42,43; Am 9.11,12 com At 15.16-17). III - MIQUÉIAS (Mq 1.1-5; 6.6-8). Miquéias �nha que censurar as lideranças das nações por destruir o reba- nho que lhes fora confiado. A grande com- paixão de Deus por seu povo é resumida numa única pergunta: “Quem, ó Deus, é semelhante a �, que perdo-as...?” (Mq 7.18). O profeta anunciou de antemão o local do nascimento do Messias (Mq 5.2 cf. Mt 2.1,4-6) e suas palavras foram citadas pelo Senhor Jesus (Mq 7.6 cf. Mt 10.35,36). O profeta descreve de forma pitoresca a reação divina contra seu povo: O Senhor desce do seu santo templo, o céu, para jul- gar Samaria, capital de Israel e, da mesma forma, Jerusalém, capital de Judá. A obedi- ência deve ser precedida de compreensão e acatamento da mensagem divina. CONCLUSÃO Embora cometesse toda sorte de injus- �ças sociais, a geração contemporânea do profeta oferecia sacri�cios a Deus pra�- cando todos os rituais leví�cos, mas não sabia o verdadeiro significado do amor a Deus e ao próximo. O livro de Miquéias tem como assunto principal a ira divina sobre os pecados de Samaria e Judá. O es�lo de vida que agrada a Deus foi comunicado ao homem desde o início e as consequências do desvio dele também, e por isso, ao longo das gerações, Deus levanta profetas com a ordem de chamar o povo à verdade e ao concerto para ter uma vida de obediência a Deus. Tanto Oséias quanto Amós e Miquéias foram profetas com coragem e unção que trouxeram mensagens de correção, exortação e res- tauração. Esses ensinamentos são atuais, soam como doutrina aos nossos ouvidos, consolações e advertências para a san�ficação da Igreja de Cristo. PROFETAS Classe Adolescentes 05 Lição 2 A MENSAGEM DE ISAÍAS: PECADO, ARREPENDIMENTO E SALVAÇÃO “Visão de Isaías, filho de Amoz, a qual ele viu a respeito de Judá e Jerusalém, nos dias de Uzias, Jotão, Acaz e Ezequias, reis de Judá” (Is 1.1). Texto Áureo: LEITURA BÍBLICA: Isaías 53.1-12 INTRODUÇÃO Nesta l ição analisaremos a mensagem de um dos profetas mais messiânicos do Primeiro Testamento. Isaías era casado com uma profe�sa (Is 8.3) e pai de dois filhos (Is 7.3; 8.3, 18). Sua grande experiência se deu no templo (Is 6), no ano da morte do rei Uzias, quando teve uma visão e ouviu a voz de Deus: “A quem enviarei, e quem há de ir p o r n ó s ? ”, ao q u e p ro ntamente respondeu: “eis-me aqui, envia-me a mim” (Is 6.8). Essa experiência marcou profundamente a vida espiritual de Isaías, que passou a ter uma percepção mais clara da natureza de Deus e de seu próprio chamado. I - ASPECTOS SOBRE O LIVRO E SUA MENSAGEM. Colocado como o primeiro dos “Profetas Maiores” – assim designados por conta de sua extensão, comparado com os outros livros profé�cos – está Isaías, “o mensageiro evangélico”. Ele foi quem mais escreveu de maneira clara e variada, como nenhum outro profeta, sobre o advento e a obra redentora de Cristo. De acordo com o início do seu livro (1.1), Isaías profe�zou em Jerusalém durante os reinados de Uzias, Jotão, Acaz e Ezequias, reis de Judá. Seu ministérioprofé�co se deu num dos períodos mais conturbados da história dos reis de Judá e do norte de Israel. Na primeira parte de sua profecia (cap. 1 – 39), Isaías pronunciou juízo divino sobre Judá, Israel e outras nações. Em primeiro lugar, ele pregou ao seu povo e denunciou seus muitos pecados (Is 1.2-6). Com isso, Isaías fez o que, agora e em todos os tempos, os pregadores sensatos devem e precisam fazer: exortar ao arrependimento e reafirmar as pro- messas de Deus. Deus requer arrepen- dimento e fé, Dele vem a salvação. Se o povo do Senhor está sofrendo invasão e opressão por parte de seus inimigos é por causa de seus pecados (Pv 28.13). Na segunda parte (cap. 40 – 66), Isaías declarou a soberania de Deus sobre o seu povo, nações e seus governantes e que a salvação se realizaria pela vinda do Messias; trata-se de uma mensagem de consolo para aqueles que es�vessem PROFETAS Lições da Escola Bíblica Dominical 06 II - AS MISÉRIAS DO HOMEM E A MISERICÓRDIA DE DEUS (Is 61.1-3; Lc 4.14-21). Em seu livro, Isaías confirma o ensino de todas as Escrituras, que cada membro da raça humana é profunda- mente depravado e corrupto (ver Gn 6.5; 8.21). O profeta começa pelas misérias do próprio povo de Deus, descrevendo-o como moralmente contaminado e judicialmente culpado aos olhos da lei divina (Is 1.4-6). Se essa era a condição do povo de Deus, como estaria o resto do mundo? (1 Pe 4.17, 18). As misérias do homem se estendem “Desde a planta do pé até à cabeça”, ou seja, todas as partes da natureza humana, sua mente, vontade e emoções, estão corrompidas. O mundo inteiro está des�tuído da glória de Deus arrependidos de seus pecados, uma mensagem de Deus para a paz. Esse programa de salvação se daria pela escolha de seu Filho Jesus Cristo, que resgataria o seu povo por sua morte (Is 53.11). Assim como foi no passado, nas épocas di�ceis da história de Israel, o povo precisou ser lembrado da soberania de Deus sobre todas as coisas, nos céus e na terra. Como pregadores e ensinadores das Sagradas Escrituras, assim como os profetas da an�guidade, precisamos exaltar o controle divino sobre todas as nações e seus governantes, enfim, sobre todas as pessoas. O maior problema da raça humana é o pecado. Ele separa o homem de Deus (Is 59.2, 3), e o ser humano afastado de Deus está entregue a si mesmo: “Os seus pés correm para o mal” (Is 59.7), e se torna escravo de seus próprios pecados (Rm 6.16; 8.5-8, 12, 13). O pecado é uma condição do coração (Jr 17.9; Mc 7.20-23); ele tanto corrompe quanto condena o homem. Por um lado, somos moralmente corruptos, temos um coração completamente mau e infiel; por outro lado, somos judic ia lmente culpados, pois somos transgressores da lei de Deus. A única solução para o problema da miséria do homem é: “As misericór- dias do Senhor” (Lm 3.22). Misericórdia é Deus não nos dar aquilo que merecemos, a morte (Rm 6.23 b); ao contrário, outro assumiu a morte em nosso lugar (Is 53.3- 8). Essa obra é ação da graça soberana de Deus: graça, porque é bom para nós e totalmente imerecida; soberana, porque (Rm 3.23). “As misericórdias do SENHOR são a causa de nao sermos consumidos; porque as suas misericórdias não têm fim”. (Lm 3.22) PROFETAS Classe Adolescentes 07 independe da vontade e ação humana (Ef 2.8, 9; 2 Tm 1.9). Quando a Palavra de Deus é proclamada, o Senhor efetua a salvação por intermédio de seu Espírito Santo no coração do homem (Is 53.1; 55.1-3; Ap 22.17). III - JESUS, O SERVO SOFREDOR (Is 53.4- 8) Isaías nos ensinou que Jesus seria o escudo aplacador da ira do Al�ssimo pelos pecados de seu povo; Ele suportaria e atrairia para si toda a ira de Deus (Is 53.4). Jesus é o nosso Redentor, que foi esmagado e moído pelas nossas transgressões, e como resultado final de sua obra Ele jus�ficaria a muitos (53.11). A terrível morte do servo sofredor, Jesus Cristo, ocorreu segundo a perfeita vontade de Deus (53.10; Jo 3.16), a fim de adquirir a salvação para todos aqueles que haveriam de vir à vida por meio Dele. Isaías profe�zou sobre Jesus, o Messias que havia de vir, o servo escolhido antes da fundação do mundo para redimir o seu povo, pagando o preço com seu sangue (1 Pe 1.18-20). Jesus é aquele que se deu para salvação de muitos, levando sobre si os pecados deles; o justo deu a sua vida pelos injustos (Rm 5.7, 8). Foi oprimido e humilhado, mas o cas�go que nos traz a paz estava sobre Ele, “o Cordeiro de Deus, que �ra o pecado do mundo” (Jo 1.29 b). A morte de Jesus pelos filhos de Israel se estendeu às outras nações; Ele é a luz de Salvação para os eleitos de Deus entre os gen�os (Is 49.6). Esse servo sofredor é quem intercede pelo seu povo eleito junto ao Pai. Todos os salvos são testemunhas do que Jesus fez por eles, e por gra�dão e amor deveriam levar a sua mensagem até os confins da terra (At 1.8). CONCLUSÃO A mensagem do profeta Isaías é “um evangelho completo”, fala de arrependimento, perdão e salvação pelo Servo Eleito de Deus, o Seu Ungido (Is 9.6). Apesar de Isaías ter enfrentado muitos desafios em seu tempo, ele não se calou e nem reteve a mensagem de Deus, ainda que muitos não �vessem dado crédito. Deus ainda fala com o seu povo e quer usar homens e mulheres, cujos lábios tenham sido purificados com brasas vivas �radas do altar (Is 6.6), para serem suas testemunhas. “Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputamos por aflito, ferido de Deus, e oprimido”. (Isaías 53:4) PROFETAS Lições da Escola Bíblica Dominical 08 A bíblia apresenta Jeremias, o profeta da esperança, conhecido e san�ficado por Deus antes de sair do ventre de sua mãe. Regou o povo de Judá com a palavra de Deus, a respeito dos desvios espirituais, para que a nação se arrependesse e se voltasse ao seu Criador, abandonando os ídolos e toda profanação ao nome do Senhor. Suas profecias instavam o povo a respeito de uma nação do Norte que viria e destruiria a nação, matando à espada e levando ca�vos um resto de seus moradores para Babilônia. Notaremos que havia naquele tempo falsos profetas, os quais incitavam o povo com men�ras contra a mensagem que Jeremias