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Atividade individual
	Matriz de contrato
	Disciplina: Direito Contratual
	Módulo:
	Aluno: Lidiane Leles
	Turma: 0520-0_1
	Tarefa: Atividade Individual
	Fases do processo contratual
	Diariamente estamos firmando negócios jurídicos com as pessoas, seja pessoalmente, por e-mail, por telefone, pela internet ou até mesmo pelo WhatsApp.
De forma simplista podemos conceituar Contrato como um acordo de vontades, comuns e concordantes, baseado na lei, cujo escopo é adquirir, resguardar, transferir, conservar, modificar ou extinguir direitos.
Cabe destacar que o Código Civil Brasileiro, não traz uma definição expressa de contrato.
Conforme defini Maria Helena Diniz (DINIZ, 2008, pg. 30), contrato é o acordo de duas ou mais vontades, na conformidade da ordem jurídica, destinado a estabelecer uma regulamentação de interesses entre os contratantes, com a finalidade de adquirir, modificar, resguardar ou extinguir relações jurídicas de natureza patrimonial.
Cabe destacar que um contrato não consiste somente em um acordo de vontades sendo um processo dinâmico que se desenvolve ao longo de fases.
Amanda Cruz Vargas discorrendo sobre “As fases da responsabilidade contratual” na revista Eletrônica Âmbito Jurídico discorre que “a relação contratual não consiste somente na celebração de um contrato e no seu respectivo cumprimento”, pois “ela envolve diversas fases, diferentemente caracterizadas”.
Corroborando com tal entendimento Ademir de Oliveira Costa Júnior escreveu artigo na Revista Jus Navigandi, que o contrato é: uma sucessão de atos destinados a uma finalidade”.
Assim, um contrato como sucessão de atos e processo dinâmico é composto por fases, podendo ser identificados três momentos do processo contratual que são: a) a fase pré-contratual; b) a fase contratual propriamente dita; e c) a fase pós-contratual.
1) Fase Pré-Contratual
A fase pré-contratual ocorre desde os primeiros contatos entre as partes. É nessa fase que ocorre as tratativas para que um contrato chegue a sua celebração. Nessa fase é que ocorrem as propostas e as contrapropostas que serão negociadas e podem vir ou não a serem aceitas pelas partes. Assim, fazem parte da fase pré-contratual as negociações preliminares, a oferta e a aceitação. 
Nesse sentido a fase pré-contratual pode ser dividida em duas etapas, sendo refere-se a etapa negociatória e a etapa decisória, as quais possuem etapas e características próprias. 
A etapa negociatória ou fase de punctuação, abrange os atos preparatórios, iniciando com os primeiros contatos entre as partes e vai até a apresentação de uma proposta.
Cabe destacar que em relação a fase negociatória não há vinculação entre as partes, conforme afirma Carlos Roberto Gonçalves (GONÇALVES, 2007, P.49) que destaca:
“As partes não manifestaram a sua vontade, não há nenhuma vinculação ao negócio. Qualquer delas pode afastar-se, simplesmente alegando desinteresse, sem responder por perdas e danos. Tal responsabilidade só ocorre se ficar demonstrada a deliberada intenção, com a falsa manifestação do interesse, de causar dano ao outro contratante, levando-o, por exemplo, a perder outro negócio ou realizando despesas. Embora as negociações preliminares não gerem, por si mesmas, obrigações para qualquer dos participantes, elas fazem surgir, entretanto, deveres jurídicos para os contratantes, decorrentes da incidência do princípio da boa-fé, sendo os principais deveres de lealdade e correção, de informação, de proteção e cuidado de sigilo”
Já a etapa decisória da fase pré-contratual que é constituída pela apresentação da proposta também denominada de oferta ou policitação, as contrapropostas e a aceitação (ou oblação).
2) Fase Contratual
A partir do ato de aceitação, que ocorre na oblação é que se inicia a fase contratual ou o contrato propriamente dito. A frase contratual se inicia com a conclusão do contrato e inclui todas as etapas de execução contratual, terminando com a extinção do contrato.
Marcia Pelissari Gomes em artigo acerca da “aceitação dos contratos” na Revista Eletrônica Jurisway afirma que “os contratos se aperfeiçoam no momento da aceitação, ou seja “quando presentes as partes, tendo em vista que no momento em que a proposta é aceita cruzam-se as vontades, ultimam-se as avenças, ou seja, tem-se o aperfeiçoamento com a aceitação imediata”.
Assim na fase contratual o objetivo é dar efetividade ao contrato já elaborado e assinado entre as partes, através da execução das obrigações contratuais das partes, que devem ser executadas no tempo e modo pactuados.
3) Fase Pós-Contratual
Já a fase pós-contratual que tem seu início após o fim do pacto estabelecido entre as partes, ou seja, com a extinção do contrato e abrangerá todas as situações excepcionais que possam surgir e poderão impactar no gozo de direitos e vantagens estabelecidos entre as partes na relação contratual.
A respeito da extinção do Contrato José Fernando Simão (SIMÃO, 2008, pag. 112). 
O Contrato é celebrado pelas partes para ser cumprido. Então, podemos concluir que a forma natural de extinção do Contrato é o seu cumprimento pelas partes. É a sua execução ou a adimplemento. Com o cumprimento, o Contrato atinge seu fim precípuo e se extingue. Entretanto, nem sempre a causa de extinção é o cumprimento. Em determinadas situações, o Contrato s e extingue por causas simultâneas ou anteriores à sua formação, antes mesmo de atingido seu fim.
	Etapas e atos (por fase do processo contratual)
	Cada uma das fases contratuais, possuem etapas e atos contratuais próprios, com suas características e consequências particulares que poderão implicar na relação contratual.
Nessa etapa passaremos a analisar os atos e etapas de cada fase contratual.
1) Fase Pré-Contratual
Na fase pré-contratual ocorre situações de sondagem, as conversas prévias, os debates acerca do objeto contratual, as minutas prévias, as simulações e orçamentos que não vinculam as partes.
Conforme já explanado a fase pré-contratual é constituída por duas etapas, sendo a etapa negociatória e a etapa decisória, as quais passaremos a analisar.
1.1. Etapa Negociatória
A etapa negociatória ou fase de punctuação é a fase que abrange os atos preparatórios, refere-se as negociações preliminares. É nessa fase em que ocorre as tratativas para a celebração do contrato.
Na fase de negociações preliminares (ou fase de punctuação), é a fase das tratativas iniciais, das conversações prévias acerca do objeto do contrato conforme dispõe Pablo Stolze Gagliano e Rodolfo Pamplona Filho (2012, p. 101):
 “consiste no período de negociações preliminares, anterior à formação do contrato”. É a fase das tratativas iniciais, em que os negociantes estabelecem expectativas para a formação de um eventual contrato.”
A etapa negociatória se divide em dois momentos distintos, a fase de sondagem e a fase de punctuação.
Na fase de sondagem é quando as partes constroem sua vontade de contratar de forma abstrata, é onde nasce o elemento volitivo contratual, ou seja, a vontade de contratar. Nessa fase não exige nenhuma responsabilidade civil tendo em vista que não há ainda nenhuma manifestação de vontade entre as partes.
