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DIREITO CONTRATUAL

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1 
 
ATIVIDADE INDIVIDUAL 
 
Matriz de contrato 
Disciplina: DIREITO CONTRATUAL Módulo: 
Aluno: Turma: 
Tarefa: TRABALHO INDIVIDUAL 
Fases do processo contratual 
A definição de contrato é entendida como um negócio jurídico que se caracteriza pela autonomia de 
privada das partes com o escopo de criar, transmitir, resguardar e extinguir direitos, de preferência de 
caráter patrimonial, contudo, podendo ser de outras naturezas. Porém, além dessa definição básica, deve 
ser entendido que entre os contratantes, opera-se a boa fé e probidade, elementos inerentes a ambas 
partes, ou seja, devem, em todas as fases do contrato, estarem as partes imbuídas de tais elementos, 
previsão do art. 422 do Código Civil. Ademais, a relação entre as partes, devem ser funcionalizadas, onde 
a satisfação das partes é o medidor para conferência se o contrato atingiu a sua funação, em outras 
palavras, principalmente para o credor, o que basta é a sua satisfação, e não simplesmente o recebimento 
ou pagamento ou cumprimento do contrato, sendo necessário o alcance da função do contrato e o 
respeito as obrigações anexas como o probo e boa fé. 
 
O contrato, nos tempos presentes devem ser entendidos em fases, como se um projeto fosse, diâmico, 
sendo que as condutas além de coordenadas, devem contar com a cooperação e prestação de informação 
das partes, ainda onde cada fase possuiu características importantes e proteção legal, já que desde as 
primeiras encenações e intenções de se contratar, a boa fé e o probo devem estar presentes. As fases da 
relação contratual são: A) Pré contratual onde ocorre inclusive o pré contrato; B) A fase contratual ou de 
execução, onde se executa o objeto do contrato e deve-se perseguir a satisfação de ambas partes; C) A 
fase pós contratual, onde, mesmo após o cumprimento do contrato, com o adimplemento e entrega do 
bem pretendido, as partes ainda devem, ou seja, é um dever das partes, agirem com base do probo e 
boa fé. 
 
Importante ressaltar que alguns doutrinadores, claramente com base na lei, preveem fases a mais, a 
exemplo do professor Flávio Tartuce que prevê quatro fases, a fase de negociação, fase de proposta, fase 
de contrato preliminar e fase de contrato definitivo ou de conclusão do contrato1. Contudo, a fase do 
contrato preliminar conforme será visto não é obrigatória, portanto, ela será analisada como uma fase de 
fato e não como uma etapa dentro do contrato ou execução. 
Claramente que as fases contratuais serão melhor abordadas abaixo, com o fito, de demosntrar como 
cada uma opera. 
 
 
 
 
1 TARTUCE, Flávio. Direito Civil – Teoria Geral dos Contratos e contratos em espécie – 3ª volume. 
17. Ed- Rio de Janeiro- Editora Forense 2022 – página. 173. 
 
 
2 
 
Etapas e atos (por fase do processo contratual) 
A) FASE PRÉ CONTRATUAL: 
 
Fase inicial, onde nem mesmo existe contrato ou obrigação de contratar, mas sim os 
primeiros contatos, negociações, ajustes, propostas e contrapropostas, e por fim, a conclusão, 
ou seja, a pactuação do contrato. É nessa fase também que se avalia prazos, custos, 
possíveis garantias e até forma de como evitar ou mitigar riscos. 
 
Há duas etapas nessa fase, 1) etapa negociatória e 2) etapa Decisória, vejamos: 
 
1) Etapa negociatória: Característica dessa etapa é a ausência, via de regra de força 
vinculante. Nessa etapa ocorre os primeiros contatos, conversas e negociações 
preliminares. Contudo, de suma importância, mesmo que para uma etapa inicial de 
negociação, que se verifique documentações a fim de não haver supresas sobre quem se 
está lidando, afinal o dinamismo e a diligência são requisitos para que tudo dê certo e não 
haja supresas. Essa etapa, a luz do que ensina o professor Flávio Tartuce, é a fase em 
que ocorrem os debates prévios, entendimentos, tratativas ou conversasções sobre o 
contrato preliminar ou definitivo. 2 Importante ressaltar que a ausência de previsão legal 
de tal etapa não implica em sua inexistência. 
 
