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ASSISTÊNCIA NUTRICIONAL NA OBESIDADE E DOENÇAS CARDIOVASCULARES PROFESSORA DANIELLA MAZZAFERRO UNIDADE 4 - ATENDIMENTO NUTRICIONAL NA ÁREA AMBULATORIAL E CLÍNICA AULA 1 - ATENDIMENTO NUTRICIONAL NA OBESIDADE REEDUCAÇÃO ALIMENTAR • É a base da responsabilidade do paciente, de sua iniciativa • OBJETIVO: • Não fazer com que o pacientes se sinta sob pressão e controle; • Estimular continuamente sua mudança de hábitos • Entender a importância de comer bem • Ampliar os conceitos e modificar alguns costumes • NÃO É FÁCIL, NEM A CURTO PRAZO, PORÉM, POSSÍVEL ! EDUCAÇÃO NUTRICIONAL • Mudanças devem ser pequenas e gradativas • Estimular novas atitudes • Flexibilidade: é possível (em alguns momentos) consumir algo que fuja do plano alimentar sem culpa, desde que isso seja consciente e se enquadre no processo. • Apreciar mais os alimentos e as preparações. (Prazer de comer) EDUCAÇÃO NUTRICIONAL • Mudança alimentar sustentável • SEM MARTÍRIO a fim de que seja efetivo e duradouro • Recomendações em sintonia com o corpo, e a necessidade de calorias e nutrientes devem ser respeitadas. • A autonomia sobre as escolhas deve ser trabalhada. METAS • Diretrizes brasileiras de obesidade (ABESO, 2016: • um plano alimentar deve ser elaborado individualmente • OBJETIVO: • redução de peso de 0,5 kg a 1 kg por semana • METAS REALISTAS ALIMENTOS FUNCIONAIS E OBESIDADE • DEFINIÇÃO: • São alimentos naturais ou processados que contenham compostos biológicos ativos, conhecidos ou não, que em quantidades definidas por meio de estudos científicos proporcionam um benefício à saúde na prevenção ou no tratamento de doenças crônicas (MARTIROSYAN, 2015). ALIMENTOS FUNCIONAIS E OBESIDADE • Os alimentos funcionais são consumidos como parte da dieta • Fornecem os nutrientes essenciais básicos • Apresentam efeitos fisiológicos e metabólicos • Auxiliam na prevenção de doenças. OBESIDADE E INFLAMAÇÃO • Como sabemos, o indivíduo obeso é um indivíduo inflamado. • Alguns componentes alimentares auxiliam na prevenção da inflamação induzida pela obesidade: • Antocianinas (frutas) • Capsaicina (pimenta) • 6-gingerol (gengibre) • Resveratrol (vinho tinto) • Ácidos graxos poliinsaturados (óleo de peixe). ALIMENTOS FUNCIONAIS • Antocianinas • Flavonoide encontrado em frutas e vegetais vermelhos • Atividade anti-inflamatória no tecido adiposo de obesos • Melhoraram a sensibilidade à insulina ALIMENTOS FUNCIONAIS • Capsaicina • É o ingrediente picante da pimenta • Induz apenas propriedades metabólicas da termogêneses e oxidação de gordura • Tem propriedades anti-inflamatórias. • Inibe a expressão e secreção de interleucina 6 (IL-6) e MCP-1; e também aumenta a expressão do gene de adiponectina. • Também demonstra melhora da resistência à insulina. ALIMENTOS FUNCIONAIS • 6-Gingerol e 6-Shogaol • Componentes derivados do gengibre • Ambos são Iinibidores de TNF-α e supressores de adiponectina nos adipócitos. ALIMENTOS FUNCIONAIS • Resveratrol • É um polifenol (estilbeno) • Sua síntese ocorre em resposta a ambientes estressantes, como as infecções microbianas. • Efeito cardioprotetor: • Estimula a vasodilatação e enzimas antioxidantes • Inibe as vias pró-inflamatórias. • Onde encontram –se: cascas de uvas Vitis vinífera, Vitis rotundifolia e Vitis labrusca. O resveratrol tem mostrado um potencial ALIMENTOS FUNCIONAIS • ÁCIDOS GRAXOS POLIINSATURADOS (Ω-3 (PUFAS), EPA E DHA • Apresentam fatores anti-inflamatórios. • Para que tenham boa função fisiológica, precisam de cofatores. • Ácido fólico, vitaminas e minerais • Precisam ser fornecidos juntamente com os ácidos graxos ω-3 para que sua ação anti-inflamatória seja efetiva. • O óleo de peixe contém altas concentrações de DHA e EPA e são considerados uma boa fonte de ω-3. FITOTERÁPICOS E OBESIDADE • FITOTERÁPICOS • Terapêutica caracterizada pelo uso de plantas medicinais em suas diferentes formas farmacêuticas. • Baseia –se no uso de caules, folhas, flores, frutos e raízes das plantas consideradas medicinais. FITOTERAPIA E OBESIDADE • Sua prescrição é regulamentada pela Portaria: CFN 556/2015: • [...] a prescrição de plantas medicinais e chás medicinais é permitida a todos os nutricionistas, ainda que