trazia da parte de Deus. I - OS PERIGOS DO DESVIO ESPIRITUAL No livro do profeta Jeremias está registrado o período do reinado de Josias, filho de Amon, rei de Judá, desde o décimo terceiro ano de seu reinado até o período do rei Zedequias, quando Jerusalém foi destruída e levada ca�va para Babilônia pelo rei Nabucodonosor. A palavra do Senhor que veio a Jeremias, filho de Hilquías, um dos sacerdotes de Anatote, INTRODUÇÃO A questão não era simplesmente não aceitar a pregação de Jeremias, mas odiar o próprio Deus e amar o mal, se deleitando em sua promiscuidade, (Jr da terra de Benjamim (Jr 1.1-3), apontava os desvarios do povo e suas implicações e perigos decorrentes da desobediência para com Deus e Sua palavra, profe�zan- do todo o mal que sucederia à nação pelo desvio espiritual, começando pelos príncipes e sacerdotes e até ao menor do povo. O Senhor declarou que as nações não deixaram seus deuses falsos e que o povo de Deus se apartou do verdadeiro e andou após os ídolos (Jr. 2.11). A excessiva malignidade está em deixar a fonte de águas vivas, o criador e mantenedor de todo fôlego, e se entregar a algo de nenhum valor, onde toda sua confiança é vã (Jr 2.13); assim lançou em rosto a impureza de Judá e o esforço aplicado para servir a outros deuses. O desvio espiritual transtorna o homem e sua capacidade de raciocinar (Jr.10.14), pois a luz de Cristo não resplandece em sua mente para esc larec imento, admi�ndo ser comparado com algo que não presta para nada, sem nenhum proveito (Jr 13.10).Lição 3 JEREMIAS, O PROFETA DA ESPERANÇA “Naquele tempo, diz o Senhor, serei o Deus de todas as gerações de Israel, e elas serão o meu povo” (Jr 31.1). Texto Áureo: LEITURA BÍBLICA: Jeremias 1- 10 PROFETAS Classe Adolescentes 09 34.16; 36.23); à medida que o coração se torna cada vez mais duro, não é de se espantar a escalada de maldades. A falsa religiosidade e uma confiança sem entendimento (Jr. 7.4) levam a pessoa a seguir o seu coração (Jr 17.9). No estado de pecado, o homem segue ligeiro para sua destruição, fruto de sua oposição a Deus e a Seus mandamentos, recebendo a merecida recompensa (Jr 39.6) por desprezar tão grande Salvador e Sua jus�ça graciosa apresentada em Sua palavra e atos. II – A MENSAGEM PROFÉTICA DE JEREMIAS A palavra do Senhor veio a Jere- mias declarando o chamado de Deus em san�ficação, confirmando que desde an- tes de seu nascimento fora cons�tuído profeta às nações e que o próprio Deus lhe daria toda força necessária para cum- prir seu ministério (Jr 1.5). Jeremias deveria ir e falar o que Deus lhe mandas- se (Jr 1.7). O Senhor o usaria para trans- mi�r Sua vontade ao povo, declarando o estado espiritual da nação, como haviam se desviado e a consequência deste pecado, e tes�ficando sempre de Sua san�dade e fidelidade, em total con- traste à rebeldia e malícia de Judá (Jr 2.31-37; 9.13-14; 17.13). Jeremias anunciou a destruição de Judá, advinda do reino da Babilônia: o rei Nabucodonosor enviaria seus exér- citos e aniquilaria a cidade (Jr 4.6; 25.9), levando ca�vos alguns, �dos como figos A mensagem consis�a em um chamado ao arrependimento, convocan- do o povo a considerar seus feitos e se humilhar perante o Senhor, reconhecen- do Sua san�dade e deixando todo o mal (Jr 4.1; 7.3). Deus prome�a que traria de volta do ca�veiro seu povo, estabele- cendo uma aliança, levantando-lhes um rei, como também a Davi (Jr 30.7), onde Jesus Cristo é prefigurado; um con-certo ao povo, que seria liberto e salvo por Seu redentor: E ser-me-eis por povo, e eu vos serei por Deus (Jr 30.22). O amor de Deus é imenso para com a Sua igreja, sem me- dida, convertendo seus amados à Sua vontade, dando-lhes um coração que possa amar pelo poder de seu Espírito (Jr 32.39-41). bons (Jr 24.3); setenta anos de ca�veiro seria o tempo do povo de Deus em Babilônia (Jr 25.11). A visita à casa do oleiro representa bem esse juízo de Deus ao seu povo: essa figura declara a sobe- rania de Deus, que, como o oleiro, torna a fazer o vaso que havia se quebrado em sua mão, fazendo dele outro vaso, con- forme parecer bem aos seus olhos (Jr 18.4). Consoante à ordem divina, Jere- mias profe�zou que, como a bo�ja que- brada diante dos anciãos do povo, assim sucederia à cidade (Jr 19.10). Posteri- ormente, anunciou que também haveria cas�go para a Babilônia (Jr 50), bem como para várias outras nações (Jr 46). III – DESMASCARANDO OS FALSOS PROFETAS E O DOM DE DISCERNIR OS PROFETAS Lições da Escola Bíblica Dominical 10 O profeta Hananias, filho de Azur, declarou que passados dois anos os utensílios da casa do Senhor, assim como os ca�vos, retornariam a Jerusalém (Jr 28.2-4), mas Jeremias lhe disse que quando um profeta pregasse paz e se cumprisse a palavra, então o Senhor confirmaria a quem enviou (Jr 28). O profeta Hananias quebrou o julgo que estava sobre Jeremias, dizendo que assim faria Deus, mas veio a palavra do Senhor a Jeremias, o qual lhe disse, perante todos, que Deus não o enviou e que enganava o povo com men�ras (Jr 28 10-15). O ESPÍRITOS O Senhor protestou contra os pastores que estavam à frente do povo, pois estavam destruindo e dispersando as ovelhas com sua liderança contrária à Sua lei, com enganos e men�ras, fazendo a nação tropeçar (Jr 23.1-2), com desdém para com seu criador, e não executando o seu chamado, que é sempre conduzir o povo ao arrependimento, com coração contrito (1 Cr 7.14). Porque todos se entregaram à avareza, tanto o profeta como o sacerdote, por interesses escu- sos: aceitavam suborno e favoreciam aqueles que lhes eram afeiçoados; não falavam a verdade e iludiam o povo, que já era inclinado para o mal; traziam respostas que o Senhor não mandou e man�nham a nação em trevas, dizendo: Paz, paz; quando não há paz (Jr 6.14; 8.11). discernimento espiritual é mais que necessário em nossos dias; temos a palavra de Deus que nos esclarece por seu Espírito. Havia falsos profetas entre os ca�vos em Babilônia, os quais profe�- zaram falsamente em nome do Senhor, porque a ordem é que aumentassem suas famílias, plantassem e comessem do fruto e para orarem para que houvesse paz na cidade, porque o tempo de ca�veiro era setenta anos, contudo como nos dias de hoje, a sempre aqueles que se opõem a vontade de Deus e pregam e anunciam coisas segundo o propósito de seus corações, é de suma importância que estejamos atento a verdade de Deus, ainda que não entendamos os caminhos, contudo pela fé em Jesus Cristo e guiados por sua palavra, nossa mente esteja iluminada e os olhos atentos para todos os laço de satanás, ancorados na vontade daquele que é fiel para cumprir suas promessas.(2 Tm 1.12). Nesta lição pudemos vislumbrar a graça de Deus para com o seu povo, levantando o profeta Jeremias para anunciar a Sua verdade, estabelecendo Sua jus�ça santa e sustentando, por amor a Davi, a sua descendência neste pro- pósito sem igual, que é a redenção de seus filhos em Jesus Cristo, nosso Senhor e Salvador. CONCLUSÃO PROFETAS Lições da Escola Bíblica Dominical Lição 4 DANIEL: GUARDANDO OS PRINCÍPIOS DIVINOS EM TEMPOS DE CRISES “Falou Daniel e disse: Seja bendito o nome de Deus para todo o sempre, porque dEle é a sabedoria e a força” (Dn 2.20). Texto Áureo: LEITURA BÍBLICA: I RS 16.29-34; 22.29-40 I – CARACTERÍSTICAS E PROPÓSITOS DO LIVRO Hoje estudaremos o livro do profeta Daniel, no qual estão registradas tanto as visões recebidas da parte do Senhor como também episód ios maravilhosos ocorridos durante sua estadia de longos anos em Babilônia. São instruções e esclarecimentos sobre os modos de Deus agir com os homens que O te m e m e co m a q u e l e s q u e O desprezam e insultam, até serem alcançados pela Sua mão poderosa e impactados pela realidade e poder do Seu reino que é sobre tudo e todos. INTRODUÇÃO Daniel é conhecido como um dos “profetas do ca�veiro”, pois viveu durante esse que foi um dos períodos mais sombrios da história de Israel. O propósito do livro, além da exortação à fidelidade, é o de revelar a soberania e o domínio absoluto de Deus sobre todas as coisas. O tempo passa e com ele passam as gerações, os homens e os povos, e o seu poder é dado a outros; mas Deus permanece o mesmo e o seu reino é eterno e incontestável. Deus quer que Seu povo reconheça essa realidade, mesmo quando se encontra sob o jugo da �rania e impiedade, pois, passada a poeira a que os reinos deste mundo serão reduzidos, o reino dos céus permanecerá eternamente. E aqueles que se opõem e não entendem isso podem ser levados a reconhecer e se dobrar diante do Rei O obje�vo das profecias também é mais amplo, alcançando muitas gerações futuras, desvendando o propósito de Deus para com o Seu povo e o mundo até a consumação dos tempos (por isso são muito estudadas no âmbito escatológico). E, se considerarmos que as narra�vas têm o propósito de corrigir o erro e exortar ao reto caminho, assim como as narra�vas dos livros históricos, vemos que aqui Deus se volta do povo em geral para cada indivíduo em par�cular, incitando-o a imitar o exemplo de fidelidade de seu amado servo Daniel. O próprio Senhor Jesus se refere aos escritos do “profeta Daniel” (Mt 24.15), mas podemos acrescentar que há diferenças notáveis entre o teor da profecia deste e dos demais profetas. Daniel nãoé chamado “oficialmente” para exercer o ministério profé�co, dirigindo-se a Israel e Judá por meio de profecias exorta�vas e corre�vas em nome do Senhor; sua comunicação com Deus é mais pessoal, par�cular, no nível de “visões” ou “sonhos” de coisas que certamente acontecerão. II - UM PROFETA DE DEUS NA CORTE DE NABUCODONOSOR O livro inicia relatando que o rei Nabucodonosor, obedecendo à vontade de Deus, levou ca�vo alguns nobres da linhagem real de Israel para viver na Babilônia. Dentre os ca�vos estavam Daniel e seus amigos Ananias, Misael e eterno com grande quebrantamento (Dn 2.21; 4.34-37; 6.26; 7.27). 