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GRA1587 - Engenharia de Manutenção e Confiabilidade (apostila 4)

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27/09/2022 12:51 Ead.br
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introdução
Introdução
Um dos métodos mais básicos de se efetuar a manutenção, a lubri�cação, é, sem sombra de
dúvidas, o preferido entre os especialistas, sendo a mais simples e mais barata forma de manter um
equipamento ou componente em operação, por conservá-lo. Sobretudo em sistemas críticos e de
regimes operacionais intensos, a lubri�cação tem sido ponto focal nesse processo de garantia da
disponibilidade e da con�abilidade. Embora muito comum no meio industrial, ela é ainda pouco
estudada e atentada como ciência.
ENGENHARIA DE MANUTENÇÃO EENGENHARIA DE MANUTENÇÃO E
CONFIABILIDADECONFIABILIDADE
LUBRIFICAÇÃO E NR12LUBRIFICAÇÃO E NR12
Autor: Me. Luis Carlos Simei
Revisor : Hugo Estevam de Sa les Câmara
IN IC IAR
27/09/2022 12:51 Ead.br
https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=Kprlg%2bQPBUr15hC%2bXQVPXw%3d%3d&l=oh4whqcmitZmTRzPXZCkvA%3d%3d&cd=… 2/33
Frente à contínua melhoria da con�abilidade dos ativos, são feitas análises complicadíssimas e
introduzidos materiais mais nobres ou sobressalentes de origem comprovada e rastreada, sendo
que isso tudo pode ser inútil se a lubri�cação for negligenciada. Nesta unidade, trataremos os
conceitos básicos de lubri�cação e os lubri�cantes, assim como as medidas de controle e ensaios e
formas de aplicação. Trataremos, ainda, sobre as NRs, com ênfase na NR-12, norma
regulamentadora que trata da segurança e proteção mecânica nas máquinas.
27/09/2022 12:51 Ead.br
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Para Carreteiro e Belmiro (2007), a lubri�cação pode ser considerada a ação de se introduzir uma
substância qualquer entre duas superfícies sólidas que estejam em contato e que estejam em
interação para criação de movimentos relativos. Essa substância visa reduzir o atrito, podendo ser:
um elemento gasoso (ar), um elemento �uídico (óleos) e/ou um elemento sólido (graxa), tratado de
forma técnica pelo termo lubri�cante .
O que é Lubri�icação?
A lubri�cação industrial, de fato, é uma manutenção preventiva que, quando administrada de forma
correta, aumenta a disponibilidade das máquinas, de�nindo-se, assim, como uma ferramenta e�caz
na diminuição de custos e aumento de produtividade nas indústrias (DUARTE JR., 2005).
Segundo Carreteiro e Belmiro (2007), são muitos os fatores que têm nos levado a adotar a
lubri�cação como meio mais básico de manutenção e conservação de um item ou um conjunto,
sendo que, com base no fator mais básico e primordial já mencionado anteriormente – redução do
atrito entre superfícies –, outros inúmeros objetivos podem ser alcançados, sendo os fundamentais:
1. proporciona menor dissipação de energia na forma de calor;
2. reduz a temperatura, pois o lubri�cante também refrigera a superfície;
3. controla e reduz a corrosão e oxidação;
4. reduz vibrações e ruídos;
5. proporciona vedação entre partes móveis;
6. proporciona a limpeza de superfícies e remoção de contaminantes;
7. reduz o desgaste, com base na eliminação do atrito.
Demais fatores de seleção, assim como os objetivos acima citados, são estudados e levados em
consideração frente aos critérios da tribologia.
Tribologia
Tribologia é a ciência e a tecnologia de todos os sistemas em movimento (com contato mútuo), que
compreende o estudo do atrito, do desgaste e da lubri�cação. Nela, ainda se fazem presentes alguns
outros aspectos relacionados com a interação entre diversos tipos de metais no que tange ao
desgaste.
Lubri�caçãoLubri�cação
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O atrito é o principal componente do desgaste mecânico. Por de�nição, o atrito é a força de
resistência ao movimento, a qual depende diretamente da natureza do material das peças em
contato. É representado pela letra grega 𝛍 (mu).
O atrito traz consequências indesejáveis, sendo as mais relevantes:
Geração de calor: liberação de energia térmica pela ação do atrito.
Dano na superfície atritada: desgaste da superfície atritada em razão do arrancamento de
material.
Consumo de energia: e�ciência reduzida em função do excesso de energia despendido
para suprir a energia consumida no atrito.
Tais consequências causam impactos signi�cativos na operação, tais como: perdas �nanceiras e
diminuição do desempenho das máquinas, componentes e conjuntos mecânicos.
Classi�icação dos Módulos de Atrito
O atrito é, de certa forma, classi�cado pela sua forma de apresentação: atrito dinâmico e atrito
estático. Contudo, a classi�cação mais comum e mais importante para o estudo da tribologia é feita
com base na intensidade da força entre os corpos atritados, chamada de módulo de atrito.