Já na fase de ponctuação ocorre as tratativas preliminares que antecede a celebração do contrato. 
Cabe destacar que nessa fase já existe um vínculo de confiança entre as partes, muitas vezes sendo elaborado algum instrumento contratual tais como o Memorando de Entendimentos, o NDA (Non Disclosure Agreemen) ou um contrato preliminar, que uma vez quebrado já é motivo para ensejar a responsabilidade civil, uma vez que já existe nessa fase a legítima expectativa quanto a formalização de um contrato. É o que denominamos de culpa in contraendo.
Em que pese as negociações preliminares não estar disciplinada expressamente no Código Civil as expectativas geradas nessa fase são protegidas juridicamente em razão do princípio da Boa-fé, que já produz efeitos mesmo antes da formação do contrato.
Destarte, as negociações por si só não impõem as partes o devedor de contratar, todavia as tratativas iniciais jáse sujeitam aos efeitos do princípio da boa-fé, conforme definido no artigo 422 do Código Civil:
Art. 422. Os contratantes são obrigados a guardar, assim na conclusão do contrato, como em sua execução.
Assim a quebra abusiva das negociações pode acarretar a configuração da responsabilidade civil do negociante ou responsabilidade pré-contratual, conforme afirma Paulo Lôbo (LÔBO, 2011, Pg. 79):
 “ninguém é obrigado a contratar (…). Todavia, ao se dar início a um procedimento negociatório, é preciso observar sempre se, a depender das circunstâncias do caso concreto, já não se formou uma legítima expectativa de contratar. Dizer, portanto, que há direito subjetivo de não contratar não quer dizer que os danos, daí decorrentes, não devam ser indenizados, haja vista que, (…) independentemente da imperfeição da norma positivada, o princípio da boa-fé objetiva também é aplicável a esta fase pré-contratual, notadamente os deveres acessórios de lealdade e confiança recíprocas.”
Nesse sentido tem sido o posicionamento de nossos tribunais vejamos:
RESPONSABILIDADE PRÉ-CONTRATUAL. Despesas realizadas pela autora, de forma antecipada, com o objetivo de viabilizar negócio futuro com o réu. Não celebração do contrato, após uma séria de diligências e pagamentos feitos pela autora. Comportamento concludente do réu que gerou expectativa da autora de finalização do contrato e estimulou a realização de despesas para a regularização do imóvel. Composição de interesses negativos, consistentes nos danos que sofreu a autora com a frustração do negócio na fase de punctuação. Sentença de procedência. Recurso improvido (TJSP, Apelação 0134186-53.2006.8.26.0000, Acórdão 5408504, Jacareí, 4ª CDP, Rel. Des. Francisco Loureiro, j. 15.09.2011, DJESP 30.09.2011).
EMENTA – RESPONSABILIDADE PRÉ-CONTRATUAL – CONTRATAÇÃO NÃO EFETIVADA – INDENIZAÇÃO DEVIDA - A responsabilidade pré-contratual é figura do direito particular, que pode vir a ocorrer em face de um precoce e desmotivado rompimento das tratativas contratuais, visto que já neste momento, se uma das partes gerar na outra razoáveis expectativas de que o contrato está muito próximo de ser consumado, e esta, por sua vez, venha a assumir compromissos ou afins, tem o dever a desistente de indenizar o outro, mormente em face do princípio da boa-fé. Na seara trabalhista, é de acatar in tontum a existência de responsabilidade na fase pré-contratual, no caso, como dos autos, onde a reclamada agiu com nítida intenção de contratar, desistindo, a meio caminho andado, em prejuízo do trabalhador, que se viu às portas do novo emprego. (TRT-15 - Recurso Ordinário: RO 51228 SP 051228/2012)
Neste sentido, já se manifestou também o Superior Tribunal de Justiça nos autos do Recurso Especial nº 1.367.955/SP, através de decisão que reconheceu a responsabilidade civil da parte que rompe as tratativas preliminares usando-se de meio ardiloso e inidôneo.
“RECURSO ESPECIAL. CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. RESPONSABILIDADE CIVIL PRÉ-CONTRATUAL. NEGOCIAÇÕES PRELIMINARES. EXPECTATIVA LEGÍTIMA DE CONTRATAÇÃO. RUPTURA DE TRATATIVAS. VIOLAÇÃO AO PRINCÍPIO DA BOA-FÉ OBJETIVA. JUROS DE MORA. TERMO 'A QUO'. DATA DA CITAÇÃO. 1. Demanda indenizatória proposta por empresa de eventos contra empresa varejista em face do rompimento abrupto das tratativas para a realização de evento, que já estavam em fase avançada. 2. Inocorrência de maltrato ao art. 535 do CPC quando o acórdão recorrido, ainda que de forma sucinta, aprecia com clareza as questões essenciais ao julgamento da lide, não estando o magistrado obrigado a rebater, um a um, os argumentos deduzidos pelas partes. 3. Inviabilidade de se contrastar, no âmbito desta Corte, a conclusão do Tribunal de origem acerca da expectativa de contratação criada pela empresa varejista. Óbice da Súmula 7/STJ. 4. Aplicação do princípio da boa-fé objetiva na fase pré-contratual. Doutrina sobre o tema. 5. Responsabilidade civil por ruptura de tratativas verificada no caso concreto. 6. Inviabilidade de se analisar, no âmbito desta Corte, estatutos ou contratos de trabalho, para se aferir a alegada inexistência de poder de gestão dos prepostos participaram das negociações preliminares. Óbice da Súmula 5/STJ. 7. Controvérsia doutrinária sobre a natureza da responsabilidade civil pré-contratual. 8. Incidência de juros de mora desde a citação (art. 405 do CC). 9. Manutenção da decisão de procedência do pedido indenizatório, alterando-se apenas o termo inicial dos juros de mora. 10. RECURSO ESPECIAL PARCIALMENTE CONHECIDO E, NESSA PARTE, PARCIALMENTE PROVIDO”. (STJ - REsp: 1367955 SP 2011/0262391-7, Relator: Ministro PAULO DE TARSO SANSEVERINO, Data de Julgamento: 18/03/2014, T3 - TERCEIRA TURMA, Data de Publicação: DJe 24/03/2014)
O Tribunal Regional Federal da 2ª Região, analisando situação semelhante proferiu decisão entendendo pela responsabilidade civil de grande instituição financeira que provocou ruptura nas negociações preliminares e, consequente, a quebra na confiança legítima da parte indenizável. Tal decisão foi devidamente fundamentada alegando que todo o procedimento foi “além das normais situações da vida em sociedade”, ocasionando, por conseguinte, dissabor, constrangimento, frustração e despesas ao outro contratante, vejamos:
“CIVIL. CONTRATO DE FINANCIAMENTO HABITACIONAL NÃO CONCLUÍDO. CUMPRIDAS AS EXIGÊNCIAS PRELIMINARES. IMÓVEL POSTERIORMENTE VENDIDO A TERCEIRO PELO ATRASO NO PROCESSAMENTO. SAQUE NA CONTA VINCULADA COM DEMORA NA RECOMPOSIÇÃO APÓS A NÃO CONCRETIZAÇÃO DO NEGÓCIO. RESPONSABILIDADE CIVIL PRÉ-CONTRATUAL. PRESENTES OS REQUISITOS PARA A INDENIZAÇÃO. DANO MATERIAL COMPROVADO. RESSARCIMENTO DAS DESPESAS COM CERTIDÕES DEVIDO. RECOMPOSIÇÃO DA CONTA NO CURSO DA DEMANDA. DANO MORAL IN RE IPSA. OBRIGAÇÃO DE INDENIZAR. 1 - A hipótese é de ação ordinária que objetiva a recomposição da conta fundiária do primeiro Autor e a condenação da CEF no pagamento de indenização por danos materiais e morais, tendo em vista que frustrou as expectativas dos Autores relacionadas à concretização de financiamento para aquisição de imóvel. Os apelantes defendem a reforma da sentença, tendo em vista que provaram minimamente suas alegações, enquanto a CEF nada trouxe aos autos que indicasse que prazos e medidas foram descumpridos pelos Autores, mesmo instada a apresentar o procedimento administrativo de concessão do financiamento. Muito menos explicou por que não recompôs a conta vinculada do primeiro autor após a não realização do contrato. 2 - A redação do art. 422 do Código Civil não teve a abrangência necessária para resguardar os princípios constitucionais que lhe deram origem, a boa-fé contratual e a função social do contrato, eis que limita a sua aplicação às fases de conclusão e de execução do negócio, omitindo-se em relação à fase pré-contratual. O princípio da boa-fé contratual deve ser adotado como valor prático e essencial em todas as fases do contrato. 3 - Mesmo na fase preliminar, de tratativas, estão as partes obrigadas a um comportamento leal e probo. Entendimento firmado pelo Enunciado 170 da III Jornada de Direito Civil do Conselho da Justiça Federal: "A boa-fé objetiva deve ser observada pelas partes na fase de negociações preliminares e após a execução do contrato, quando tal exigência decorrer da natureza do contrato". 4 - Os documentos colacionados indicam que o imóvel foi avaliado em 30/10/2006 e considerado apto para o financiamento pleiteado (fl. 14/18). Todas as certidões colacionadas às fls. 29/35 são contemporâneas à avaliação do imóvel e demonstram que não havia qualquer óbice à contratação. Confirmam, minimamente, que os Autores tomaram todas as providências que lhes competia, de forma tempestiva, para a concretização do negócio. Tanto que os valores de suas contas fundiárias chegaram a ser sacados para esse fim, o que somente ocorre com o preenchimento de formulários especiais encaminhados ao setor que gerencia o FGTS, quando já agendada a assinatura do contrato final. 5 - A resposta da CEF nada trouxe que justificasse a demora na concretização do contratoe, mesmo instada a trazer evidência da inércia dos Autores, limitou-se a alegar que não mais possuía elementos das negociações, que são destruídos 60 dias após a não concretização do negócio. Não é crível que a empresa pública não possa consultar os sistemas de risco de crédito e de implantação do contrato, bem como de movimentação da conta fundiária, que por certo possuem histórico da operação e as razões pelas quais não foi concretizada. 6 - Limitou-se a CEF a alegar a culpa exclusiva dos Autores pela movimentação intempestiva do processo administrativo de contratação do financiamento, de forma genérica, sem indicar que prazos e medidas foram descumpridos. 7 - O comprovante de envio de correspondência pelo correio (através de Aviso de Recebimento - fl. 126), em 26/12/2006, nada comprova, pois não se conhece o conteúdo da correspondência enviada. Trata-se de mera resposta ao telegrama enviado pelos Autores exigindo informação sobre a data de assinatura do contrato (fl. 54). Ainda que se tomasse como certo que a correspondência tinha a intenção de informar que o prazo de validade da avaliação de risco se expirara, somente confirma a desídia dos prepostos da CEF nos procedimentos preliminares para a contratação. 8 - Senão pela demora e falta de informação adequada no tratamento das preliminares para a contratação, houve evidente falha da CEF no manejo da conta fundiária do primeiro Autor. Isto porque os valores foram sacados da conta em 07/11/2006, sem a previsão de assinatura do contrato e, frustrada a contratação, não providenciou a CEF a recomposição imediata da conta fundiária, vindo a fazê-lo apenas em 05/03/2009. 9 - Houve a ruptura injustificada das negociações, quebra na confiança legítima dos Autores e, principalmente, demora sem explicação para a recomposição da conta fundiária, a ensejar a indenização. Os fatos, a toda evidência, causaram dissabor, constrangimento, frustração e despesas, além dos considerados normais da vida em sociedade, impondo-se ação corretiva e punitiva para evitá-los em casos semelhantes. 10 - A conta fundiária foi recomposta em 05/03/2009, com juros e correção devidos (fl. 128), verdadeiro reconhecimento do pedido pela CEF. O dano material está comprovado nos autos - as custas com as certidões de fls. 28/51 - que devem ser ressarcidas no valor total de R$725,12 (setecentos e vinte e cinco reais e doze centavos). 11 - Tratamos, na espécie, de dano in re ipsa, que prescinde de prova de lesão, e se extrai do próprio fato ilícito narrado. O mutuário ficou sem o imóvel que escolheu e impossibilitado de buscar outro negócio, pela retenção indevida do valor retirado de sua conta fundiária. 12 - Com relação ao valor da indenização por dano moral, acompanhando as orientações do enunciado nº 8 das Turmas Recursais da Seção Judiciária do Rio de Janeiro, sopesando o evento danoso, a sua repercussão na esfera dos ofendidos, as características pessoais das vítimas e da Ré, a inércia da CEF na recomposição da conta fundiária, para considerar o dano causado como moderado, razão pela qual condeno a CEF a pagar aos Autores a quantia de R$15.000,00 (quinze mil reais) a título danos morais, valor que considero apto a cumprir o papel de conter atos lesivos por parte da Ré, dando à parte Autora a compensação pelo seu constrangimento, sem que se configure enriquecimento sem causa. 13 - Recurso provido para reformar a sentença e julgar procedente o pedido, condenando a CEF ao pagamento de indenização por danos materiais no valor total de R$725,12 (setecentos e vinte e cinco reais e doze centavos) e de indenização por danos morais no valor de R$15.000,00 (quinze mil reais), ambos acrescidos de correção monetária calculada pela Tabela da Justiça Federal, a partir da prolação deste acórdão. Incidirão juros de mora de 1% ao mês, nos termos do art. 406 do CC, desde quando despendidos os valores, no caso da indenização por dano material, e desde a data de 07/11/2006, no caso da indenização por danos morais. Condeno a CEF em custas e honorários que fixo em 10% sobre o valor da condenação, ante a simplicidade da causa” (TRF-2 - AC: 200751010192182 RJ, Relator: Desembargador Federal MARCUS ABRAHAM, Data de Julgamento: 04/11/2014, QUINTA TURMA ESPECIALIZADA, Data de Publicação: 18/11/2014)
Assim, tendo em vista que os negócios preliminares têm como objeto a futura constituição de um contrato previamente definido, caso haja tratativas materializadas em algum instrumento, já haverá meios hábeis para se comprovar a quebra de confiança pré-contratual.