11 PROFETAS Classe Adolescentes Azarias, que devido aos seus atributos pessoais foram escolhidos para viver no palácio do rei. III - O VALOR DA INTEGRIDADE Daniel se destacou pelo seu caráter excelente, sua san�dade, humildade, piedade e dedicação ao próximo. Certamente não lhe faltou na infância a instrução no temor de Deus, pois ainda jovem se mostrou desapegado de prazeres terrenos, quando privado deles em razão do ca�veiro, e incorrup�vel, A ordem do rei Nabucodonosor era que esses jovens fossem instruídos nas prá�cas e no costume dos caldeus, cujo obje�vo era que eles abandonassem e se esquecessem de tudo aqui lo que aprenderam em Jerusalém, re�rando tudo que os impediriam de serem iguais aos caldeus. Por isso, seus nomes, que celebravam o poder e a majestade de Deus, foram trocados por outros que citavam os ídolos babilônicos. Entretanto, Daniel �nha um propósito em seu coração de não se contaminar com os manjares do rei, e de confiar no socorro e providência de Deus. Essa a�tude de Daniel mostra que ele não abriu mão do que �nha de mais precioso e que nem a privação dos bens deste mundo lhe havia �rado – sua integridade para com Deus. Entretanto, Daniel �nha um propó- sito em seu coração de não se contaminar com os manjares do rei, e de confiar no socorro e providência de Deus. Essa a�tude de Daniel mostra que ele não abriu mão do que �nha de mais precioso e que nem a privação dos bens deste mundo lhe havia �rado – sua integridade para com Deus. O Senhor se agradou da a�tude desses quatro jovens e lhes concedeu “conhecimento, inteligência e sabedoria”, porém a Daniel acrescentou “enten- dimento dos sonhos e visões” (Dn 1.17). quando se lhe oferece nova oportuni- dade de desfrutá-los na corte do rei caldeu (Dn 1.5, 8). Vemos que, apesar das prova- ções e dos presentes de que é rapida- mente cercado, Daniel não confia em si mesmo, mas rende a Deus toda a glória de suas capacidades e sucessos (Dn 2.26- 28). Observamos sua determinação em recorrer ao Senhor em oração, súplicas e jejuns, tanto em momentos cruciais como no seu costume co�diano, consci- ente de que Deus não os havia abando- nado naquela terra estranha (Dn 2.17-18; 6.10; 9.1-3; 10.1-3). E, por úl�mo, mas não menos importante, iden�ficamos sua consideração por seus irmãos em afli- ção, tanto ao buscar o bem dos que esta- vam ao seu alcance como ao se afligir pelo sofrimento do seu povo em geral (Dn 2.49; 9.19). A integridade do nosso coração para com Deus é a coisa mais preciosa que temos; é o bom tesouro que deve- mos guardar a todo custo, mesmo quan- do envolve coisas que, em outras circuns- tâncias, poderíamos apreciar ou desejar. Todas essas coisas um dia poderão faltar, mas nossa integridade é para aqu'Ele que jamais faltará, e é através dela que alcan- çamos de Deus a paz e a segurança de que precisamos para chegarmos até ao fim da nossa peregrinação neste mundo. O livro de Daniel nos traz muitos ensinamentos, mas a lição principal é: antes temer a Deus que aos homens, ainda que isso custe a própria vida. Contudo, na prá�ca, muitos por bem menos abrem mão do que é devido a Deus para agradar aos homens , esperando que somente serão provados nesse mandamento quando o temor a Deus custar a sua própria vida. CONCLUSÃO 12 PROFETAS Classe Adolescentes 13 INTRODUÇÃO Na aula anterior vimos o tra- balhar de Deus na vida de Daniel, as difi- culdades, as vitórias e, por fim, o anúncio escatológico ao fiel servo do Senhor. Hoje, veremos a atuação do Al�ssimo através da vida de Ezequiel. Contem- porâneo de Daniel e também ca�vo, veremos a mão do Senhor e o desenrolar de seus propósitos através da vida do profeta. Ezequiel profe�zava aos ca�vos na Babilônia e Jeremias, ainda em Jeru- salém, aos remanescentes do povo de Judá, mas ambos com a mensagem em sintonia – juízo de Deus sobre Israel. I – O JUÍZO DE DEUS PELA INFIDELIDADE DO HOMEM Tema bastante abordado por Ezequiel, o juízo de Deus é certo e não há quem possa escapar, seja fiel ou infiel, crente ou descrente, faça obras às escon- didas ou às claras (Is 43.13). Faz-se neces- sária atenção especial ao princípio con�- do no texto sagrado que, além de nada estar escondido aos olhos de Deus e que todas as coisas trará o Senhor a juízo (Ec. 11.9, 12.14), temos a sentença que “a alma que pecar essa morrerá” (Ez 18.4,20). Através dessa sentença pode- mos eliminar várias doutrinas e filosofias, como pecado original, ba�smo infan�l e a crença que o amor de Deus pelo ser humano é tão grande que não trará con- denação nem juízo. Tais ensinamentos não encontram guarida nas Escrituras, pois por nos amar Ele entregou seu Filho na cruz por todos, mas obterá essa graça todo aquele que crer (Jo 3.16-18), indicando aí juízo aos que não creem; de mesma forma, deve ser refutado o ensino do pecado original, pois o que passa do homem para sua descendência é a fragilidade da carne e não o pecado como dito nessa doutrina (Rm 5.12). Temos no livro em tela, como também em Jeremias, a sentença de ca�veiro pelo desvio de Deus e por não Lição 5 EZEQUIEL, O ATALAIA DE ISRAEL “Dize-lhes: Vivo eu, diz o Senhor Jeová, que não tenho prazer na morte do ímpio, mas em que o ímpio se converta do seu caminho e viva; convertei-vos, convertei- vos dos vossos maus caminhos; por que razão morrereis, ó casa de Israel?” (Ez 33.11). Texto Áureo: LEITURA BÍBLICA: Ezequiel 37.1-14 PROFETAS “Ainda antes que houvesse dia, eu sou; e ninguém há que possa fazer escapar das minhas mãos; agindo eu, quem o impedirá?” Isaías 43:13 Lições da Escola Bíblica Dominical 14 II – DEUS SE VOLTA PARA SEU POVO Além do juízo ao seu povo, Deus também executaria sua jus�ça às nações em redor que se alegraram na lamentável situação de Judá e buscaram vingança contra Israel, mas que em breve também teriam um encontro no tribunal de Deus. Esse fato deixa-nos um alerta, para que tenhamos cuidado de estarmos na posi- ção estabelecida por Deus sem nos ale- grar na queda de alguém, mas antes, com temor, clamar misericórdia e saber que se estamos de pé é porque o Senhor tem nos sustentado (1 Co 10.12; 1 Sm 7.12). darem ouvidos aos profetas enviados com os alertas das tristes consequências que viriam (Jr 7.13-14; Sl 81.10-14). Tal ca�veiro, determinado por Deus, teria a duração de 70 anos (Jr 25.12). Mesmo com uma parcela já em ca�veiro e outra em Jerusalém, falsos profetas atuavam contrariando a mensagem do juízo divino e anunciando uma aparente paz, entretan- to essa palavra vinha do coração de falsos profetas e não de Deus (Ez 13.2-6, 10). Tal como ocorreu com as palavras de Isaías e dos demais profetas, que anunciaram o juízo de Deus pela desobe- diência do povo e as promessas para aqueles que se arrependessem, Deus altera o tom da mensagem à Israel, trazendo palavras de restauração do povo e a promessa de retorno da obra de edificação de Israel como testemunho para todas as demais nações no mundo. Nesse sen�do, a mensagem se volta para os líderes do rebanho, os pas- tores, que, ao invés de cuidar das “ovel- has de Deus”, estavam apascentando a si mesmos e, por isso, as ovelhas estavam desgarradas e nessa situação deplorável (Ez 34.3-6). Apesar da omissão da liderança,o próprio Senhor se apresenta como o bom-pastor, que busca as ovelhas e as traz novamente ao seu redil, a fim de oferecer proteção e bons pastos, pois Jesus Cristo é o Sumo Pastor (Ez 34.11,14- 15,24 cf. Jo 10.11,14; 1 Pe 5.4). CONCLUSÃO A mensagem do profeta Ezequiel inicia com palavras de juízo de Deus sobre Israel, entretanto, o arrependimento do povo leva-os ao perdão e salvação de Deus com promessas de bênçãos eternas em Cristo Jesus. Por fim, mais uma vez, o Senhor mostra a sua graça e misericórdia para com o seu povo. O profeta Ezequiel tem a visão de um vale de ossos secos, que sim- boliza a “casa de Israel”. O Senhor ordena que Ezequiel profe�ze sobre aqueles ossos e, quando profe�zou, o espírito entrou neles e viveram como um grande exército (Ez 37.10,11). Essa situação demonstra o poder de Deus sobre os céus e a terra, tanto para fazer Israel voltar do ca�veiro quanto, espiritualmente e no futuro, para ressuscitar o verdadeiro Isra- el no Dia do Senhor e levá-los para a terra prome�da, os céus (Ez 37.13,24-28). PROFETAS Classe Adolescentes 15 Lição 6 O ANÚNCIO DO JUÍZO DE DEUS SOBRE AS NAÇÕES “Dize-lhes: Vivo eu, diz o Senhor