2) Etapa decisória: Nessa etapa, já há algo mais concreto, passe-se de uma simples 
aproximação, conhecimento que uma parte tenha da outra e da simples vontade de 
contratar, para então sim, haver a proposta, contraproposta e aceitação. Nessa etapa 
uma das partes (manifestação unilateral) com a intenção de contratar faz então a 
proposta, a formaliza, solicitando a concordância a outra parte. Realizada a proposta, a 
teor do art. 427 do Código Civil, está passa a ser obrigatória a quem a porpôs, não sendo 
obrigatória no caso da proposta sofrer ressalvas, adições, subtrações ou qualquer 
modificação, caso esse em que ocorre a contraproposta que novamente, traz vinculo 
obrigaçcional a que a apresentou. Após finalmente as partes se acertarem seja devido a 
proposta sem ressalva, ou por meio da contraproposta, têm-se, portanto, a aceitação. 
Importante entender que quando se faz a proposta, tal situação gera obrigação do 
proponente quando é aceita sem ressalva, bem como, quem realizar a contraproposta 
passa a ter que cumprir de forma obrigatória se a contraproposta for aceita. Quanto ao 
jogo de proposta e contraproposta importante informar acerca da teoria recepcionada 
pelo Brasil sobre a partir de qual momento está valendo a obrigação. O Brasil em sua 
legislação civil, adotou a Teoria da Expedição, onde forma-se o vínculo com o envio da 
aceitação, com a realização do aceitante de todos os atos que lhe competiam. Contudo, 
tal teoria tem a exceção que se encontra no art. 434 II do Código Civil, quando o 
proponente espera a resposta para dar o contrato enfim celebrado e não somente a 
expedição da proposta. 
O professor Carlos Roberto Gonçalves explica acerca da proposta: A proposta deve conter 
todos os elementos essenciais do negócio proposto, como preço, quantidade, tempo de 
entrega, forma de pagamento etc. Deve também ser séria e consciente, pois, vincula o 
proponente (CC, art. 427). Deve ser, ainda, clara, completa e inequívoca, ou seja, há de 
 
 
2 TARTUCE, Flávio. Direito Civil – Teoria Geral dos Contratos e contratos em espécie – 3ª volume. 
17. Ed- Rio de Janeiro- Editora Forense 2022 – página. 174. 
ser formulada em linguagem simples, compreensívwl ao oblato, mencionando todos os 
elementos e dados do negócio necessários ao esclarecimento do destinatário e 
representando a vontade inquestionável do proponente. 3 
Veja que na lição do professor Carlos Roberto Gonçalves, temos todos elementos acerca 
de como deve funcionar um contrato, desde a sua fase pré contratual, com indícios da 
boa fé, probo, diligência, informações claras e inequívocas de qual é a vontade da parte, 
objeto e suas características, alías, observância essa refletida no Enunciado 170 da III 
Jornada do Direito Civil promovida pelo CJF, a seguir transcrito: “170 – Art. 422: A boa-fé 
objetiva deve ser observada pelas partes na fase de negociações preliminares e após a 
execução do contrato, quando tal exigência decorrer da natureza do contrato”. 
 
DOCUMENTOS PRÉ CONTRATUAIS E SUA IMPORTANCIA: 
 
Se extrai da apostila do Professor Andre Roberto de Souza Machado – FGV, que dentre os 
documentos importantes estão o memorando de entendimento, carta de intenção, termos 
confidencialidade e de exclusividade, além é claro, sempre é necessário due diligence (a exemplo do 
contrato de trespasse) e finalmente proposta e aceitação. Mas a razão de tais documentos se dá para 
proteger ambas partes acerca de situações que posam ocorrer durante as tratativas. Temos situações 
como, quem ficará responsável por eventuais gastos e se esses gastos serão arcados por qual parte 
em caso de não contratação, documento que tragam a segurança de uma exclusividade, preferência 
na negociação e até confidencialidade, além é claro de condições suspensiva e resolutivas além de 
possíveis sanções para a parte dissidente.4 Tais documentos apenas visam assegura que o probo e a 
boa fé se farão presente mesmo que de forma coercitiva.B) FASE DO CONTRATO PRELIMINAR OU PRÉ CONTRATO. 
 