Importante destacar que nos contratos de adesão a fase de ponctuação se restringe a apenas uma das partes, tendo em vista que o contrato já se encontra devidamente elaborado, cabendo à outra parte somente sua aceitação ou recusa, não havendo alterações.
Desse modo o objetivo principal das negociações preliminares corresponde a finalidade de obrigar as partes a celebrar o que foi pactuado nas negociações, firmando o contrato.
1.2. Etapa Decisória
Os contratos reputam-se quando as vontades das partes se acordam através do encontro de interesses.
Nesse sentido deve haver uma proposta e uma aceitação para que a finalidade de se firmar um contrato seja realizada.
Assim na etapa decisória, pertencente a fase pré-contratual, realizam-se os atos da proposta, da contraproposta e da aceitação, caracterizadas por elementos distintos.
1.2.1. Fase de proposta (oferta, ou policitação)
Na fase de proposta, o proponente realiza de formalmente a proposta a outra parte, podendo pessoa determinada ou determinável, quando feita ao público em geral, vejamos:
Corroborando com tal entendimento Paulo Lôbo (LÔBO, 2011, Pg. 79), conceitua proposta como: “consiste na oferta de contratar que uma parte faz à outra, com vistas à celebração de determinado negócio (daí, aquele que apresenta a oferta é chamado de proponente, ofertante ou policitante)”. Continua o doutrinador afirmando que se trata de uma “declaração receptícia de vontade”, que deve ser séria e concreta para ter força vinculante, de modo que “meras conjecturas ou declarações jocosas não traduzem proposta juridicamente válida e exigível”. Sendo assim, a proposta tem força vinculante (força obrigatória), então se o proponente a realizou, deve cumpri-la e, caso se recuse a cumprir a proposta realizada, pode ser compelido ao cumprimento, pela via judicial. Exceção a esta regra está disposta no art. 429 do Código Civil.
Importante lição trazendo por Arnaldo Rizzardo (RIZZARDO, 2002, pg. 46) acerca da proposta:
“A proposta vem a ser o primeiro momento no desenrolar dos atos que levam ao Contrato propriamente dito. Uma das partes oferece a relação contratual pretendida a um possível interessado. É a mesma definida como declaração de vontade dirigida a uma pessoa com quem se quer contratar. Denominada também de politização, visa solicitar a manifestação da vontade da outra parte, que se denomina aceitante.
Cabe ressaltar que a proposta deve atender aos mesmos elementos essenciais do negócio jurídico proposto, como o preço, a quantidade, a forma de pagamento etc. Deve ainda a proposta ser séria e consciente, pois irá vincular o proponente, nos termos do artigo 427 do Código Civil: 
Art. 427. A proposta de contrato obriga o proponente, se o contrário não resultar dos termos dela, da natureza do negócio, ou das circunstâncias do caso.
A proposta deve ainda ser acima de tudo clara, feita de forma completa, através de uma linguagem simples e que possa ser compreendida pela outra parte (oblato).
Tendo em vista ainda não haver um contrato formalizado a proposta produz consequências jurídicas apenas para o ofertante, não havendo implicações quanto ao oblato.
Conforme nos ensina Vitor Frederico Kümpel (KÜMPEL, págs. 57 e 58) a proposta possui características essenciais, vejamos:
a) Declaração unilateral de vontades, o proponente convida o aceitante a contratar; b) força vinculante, o proponente está vinculado aquilo que oferecer. A proposta não vincula o oblato, tendo em vista este ainda não manifestou sua vontade, obrigandoapenas o policitante, que já exteriorizou a sua intenção de contratar; c) declaração receptícia de vontade, a proposta ou oferta necessita deste para a existência do Contrato. Ainda que se dirija ao público, o conjunto determinado de pessoas, não perde a qualidade de receptibilidade para gerar no oblato ou aceitante o desejo de contratar, conforme artigo 429 do Código Civil; d) declaração séria do negócio jurídico, a seriedade da proposta é sua qualidade, pois apresenta todos os elementos essenciais do negócio jurídico, deve conter os direitos e obrigações de ambas as partes e todos os efeitos possíveis para o referido Contrato; e) declaração obrigatória de vontade, contendo a proposta todas as características acima traçadas, gerará responsabilidade ao proponente por tudo aquilo que ofertou.
Ocorrerá a proposta entre presentes, quando esta for feita pessoalmente. Na proposta entre presentes espera-se a resposta do aceitante, imediatamente quanto a proposta realizada.
Já a proposta entre ausente ocorre quando o proponente faz a proposta ao aceitante, que não o responde imediatamente, tendo em vista que não estava presencialmente no momento da realização da proposta. São exemplos dessa forma de proposta as realizadas por e-mail, carta etc.
Cabe destacar que conforme artigo 428 do Código Civil a proposta deixa de ser obrigatória:
I - se, feita sem prazo a pessoa presente, não foi imediatamente aceita - considera-se também presente a pessoa que contrata por telefone ou por meio de comunicação semelhante;
II - se, feita sem prazo a pessoa ausente, tiver decorrido tempo suficiente para chegar à resposta ao conhecimento do proponente;
III - se, feita a pessoa ausente, não tiver sido expedida a resposta dentro do prazo dado;
IV - se, antes dela, ou simultaneamente, chegar ao conhecimento da outra parte a retratação do proponente.
A oferta poderá ser revogada pela mesma via de sua divulgação, desde que ressalvada esta faculdade na oferta realizada.
1.2.2. Fase de aceitação (oblação)
A aceitação é a aquiescência a uma proposta formulada, ou seja, é a concordância com uma proposta realizada.
Para ser eficaz uma proposta necessita chegar ao conhecimento do proponente e sua aceitação represente a manifestação de vontade da outra parte à proposta, podendo ser feita de forma expressa ou tácita.
Maria Helena Diniz (DINIZ, 2008, pg. 79) nos traz expressamente à definição e os requisitos necessários da aceitação:
A aceitação da proposta por parte do solicitado é o fecho do ciclo consensual, constituindo-se na segunda fase para a formação do vínculo contratual. A aceitação está intimamente ligada a oferta no iter da formação do Contrato, pois sem ela não se terá negócio jurídico contratual e a proposta não obrigará o policitante.
Cabe destacar que o aceitante não poderá alterar o conteúdo da proposta pois caracterizará uma contraproposta, ou seja uma nova proposta. Assim, a aceitação fora do prazo, com adições de conteúdo ou supressão, importará nova em proposta.
Paulo Lôbo (LÔBO, 2011, Pg. 84) discorre acerca da aceitação feita fora do prazo ou com modificações, se convertendo em uma nova proposta:
 “se a aceitação for feita fora do prazo, com adições, restrições, ou modificações, importará em nova proposta. Ou seja, caso a aquiescência não seja integral, mas feita intempestivamente ou com alterações (restritivas ou ampliativas), converter-se-á em contraproposta, nos termos do art. 431 do Código Civil”.