Jeová, que não tenho prazer na morte do ímpio, mas em que o ímpio se converta do seu caminho e viva; convertei-vos, convertei-vos dos vossos maus caminhos; por que razão morrereis, ó casa de Israel?” (Ez 33.11). Texto Áureo: LEITURA BÍBLICA: Ezequiel 37.1-14 INTRODUÇÃO Nesta aula, estudaremos a mensagem de Deus anunciada pelos profetas Joel, Obadias e Naum. De modo geral, estas palavras são mensagens de advertência de Deus para Israel, que não o reconhece como Senhor, e também contras as nações pagãs que se vanglo- riam pelos seus grandes feitos e suas posições de destaque e não reconhecem a soberania do Deus Todo Poderoso. O nome Joel significa “Jeová é Deus”. A mensagem do profeta Joel é o anúncio da proximidade do “Dia do Senhor”, isto é, o dia do juízo de Deus. Esse seria um momento terrível, dia de trevas, tristezas e destruição da humani- dade pelo Al�ssimo (Lc 18.8). Essa ocasião é apresentada na figura de uma grande calamidade que sobreviria sobre a face da terra, executada pelo exército do Todo Poderoso (a lagarta, o gafanhoto, a locusta, o fogo, entre outros), causando uma grande destruição das plantações, impedindo a sobrevivência e afetando a fonte de alegria e prazer dos homens, que é simbolizada pela falta do vinho. Essa catástrofe interromperia o serviço e a adoração na Casa de Deus e provocaria tristeza aos sacerdotes e ao Israel de I - JOEL: O DIA DO SENHOR VEM! I I - OBADIAS: O PORTA-VOZ DO Deus. As razões do juízo de Deus sobre a face da terra são as injus�ças, desprezo e apostasia do Seu povo, pois abando- naram o Deus verdadeiro pela adoração aos falsos deuses e por prazeres desta vida (Jr 2.13). Depois de tratar com Israel, o referido juízo se estenderia às nações inimigas que desprezaram o Criador e também perseguiram a igreja, o Israel de Deus. Entretanto, apesar desta situação caó�ca e do eminente juízo, o Al�ssimo aconselha o povo a buscá-lo, suplicar a Sua misericórdia e converter-se dos seus maus caminhos, confiando na Sua misericórdia, compaixão, longanimidade e beneficência, pois, provavelmente, o Senhor se arrependeria de toda essa maldade e salvaria aqueles que cressem (Is 55.6). O arrependimento do povo resultaria em promessas abundantes da parte de Deus, pois a tristeza se transfor- maria em alegria e a maldição em toda sorte de bênçãos para os filhos de Deus (Tg 4.8-10). A maior de todas as bênçãos é a salvação daquele que invocar o nome do Senhor, a promessa do derramar do Espírito Santo sobre toda carne, aqueles a quem o Senhor chamar. Assim, o trigo estaria em condições de ser recolhido para o celeiro de Deus. PROFETAS Lições da Escola Bíblica Dominical 16 III – NAUM: A JUSTIÇA DE DEUS VISTA NA HISTÓRIA HUMANA O profeta Naum foi contem- porâneo dos profetas Habacuque e Sofonias. Naum significa “consolo”. Sua mensagem, em es�lo poé�co, tem como des�natário a Assíria, cuja capital era a cidade de Nínive. A sentença de Deus sobre essa nação era por causa da sua Por fim, Obadias profe�za o socorro proveniente do Monte Sião e a plenitude de bênçãos de Deus sobre o seu povo com o estabelecimento do reino dos céus. O cas�go sobre Israel �nha a finalidade de arrependimento da nação e, posteriormente, a restauração do povo com a posse efe�va da terra prome�da, os novos céus e a nova terra, onde habita a jus�ça e a paz (2 Pe 3.13). JULGAMENTO O livro de Obadias trata do juízo de Deus sobre a nação de Edom. Edom é o nome que foi dado a Esaú, irmão de Jacó, o filho primogênito de Isaque. Obadias significa “servo de Jeová”. Edom, apesar de ser pequeno entre as nações, se orgulhava de sua localização estratégica e se apoiava na sua força bélica e na sua riqueza. Contudo, o juízo de Deus o alcançaria por causa das alianças que, ao longo dos anos, Edom fez com as demais nações inimigas contra o seu irmão Jacó, o povo de Israel (Ob 10; Pv 27.17). Enquanto Deus cas�gava os filhos de Judá, Edom se alegrava da situação caó�ca que seus irmãos estavam enfrentando, bem como, ao invés de estender as suas mãos para ajudá-los, se aliava aos inimigos para batalhar contra o exército de Israel (Ob 13; Mt 7.1-2). extrema crueldade, men�ras, violência e soberba, bem como por atribuir as vitórias sobre as demais nações ao seu próprio poderio e aos seus ídolos, e não como instrumentos do juízo de Deus. A mensagem de Naum alerta que a paciência de Deus para com o pecador tem um limite, embora o juízo de Deus sobre os ímpios pareça tardio. O Senhor não tem prazer na morte do ímpio, mas a Sua vonta- de é que todas as pessoas sejam salvas e cheguem ao pleno conhecimento da verdade, entretanto, nem sempre os ho- mens desejam a salvação de Deus (Rm 9.22; 1 Tm 2.4; Ez 33.11). Desse modo, ninguém pode se apresentar a Deus quando Ele se levanta em juízo contra alguém confiando nas suas próprias obras, força e riquezas, pois Deus não tem o culpado por inocente. Então, ai daqueles que estão debaixo da ira de Deus (Dt 4.24). Contudo, no dia da angús�a, Deus é a segurança para aqueles que nele confiam (Na 1.7). Naum mostra que o próprio Senhor, o Todo-Poderoso, se levantaria contra a cidade de Nínive, despiria a sua ves�menta e todos veriam a sua nudez e desgraça, por causa de todas as injus�ças que esse povo executou entre as nações. A destruição chamaria a atenção de muitos, que ficariam horrorizados pela terrível situação da cidade de Nínive. CONCLUSÃO A lição de hoje foi um alerta para a igreja sobre a proximidade do “Dia do Se- nhor”. Estudamos que o juízo de Deus co- meça pela sua casa e depois alcança todos aqueles que viveram impiamente. O arre- pendimento é o único caminho para desfru- tarmos de toda sorte de bênçãos de Deus e somente Ele é a rocha da nossa salvação. PROFETAS Classe Adolescentes 17 Lição 7 ANÚNCIO DA SALVAÇÃO “Todavia, eu me alegrarei no Senhor, exultarei no Deus da minha salvação” (Hc 3.18). Texto Áureo: LEITURA BÍBLICA: Habacuque 3.1-19 INTRODUÇÃO Vamos estudar a história dos profetas usados por Deus para trazer não apenas correção ao seu povo, pois seu estado espiritual era lamentável, mas conversão e salvação, as quais são os propósitos do Senhor, mesmo que para isso fosse preciso entregá-los ao inimigo e até ao ca�veiro. O Senhor lhes revela também a condição de outras nações, estas pagãs, maldosas, violentas e inimigas do povo de Deus, e que as cas�garia, destruindo-as por completo e �rando o orgulho delas. Embora Deus anuncie o cas�go e a des- truição a essas nações, Ele também mostra a oportunidade para o arrependimento. O juízo de Deus seria tão terrível que cas�garia os que executariam a invasão Não sabemos muito a respeito do profeta Habacuque, exceto pelas infor- mações descritas nopróprio texto do livro homônimo: recebeu a revelação do Senhor e viu a situação em que Judá ficou ao se apostatar das palavras de Deus. Embora o profeta tenha se indignado e perguntado desta situação ao Senhor, a resposta, devido ao seu rigor, o deixou temeroso: Judá seria destruída e seu povo ca�vo na Babilônia. I - O JUSTO VIVERÁ PELA FÉ (Hc 1.1-7; 2.1- 4,7,8; 3.3,6,10,17,18) Habacuque, após o anúncio, vai orar ao Al�ssimo. Suas palavras são como uma poesia, enaltecendo ao Senhor criador de todas as coisas, o qual controla tudo pelo seu poder, a natureza está sob seu domínio; diz que os maus certamente serão destruídos e que o justo viverá pela fé, já apontando para o escape e a salvação que vem do Senhor; e conclui dizendo que, ainda que faltasse o alimento, se alegraria naquele que o salva, Deus (Sl 34.4-6). II- SOFONIAS: A JUSTIÇA E A BONDADE DE DEUS (Sf 1.1-4; 2. 5,9;3. 2-4) e, muitas delas, ao Senhor ao mesmo tempo. Então, vem o anúncio do fim de tudo em Judá, dia de aflição e angús�a: como uma inundação seriam levados ao ca�veiro. O pecado do povo foi a causa da destruição. em Judá, os caldeus, por ser uma nação má e cruel com seus inimigos e também por se orgulharem no seu deus, atribuindo todos os seus feitos a ídolos que nada podem fazer. O Senhor, então, anuncia a destruição dos babilônicos e para isso manda Habacuque fazer um �po de outdoor para todos lerem essa revelação em Judá. Podemos perceber pelas palavras do Senhor ao profeta Sofonias a situação gravíssima em que se encontrava Judá: A solução seria buscar ao Senhor para serem livres da sua ira; humilhando- PROFETAS Classe Adolescentes Mas o alvo de Deus é sem dúvidas o seu povo, Judá. Jerusalém, sua cidade, deveria ser exemplo para as nações, mas se tornou uma vergonha pela sua rebeldia; seus sacerdotes, príncipes e profetas, jun- tamente com o povo, se corromperam e, assim, Deus não se deixaria ser represen- tado por eles, pois é santo. O propósito de Deus não era destruir seu povo, mas corrigi-lo para sua salvação (Hb 12.5-7). se, poderiam escapar da grande tragédia que viria. O Senhor anuncia sua ira contra outras nações pelas suas maldades, como amonitas, moabitas, assírios e e�opes, os quais, assim como Judá, sofreriam o cas�go de Deus. Deus dá a ordem novamente a Jonas, que agora segue na direção certa e prega que, dentro de quarenta dias, aquela cidade seria destruída. Para sua surpresa, todos