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SÍNDROMES HEMORRÁGICAS NA GESTAÇÃO

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SÍNDROMES HEMORRÁGICAS NA GESTAÇÃO 
 
HEMORRAGIAS 
• Primeiro trimestre - Abortamento, placenta 
prévia, gravidez ectópica. 
• Segundo trimestre - Descolamento 
prematuro de placenta. 
• Terceiro trimestre - Rotura uterina. 
 
Hemorragias do primeiro trimestre: 
Abortamento: 
• O aborto é a interrupção da gestação antes do 
início do período perinatal, definido pela OMS 
(CIE 10) a partir de 22 semanas completas (154 
dias) de gestação, quando o peso ao nascer é 
normalmente de 500 gr. 
• Costuma-se classificar como precoce quando 
ocorre antes de 13 semanas, e como tardio 
quando se dá entre as 13 e 22 semanas. 
Sintomas: 
- sangramento; 
- dor. 
 
Tratamento: 
Ameaça de abortamento: 
• Acompanhamento ambulatorial. 
• Repouso relativo. 
• Abstinência sexual. 
• Ultra-sonografia seriada. 
• Hioscina: 1 comprimido VO de 6/6 horas em 
caso de cólicas. 
Abortamento inevitável e abortamento incompleto: 
• Internação da paciente. 
• Sinais vitais a cada seis horas. 
• Hemograma completo para rastrear a infecção, 
avaliar perda sangue. 
• Tipagem sanguínea. Pacientes Rh negativo e 
Coombs indireto negativo devem ser 
medicadas com Imunoglobulina anti-Rh para 
prevenção de possível aloimunização. 
• Acesso venoso, com correção da volemia. 
Gestação de 1º trimestre: 
• Misoprostol 
• AMIU ou dilatação do colo e curetagem 
uterina. 
Gestação de 2º trimestre: 
• Misoprostol 
• Perfusão venosa de ocitocina em solução 
glicosada (20 UI do fármaco em 500 ml de soro 
glicosado a 5% a 20 gotas/min). 
• Esvaziamento da cavidade uterina. AMIU ou 
curetagem, após a expulsão do feto. 
• Inibição da lactação - Cabergolina: 1 mg (2 
comp.) VO em dose única. 
Abortamento infectado: 
Medidas gerais: 
• Antibioticoterapia 
Sem peritonite: 
• Cefazolina: 2 g EV de 8/8 horas e 
metronidazol: 500 mg EV de 8/8 horas. 
Com peritonite: 
• Clindamicina 900 mg IV a cada 8 horas e 
Gentamicina 3-5 mg/kg IV (máx 240 mg), 
uma vez ao dia. 
• Tempo recomendado de tratamento: 7 a 10 
dias. 
• A profilaxia antitetânica deve ser feita com 
antitoxina 10.000 UI IV de soro antitetânico 
(SAT), se a paciente for vacinada, aplicar 
reforço. 
Abortamento retido 
 
Fig. A Fig. B 
 
• A usg. com intervalo de 15 dias define o 
diagnóstico dos dois tipos. 
 
• Retenção do ovo morto presença de embrião 
sem vida no SG íntegro fig. A. 
• Ovo anembrionado ou ovo cego, ausência de 
embrião no SG íntegro fig. B 
• Optar pelo esvaziamento uterino. 
 
OBS. 70% dos abortamentos até 8 semanas resolvem-
se espontaneamente. 
Na alta hospitalar, fornecer à paciente 
anticoncepcional. 
 