A maioria da jurisprudência brasileira, entende que a nova proposta, também conhecida como contraproposta realizada pelo oblato, não obriga os primeiros proponentes, não havendo responsabilidade alguma por perdas e danos. Trazemos como exemplo o entendimento do Tribunal de Justiça do Estado Paraná, vejamos:
DECISÃO: Acordam os integrantes da 18ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná em negar provimento ao apelo, nos termos do voto do relator. EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE RESCISÃO CONTRATUAL CUMULADA COM PERDAS E DANOS. PROPOSTA DE COMPRA E VENDA DE IMÓVEL DESTINADA AO LOCATÁRIO. VALOR CERTO (140.000,00). ALEGADA ACEITAÇÃO E CONSEQUENTE VINCULAÇÃO DO PRO- PONENTE. TESE FUNDADA NO ART. 4271 DO CÓDIGO CIVIL. INAPLICABILIDADE. ACEITAÇÃO REALIZADA COM MODIFICAÇÕES (PARCELAMENTO, OFERTA DE AUTOMÓVEL E OBTENÇÃO DE FINANCIAMENTO). FATO QUE IMPLICA CONTRAPROPOSTA. AUSÊNCIA DE ACEITAÇÃO PELOS PROPRIETÁRIOS. INCIDÊNCIA DO ART. 4312 DO CÓDIGO CIVIL. IMPROCEDÊNCIA. SENTENÇA MANTIDA. FUNDAMENTOS DISTINTOS. 1. A proposta de compra e venda de imóvel formulada em valor certo e determinado não vincula o proponente quando o -__ 1 Art. 427 - A proposta de contrato obriga o proponente, se o contrário não resultar dos termos dela, da natureza do negócio, ou das circunstâncias do caso. 2. Art. 431do CC- A aceitação fora do prazo, com adições, restrições, ou modificações, importará nova proposta. Oblato, ao invés de simplesmente aceitá-la, fórmula nova proposta. 2. Com a contraproposta, a qual consistiu em parcelamento, oferta de automóvel e obtenção de financiamento, inverteram-se as posições de proponente e oblato, de modo que apenas a aceitação vincularia os proprietários, os quais, todavia, recusaram-na. Apelação não provida. (TJPR - 18ª C. Cível - AC - 1511731-8 - Curitiba - Rel.: Pericles Bellusci de Batista Pereira - Unânime - J. 27.07.2016).
Assim a aceitação representa a intenção definitiva do oblato acerca da oferta, podendo ser concluso o contrato nas condições em que o ofertante estabeleceu.
Cabe destacar que se considera celebrado o contrato a partir de sua expedição, salvo se estiver expresso o prazo de validade e já estiver expedida, conforme Teoria da Expedição adotada pelo Código Civil de 2002 em seu artigo 434. Já a teoria da expedição prevista no inciso II do referido artigo que aduz que considerar-se celebrado o contrato quando o proponente se comprometer a esperar a expedição da resposta e não apenas a expedição dela.
1.2.2.1 Contrato Preliminar
Cabe destacar que a fase do contrato preliminar, previsto nos artigos 462 e 466 do CC, não é requisito obrigatório, podendo ser dispensado pelas partes.
Os elementos que constituem o contrato preliminar são o consenso entre as partes quanto à realização de um contrato futuro e o consenso quanto aos elementos essenciais que irão compor o contrato, como prazo de pagamento, local do pagamento, objeto contratual etc.
O contrato preliminar é regido pelo princípio consensualista ou seja não há imposição quanto à forma a ser celebrado, nos termos do art 462 do Código Civil, sendo exigido tão somente o registro público para surtir seus efeitos perante terceiros uma vez que entre as partes o contrato preliminar pode ser executado mesmo sem o registro prévio: 
Art. 462. O contrato preliminar, exceto quanto à forma, deve conter todos os requisitos essenciais ao contrato a ser celebrado.
Art. 463. Concluído o contrato preliminar, com observância do disposto no artigo antecedente, e desde que dele não conste cláusula de arrependimento, qualquer das partes terá o direito de exigir a celebração do definitivo, assinando prazo à outra para que o efetive.
Parágrafo único. O contrato preliminar deverá ser levado ao registro competente.
Cumpre salientar que de acordo com a tutela da confiança, a qual proíbe o comportamento contraditório, venire contra factum proprium, é o cerne da responsabilidade civil pré-contratual, tendo em vista que se espera o comportamento leal da outra parte, prosseguindo com a celebração do contrato definitivo. 
Corroborando com tal entendimento Orlando Gomes assim expressou:
“... Se um dos interessados, por sua atitude, cria para outro a expectativa de contratar, obrigando-o, inclusive, a fazer despesas para possibilitar a realização do contrato, e, depois, sem qualquer motivo, põe termo às negociações, o outro terá o direito de ser ressarcido dos danos que sofreu. ”
O Tribunal de Justiça do Estado do Paraná entendeu pelo pagamento de perdas e danos ao contratante que se recusou a cumprir o contrato preliminar, alterando as condiçõesdo preço devidamente pactuadas anteriormente, vejamos:
RECURSO INOMINADO. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS. CONTRATO PRELIMINAR. JUSTAS EXPECTATIVAS NA CONTRATAÇÃO. POSTERIOR DIVERGÊNCIA DE PREÇO E RECUSA DA RECLAMADA EM EXECUTAR O CONTRATO. RESPONSABILIDADE PRÉ-CONTRATUAL. BOA-FÉ OBJETIVA. DANOS MATERIAIS CONFIGURADOS. SENTENÇA MANTIDA POR SEUS PRÓPRIOS FUNDAMENTOS. Recurso conhecido e desprovido” (TJ-PR, Relator: Eveline Zanoni de Andrade, Data de Julgamento: 29/10/2014, 1ª Turma Recursal).
Assim, quando não houver interesse do credor na execução específica ou não for possível promovê-la é que se resolverá a obrigação em perdas e danos conforme determina os artigos 464 e 465 do Código Civil.
Nesse sentido a coisa devida é o contrato definitivo, que deverá ser outorgado e somente quando não for possível ou indesejado pelo credor é que se resolverá em prestação pecuniária equivalente. 
1.2.2.2. Contrato definitivo
O contrato definitivo representa o encontro de vontades originário da liberdade das partes de contratar, ou seja, a autonomia privada.
Nesse momento que ocorre após a aceitação o contrato reputa-se aperfeiçoado e passará a gerar todas as suas consequências.
Sendo o contrato um negócio jurídico bilateral devendo obedecer a todos os pressupostos: Agente capaz; Objeto lícito, possível, determinado ou determinável; e Forma prescrita ou não defesa em lei.
Assim, os requisitos de um contrato são divididos em objetivos, subjetivo e formais.
Os requisitos objetivos referem se ao objeto do contrato, devendo ser lícito, possível e determinável ou determinado, conforme previsto no inciso II do art. 104 do Código Civil de 2002. Refere-se a possibilidade jurídica do objeto do contrato, que não pode atentar contra a lei e deverá ser humanamente possível.