ali se arrependem, crendo na palavra de Deus e jejuando ao Senhor, que os livra da destruição. O arrependimento de Nínive III- JONAS: O PROFETA FUJÃO (Jn 1.2- 4,15,17; 2.10; 3.10; 4.2,10,11) Fugir da presença do Senhor não é uma tarefa possível, mas foi justamente isso que tentou fazer o profeta Jonas ao receber uma ordem de Deus: a dura missão de pregar contra a cidade de Nínive, capital da Assíria. Essa cidade era habitada por um povo cruel e inimigo do povo de Deus. Jonas, então, segue em outra direção e toma um navio para Társis, mas Deus man- da uma enorme tempestade e o profeta acaba no ventre de um grande peixe, sendo vomitado dali depois de três dias. desagrada profundamente Jonas, o qual diz que fugiu para Társis porque sabia que Deus os converteria e pouparia, não os destruindo, e pede, finalmente, ao Senhor a sua própria morte. O Senhor o repreende e Jonas sai da cidade para ver o que aconteceria a ela; Deus faz nascer uma aboboreira para que oferecesse sombra ao profeta, porém, no outro dia a planta morre. Jonas se entristece novamente pela morte da aboboreira, então o Senhor lhe diz: você teve dó da planta que morreu e não terei eu compaixão dos habitantes de Nínive? (Lc 15.25-32). CONCLUSÃO Portanto, o estudo das vidas dos reis Jeú até Jeoás demonstra que as escolhas em servir a Deus produzem bên- ção, porém essa escolha precisa ser feita de todo coração, alma e força (Dt 6.5). Se assim for, colherá bênçãos incontáveis e a vida eterna nos céus (Mc 10.30). 18 PROFETAS 5. E já vos esquecestes da exortação que argumenta convosco como filhos: Filho meu, não desprezes a correção do Senhor e não desmaies quando, por ele, fores repreendido; Hebreus 12:5-7 6. porque o Senhor corrige o que ama e açoita a qualquer que recebe por filho. 7. Se suportais a correção, Deus vos trata como filhos; porque, que filho há a quem o pai não corrija? Lições da Escola Bíblica Dominical INTRODUÇÃO Malaquias foi um profeta que atuou cerca de 100 anos após o retorno do povo do ca�veiro, aproximadamente 400 anos antes de Cristo. Naquela ocasião os homens já haviam se distanciado de Deus, deturpado Seus princípios e menosprezado a lei . Aprenderemos no úl�mo livro do An�go Testamento, marcado por muitas perguntas e respostas, como Deus adver�u esse povo. Veremos a posição do Rei dos reis quanto ao desprezo e às más condutas realizadas por eles, assim como a aplicação do juízo sobre o puro e o impuro. A mensagem de Deus através de Malaquias era que o povo despertou a ira do Senhor por trazer ao altar ofertas que não �nham valor algum. Ofereciam de qualquer forma, trazendo animais que não seriam aceitos nem como presente por um homem importante, quanto mais I – DESPREZO SEGUNDO O OLHAR DE DEUS (Ml 1.6-14; 2.1-9) Esses atos foram considerados, por Deus, desprezo à sua causa. Desprezo significa não dar importância, deixar de lado. Entendamos que “desprezar” para Deus não é só deixar de fazer a sua obra, mas também realizá-la de qualquer jeito, mesmo tendo condições de fazer melhor. Aqueles homens traziam as ofertas e holocaustos, porém de forma errada. Quando ofertavam mediocridade ao Senhor estavam insinuando que as coisas santas eram insignificantes, que havia uso melhor para os cordeiros e animais de “primeira linha” e para o seu tempo e que o mediano bastava. por Deus. Os sacerdotes, por sua vez, eram culpados tanto por consen�rem com essa a�tude, já que não viam problema na oferta de coisas ruins (1.8), quanto por não ensinarem ao povo a verdade. Além disso, consideravam cansa�vo o trabalho do altar (1.12-13). H o j e t o d o s n ó s s o m o s sacerdotes, oferecemos a nós mesmos em oferta a Deus todos os dias (Rm 12.1). Perceba que Deus amaldiçoa quem tem um bom gado e oferece coisa vil (1.14), Lição 08 OS ENSINAMENTOS DE DEUS POR MALAQUIAS “Desde os dias de vossos pais vos desviastes dos meus estatutos, e não os guardastes: tornai-vos para mim e eu tornarei para vós, diz o Senhor dos Exércitos [...]” (Ml 3.7). Texto Áureo: LEITURA BÍBLICA: Malaquias 1.6-14 19 PROFETAS Lições da Escola Bíblica Dominical 20 O dízimo nada mais é que a décima parte do sustento do homem. No tempo da lei eram animais e a colheita (Lv 27.30-32), mas hoje a grande maioria recebe o sustento através do salário, por isso dá-se 10% desse como oferta de dízimo. Mas para que serve? Deus diz através de Malaquias que o seu uso é para se ter man�mento na casa do Senhor. Em Números vemos o tal como salário dos levitas (no caso de hoje os pastores e obreiros que vivem da obra) e, em Deuteronômio, como ajuda aos Mais uma vez Deus chama atenção do povo para suas obras, nessa ocasião com relação aos dízimos e ofertas alçadas. O Senhor os acusa de O roubarem quando não traziam as ofertas e os dízimos. Mas será que Jeová, que é dono de tudo, precisa de nosso dinheiro? Vamos entender um pouco mais para que serve e o que realmente simboliza o dízimo. II – DÍZIMOS (Ml 3.7-12) ou seja, se �vermos bons dons (e todo dom de Deus é bom) e não os usarmos com todo nosso coração na obra, o Senhor não se agradará de nós, mas se nos esforçamos Ele nos abençoará (Rm 12.11; Ap 3.15-16; Dt 10.12-13). Sejamos como Davi, que não ofereceu ao Senhor algo que não lhe custava nada (2 Sm 24.24). Enfim, o profeta anuncia dois juízos que viriam sobre a humanidade. No capítulo 3.1-6 vemos amenção do anjo do Senhor que viria, Jesus. Ele veio tanto para purificar quanto para julgar o povo, pois quem Nele crer será salvo, mas quem não crer não será condenado, a palavra diz que esse já está condenado (Jo 3.17-19). O filho de Deus veio para necessitados (Ml 3.10a; Nm 18.21; Dt 14.28-29). Logo, o dízimo tem uma função social de ajudar os que vivem do evangelho e a manutenção da igreja, além de ajudar os que precisam de alimento. III – JUÍZO TARDIO? (Ml 3.1-6; 4.1-6) Mas por que Deus diz que estão roubando a Ele e não aos levitas, já que os dízimos eram des�nados a eles? O ato de dar a Deus essa oferta simboliza uma gra�dão por ter nos dado o sustento, pois tudo pertence a Ele e é o Senhor quem nos dá força para conquistarmos tudo que temos (Sl 24.1; Dt 8.18). Assim roubamos a glória e a gra�dão que é de Deus quando não trazemos os dízimos e ofertas, pois não reconhecemos a bondade do Senhor. Mas lembre-se: Deus busca gra�dão e não sacri�cios; dê com alegria, não apenas o dízimo do dinheiro, mas do tempo em estudo e consagração e de sua força em obras, todos os dias. PROFETAS Classe Adolescentes 21 trazer esperança para aquele que estava condenado; veio como um advogado, intercedendo por todos aqueles que “apelarem” à sua ajuda, removendo as suas culpas e os salvando para uma nova vida (1 Jo 2.1-2; Rm8.1,33-34). É perigoso para nós, que temos uma visão limitada das coisas, cairmos na tentação de pensar que aqueles que não servem a Deus são prósperos e que o Senhor não se importa com isso, ou mesmo que não vale à pena servir a Deus, já que os ímpios fazem tantas maldades e ainda tem saúde e dinheiro. O povo naquela época pensava assim (2.17; 3.14- 15). Veja que, se o juízo de Deus aparenta ser tardio, é por conta da sua misericórdia e longanimidade, pois Ele quer que todos se salvem (Na1.3;Lm 3.22-23; Ez 33.11, 2 Pe 3.15). Entretanto, naquele dia, verão a diferença entre os que servem a Deus e os que não servem: os maus não escaparão da sentença; e os justos receberão No entanto, no capítulo 4.1-6, vemos o segundo juízo, o ato seguinte. Nesse teremos a conclusão de tudo, a segunda vinda de Jesus, que ainda não aconteceu. Nessa oportunidade, os que não creram no Senhor receberão o cas�go. Perceba que, como vimos, a condenação já está sobre eles, mas no juízo final não haverá mais apelação, não haverá mais defesa. Jesus agora voltará como o juiz, não mais como advogado. CONCLUSÃO galardão, estarão com Cristo para sempre (3.17; 4.2). Nessa aula aprendemos sobre o livro do profeta Malaquias. Estudamos como o desprezo pela obra do Senhor pode muitas vezes passar despercebido se acharmos que o importante é fazer, não importando o jeito. Vimos também o real significado do dízimo e o seu uso, aprendendo que devemos ser gratos a Deus por tudo que nos tem dado. Estudamos ainda sobre o juízo de Deus: vimos que mesmo que muitos O tem por tardio, um dia o Senhor aplicará a sua jus�ça e para alguns será como o amanhecer, mas para outros como o fogo que destrói e não deixa ves�gios. Finalizemos com esse pensamento: não desprezemos a obra de Deus, antes nos esforcemos e em tudo demos graça, pois haverá um dia em que receberemos a coroa de glória e estaremos com Cristo para sempre. “17. Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele. 18. Quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus. 19. E a condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más”. João 3:17-19 PROFETAS Lições da Escola Bíblica Dominical 22 PROFETAS ESDRAS: RESTAURAÇÃO DE ISRAEL Lição 9 “Este Esdras subiu de Babilônia; e era escriba hábil na Lei de Moisés, dada pelo SENHOR, Deus de Israel; e, segundo a mão do Senhor, seu Deus, que estava sobre ele, o rei lhe deu tudo quanto lhe pedira” (Ed 7.6). Texto Áureo: LEITURA BÍBLICA: Esdras 7.1-28 I – RESTAURAÇÃO RELIGIOSA (Ed 1-3) Nesta lição, estudaremos o livro de Esdras. O livro apresenta a saída dos israelitas do ca�veiro após 70 anos na Babilônia, as oposições para a recons- trução da nação de Israel e os ensina- mentos da prá�ca cristã com o sacerdote Esdras. Boa aula! INTRODUÇÃO O livro de Esdras narra o retorno do povo de Deus a Jerusalém após 70 anos de servidão na Babilônia. Foi escrito apro- ximadamente 450 anos a.C. e sua autoria é imprecisa. O livro é histórico, porém, temos nele o cumprimento de diversas profecias preditas por Jeremias, Isaías, Oséias, Miquéias entre outros. O nome que o in�tula, Esdras, é apresenta-do a par�r do capítulo 7. Esdras não foi profeta, ele era um escriba e sacerdote, descen- dente de Arão, apto a cumprir e ensinar em Israel os mandamentos de Deus. No primeiro ano de Ciro, guiado por Deus, o rei decretou a libertação do povo de Israel do ca�veiro ins�tuído por Nabucodonosor, bem como a reconstru- ção da nação de Israel e do templo do Senhor em Jerusalém. O decreto previa também a res�tuição de todos os bens roubados pela Babilônia. Na ocasião, saíram cerca de 50 mil israelitas e estabeleceram-se nas cidades. No 7º mês, Zorobabel, governador em Judá, iniciou a restauração do altar do templo e, ao Assim a restauração religiosa se concre�zou com o retorno da prá�ca de culto, sacri�cios, liberdade de adoração, celebração das festas e a fé do povo de Deus, ora esquecida na Babilônia. Essa foi a primeira conquista religiosa dos judeus após a saída do ca�veiro, o reavivamento com seu Senhor. A palavra de Deus é fiel, verdadeira e sempre se cumpre, ela não muda, tampouco há variação, pois Deus é soberano e está no controle de todas as situações. A obra de restauração da nação de Israel e a reconstrução da casa do Senhor estavam em curso. Os adversários de maneira astuta se propuseram a ajudar, mas Zorobabel e as chefias, enten- dendo que a ordem de Deus na recons- trução era expressa aos israelitas, nega- ram a ajuda de estranhos e de povos profanos. Com isso os opositores enfure- ceram-se e enviaram cartas de repúdio e informações caluniosas aos reis contra o povo judeu, a fim de prejudicarem a reconstrução do templo. Até que, com o rei Artaxerxes, conseguiram a paralisação da obra, que perdurou até o 2º ano do reinado de Dario. término, toda a glória de Deus preencheu o local. Na época, o sumo sacerdote era Josué, filho de Jozadaque. II – OPOSITORES À RECONSTRUÇÃO DO TEMPLO (Ed 4-6) Nesse período de adversidade, Deus levantou dois profetas, Ageu e Classe Adolescentes 23 PROFETAS Zacarias, para proclamarem ao povo que a restauração em Israel não poderia parar, deveria con�nuar. Então, com essa instrução profé�ca, voltaram às a�vida- des, mas outra vez os adversários os ques�onaram, dizendo: por qual ordem retornaram à reconstrução? Todavia a ordem do rei não era para cessar? E prontamente responderam: somos ser- vos de Deus, ex-escravos na Babilônia e dignos de reconstruir a casa de Deus em Jerusalém segundo o decreto do rei Ciro. Por fim, enviaram carta ao rei Dario rela- tando essa autorização ob�da, e assim o monarca pode confirmar a veracidade dos fatos e autorizar a con�nuação das obras sem interrupções. A reconstrução teve fim ao 6º ano do reinado de Dario. III– RESTAURAÇÃO ESPIRITUAL (Ed 7-10) O sacerdote Esdras soube da vida errante daqueles que voltaram do A obra de Deus é santa e não permissiva a profanos e impuros de coração, razão da recusa de Zorobabel em receber a ajuda dos opositores. O Al�ssimo não se agrada de sacri�cios de tolo, tampouco de estranhos. O Deus de Israel sempre atua em meio a momentos turbulentos e, em toda a história do seu povo, sempre se manifestou, nunca atrasou e jamais se misturou. Passado um período de tempo desdea saída do primeiro grupo da Babilônia (es�ma-se entre 60 a 80 anos depois), Deus convocou Esdras para uma missão em Israel: ensinar ao povo as verdadeiras prá�cas da lei de Moisés. Esdras subiu a Jerusalém com o segundo grupo liberto do ca�veiro. Na ocasião, o então rei da Pérsia o apoiava incondicio- nalmente e, inclusive, estava em posse do decreto do rei dando-lhe autoridade para a condução do povo, para eventuais problemas ao longo do caminho, e permanência em Jerusalém. ca�veiro, o povo que Deus escolhera para ser a “nação santa, povo escolhido, povo de Deus”. Os judeus haviam contraído casamento com mulheres estrangeiras, fora da parentela, o que, segundo os mandamentos da Lei do Senhor, era proibido e desagradava a Deus. Desse modo, o sacerdote, atônito e inconfor- mado pela transgressão e ingra�dão do povo, prostrou-se e humilhou-se diante de Deus, suplicando misericórdia. Logo após, exortou o povo sobre os seus horrendos pecados e os aconselhou a deixarem as prá�cas imundas e a se voltarem integralmente a obedecer a Lei. Por fim, a congregação fez conforme Esdras os instruíra. Nos dias de hoje não é diferente, pois Deus não mudou e tampouco sua Lei. Portanto, contrair matrimônio fora da parentela desagrada a Deus. As a�tudes de Esdras na intercessão a Deus, a fim de alcançar misericórdias pelas transgressões do povo, e instrução acer- ca dos mandamentos sagrados integral- mente, mesmo que eles doam, foram louváveis. Essas a�tudes de exortação e intercessão devem ser compromisso de todo cristão, principal-mente dos pais, professores e pastores. Portanto, atente- se e endireite suas veredas. CONCLUSÃO Em Zorobabel e Esdras, depois em Neemias, cumpriram-se as profecias. Nessa nova fase de peregrinação do povo de Deus iniciou a restauração de Israel. Porém, mesmo com as benevolências de reis, as adversidades ao povo de Deus sobrevieram, mas em todas as situações o Senhor deu o livramento. Contudo, lembre-se sempre: Deus vela pela sua pa- lavra; Deus é soberano e jamais perderá o controle; Deus é santo e exige san�dade; e Deus não permite relacionamento com o estranho ou profano. Lições da Escola Bíblica Dominical 24 Nesta lição, aprenderemos como Deus levantou os profetas Ageu e Zacarias para incen�var e exortar o povo a retornar à reconstrução do templo em Jerusalém com promessa de grande bênção para a nação de Israel. I – AGEU, O PROFETA DA RECONS- TRUÇÃO INTRODUÇÃO As dificuldades pelas quais pas- savam naquele momento fizeram com que a obra de reconstrução da Casa de Deus em Jerusalém fosse interrompida e, ao invés do povo reivindicar o direito que os autorizava a reconstruir, dedicavam-se ao cuidado de seus interes-ses pessoais e desculpavam-se dizendo que ainda não era o tempo certo para reerguer o templo. Essas a�tudes , a lém de desagradar a Deus, revelavam ingra�dão, inversão de prioridades e o desprezo do Ageu foi um profeta pós-exílio babilônico e seu ministério foi ú�l tanto para repreensão como para encora- jamento do povo de Deus no período de reconstrução do templo. O profeta Zacarias inicia seu mi- nistério pouco depois de Ageu, seu companheiro. Sua primeira mensagem divina foi convocar o povo ao arre- pendimento, a deixar seus maus povo para com a obra divina (Ag 1.1-7). Deus, por amor, enviou o profeta Ageu com uma mensagem de repreensão e encorajamento, a fim de levá-los ao arrependimento (Ag 1.8-11) e à obedi- ência à sua vontade. Felizmente, o povo se arre- pendeu e obedeceu à voz de Deus, priorizando, então, a reconstrução do templo. As palavras de Deus pelo profeta animaram e encorajaram os israelitas a não desis�rem, pois o trabalho realizado por eles seria recompensado com bên- çãos, não somente naquele momento, mas também num futuro glorioso: “A glória desta úl�ma casa será maior do que a da primeira, diz o Senhor dos Exércitos; e, neste lugar, darei a paz, diz o Senhor dos Exércitos” (Ag 1.12- 2.9). I I – M E N S A G E M P R O F É T I C A D E ZACARIAS Lição 10 O MINISTÉRIO PROFÉTICO DURANTE A RECONSTRUÇÃO DE JERUSALÉM: AGEU E ZACARIAS “Toda a Escritura é inspirada por Deus e ú�l para o ensino, para a repreensão, para a correção e para a instrução na jus�ça, para que o homem de Deus seja apto e plenamente preparado para toda boa obra” (2Tm 3.16,17). Texto Áureo: LEITURA BÍBLICA: AGEU 1.2,6,9 e ZACARIAS 1.3; 2.8B; 8.3,22 PROFETAS Classe Adolescentes 25 caminhos e a voltar-se para Deus. O povo é exortado a não imitar os exemplos de seus pais, os quais, ouvindo a palavra de Deus, não se arrependeram e permaneceram em seus pecados, sofrendo assim as consequências da desobediência (Zc 1.2,4-6). Zacarias teve várias visões e profecias com o propósito de encorajar, trazer ânimo e esperança ao povo judeu no trabalho de reconstrução do templo. Deus ainda prometeu ao povo sua presença, consolação, perdão, prosperidade e proteção, além de bênçãos para aquele momento e para o futuro, preanunciando a vinda de Jesus, o Messias, com seu reino glorioso, a esperança de salvação a todos os povos que o recebessem (Zc 9-14). III - A NECESSIDADE DA VOZ PROFÉTICA EM NOSSOS DIAS As mensagens dos profetas ainda falam nos dias de hoje e precisamos atentar para cada uma delas. Necessi- tamos entender a vontade de Deus; assim como an�gamente, Ele