O atrito é classi�cado em três módulos. Vejamos, detalhadamente, cada um deles:
1º: Atrito de Deslizamento
Ocorre quando há uma ação totalmente verticalizada da carga, atritando as duas superfícies com
intensidade, em razão da inexistência de qualquer intermediário.
Como exemplos de atrito de deslizamento temos:
mancais de buchas;
guias prismáticas e “rabos-de-andorinha”;
hastes de cilindros pneumáticos e hidráulicos;
barramentos de máquinas operatrizes.
2º: Atrito de Rolamento
Ocorre quando há uma ação da carga distribuída, com um corpo intermediário (de rolamento) entre
as duas superfícies. No atrito de rolamento, a resistência se dá, sobretudo, por deformações. As
superfícies elásticas (que sofrem deformações temporárias) oferecem menor resistência ao
rolamento do que as superfícies plásticas (que sofrem deformações permanentes).
Como exemplos de atrito de rolamento temos:
rolamentos de rolos;
rolamentos de esferas;
rótulas de cardans;
rodízios.
3º: Atrito Fluídico
Ocorre quando há uma ação mais horizontal da carga, com uma superfície adesiva, �uídica, entre as
duas superfícies.
Como exemplos de atrito �uídico temos:
colchões de ar;
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leitos �uidizados;
mancais hidrodinâmicos;
escoamento de �uido em condutos.
Regimes de Lubri�icação
Como já mencionado, ao colocarmos duas superfícies em contato mútuo, uma sobre a outra,
inevitavelmente, ocorrerá atrito. O atrito poderá assumir características distintas em função de
alguns fatores, como: rugosidade das superfícies, tipo do material destas placas, distância entre as
placas e força aplicada pelas placas (uma sobre a outra) (DUARTE JR., 2005).
Para mitigar a ação do atrito, logicamente especi�cado para cada tipo de material e conjunto, é
necessário de�nir o tipo de ação de lubri�cação, também conhecido como regime de lubri�cação.
Os regimes de lubri�cação comumente conhecidos são: Lubri�cação Hidrodinâmica, Lubri�cação
Limítrofe e Lubri�cação Mista.
I. Lubri�cação Hidrodinâmica
A Lubri�cação Hidrodinâmica ocorre quando duas superfícies em movimento relativo são separadas
por um �lme de lubri�cante. O regime de lubri�cação hidrodinâmico acontece quando a espessura
desse �lme lubril entre as superfícies deslizantes é maior que três vezes a rugosidade combinada
das partes em contato.
II. Lubri�cação Limítrofe (ou Lubri�cação Marginal)
A Lubri�cação Limítrofe, também chamada de Lubri�cação Marginal, ocorre quando a espessura do
�lme lubril entre as superfícies deslizantes é menor que a rugosidade combinada das duas
superfícies. Nesse caso, há um pequeno contato entre as faces, e a força de sustentação da carga é
suportada pelo contato entre elas.
III. Lubri�cação Mista
A Lubri�cação Mista é um misto entre os dois primeiros regimes apresentados (Hidrodinâmica e
Limítrofe). Esse regime de lubri�cação ocorre quando a espessura do �lme lubril é uma a três vezes
maior que a rugosidade combinada das duas faces. Nessecaso, parte da peça opera no regime
hidrodinâmico e parte no regime marginal.
Nessa seleção do regime de lubri�cação, é comum adotar a razão entre a distância entre as
superfícies de deslizamento e a rugosidade combinada das superfícies de deslizamento, sendo este
de�nido pela Curva de Stribeck, conforme apresenta a Figura 4.1.
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A Curva de Stribeck apresenta a relação dos regimes de lubri�cação em função do parâmetro do
�lme, levando em conta o coe�ciente de atrito e a rugosidade.
praticar
Vamos Praticar
A lubri�cação é, geralmente, considerada um modo básico de se praticar manutenção e conservação de um
item ou um conjunto, já que esta tem como foco a redução do atrito entre superfícies. Alguns fatores
característicos são levados em conta quando necessitamos selecionar e adotar uma rotina de lubri�cação.
Assinale a alternativa que representa um desses fatores característicos que a lubri�cação possui e que são
fundamentais nesse processo de seleção.
a) Reduzir a temperatura, pois o lubri�cante também refrigera a superfície.
b) Reduzir o espaço entre as duas superfícies de contato.
c) Aliviar a pressão exercida entre as duas superfícies de contato.
d) Melhorar a rugosidade super�cial de uma das superfícies.
e) Alterar a forma de apoio entre as duas superfícies de contato.
Figura 4.1 - Curva de Stribeck em função de t 
Fonte: Adaptada de Araújo, Cassiano e Costa (2004, p. 6).
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Segundo Carreteiro e Belmiro (2007), lubri�cante pode ser de�nido como qualquer substância
aplicada entre duas partes em contato mútuo, que visa reduzir o atrito. E este é escolhido em função
das características fornecidas pelo equipamento em que sofrerá a lubri�cação, com o conhecimento
da composição e observação das conclusões tiradas em serviços.