Os requisitos subjetivos são dizem respeito a capacidade das partes contratantes de agir e de praticar os atos da vida civil, que devem observar os requisitos dos artigos 3º e 4º do diploma civil brasileiro sob pena do negócio ser nulo ou anulável, deve ainda ter a aptidão específica para contratar, o consentimento, que deve ser livre e espontâneo, e a pluralidade das partes, vez que são necessárias pelo menos duas pessoas físicas ou jurídicas para que o contrato exista.
Já os requisitos formais referem-se a forma exigida pela lei, podendo a declaração da vontade, de acordo com o artigo 107 do CC, ser livre quando a lei não expressamente exigir e desde que não seja defesa em lei e que tenha forma prescrita.
São ainda pressupostos do contrato a capacidade das partes, a idoneidade do objeto e a legitimação para realizá-lo.
Cabe destacar que conforme o art. 463 do Código Civil o juiz poderá suprir a vontade do devedor, conferindo caráter definitivo ao contrato principal ou ainda permitir ao comprador exigir o pagamento de perdas e danos por parte do vendedor inadimplente.
O Acórdão da Apelação Cível nº 70040566291, da Décima Sétima Câmara Cível da Comarca de Porto Alegre, considerando-se que os requisitos de validade para os contratos preliminares são semelhantes àqueles necessários à celebração do contrato definitivo conferiu caráter definitivo ao contrato preliminar: “Assim não importa se a promessa de compra e venda firmada entre as partes mais se afeiçoa a um contrato preliminar ou ao contrato definitivo, porque os requisitos materiais de validade são os mesmos em ambos os casos e, o requisito formal, ao que se viu, pode inclusive ser suprido pelo juiz” (2011. AC 7004056691RS).
2) Fase Contratual
Na fase contratual estará aperfeiçoado o contrato, e este poderá gerar todas as suas consequências. Referida fase se inicia com a conclusão do contrato, sua execução finaliza com a extinção do contrato.
Nessa fase as partes vão buscar o cumprimento das obrigações impostas pelo instrumento contratual.
A fase contratual abrange três fases: a fase de execução do Contrato e a fase de Encerramento ou Extinção do contrato.
a) Fase de Execução Contratual
Na fase de execução propriamente dita ocorre as entregas do objeto do contrato, pois o contrato deverá ser cumprido de acordo com o estipulado, dentro do prazo previamente estipulado e no lugar definido no contrato, sob pena de descumprimento contratual.
Nessa fase o contrato já se encontra formado, gerando de pleno todas as obrigações para ambas as partes que compõe a relação jurídica estabelecida. Nessa fase reputam-se os efeitos de eventual inadimplemento contratual, previsto no art. 389 e seguintes da lei civil, gerando assim a responsabilidade civil contratual.
Nesse sentido as partes devem buscar a realização do estipulado contratualmente de modo a satisfazer os interesses legítimos do credor quanto ao objeto contratual, concretizando assim o resultado útil estipulado.
Durante a execução contratual poderá ainda ocorrer a necessidade de sua revisão, como ocorre nos casos de onerosidade excessiva decorrente de causa superveniente, no qual caso a parte não prejudicada poderá concordar em alterar suas bases para evitar sua extinção, nos termos do artigo 479 do Código Civil. 
Deverá ainda ser observados os efeitos do contrato que porventura afetem terceiros, como ocorre nos artigos 436 a 438 do Código Civil (estipulação em favor de terceiro); no artigo (artigos 439 e 440 do CC (promessa de fato de terceiro) e no artigo 467 do Código Civil (contrato com pessoa a declarar).
As partes devem ainda na execução contratual guardar a boa-fé agindo com lealdade, fidelidade e clareza recíproca em suas ações conforme descreve GUIMARÃES e MEZZALIRA (2017):
Cumpre destacar que o princípio da boa-fé contratual é um dever imposto às partes: agir com lealdade e retidão (com correção) durante todas as etapas de um contrato – tratativas pré-negociais; execução e conclusão do contrato, conforme prevê o artigo 422 do Código Civil:
Artigo 422 CC/2002: Os contratantes são obrigados a guardar, assim na conclusão do contrato, como em sua execução, os princípios de probidade e boa-fé.
b) Fase de Extinção Contratual
 Os contratos tais como os negócios jurídicos possuem um ciclo de vida, nascem em razão do acordo de vontades, produzem seus efeitos e extinguem.
Em geral a extinção dos contratos se dá pela sua execução, pois o cumprimento da prestação pactuada libera o devedor e satisfaz o credor.
Conclui-se assim que os direitos e as obrigações originadas pelo Contrato também se exaurem quando da sua extinção.
Nesse sentido José Fernando Simão (SIMÃO, 2008, pag. 112) afirma a respeito da extinçao do contrato:
“O contrato é celebrado pelas partes para ser cumprido. Então Podemos concluir que forma natural de extinção do Contrato é o seu cumprimento pelas partes. É a sua execução ou adimplemento. Com o cumprimento, o Contrato atinge seu fim precípuo e se extingue. Entretanto, nem sempre a causa de extinção é o cumprimento. Em determinada situações, o contrato se extingue por causas simultâneas ou anteriores à sua formação, antes mesmo de atingindo seu fim.
Verifica-se assim que a regra natural de extinção de um contrato se dá pelo seu cumprimento integral, todavia há certos casos em que o contrato se extingue por motivos anteriores ou simultâneos a sua formação. São os casos de nulidade absoluta, que ocorre quando a própria lei retira os efeitos jurídicos de um contrato que não possui os pressupostos de validade do negócio jurídico. 
Os vícios essenciais que tornam os contratos nulos estão previstos nos artigos 166, incisos VII e artigos 167 e 169 do Código Civil.
Pode ainda ocorrer causas supervenientes que provocarão a extinção dos contratos, o que é denominado de rescisão contratual.
As espécies de rescisão do Contrato em função de causas posteriores à sua formação pode ser: 
a) Resolução: ocorre em decorrência do inadimplemento contratual
b) Resilição: ocorre pela vontade de um ou de ambos os contratantes
c) Morte: falecimento de uma das partes caso o contrato seja intuito personae e
d) Rescisão: ocorre em razão de vício de formação do contrato ou culpa de um dos contratantes.
3) Fase Pós-ContratualA fase pós-contratual tem início logo após o fim do pacto estabelecido entre as partes e alcançará todas as situações que possam impactar o efetivo gozo de direitos e vantagens pelas partes em razão do estabelecido contratualmente.
GARANTIAS PÓS-CUMPRIMENTO DO CONTRATO: As partes devem agir com lealdade durante todas as fases contratuais, respeitando os deveres da boa-fé e da probidade antes, durante e após o cumprimento do contrato.
Caso um dos contratantes após a extinção do contrato adotar ações contrárias à boa-fé prejudicando a outra parte tal atitude ensejará responsabilidade mesmo com o contrato findado.
Assim, há hipóteses em que a parte ainda se responsabilizará pelos seus atos mesmo após a extinção do contrato, é o que denominamos de Garantias pós-cumprimento contratual.
Além das garantias prestadas pelas partes para garantir a execução contratual, os contratos possuem garantias gerais, as quais estão presente na maioria dos contratos mesmo após sua extinção, estando previstas na Parte Geral do CC, sendo os vícios redibitórios e a evicção.
a) VÍCIOS REDIBITÓRIOS: são falhas ocultas na coisa que representa o objeto do contrato. Os vícios redibitórios são tratados nos artigos 441 a 446 do Código Civil.