sem título de especialista; a prescrição de medicamentos fitoterápicos, de produtos tradicionais fitoterápicos e de preparações magistrais de fitoterápicos, como complemento de prescrição dietética, é permitida ao nutricionista desde que seja portador do título de especialista em Fitoterapia. (CFN, 2015, s. p.) FITOTERAPIA E OBESIDADE • É uma forma de tratamento efetivo e disponível para a população. • Poucos efeitos adversos. • OMS, Ministério da Saúde e o Conselho Federal de Nutricionistas, valorizam e incentivam o uso de fitoterápicos (CFN, 2015). FITOTERAPIA E OBESIDADE • FUCUS VEISICULOSOS • É extraído de uma alga parda • Estimular a tireoide e acelerar o metabolismo da glicose e ácidos graxos • Auxilia no tratamento da obesidade com doses de 500 mg/ dia e promove aumento do trânsito intestinal devido às mucilagens presentes em sua composição. FITOTERAPIA E OBESIDADE • CITRUS AURANTIUM – LARANJA AMARGA • Derivado da laranja amarga ou laranja da terra • Auxilia na perda de peso. • Estimula a termogênese. • Alguns estudos relatam que a atividade física potencializa seu efeito devido sua substância ativa, a sinefrina (alcaloide de ação adrenérgica que estimula o metabolismo energético de utilização da gordura) FITOTERAPIA E OBESIDADE • PHASEOLUS VULGARIS – FEIJÃO BRANCO • Também conhecido pelo seu componente ativo: a faseolamina • A faseolamina é uma proteína inibidora da atividade da alfa- amilase (responsável pela hidrólise de carboidratos) • Reduz a oferta intestinal de carboidratos, interferindo na absorção do amido. FITOTERAPIA E OBESIDADE • CHLORELLA PYRENOIDOSA • É uma alga verde de água doce que pode auxiliar no tratamento da obesidade devido suas substâncias funcionais (estimulantes da tireoide). • Rica em antioxidante, vitaminas e minerais • Alto teor proteico e rica em mucilagens, desta forma, um inibidor de apetite. FITOTERAPIA E OBESIDADE • GARCINIA CAMBOGIA • Planta que cresce no sudeste da Ásia e seus frutos têm sido utilizados em alguns estudos para induzir a perda de peso. • O ácido hidroxicítrico, é seu princípio ativo • Comercializada como um inibidor de apetite. • Ensaios clínicos mostraram que uma dose diária de 2,4 gramas de extrato padronizado de Garcinia (1,2 g de ácido hidroxicítrico), associado à dieta de baixa caloria induz a perda de peso (ONAKPOYA, 2011). FITOTERAPIA E OBESIDADE • CAMELIA SINENSIS - CHÁ VERDE • O efeito terapêutico do chá verde ocorre devido seus flavonóis. • As catequinas presentes na erva atuam promovendo uma diminuição da gordura corporal, promovendo a redução da ingestão alimentar e auxilia na atuação da leptina. FITOTERAPIA E OBESIDADE • QUITOSANA • Fibra e está relacionada à inibição de apetite e redução da absorção de gorduras no intestino. • A quitosana tem sido estudada em humanos, pois está associada à redução de peso e redução de lipídeos circulantes. FITOTERAPIA E OBESIDADE • TRIGONELLA FOENUM GRAECUM – FENO GREGO • Considerado um inibidor de apetite • Tem efeito hipolipemiante, ou seja, atua na redução dos níveis lipídicos plasmáticos DIETAS RESTRITAS E IMPLICAÇÕES METABÓLICAS • RESTRIÇÃO CALÓRICA • Uma das dietas mais comuns • Parece ser ineficaz a longo prazo • Estabilização e recuperação de peso • Adaptação metabólica ou termogênese adaptativa • Essas adaptações parecem ser independentes da redução de gordura e massa muscular. O QUE ACONTECE? • Mecanismos fisiológicos responsáveis pela regulação da saciedade e da fome são mais evidentes: • Sensação de fome é proporcional à restrição energética. • A restrição energética diminui os níveis de leptina e aumenta a sensação de fome. • O QUE ACONTECE? • A restrição calórica não está diretamente relacionada com a perda de peso quando comparada com a restrição energética e o tipo de dieta. • Por exemplo, dietas com baixo teor de carboidrato têm melhores resultados na perda de peso do que dietas com baixo teor de gordura, quando equiparadas em valor energético total DIETAS RESTRITAS E IMPLICAÇÕES METABÓLICAS • Estudos demonstraram que dietas com menor teor de carboidrato são mais eficientes a curto prazo para a redução de peso do que dietas com baixo teor de gordura (BREHM, 2005).
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