con�nua a nos alertar para que não nos desviemos Em lições anteriores, estudamos a importância do ministério profé�co, mensagens vindas diretamente de Deus com o propósito de alertar sobre os desvios que o povo estava cometendo, chamá-los à obediência, trazer encora- jamento, consolação e uma direção em meio às dificuldades da vida. do caminho proposto pelas Escrituras. Devemos atender ao chamado, denun- ciar todo e qualquer �po de pecado e engano, não concordar com os falsos profetas e maus pregadores e não deixar de agir para o bem daqueles que são opri- midos por essa sociedade injusta e desigual. Que o perdão, a ajuda e o amor ao próximo sejam os fundamentos de nossas ações, e que as mensagens dos profetas possam ecoar em nossa geração por meio de nossas palavras e a�tudes. CONCLUSÃO Em nossos dias, diante de tanta corrup- ção e pecado, percebemos que as pessoas se afastam cada vez mais de Deus, embora algumas igrejas estejam bem cheias. Precisamos pregar o evan- gelho que salva, regenera e transforma, bem como v iver os ens inos das Escrituras, para que o povo se arrependa de seus pecados, conheça e entenda a vontade de Deus. A lição que acabamos de estudar nos faz olhar para o passado do povo de Israel e aprender com seus exemplos, além de nos ajudar a avaliar como está nosso comprome�mento com Deus e Suas orientações. Que possamos meditar nas palavras do Senhor Jesus: “Se vós permanecerdes na minha palavra, verda- deiramente, sereis meus discípulos; e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” (Jo 8.31,32). PROFETAS Lições da Escola Bíblica Dominical 26 PROFETAS Lição 11 LIDERANÇA EM TEMPOS DE CRISE “E enviei-lhes mensageiros a dizer: Estou fazendo uma grande obra, de modo que não poderei descer; por que cessaria esta obra, enquanto eu a deixasse e fosse ter convosco? E da mesma maneira enviaram a mim quatro vezes; e da mesma maneira lhes respondi” (Ne 6.3-4). Texto Áureo: LEITURA BÍBLICA: Neemias 1.1-11 I - U M C O R A Ç Ã O S E N S Í V E L À NECESSIDADE DA OBRA DE DEUS Nesta lição, estudaremos de forma concisa o livro, a vida e a obra reali- zada pelas mãos de Neemias, trazendo uma visão panorâmica e desta-cando os principais acontecimentos narrados no livro que recebe o seu nome. Um homem de efusivo amor ao seu povo e ao nosso Deus e de inarredável firmeza de caráter e propósitos, que de forma impoluta liderou seu povo na árdua tarefa da reconstrução dos muros de Jerusalém. Finalmente, veremoscomo Neemias congregou seu povo ao Deus Todo Poderoso, levando-o a trilhar pelo sublime e reconciliável caminho do arre- pendimento, e trazendo, em cumpri- mento à palavra do Al�ssimo, as bênçãos prome�das à lâmpada de Israel. Neemias era um israelita que servia à corte real de Artaxerxes, rei da Pérsia, na condição de copeiro, ocasião em que os expatriados judeus, estando ca�vos na Babilônia, foram autorizados a INTRODUÇÃO retornarem à sua terra para recons- truírem a cidade de Jerusalém. Esse retorno foi realizado em etapas, sendo a úl�ma delas sob a liderança de Neemias, cujo propósito precípuo era a recons- trução dos muros da cidade santa. A leitura bíblica nos traz de forma irrefutável e indelével o sublime sen�- mento no coração de Neemias, isso se infere da contundente expressão (v.4) que revela mais do que um lamento, mas um agir no mundo espiritual pelo jejum e oração. Esse amor ainda toma contornos extraordinários, extrapolando a razão comum, fazendo com que o copeiro do rei arriscasse a sua própria vida diante de seu soberano. E nesse transbordar, alcan- ça-se fulgor quando, à semelhança de Jesus, renuncia sua condição de destaque e conforto ao se dirigir à uma terra arrasada, cujos habitantes encontravam- se em grande miséria, os muros fendidos e as portas queimadas a fogo. Neemias é um exemplo mara- vilhoso do amor que deve habitar em nossos corações, um sen�mento expres- so pelas lágrimas, e, sobretudo, pelo jejum, oração, renúncia e trabalho em Classe Adolescentes 27 PROFETAS favor do povo de Deus (Mc 10.42-45; Rm 12.10). As escrituras nos convidam a um coração terno e compadecido (Rm 12.15; 1 Pe 3.8; 2 Co 1.3-4), expressões resolutas e firmes em cumprimento aos maiores mandamentos (Lv 19.18; Mt 22.36-40). Tais sen�mentos e ações encontram ápice no Filho de Deus, que deixou o esplendor de sua glória, tomou forma de homem, habitou entre nós e não somente arriscou a sua vida, mas a deu por amor e em resgate das nossas almas (Jo 1.1 e 14; 15.12-13; Fl 2.5-8). II -AS DIFICULDADES NA RECONS- TRUÇÃO DOS MUROS DE JERUSALÉM A obra para qual foi chamado Neemias era impossível de ser realizada aos olhos humanos, haja vista a ausência de recursos. Mas Deus, em sua infinita misericórdia, abriu o coração do rei da Pérsia para providenciar o necessário. As dificuldades ainda se estendiam com a presença dos inimigos que habitavam dentro e fora dos muros de Jerusalém, adversários que zombavam, men�am, subornavam e conspiravam incansa- velmente contra o projeto de Deus. Nessa perseguição hos�l, a graça de Deus sobre a vida de Neemias se torna notória ao liderar seus irmãos com a adoção de estratégias terrenas e espi- rituais para realização da obra. Neemias animou o seu povo, abriu múl�plas e simultâneas frentes de trabalho, colocou sen�nelas diuturnamente para proteção, organizou os afazeres conjuntamente com a guarda, estabeleceu a estratégia Neemias nos ensina que a obra de Deus é cercada de dificuldades e que, em Deus, somos mais que vencedores. Isso porque é Ele quem abre as portas, aplaina os caminhos e peleja por nós (Ex 14.14; Dt 3.22; Ne 4.20; Is 43.13). Contudo, para que a vitória seja uma realidade na nossa vida, é necessário atender ao chamado com esforço, ânimo, fé e nunca olhar para trás, pois o nosso triunfo está para além das densas nuvens e das tempestades (Js 1.6; 1 Rs 2.1-2; Hb 10.38-39) Terminada a reconstrução dos muros, Neemias passa à nobre e mais excelente tarefa de conduzir o povo, em san�dade, a Deus. Isso se inicia pela busca dos registros genealógicos, culminando na exclusão do o�cio sacerdotal de famílias que não possuíam descendência para o exercício desse ministério. O processo iniciado pela busca nas gerações é agora levado a III – ARREPENDIMENTO, UMA VEREDA RUMO AO AVIVAMENTO d e “d efe s a d e co r p o ”, i s to é , o ajuntamento uníssono do povo nos lugares alvos de ataques pelo toque da buzina. Salienta-se que os maiores atr ibutos de Neemias foram sua fidelidade, comunhão com Deus e sua firmeza, claramente vista quando mesmo após ser alvo de ardis palavras para o fazer tropeçar e de consecu�vas inves�das dos seus inimigos, essas restaram infru�feras para demovê-lo de seus obje�vos. Lições da Escola Bíblica Dominical 28 PROFETAS efeito com a leitura e ensino do livro da Lei, trazendo ao povo lamento, choro e confissão de seus pecados e iniquidades. Neste contexto rumo à san�dade, Neemias faz cessar a exploração dos pobres pela prá�ca da usura e determina a res�tuição de suas posses, celebra a festa dos Tabernáculos, purifica a Casa de Deus, restabelece os dízimos e o quinhão dos levitas, nomeia responsáveis idôneos para a administração dos tesouros, resgata o mandamento sabá�co e repreende os judeus pelos casamentos com mulheres estranhas. Maior que a restauração dos muros foi a espiritual, um regresso a Deus pelas veredas do arrependimento e da observância das sagradas letras. As escrituras devem ser o fundamento que norteia a nossa vida, pois é por elas que andamos e somos conduzidos à perfeita e agradável vontade de Deus (Sl 119.105; Jo 15.3; 17.17). A palavra nos liberta e é enfá�ca ao nos ensinar desde os tenros dias para que sábia e prudentemente sejamos conduzidos (Jo 8.32; Pv 22.6; Js 1.7). Mas se algo nos desviar desse trajeto, é importante saber que o caminho que nos levará novamente aos Nesta lição pudemos meditar acerca do amor, da providência divina e d a s a n � d a d e , q u e d e v e s e r u m estandarte em nossas vidas. Vimos também que as escrituras são nosso guia e por elas devemos andar, pois se assim procedermos o Al�ssimo será nosso ajudador nos momentos de dificuldades e eles não serão capazes de nos fazer submergir. Finalmente, aprendemos que quando nos desviamos, o arrepen- dimento é o primeiro passo no caminho de volta, um caminho dado por Deus aos homens, Jesus Cristo, nosso Senhor (Jo 14.6). CONCLUSÃO braços do Pai chama-se arrependimento (At 3.19; Lc 5.31-32; 1 Jo 1.9). Lâmpada para os meus pés é tua palavra e luz, para o meu caminho. Salmos 119:105 João 17:17 ao Pai, senão por mim. vos tenho falado. João 14:6 Vós já estais limpos pela palavra que Santifica-os na tua verdade; a tua e a verdade, e a vida. Ninguém vem Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, palavra é a verdade. João 15:3 Lições da Escola Bíblica Dominical 29 Lição 12 O OFÍCIO PROFÉTICO DE CRISTO “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o governo estará sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai Eterno e Príncipe da Paz” (Is 9.6). Texto Áureo: LEITURA BÍBLICA: ISAÍAS 53.1-12 INTRODUÇÃO Nesta lição