Conforme já exposto acima, essa fase não é obrigatória, ou seja, é uma fase dispensável, pois, 
ocorrer em determinadas situações. A presente fase está prevista nos art. 462 a 466 do Código Civil. 
O contrato preliminar conforme o próprio nome diz e previsto em lei, é um contrato que antecede o 
contrato definitivo, obrigando as partes, salvo se houver cláusula de arrempedimento, a celebração do 
contrato definitivo, podendo ocorrer inclusive ação de adjudicação para obrigar a outra parte a 
cumprir o contrato (art. 463 e art. 464 do Código Civil) . Ainda, no contrato preliminar, deve haver 
todos os requisitos essenciais (exceto quanto a forma) ao contrato a ser celebrado. O contrato 
preliminar ocorre em algumas situações, como por exemplo, do contrato de promessa de compra e 
venda de futuro imóvel (unidade autônoma) a ser construído por empreendedora. Após a entrega da 
unidade autônoma, caberá as partes celebrarem o contrato definitivo de compra e venda. Imporante 
destacar que o registro do referido não é obrigatório para adjudicação, porém necessário para ser 
oponível a terceiros. Assim, as estapas do referido contrato se encontram nos artigos acima citados. A 
sua explicação como fase se faria dispensável, porém, enriquecedor saber e entender a existência 
dessa possível fase. 
 
 
 
 
 
3 GONÇALVES, Carlos Roberto, Direito Civil Brasiliero, volume III, contratos e atos unilaterais, 6ª 
edição São Paulo- Saraiva, 2009 – página 52. 
4 Machado, ANdre Roberto de Souza, apostila de direito contratual – FGV Rio de Janeiro – PÁGINA 
35. 
 
 
4 
 
c) FASE CONTRATUAL OU EXECUÇÃO. 
 
Aqui entramos na fase da execução em si, quando finalmente após a aceitação da proposta ou 
contraproposta, as partes passam a celebrar o contrato (ou a cumprirem com o contrato definitivo 
após o contrato preliminar). Nessa fase já não há mais negociações, eventuais ajustes mediante 
aditivos podem ocorrer, contudo, o maior objetivo dessa fase é o cumprimento da obrigação tendo 
como escopo a satisfação do credor. 
Essa fase é composta essencialmente por três etapas, 1) cumprimento do contrato, 2) extinção do 
contrato 3) eventual revisão contratual. Essa última etapa é eventual, pois é exceção, mas ocorre com 
frequência. 
 
1) CUMPRIMENTO DO CONTRATO: Nessa etapa o contrato é finalmente cumprido, ou seja, tudo 
que se pensou, se pactou, tudo que fora dito, do que se espera como resultado útil e 
funcional com a entrega e inadimplemento do contrato, se faz presente nessa etapa. 
Obiviamente que nessa etapa se cumpre o contrato definitivo, ainda, deve-se levar em 
consideração, requisitos mínimos, como capacidade de partes, possibilidade jurídicas de 
representação de partes, objeto lícito e possível. Nessa etapa ocorre a gestão e a fiscalização 
do adequado cumprimento do contrato, sendo ajustados eventuais incongruências mínimas, 
verificação do cumprimento de etapas, interação entre credor e devedor ou contratante e 
contratado, para que o adimplemento ocorra com a satisfação de todas as partes, daquilo que 
esperavam com a pactuação e o credor, posso se utilizar do bem do contrato a altura de sua 
expectativa. Claramente que podem ocorrer ainda, mas com o intuito de dar cumprimento ao 
contrato, termos de aditivos ou modificativos, porém, desde que seja a vontade de ambas 
partes. Essa etapa se finaliza com a extinção do contrato. 
 