GRAVIDEZ ECTÓPICA 
Implantação do blastocisto fora da cavidade uterina. 
• abdominal, nas trompas, ovários, colo. 
• localização mais comum é a tuba uterina 
(95%), ovários (3%), intersticial/cervical (2%) e 
abdominal (1%). 
Tubária: 
• ampular (80%), 
• ístmica (10%) 
 
 
 
Complicações e incidência: 
• Hemorragia, principal causa de mortalidade 
materna. 
• Incidência de gravidez ectópica - de 6% a 16% 
das gestações. 
Etiologia: 
 
 
Sinais e sintomas: 
• Surgem entre a sexta e oitava semana após 
última menstruação, podem ocorrer 
tardiamente, principalmente na prenhez 
ectópica não tubária: 
• Desconfortos da gravidez normal. 
• Sangramento vaginal e dor intensa. 
• Ao exame físico - dor à descompressão, 
palpação abdominal a mobilização uterina e de 
anexos, assim como massa anexial ao toque 
vaginal. 
Diagnóstico: 
• O diagnóstico da gestação ectópica é baseado 
na história clínica. 
• Dosagem da beta-gonadotrofina coriônica 
humana (β-HCG) 
• Achados da ultrassonografia transvaginal. 
Diagnóstico diferencial: 
• Doença inflamatória pélvica 
• Apendicite 
• Torção de cisto ovariano 
• Cisto hemorrágico 
• Abortamento 
• Patologia do trato urinário 
• Diverticulite 
Tratamento: 
• Cirúrgico 
 
PLACENTA PRÉVIA 
A placenta está implantada no segmento inferior do 
útero, dificultando, em maior ou menor grau, a 
passagem do feto pelo canal do parto. 
 
 
Maior na idade materna avançada, multiparidade e 
nas mulheres com cicatrizes uterinas prévias 
(cesarianas ou traumatismos endometriais), causados 
por curetagens ou infecções, que diminuem a 
vascularização do endométrio, fazendo com que a 
placenta, ao se implantar, procure áreas de maior 
vascularização. 
Incidência aprox. 1 para 200 nascimentos. 
 
Classificação: 
Leva em conta a localização da borda placentária em 
relação ao orifício cervical interno. 
• Placenta prévia total: 20% dos casos, obstrui 
totalmente o OI. 
• Placenta prévia parcial: obstrui parte do OI -
Classicamente seu diagnóstico só poderá ser 
realizado com a dilatação cervical de 3 a 4 cm. 
• Placenta prévia marginal: a borda placentária 
em contato com o OI. 
• Implantação baixa da placenta: a borda 
placentária está ao nível do segmento inferior 
do útero, distando de 4 a 10 cm do OI. 
 
 
Diagnóstico: 
• É clínico, confirmado pela USG. 
• Por meio da anamnese, o sangramento vaginal, 
não acompanhado de outra queixa. 
• Sangramento surge sem causa aparente, 
contrações ou dor, mesmo em completo 
repouso durante o sono, ou durante o dia. 
Pode apresentar-se de várias maneiras, podendo o 
intervalo ser de dias ou semanas. A intensidade é 
variável. 
• Outro achado frequente na placenta prévia são 
as apresentações fetais anormais, como a 
pélvica e a córmica. 
Diagnóstico diferencial: 
• Descolamento prematuro da placenta 
normalmente inserida; 
• Sangramentos do seio marginal; 
• Ectopias cervicais; 
• Pólipos cervicais; 
• Carcinoma cervical; 
Tratamento ou conduta: 
Depende do tipo de localização da placenta prévia, 
volume da hemorragia materna, idade gestacional e 
vitalidade fetal. 
• Internação da paciente. 
• Repouso e reposição das perdas maternas, com 
o intuito de levar a gestação até o termo ou o 
mais próximo possível dele 
• É recomendado administrar corticoide entre 24 
e 34 semanas de gestação 
• A via de parto dependerá das condições 
maternas e fetais. A via vaginal placentas 
prévias marginais ou baixas. 
• Na placenta prévia oclusiva parcial ou total, 
indicação absoluta de cesariana. Pode-se 
agendar a interrupção após 36 semanas, depois 
de comprovar a maturidade pulmonar. 
Complicações: 
Distúrbios maternos: 
• Distúrbios de coagulação, perda da função 
renal, choque e morte resultantes de 
sangramento intenso. O descolamento da 
placenta ocorre praticamente em quase todos 
os casos de placenta prévia com sangramento e 
sem dor. 
Distúrbios fetais: 
• Prematuridade é a maior causa de morte (60%). 
 