Cabe destacar que o Código de Defesa do Consumidor caracteriza ainda os vícios, mas a teoria geral dos vícios no CDC é mais ampla (os vícios podem ser ocultos ou aparentes).
Quanto aos seus efeitos a presença dos vícios redibitórios podem prejudicar o uso da coisa ou reduzir o seu valor.
 Cabe destacar que comprovado os vícios redibitórios estes garantem ao adquirente da coisa, duas formas de tutela (de proteção): o desfazimento do negócio (redibição do contrato) ou o abatimento do preço pactuado.
Cabe destacar que a alegação de vício redibitório deverá ser feita dentro do prazo estipulado na lei sob pena de decadência, sendo 30 dias para bens móveis contados a partir da entrega da coisa. Para vícios complexos, ou seja, aqueles que só se manifestam com o uso reiterado o prazo será de 180 dias e para os bens imóveis o prazo é de um ano constados da transferência da entrega da coisa.
b) EVICÇÃO: caracteriza-se pela perda total ou parcialmente, da posse ou propriedade de uma coisa, para terceiro em decorrência de uma sentença judicial ou decisão administrativa. Nesse caso a decisão ou sentença atribui a um terceiro a posse ou propriedade do bem tendo em vista que o alienante não era o titular legítimo do direito sobre o objeto.
Cabe salientar que a garantia de evicção pode ser reduzida ou até mesmo afastada através da inclusão de cláusula contratual expressa, em se tratando de relação civil uma vez que na esfera consumerista trata-se de cláusula abusiva e, portanto, nula.
	Possibilidades de inadimplemento e consequências possíveis
[...] o adimplemento substancial consiste em um resultado tão próximo do almejado, que não chega a abalar a reciprocidade, o sinalagma das prestações respectivas. Por isso mantem-se o contrato, concedendo-se o credor direito a ser ressarcido pelo defeito da prestação, porque o prejuízo, ainda que secundário, se existe deve ser reparado.
	A purgação da mora é um ato jurídico em que o sujeito que se encontra em mora no cumprimento de sua obrigação neutraliza os efeitos do seu retardamento, ofertando a prestação devida ou aceitando-a no tempo, lugar e forma estabelecidos pela lei ou pelo título da obrigação, estando prevista no artigo 401 do Código Civil.
No caso do devedor a purgação da mora ocorre com a sua oferta real, a correspondendo a prestação principal além da importância dos prejuízos decorrentes do atraso. No caso de prestação pecuniária, deverá ser corrigida monetariamente, caso seja necessário.
Em se tratando do credor ocorre a purgação da mora quando oferecendo-se este a receber o pagamento e sujeitando-se aos efeitos da mora até a mesma data. O credor deverá indenizar o devedor por todos os prejuízos que este experimentou por força de seu atraso.
Poderá ainda ser estipulado contratualmente cláusula penal que não substitui o cumprimento da obrigação, mas será cobrada cumulativamente com a prestação devida.
Após o pagamento e cumprimento da obrigação o contrato voltará seu fluxo normal, cabendo a cada uma das partes sua execução.
Nesse sentido o Tribunal de Justiça do Estado do Paraná entendeu pela não rescisão contratual tendo em vista que houve inadimplemento mínimo, vejamos:
CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. APELAÇÃO. DUAS AÇÕES JULGADAS ATRAVÉS DA MESMA SENTENÇA. AÇÃO DE RESILIÇÃO UNILATERAL DE CONTRATO E AÇÃO RESOLUTÓRIA DE CONTRATO C/C PERDAS E DANOS E MANUTENÇÃO DE POSSE. SENTENÇA DE PROCEDÊNCIA DO PEDIDO DE RESILIÇÃO E IMPROCEDÊNCIA DO PEDIDO DE RESOLUÇÃO. CONTRATO DE COMPRA E VENDA DE PONTO COMERCIAL. INSURGÊNCIA PELO ADQUIRENTE DO PONTO. 1. ALEGAÇÃO DE IMPOSSIBILIDADE DE RESILIÇÃO UNILATERAL DO CONTRATO. PROVIMENTO. CONTRATO DE EXECUÇÃO INSTANTÂNEA. INVIABILIDADE DE EXTINÇÃO DA AVENÇA POR VONTADE UNILATERAL. 2. PEDIDO DE RESCISÃO DO CONTRATO POR INADIMPLEMENTO PARCIAL DA AVENÇA. DESCUMPRIMENTO MÍNIMO.ABUSO DE DIREITO. PRINCÍPIOS DA FUNÇÃO SOCIAL DO CONTRATO E DA BOA-FÉ. ADIMPLEMENTO SUBSTANCIAL. IMPOSSIBILIDADE DE RESCISÃO.PRECEDENTES DO STJ. CONDENAÇÃO DO INADIMPLENTE AO PAGAMENTO DO SALDO DEVEDOR.3. REDISTRIBUIÇÃO DOS ENCARGOS DE SUCUMBÊNCIA, DE ACORDO COM O DECAIMENTO SOFRIDO PELAS PARTES.1. "A resilição unilateral pode ocorrer somente nas obrigações duradouras, contra a sua renovação ou continuação, independentemente do não cumprimento da outra parte, nos casos permitidos na lei (p. ex., denúncia prevista nos arts. 6º, 46, § 2º e 57 da Lei n. 8.245, de 18-10- 1991, sobre locação de imóveis urbanos) ou no contrato." (GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro: Contratos e Atos Unilaterais, v. 3, 8. ed. São Paulo: Saraiva, 2011. p. 203-205).2. "O inadimplemento mínimo impede a adoção do remédio resolutório em situações caracterizadas pelo cumprimento de substancial parcela do contrato pelo devedor que não tenha suportado adimplir pequena parcela da obrigação. O desfazimento do contrato acarretaria sacrifício desproporcional comparativamente à sua manutenção, sendo coerente que o credor procure a tutela adequada à percepção das prestações inadimplidas. Destarte, em tais situações de lesão ao princípio da boa-fé objetiva, é possível atender ao pedido subsidiário de cumprimento, evitando o sacrifício excessivo do devedor em face do pequeno vulto do débito." (Código Civil Comentado: Doutrina e Jurisprudência. Coordenador Cezar Peluso. 9 ed.ver. e atualiz. Barueri, SP: Manole, 2015, p. 505-506.) RECURSO CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO.
1) Inadimplemento Absoluto
Já o inadimplemento absoluto ou em sentido estrito ocorre quando a obrigação é inteiramente descumprida não sendo possível o cumprimento da obrigação, tendo em vista que há o desaparecimento do objeto do contrato, não sendo mais útil para o propósito a que foi concebido, podendo o credor resolver a obrigação em perdas e danos:
Conforme artigo 395 do Código Civil a obrigação será resolvida em perdas e danos:
Art. 395. Responde o devedor pelos prejuízos a que sua mora der causa, mais juros, atualização dos valores monetários segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, e honorários de advogado.