2) EXTINÇÃO DO CONTRATO: Essa etapa se dá em duas formas , uma com a extinção normal 
do contrato, quando ocorre o adimplemento da obrigação, com a entrega ou execução do 
objeto do contrato e a satisfação do credor, alcançado a expectativa legítima do credor, por 
ser o objeto contratual útil e funcional aos seus objetos e quando por óbvio a outra parte 
recebe a sua contraprestação, seja ela dinheiro, bem, direito e todos entendem que nada há a 
reclamar do execução do contrato. 
 
Contudo, há a extinção anormal, que pode ser a) por fatos anteriores a celebração do 
contrato (causas anulatórias e redibitórias), b) por fatos posteriores a celebração do contrato 
(resilitórias e resolutórias), c) diante da morte dos contratantes; 
 
a) Fatos anteriores: Tais fatos, em linhas gerais são aqueles de inviabilidade contratual, lá 
na origem do contrato, antecedentes ao início da execução do pactuado, na fase do 
consenso quando o ato é anulável ou nulo de pleno direito (a depender do vício de 
consentimento). Quando também ocorre vícios redibitórios o que torna imprestável ou 
quase imprestável o objeto entregue no contrato. Há também a ocorrência das cláusulas 
resolutivas expressas, previstas no art. 474 do Código Civil, é aquela cláusula constante 
em contrato que prevê que se determinada situação ocorrer, o contrato estará resoluto. 
b) Fatos posteriores: Fatos esses que ocorrem na execução do contrato, fato que leva então 
a resilição ou resolução do contrato. A resilição, não precisa ser justificável, e compreende 
a vontade da parte de não mais querer permanecer no contrato, podendo ser resilição 
unilateral e bilitareal, conhecido como distrato. A unilateral por meio do direito 
postetativo, cumpri a parte desistente, a denúncia do contrato por meio da notificação da 
outra parte. Já a Bilateral, dispensa maiores comentários, uma vez que oriunda da 
vontade de ambas partes. 
Contudo, temos ainda a resolução contratual, apoiadas em justa cusa, seja legal ou 
contratual, que se ocorrer, levará a extinção do contrato, o chamado descumprimento ou 
inadimplemento, que mais adiante será melhor explanado, contudo, podemos tecer 
possibilidades de resolução, a luz do ensinamento do doutrina Flavio Tartuce5, como a 
inexecução involuntária (caso que impossibilita o cumprimento da obrigação devido a 
força maior ou caso fortuito), a inexecução voluntária (impossibilidade superveniente, a 
prestação se tornou impossível por culpa ou dolo do devedor, ou seja, não é mais 
exequível o plano contratual), cláusula resolutiva tácita (aquela que decorre da lei, mas 
depende de interpelação judicial – a extinção ocorre devido a fato superveniente), e 
finalmente por onerosidade excessiva (onde um determinado fato, por mais que previsível 
fosse, mas não pudesse mensurar a sua extensão, tornou para uma das parte um ônus 
excessivo a continuação no contrato). 
 
Devemos observar que as hipóteses são complementares e por vezes, devem ser 
analisadas em conjunto. 
 
c) Temos por último a extinção por morte da parte, quando essa assume obrigação 
personalíssima, extinguindo na pessoa do falecido a obrigação. Exemplo prático temos no 
inventário, em que o herdeiro responde pela dívida do falecido, até o montante do seu 
quinhão do inventário, haja vista que a dívida fora pactuada pelo falecido (o de cujus) e 
não pelo herdeiro. 
 