iremos estudar o o�cio de Cristo aqui na Terra, como Jesus é superior a um profeta e porque o Senhor é o desejado das nações. I - PROFETA SEMELHANTE A MOISÉS Na palavra de Deus encontramos diversos exemplos de �pologias de Cristo, que são reveladas em a�tudes de pessoas, situações e até em rituais, que nos ensinam e apontam para a vinda do Salvador. A vida de Moisés apresenta muitos exemplos, desde o início, visto que tanto Jesus como Moisés escaparam ainda bebês da morte: Jesus, das mãos de Herodes, fugindo para o Egito; e Moisés, das mãos de Faraó, sendo colocado em um cesto no rio Nilo. Em Dt 18.15, Moisés ouve Deus falando que haveria dentre o povo um profeta semelhante a ele; passados cerca mil e duzentos anos, o próprio Jesus tes�fica sobre essa palavra em Jo 5.46,47. Jesus realizou prodígios e maravilhas no meio do povo; Moisés também foi usado por Deus para realizar prodígios e maravilhas no meio de Israel no deserto, tendo seu ministério confirmado por II - MUITO MAIS QUE UM PROFETA Em todo o An�go Testamento notamos que grandes homens de Deus Deus. Através das escrituras apren- demos que Jesus deixou o seu trono de glória para estar como homem neste mundo de pecado e depravação,supor- tando todo �po de afronta para resgatar o caído e libertá-lo de todo o mal e pecado, a fim de conduzir os salvos a Canaã celes�al. Moisés, por sua vez, rejeitou um trono de glória e poder terreno para estar com seus irmãos hebreus; Deus o usou para libertar o povo da escravidão no Egito e conduzi-lo até a Canaã terrena, prome�da a Abraão, cumprindo o seu chamado de libertador de Israel. C o m o p o d e m o s n o t a r n o primeiro tópico, exis�ram algumas semelhanças entre Jesus e Moisés. Entretanto, Moisés era humano e falho, o que o tornava propício a pecar e fazer o que desagrada a Deus. Jesus, por sua vez, permaneceu fiel até o fim, suportando todo �po de afronta e humilhação, sem nunca pensar em retornar ou desis�r de sua missão. PROFETAS Classe Adolescentes30 fo ra m u s a d o s p e l o S e n h o r p a ra proclamar sobre Aquele que haveria de vir, trazendo a salvação para todo povo judeu. Alguns dos profetas, como Miquéias, Isaías, Zacarias, entre outros, anunciaram a vinda do Rei dos reis, assim como Davi no Sl 22 teve a inspiração divida e revelou a vinda do Messias. Aprendemos que os profetas falavam ao povo aquilo que Deus lhes ordenava, seja para repreensão, correção ou também uma palavra de bênção para aquele tempo presente ou para o futuro, como foram as profecias sobre Cristo. Profecia esta aguardada pelo povo, que nutria uma esperança de que o Messias libertaria Israel das mãos de seus inimigos e guiaria todos para um Reino de paz e prosperidade. Jesus, porém, é muito mais que um profeta. Ele é a própria profecia de Deus para os homens, o Prome�do. Jesus não é mais apenas uma figura, como foi no An�go Testamento, Ele está entre o seu povo, Cristo veio para os seus, é o Verbo que se fez carne e habitou entre nós, o remidor de Israel. III - O DESEJADO DAS NAÇÕES Mas estando Jesus já encarnado no meio deles, o Senhor se revelou o contrário do que todos pensavam, sendo um homem manso e humilde, que se preocupava com o mais indigno dos homens, que se assentava com pecado- res e perdoava-lhes os pecados, pois Ele veio para os doentes. O esperado Quando Jesus exclamou “está consumado”, o véu se rasgou de alto a baixo e todos os nossos pecados, toda nossa vergonha, tudo aquilo que sepa- rava o homem do seu Criador foi cravado na cruz. A obra redentora do Senhor é tão magnífica e maravilhosa que se estende de geração em geração, alcançando toda tribo, língua e nação. Hoje, por causa de s e u a m o r p a ra c o n o s c o , s o m o s enxertados em Cristo e temos a viva esperança de um dia morarmos com Ele para todo o sempre. Messias não veio para guerrear com espada e lanças, mas veio apresentar um Reino de paz, no qual Ele é o Rei e reina com poder e glória. CONCLUSÃO Na lição de hoje conhecemos as semelhanças entre Jesus e Moisés, como ambos os ministérios estavam interli- gados e como o Senhor Jesus é mais que um profeta, o desejado das Nações. PROFETAS João 5:46,47 47. Mas, se não credes nos seus escritos, como crereis nas minhas palavras? 46. Porque, se vós crêsseis em Moisés, creríeis em mim; porque de mim escreveu ele. Classe Adolescentes 31 Lição 13 OS LIVROS POÉTICOS “Como purificará o jovem o seu caminho? Observando-o conforme a tua palavra” (Sl 119.9). Texto Áureo: LEITURA BÍBLICA: SALMO 119.9-16 INTRODUÇÃO I - JÓ: A FRAGILIDADE HUMANA E A SOBERANIA DE DEUS O livro de Jó é considerado por muitos o mais an�go das Escrituras, embora não haja menção no livro sobre quem foi seu autor ou que data foi escrito, alguns historiadores atribuem sua autoria à Moisés e afirmam que Jó foi Vimos durante todo o nosso trimestre sobre os Livros Profé�cos, e hoje estudaremos os Livros Poé�cos da Bíblia. Diferentemente da poesia brasilei- ra, que possui métrica e rima, na poesia hebraica prevalece o paralelismo, que é a repe�ção de um pensamento com pala- vras dis�ntas, podendo expressar ideias similares (paralelismo sinônimo – Salmo 19.1), ideias opostas (paralelismo an�- té�co – Salmo 1.6) ou ainda o paralelismo sinté�co, que amplia a ideia da primeira sentença (Salmo 19.7-9). O estudo dos livros poé�cos é muito importante, pois além de serem inspi-rados por Deus, possuem orientações prá�cas e apresen- tam respostas às indagações do homem a respeito da nossa fé e diversos aspectos da vida co�diana. contemporâneo dos patriarcas. A narra�va começa contando sobre seu caráter: homem íntegro e reto, que temia a Deus e se desviava do mal (Jó 1.1), que intercedia por seus filhos e fazia sacri- �cios a Deus por eles, mesmo sem saber se estavam pecando ou não (v. 5). Logo no início do livro surge um personagem, Satanás, que pede permis- são a Deus para tocar em Jó e o Senhor lhe permite. Diversas situações ocorre- ram para que Jó abandonasse sua fé: seus amigos o desprezaram (19.14), seus filhos foram mortos, todo seu gado foi perdido (1.16), sua saúde ficou alta- mente debilitada (2.7) e sua esposa o per- suadiu a negar o Al�ssimo (2.9). Porém, Jó se manteve fiel a Deus e aceitou Sua vontade (2.10). Enquanto Jó orava pelos seus amigos, Deus mudou seu ca�veiro, transformou sua história e lhe res�tuiu tudo o que dantes possuía (42.12). Alguns aprendizados que pode- mos �rar dessa história são: nada nesta vida acontece sem a permissão de Deus, o diabo só toca se Deus permi�r (1.12); devemos aceitar a vontade de Deus sem ques�onar, Deus é soberano, nós suas criaturas não podemos ques�onar a maneira de agir do dono do universo PROFETAS Lições da Escola Bíblica Dominical 32 (38.4); por fim, por mais que não vejamos solução para os nossos problemas, se permanecermos fiéis a Deus e man�ve- rmos uma vida de oração, o Senhor transforma a nossa história de tristeza em alegria (2 Cr. 7.14). Em 2 Cr 1.7-12 vemos Deus aparecendo em sonho a Salomão e lhe perguntando o que desejava, a resposta do rei não foi ouro ou prata, mas sabe- doria. Os livros de Provérbios e Eclesias- I I I - PROVÉRBIOS E ECLESIASTES: SABEDORIA PARA UMA VIDA PRÓSPERA II - SALMOS, O HINÁRIO OFICIAL DO POVO DE ISRAEL Mais importante do que decorar os Salmos é colocar em prá�ca, meditar na lei do Senhor de dia e de noite (1.2), crer nas palavras ali reveladas e nas profecias messiânicas e adorar a Deus com hinos e cân�cos espirituais, com gra�dão em seu coração (Cl 3.16). Os salmos são um conjunto de orações, súplicas, adorações e agradeci- mentos em forma de cân�cos, escritos em sua maioria pelo rei Davi, mas tam- bém por Salomão, Asafe, pelos filhos de Corá e até mesmo por Moisés (Sl 90). Todo cristão lembra-se de pelo menos um Salmo como o 91, que trata do cuidado de Deus com seu povo, o 23 que fala da providência divina através do nosso sumo pastor ou o Salmo 1° que mostra a diferença entre aquele que serve e o que não serve a Deus. tes são de sua autoria, uma pequena amostra da imensa sabedoria que Deus lhe proporcionou quando o tornou o mais sábio de todos os homens (1 Rs 4.31, 2 Cr 9.22). Alguns conselhos prá�cos que vemos nos escritos de Salomão são: aproveitar a juventude sabendo que va- mos ter que prestar contas de tudo a Deus (Ec 11.9); não fazer jus�ça com as próprias mãos, mas esperar em Deus (Pv 20.22); mais vale ter pouco com Deus do que ter riquezas sem Deus (Pv 15.16); se quiser ser sábio ande com os sábios (Pv 13.20); Deus não se agrada de quem é preguiçoso (Pv 6.6-11); não aceitar ser fiador de ninguém (Pv 22.26-27); e por fim, entre outros conselhos preciosíssi- mos, não se prenda ao passado (Ec 7.10). Ch egamo s ao fi n a l d e u m trimestre de aprendizado, cremos que Deus falou profundamente ao coração de cada um dos adolescentes. Não devemos ficar só nas palavras desta revista, mas ler e meditar, diariamente, nas escrituras. Os livros poé�cos, em especial os Salmos, Provérbios e Eclesiastes são uma fonte transbordante de conhecimento para nossas vidas. Embora escrita há
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