Parágrafo único. Se a prestação, devido à mora, se tornar inútil ao credor, este poderá enjeitá-la, e exigir a satisfação das perdas e danos.
 Caso haja cláusula penal estipulada no contrato será permitido ao credor a execução imediata do valor da cláusula sem a necessidade de provar ter sofrido perdas e danos. Nesse caso trata-se cláusula penal compensatória.
A grande diferença entre Inadimplemento Absoluto e o Relativo é bem definida por Tepedino e Heloisa Helena (TEPEDINO e MOARES, 2007, PAGS. 696/697)
Ocorre o inadimplemento absoluto quando a obrigação deixa definitivamente de ser cumprida pelo devedor, em oposição à mora, hipótese de não cumprimento da obrigação na forma, lugar ou tempo devidos (CC, art. 394). Para que haja mora, todavia, é preciso que seja possível o cumprimento,ainda que tardio, da obrigação. Deixando de sê-lo, a mora não tem lugar: o devedor torna-se absolutamente inadimplente. Daí por que Agostinho Alvim afirma, como caráter distintivo entre o inadimplemento absoluto e a mora, a possibilidade ou impossibilidade da prestação, do ponto de vista do credor e não do devedor.
Cabe destacar que a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça vem adotando aplicação da teoria do adimplemento substancial no sentido de que “o credor fica impedido de rescindir o contrato, caso haja cumprimento de parte essencial da obrigação assumida pelo devedor; porém não perde o direito de obter o restante do crédito, podendo ajuizar ação de cobrança para tanto”.
Assim como preceitua o artigo 421 do CC, a extinção do contrato é a última solução jurídica dada ao caso, a última ratio, tendo em vista que a função social do contrato, decorrente do princípio da conservação do acordo, e devidamente disposto no enunciado n. 22, aprovado na I jornada de Direito Civil, promovida pelo Conselho da Justiça Federal.
Depreende-se assim que, apenas as infrações contratuais significativas e relevantes, ou seja, os descumprimentos que frustrem a finalidade do próprio contrato, e que ofendem cláusulas essenciais, as obrigações principais, e não as acessórias e complementares, é que enseja a caracterização jurídica do inadimplemento definitivo e absoluto, bem como a consequente extinção da avença.
2) Inadimplemento Antes do termo
O inadimplemento anterior ao termo, ou inadimplemento antecipado, refere-se à possibilidade de que seja reconhecido, na relação obrigacional, o inadimplemento da prestação devida pelo devedor antes do advento de seu termo.
Nesse caso já existe justo motivo para o credor acreditar na quebra do contrato, devendo adotar medida preventiva, conforme prevê o artigo 477 do Código Civil, vejamos:
Artigo 477. Se, depois de concluído o contrato, sobrevier a uma das partes contratantes diminuição em seu patrimônio capaz de comprometer ou tornar duvidosa a prestação pela qual se obrigou, pode a outra recusar-se à prestação que lhe incumbe, até que aquela satisfaça a que lhe compete ou dê garantia bastante de satisfazê-la.
3) Violação Positiva do Contrato
A violação positiva do contrato ou cumprimento defeituoso ou cumprimento imperfeito é uma espécie de inadimplemento contratual a imputar responsabilidade contratual objetiva àquele que viola direitos anexos do contrato.
Cabe destacar que a violação positiva do contrato não decorrerá do descumprimento da prestação principal do contrato, mas sim da inobservância dos deveres anexos decorrentes do princípio da boa-fé objetiva em sua função de proteção e de tutela.
A violação desses deveres anexos pode ser caracterizada pelo descumprimento do dever de informação, de proteção, de assistência, de cooperação, e de sigilo.
Nesse sentido o Tribunal de justiça do estado de São Paulo decidiu:
Ementa: Contrato de venda e instalação de mármore e granito. Prestação defeituosa do serviço e pedras de qualidade insatisfatória. Violação positiva do contrato. Boa-fé objetiva. Procedência do pedido de indenização por inadimplemento do contrato. Acolhimento. Reconvenção rejeitada. Recurso provido. – (Apelação Com Revisão 1103592002 - Data do julgamento: 07/04/2008)
C. STJ ratifica a objetividade da responsabilidade, conforme se depreende do AREsp 262.823, Rel. Min. Maria Isabel Gallotti, julgado em 29/04/2015:
“Da boa-fé objetiva contratual derivam os chamados deveres anexos ou laterais, entre os quais o dever de informação, colaboração e cooperação. A inobservância desses deveres gera a violação positiva do contrato e sua consequente reparação civil, independente de culpa.”
Assim o instituto da violação positiva do contrato objetiva garantir e respeitar os direitos fundamentais mesmo nas relações privadas.
ções privadas.
	Fluxograma
BECKER, Anelise. A doutrina do adimplemento substancial no Direito Brasileiro e em perspectiva comparativista. In Revista da Faculdade de Direito da UFRGS. Porto Alegre: Ed. Livraria do Advogado, 1993.
	COSTA JÚNIOR, Ademir de Oliveira. A responsabilidade “post factum finitum” no direito civil e do consumidor. Revista Jus Navigandi, Teresina, ano 12, n. 1305, 27 jan. 2007. Disponível em: <http://jus.com.br/artigos/9434&gt;>. Acesso em 25 de junho de 2020.
DINIZ, Maria Helena. Curso de direito civil brasileiro. Vol. 3. São Paulo: Saraiva, 2008. Pag. 30.
GAGLIANO, Pablo Stolze; PAMPLONA FILHO, Rodolfo. Novo curso de direito civil, volume 4: contratos, tomo I: teoria geral. 8. ed. São Paulo: Saraiva, 2012, p. 101. 
GUIMARÃES, Luis Paulo Cotrim; MEZZALIRA, Samuel. Artigo 422. Site DireitocomPontocom. Disponível em: <https://www.direitocom.com/sem-categoria/artigo-422-4>. Acesso em 24 de junho de 2020.
GOMES, Marcia Pelissari. Aceitação nos Contratos. Disponível em: <http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=138&gt>. Acesso em 26 de junho de 2020.
GOMES Orlando. Contratos. 26. Ed. Rio de Janeiro: Forense, 2009. Acesso em 25 de junho de 2020.
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KÜMPEL, Vitor Frederico. Direito Civil: direito dos contratos. v. 3. 2 ed. São Paulo: Saraiva. 2008. Pags. 57 e 58.
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RIZZARDO, Arnaldo. Contratos: Lei nº. 10.406, de 10-01-2002. Ed. Rio de Janeiro: Forense, 2008. pag. 46. 
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TEPEDINO, Gustavo, BARBOSA, Heloisa Helena, MORAES, Maria Celina Bodin. Código Civil interpretado conforme a Constituição da República, vol. 1. 2 ed. Rio de Janeiro: Renovar, 2007, p. 696/697
VARGAS, Amanda Cruz. As fases da responsabilidade contratual e suas implicações nas relações consumeristas fomentadas pela publicidade. In: Âmbito Jurídico, Rio Grande, XIV, n. 88, maio 2011. Disponível em: <http://www.ambito-<juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=9443&gt;.> Acesso em 24 de junho de 2020.
	
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