3) EVENTUAL REVISÃO CONTRATUAL: a luz do ordenamento jurídico brasileiro, salvo exceções 
como na legislação consumerista e trabalhista, os contratos são tidos presumidamente como 
paritários e simétricos, até que tais características sejam afastadas medi ante justificação, 
conforme prevê o art. 421-A do Código Civil. 
Pois bem, essa etapa prevista na fase de execução dos contratos é, portanto, uma exceção, 
haja vista o teor do art, 421-A do Código Civil, assim, para que ocorra a revisão contratual 
deve ocorrer certos requisitos. O Artigo 478 do Código civil, prevê que quando um contrato se 
tornar excessivamente oneroso a uma das partes com extrema vantagem a outra em virtudes 
de acontecimentos extraordinários ou imprevisíveis poderá a parte prejudicada pedir a 
resolução do contrato. Contudo, e de suma importância, a luz que os contratos devem ser 
cumpridos, é permitido a revisão parcial ou total dos contratos de modo que a onerosidade 
deixe de ser excessiva. Tais previsões se fazem presente nos artigos 479 e 480 do Código 
Civil, sendo lá explicado as regras para se alcançar a revisão. 
A grandecrítica da doutrina é em relação a necessidade de haver extrema vantagem para a 
outra parte, sendo defendido que tão somente basta haver onerosidade excessiva em 
detrimento de tão somente vantagem de outra parte, sem a necessidade de se apurar se a 
vantagem fora extrrema ou não. 
Portanto, quando ocorrer os elementos do art. 478 do Código Civil, excluindo o teor de 
vantagem extrema, é possível a revisão contratual. 
Ressalto que na doutrina não guardei encontrar a revisão contratual como uma etapa, 
contudo, ela está prevista pela doutrina na fase de cumprimento do contrato definitivo ou 
 
 
5 TARTUCE, Flávio. Direito Civil – Teoria Geral dos Contratos e contratos em espécie – 3ª volume. 
17. Ed- Rio de Janeiro- Editora Forense 2022 – página. 299. 
 
 
6 
 
execução, pois a revisão contratual detêm a força tanto de resolução do contrato, 
extinguindo-o, ou alterações em cláusulas contratuais, mantendo o contrato para o 
cumprimento das demais cláusulas não revisadas e assim, o contrato continua com o seu 
cumprimento. Por isso, entendo que a revisão do contrato ela pode ser uma etapa, porém a 
ser encarrada com eventual ou excepcional. 
 
D) FASE PÓS CONTRATUAL. 
 
Nesta fase onde muitos pensam que se encerrar os vínculos contratuais, em que cada parte 
pega o que é seu e segue o seu rumo na vida e que se cumprido o contrato, ninguém é mais 
devedor ou credor da outra parte, há, contudo, um importante adendo a ser feito. De fato, 
cumprida as obrigações, e o resultado atingir a expectativa e a satisfação do credor, o vínculo 
contratual em si estará extinto. Quanto a exigência da obrigação as partes nada podem mais 
reclamar, com exceções, acerca se o que fora entregue logo se descobriu imprestável. Porém, 
os contratos comportam deveres anexos, também conhecidos como acessórios ou laterais. 
Tais deveres estão presentes também na fase pós-contratual, que são os já conhecidos boa fé 
e probo. A evicção, o vício redibitório, garantia legal e contratual, são situações e previsões 
que asseguram que após a finalização do contrato, há de se comportar as partes com respeito 
ao que se pretendia com o cumprimento do contrato e entrega do bem objeto da pactuação. 
 
Posso citar como exemplo, a empresa de café que faz um tipo de máquina na qual acopla 
determinada cápsula, porém, após vender as máquinas no mercado, logo depois de uns 10 
meses, a empresa cria outra máquina na qual aquelas cápsulas anteriores não mais se 
acoplam, forçando o consumidor a ter que adquirir nova máquina, haja vista que a máquina 
de café anterior perdeu a sua utilidade. Tal situação é repreensível haja vista que o objeto 
entregue, a máquina de café anterior, deve ter uma vida útil que justifique o investimento 
realizado pelo consumidor, a fim de não tornar a sua expectativa e experiência frustrante. 
Posto isto, percebe-se que o princípio da boa fé e do probo, devem operar a fim de garantir 
ao consumidor mesmo após a fase contratual, quando comprou a máquina a sua satisfação 
com a realização do negócio. 
 