RUPTURA UTERINA 
Consiste na separação completa de todas as camadas 
uterinas com saída de parte ou de todo o feto da 
cavidade uterina. 
É considerada uma complicação obstétrica grave 
devido à alta morbimortalidade materno-fetal. Sua 
prevalência é 0,03 a 0,08% de todos os partos. Porém 
de 0,3 a 1,7% entre pacientes com cicatriz uterina. 
 
Fatores predisponentes: 
• Cirurgia uterina prévia; 
• Anomalias congênitas uterinas; 
• Neoplasia trofoblástica gestacional; 
• Uso de misoprostol e ocitocina; 
• Anomalia fetal; 
• Multiparidade; 
• Hiperdistensão uterina; 
• Insistência de parto por via baixa, em casos de 
desproporção; 
• Trabalho de parto após cesariana; 
• Acretismo placentário 
 
Sinais de iminência de ruptura: 
• Contrações excessivamente dolorosas. 
• Palidez, sudorese, agitação. 
Distensão segmentar: 
• Sinal de Bandl: anel fibromuscular transversal 
no segmento inferior. 
 
 
Diagnóstico: 
• Interrupção das contrações com sangramento 
vaginal; 
• Ausência de batimentos cardíacos fetais; 
• Partes fetais palpáveis no abdome materno, dor 
súbita, hipotensão e taquicardia materna. 
Tratamento e conduta: 
• Laparotomia imediata com sutura uterina. Ademora na retirada do feto pode corresponder 
a aumento na mortalidade fetal. 
A morbidade materna dependerá do grau de 
hemorragia e do pronto tratamento do choque. 
 
DESCOLAMENTO PREMATURO DA 
PLACENTA 
É a separação prematura da placenta do local de 
implantação uterino, antes da saída do feto, durante a 
segunda metade da gestação. 
A incidência é de aproximadamente 1 para 80 
nascimentos. 
 
 
 
Fatores predisponentes: 
• Recorrência do DPP (10 a 17% dos casos). 
• Estados hipertensivos (2 a 17% dos casos). 
• Idade materna avançada. 
• Multiparidade. 
• Uso de drogas (tabagismo1-3, álcool, cocaína, 
crack). 
• Diabetes. 
Fisiopatologia: 
• Lesão vascular que provoca alterações de 
permeabilidade dos vasos uterinos. 
• Hemorragia na decídua basal, com a 
consequente formação de um hematoma retro 
placentário. 
• O sangramento decidual pode ser eliminado 
pelo colo uterino ou ficar retido como 
hematoma. 
 
Classificação: 
De acordo com o grau de descolamento placentário: 
leves (não detectáveis) até graves (choque materno e 
morte fetal). 
Outra classificação leva em consideração o tipo de 
sangramento uterino: forma externa (80%), na qual 
aparece o sangramento no colo uterino, e forma 
oculta, na qual o sangue permanece intrauterino. 
 
Diagnóstico: 
• Hipertonia uterina, que é referida como dor 
constante no baixo ventre, e o sangramento 
vaginal. 
• 80% dos quadros apresentam sangramento 
vivo por via vaginal, sendo o restante sangue 
oculto. 
• Geralmente, a clínica do DPP aparece de 
acordo com a área de descolamento da placenta. 
Diagnóstico diferencial: 
• Placenta prévia; 
• Ectopias cervicais; 
• Pólipos cervicais; 
• Carcinoma cervical. 
Tratamento: 
• cesariana. 
• disponibilidade de hemocomponentes. 
• hemostasia rigorosa. 
• Nos casos de grave apoplexia uteroplacentária 
(útero de Couvelaire), com atonia uterina e 
coagulopatia , a histerectomia e a ligadura das 
artérias hipogástricas podem se fazer 
necessárias. 
Complicações: 
Coagulopatia de consumo, lesão renal e choque 
hipovolêmico. 
A morbimortalidade fetal dependerá da área de 
descolamento, bem como do tempo de resolução do 
caso.

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