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Contratos 05 Efeitos perante terceiros

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Professor Nizomar Bastos Tourinho Jr. 
ESTIPULAÇÃO EM FAVOR DE TERCEIRO 
1. Conceito: É o contrato celebrado entre estipulante e promitente, convenciona-se 
que a vantagem resultante do ajuste reverterá em benefício de terceira pessoa, alheia 
à formação do vínculo contratual. 
2. Sujeitos intervenientes: Estipulante, promitente e beneficiário, este último 
estranho à convenção. 
Pelo princípio da relatividade o contrato somente tem efeitos entre as partes, ou 
seja, aqueles que manifestaram sua vontade, não afetando terceiros em seu 
patrimônio. 
 
3. Ponderações pertinentes: Obs1: É uma exceção ao princípio da relativa. 
Obs2: Capacidade: Somente é exigida dos dois primeiros. 
Obs3: mesmo estranho ao contrato, o beneficiário torna-se credor do promitente, bem 
como, o estipulante tem legitimidade, porém se estipular no contrato que o 
beneficiário poderá executar o contrato, perderá o direito de exonerar o promitente. 
Estipulação irrevogável. 
Obs4: Em caso de silêncio no contrato, o estipulante poderá substituir o beneficiário, 
sem qualquer formalidade, a não ser a comunicação ao promitente. 
Obs5: Para ter validade, não é necessária a manifestação de vontade do beneficiário. 
Tem este, no entanto, a faculdade de recusar a estipulação em seu favor, sendo 
necessário o aceite para ter eficácia o contrato. 
Obs6: O benefício tem que ser gratuito. Vantagem pecuniária recebida, sem 
contraprestação. 
Obs7: É consensual e de forma livre, tem que ser determinado ou determinável. 
4. Fundamentação: Art. 436/438, CC. 
5. Natureza jurídica: Há divergência doutrinária - Várias teorias são propostas para 
defini-la. 
1ª Teoria: Da oferta: A estipulação não passa de mera oferta, sendo dependente de 
aceitação do terceiro beneficiário. O contrato só surge com a anuência deste. Crítica: 
O Promitente não é mero proponente, mas verdadeiramente obrigado. 
 
 
 
Professor Nizomar Bastos Tourinho Jr. 
2ª Teoria: Uma gestão de negócio: É espécie de ato unilateral pelo qual alguém, 
sem autorização do interessado, intervém na administração do negócio alheio, sem 
mandato, no interesse deste. Art. 861, CC. 
Crítica: O estipulante e o promitente agem em seu nome e não em nome alheio. 
3ª Teoria: Declaração unilateral de vontade: A obrigatoriedade das estipulações em 
favor de terceiro encontra-se na circunstância da vontade unilateral do promitente ser 
bastante para vinculá-lo. 
Crítica: A promessa unilateral é indeterminada e anônima, enquanto que a estipulação 
em favor de terceiro é contraída em benefício de pessoa certa e determinada, com 
concurso de duas vontades. 
4ª Teoria: Direito direto: Reconhece a natureza contratual de sua estipulação, 
afirmando que o terceiro não participante do negócio jurídico recebe a repercussão de 
seus efeitos, sendo o benefício recebido uma espécie de contrato acessório. 
5ª Teoria: Um contrato: É a teoria mais aceita. Pirem sui generis pelo fato da 
prestação não ser realizada em favor do próprio estipulante, mas em benefício de 
outrem, que não participa da avença, a validade não depende da vontade deste, mas 
somente a sua eficácia, subordinada que é à aceitação. Doutrina italiana: “Estipulação 
a favor de terceiro”. 
6. Efeitos: A possibilidade de exigibilidade da obrigação tanto pelo estipulante quanto 
pelo terceiro. Porém, que a dupla possibilidade somente é aceitável se o terceiro anuir 
às condições e normas do contrato. (art. 436, CC). 
Obs: o estipulante poderá mudar o contrato tanto em seu conteúdo, quanto o seu 
beneficiário, porém a exoneração do devedor não poderá ofender o direito do 
beneficiário. 
Substituição: Art. 438, CC. 
PROMESSA DE FATO DE TERCEIRO: 
Art. 439/440. 
O CC permite a possibilidade de uma declaração de vontade na afirmação de uma 
realização de um ato por terceiro. 
 
 
 
Professor Nizomar Bastos Tourinho Jr. 
Trata-se, portanto, de um negócio jurídico em que a prestação acertada não é exigida 
do estipulante, mas sim de um terceiro, estranho à relação jurídica obrigacional, o que 
também flexibiliza o princípio da relatividade subjetiva dos efeitos dos contratos. 
Art. 439,CC: Perdas e Danos de quem promete. 
Parágrafo único: Exclusão de responsabilidade civil do estipulante, para o 
descumprimento da obrigação pelo terceiro. Cônjuge. 
Art.440,CC. → Responsabilidade do terceiro Caso se obrigue. 
 
CONTRATO COM A PESSOA A DECLARAR: 
1. Definição: É um promessa de prestação de fato de terceiro, que titulizará os 
direitos e obrigações decorrentes do negócio, caso aceite a indicação realizada, o que 
se dará ex tunc à celebração do negócio. 
2. Fundamentação: Art. 467/469, CC. 
3.Prazo: 05 dias – decadencial ou estipulado de forma diferente. 
Art. 470/471, CC → Eficácia do contrato somente entre os contratantes originários. 
Gagliano, Pablo Stolze. Filho, Rodolfo Pamplona. Novo Curso de Direito Civil, Vol. IV, 
tomo 1: teoria geral. 3 ed. São Paulo: Saraiva, 2007. 
Gonçalves, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro. Vol. III. Contratos e atos unilaterais. 
7 ed. São Paulo: Saraiva, 2010.

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