Situação semelhante ocorre com cláusula contratuais quando logo após um comerciante 
compra o fundo de comércio de outro, impõe que o vendendor não poderá ser seu 
concorrente no bairro ou em determinado raio de distância, para assim o comprador poder 
exercer a atividade empresária se enfrentar a concorrência. 
 
Quanto o vício redibitório, que são vícios ou defeitos ocultos no objeto do contrato, que 
tornem a coisa recebida imprópria ao uso ou lhe diminuam o valor, resultando em dever de 
indenizar por parte do devedor da obrigação contratual, deve o vendedor ser responsável pela 
coisa, por determinado período legal (art. 441 a art. 446 ambos do Código Civil), mesmo após 
o fim do contrato, para garantir ao comprador que em caso da coisa se apresentar inútil ou 
tenha seu valor diminuído, que o comprador possa em suas expectativas frustradas ser 
ressarcido monetariamente. 
 
Há outras inúmeras situações entre empresas e consumidores, empresas e empresas, pessoas 
civeis em relação a pessoas civeis, as quais a extinta da relação contratual não importa em 
fim da boa fé e probo, os direitos e deveres acessórios, anexos ainda se farão presentes, para 
garantir que o escopo do contrato realmente se cumpra com a satisfação inequívoca do 
credor, onde ele encontrará no objeto do contrato a sua função almejada. 
 
Possibilidades de inadimplemento e consequências possíveis 
Contemporaneamente o indadimplemento vai além do não pagamento ou não relização da obrigação 
de fazer ou ultrapassado o tempo acordado do pagamento, o foco está na satisfação do credor, se 
com o cumprimento da obrigação (seja de pagar ou fazer), o credor alcançou a sua expectativa 
legítima, ou seja, se o resultado do contrato lhe fora últil e o satisfez, estaremos diante de um 
adimplemento. Contudo, caso, o credor não alcance a sua satisfação e as suas expectativas não 
sejam atendidas, independentemente de do contrato ter sido concluído, ocorrerá o inadimplemento. 
Portanto, temos no cenário do direito contratual contemporâneo, uma ampliação do entendimento de 
que o inadimplemento vai além de uma inexecução culposa. Não é a falta do cumprimento da 
obrigação que por si só frusta o adimplemento, mas também deixar de cumprir obrigações acessórias 
como o probo e a boa fé. 
 
Mas pondera-se que, as demais hipóteses de inadimplemento relativo como a mora ou ainda o 
inadimplemento absoluto, são figuras tradicionais que devem ser consideradas. 
 
Temos assim, a figura do inadimplemento parcial ou cumprimento imperfeito, igualmente denominado 
mora. Quando ocorre a mora, a execução do contrato ainda interessa as partes, sendo o 
inadimplemento apenas parcial e sanável, ou seja, o contrato ainda será executado, contudo, nesse 
cenário de mora, temos a cláusula penal moratória, que nada mais é que uma previsão contratual 
onde se pactua que em caso de descumprimento parcial do contrato, sem que isso traga as partes 
uma resolução do contrato, caberá em favor da parte prejudicada uma penalidade, uma multa. Veja, 
que não é intenção, da cláusula penal enriquecer uma parte em prejuízo da outra, o objetivo é 
compelir as partes a cumprirem com as suas obrigações, pois sabendo se não as cumprirem, terão 
que arcar com penalidade em pecúnia. 
Ainda, ressalta-se, que a cláusula penal não substituirá a obrigação de cumprir o contrato, pois as 
partes ainda desejam o resultado prático e útil do contrato, a cláusula penal é um alerta para que se 
caso ocorra a mora, a parte que deu causa deverá arcar com a penalidade. 
O artigo 412 e 413, ambos do Código Civil, impõe um limitador para a cláusula penal, que jamais 
poderá ser maior que o valor da obrigação principal, sendo ainda o art. 413 do referido diploma legal 
um guia para judicialização em caso de cláusulas penais vultuosas. 
Por fim, temos a possibilidade de o contrato não prever a cláusula penal moratória, porém, ela não 
deixa de existir uma vez que o artigo 395 do Código Civil, prevendo essa possibilidade, descreve quais 
serão as consequências em caso da mora do devedor, o que inclui juros, correção monetária e 
honorários. 
Contudo, se previsto em contrato, de acordo com o art. 421-A do Código Civil, o contrato deverá ser 
respeitado. 
 
 
Por usa vez o inadimplemento absoluto, cenário no qual o contrato não é cumprido, ocorre por 
vontade da parte devedora diante de sua recusa, a perda do objeto do contrato advinda por culpa do 
devedor além da perpetuação da mora, ou seja, ela ocorre de forma reiterada o que impossibilita de 
fato o cumprimento do contrato. No caso do inadimplemento absoluto, sem a presença de cláusula 
penal compensatória em contrato (art. 474) a parte prejudicada tem dois cenários por meio de ação 
judicial; a) requerer o cumprimento forçado do contrato e b) pedir a resolução do contrato. Sem 
prejuízo é claro em ambos casos, de indenização por perdase danos, a teor do art. 475 do Código 
Civil. 
 
 
8 
 
 
Na hipótese de inadimplemento absoluto, a idéia por vezes é que o credor não tem mais interesse no 
contrato (até mesmo diante da dificuldade em fazê-lo ser cumprido diante da recusa do devedor e 
quebra de fidúcia), a prestação já não é mais útil ao credor, ou seja, não lhe trará mais a satisfação. 
 
Diante do inadimplemento absoluto, há a possibilidade de resolução do contrato, com a estipulação de 
cláusula penal compensatória, a teor do art. 474 do Código Civil. Ainda, a parte prejudicada não 
precisará comprovar o prejuízo, mas tão somente o inadimplemento a teor do art. 416 do Código Civil. 
 
Igualmente à cláusula moratória, o limitador do valor da pena está previsto no art. 412 do Código 
Civil, bem como, se ainda sim o valor, não for maior que a obrigação principal, porém for excessivo, 
poderá o juiz reduzí-lo a luz do art. 413 do Código Civil. A cláusula penal compensatória como o nome 
diz, funcionará como limitador compensatório ao prejuízo tido pela parte prejudicada, por isso, 
importante tê-la em contrato. 
 
Contudo, temos uma exceção as situações de inadimplemento, que é o caso do art. 393 do Código 
Civil, quando o devedor não vai responder prelos prejuízos resultantes de força maior ou caso 
fortuito. Trata-se de inadimplemento sendo uma causa superveniente durante a execução do 
contrato, porém, desonera o devedor, aquele que deixa de cumprir a obrigação ou o contrato de 
responder por perdas e danos, todavia, o devedor não pode ter contribuído para para a ocorrência e 
os efeitos era possível de evitar ou impedir. 
 
Fluxograma 
 
 
 
 
 
Referências Bibliográficas 
GONÇALVES, Carlos Roberto, Direito Civil Brasiliero, volume III, contratos e atos unilaterais, 6ª edição 
São Paulo- Saraiva, 2009. 
MACHADO, Andre Roberto de Souza, Apostila De Direito Contratual – FGV Rio de Janeiro – disponível 
em 
https://ls.cursos.fgv.br/d2l/lor/viewer/viewFile.d2lfile/397981/623819/assets/direito_contratual.pdf. 
Acessado em 03 de junho de 2022. 
TARTUCE, Flávio. Direito Civil – Teoria Geral dos Contratos e contratos em espécie – 3ª volume. 17. 
Edição- Rio de Janeiro- Editora Forense 2022. 
 
VENOSA, Silvio de Salvo. Direito Civil – Teoria Geral das Obrigações e Teoria Geral dos Contratos – 
8ª edição. São Paulo. Editora Atlas 2008. 
 
https://ls.cursos.fgv.br/d2l/lor/viewer/viewFile.d2lfile/397981/623819/assets/direito_contratual.pdf

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