Os Lubri�icantes
Ainda segundo Carreteiro e Belmiro (2007), os lubri�cantes podem ser:
I. Gasosos – como o ar.
II. Líquidos – como os óleos em geral.
III. Semissólidos – como as graxas e os sólidos (gra�ta, o talco, a mica etc.).
Os lubri�cantes mais utilizados e comumente difundidos são os líquidos e os semissólidos. Esses
dois grupos representam a quase totalidade de aplicação nos sistemas e conjuntos mecânicos e no
que se refere à utilização de lubri�cantes na área industrial e automotiva.
A Figura 4.2 esboça a sistemática de seleção de um lubri�cante: 
Veri�ca-se, portanto, uma complexa análise, com várias variáveis. Daí a necessidade de um profundo
estudo quando se pretende selecionar o modelo correto de lubri�cação.
Lubri�cantesLubri�cantes
Figura 4.2 - Sistemática para a seleção de um lubri�cante 
Fonte: Elaborada pelo autor.
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Funções dos Lubri�icantes
As principais funções dos lubri�cantes, em suas diversas aplicações, são as seguintes:
Controle de atrito - transformando o atrito sólido em atrito �uido, reduzindo a perda de
energia.
Controle do desgaste - reduzindo ao mínimo o contato entre as superfícies, origem do
desgaste.
Controle da temperatura - absorvendo o calor gerado pelo contato de superfícies
(motores, operações de corte etc.).
Controle da corrosão - evitando que a ação de ácidos destrua os metais.
Amortecimento de choques - transferindo energia mecânica para energia �uida (como
nos amortecedores dos automóveis) e amortecendo o choque entre os dentes da
engrenagem.
Remoção de contaminantes (Limpeza) - evitando a formação de borras, lacas e vernizes.
Vedação - impedindo a saída de lubri�cantes e a entrada de partículas estranhas (função
das graxas) e a entrada de outros �uídos ou gases (função dos óleos nos cilindros de
motores e compressores).
Vale lembrar que essas são funções originais dos lubri�cantes, contudo, cada uma dessas funções,
ou um grupo delas, varia consideravelmente (ou se apresenta de forma mais expressiva) com o tipo
de lubri�cante.
Classi�icação dos Óleos Quanto à Origem
Os óleos podem ser classi�cados, quanto à sua origem, em quatro categorias:
I. Óleos minerais – são substâncias obtidas a partir do re�no do petróleo e, de acordo com sua
estrutura molecular, são classi�cadas em: óleos parafínicos, óleos aromáticos ou óleos naftênicos.
II. Óleos vegetais – são extraídos de sementes: soja, girassol, milho, algodão, arroz, mamona,
oiticica, babaçu etc.
III. Óleos animais – são extraídos de animais como a baleia, o cachalote, o bacalhau, a capivara etc.
IV. Óleos sintéticos – são produzidos em indústrias químicas que utilizam substâncias orgânicas e
inorgânicas para fabricá-los. Essas substâncias podem ser silicones, ésteres, resinas, glicerinas etc.
Os óleos acima citados são conhecidos óleos-base . Geralmente, esses óleos são utilizados em
misturas para formação de outros produtos, contudo, podem ser usados em algumas aplicações de
forma pura, como no caso dos óleos lubri�cantes minerais.
O Óleo Lubri�icante
A elaboração dos óleos lubri�cantes faz-se por meio de mistura adequada de diferentes óleos
básicos acabados, obtidos após os processos de re�nação. Essas misturas, feitas em proporções
exatas para a obtenção de viscosidades determinadas, são completadas com outros tratamentos
e/ou aditivos a �m de dotar o produto �nal com características especiais, que permitirão aos óleos
satisfazerem todas as exigências nos casos para os quais são recomendados.
Composição dos Óleos Lubri�icantes
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Lubri�cantes são substâncias utilizadas para reduzir o atrito, protegendo, lubri�cando e
aumentando a vida útil dos componentes móveis dos motores, bombas, caixas de rolamentos,
redutores, entre outros componentes mecânicos.
Os óleos animais e vegetais raramente são usados isoladamente como lubri�cantes, por causa da
sua baixa resistência à oxidação e à temperatura, quando comparados a outros tipos de óleos
lubri�cantes. Eles, geralmente, são adicionados aos óleos minerais com a função de atuar como
agentes de melhoria do espessamento (promover maior corpo à oleosidade). Com essa mistura,
tem-se um lubri�cante de características mais e�cientes para lubri�cação em regiões de difícil
adesividade do lubri�cante.
Os óleos sintéticos são de aplicação um pouco mais restrita, em razão, muitas vezes, pelo seu
elevado custo. São utilizados nos casos em que outros tipos de lubri�cantes (como no caso dos
minerais) não têm atuação e�ciente, principalmente em elevadas temperaturas e ação de
contaminantes químicos.
Os óleos minerais são os mais utilizados nos mecanismos industriais, representando cerca de 85%
das aplicações. Estes são obtidos em larga escala a partir do re�no do petróleo. Por seu custo
acessível, sua facilidade com o trabalho e a permissividade para com contaminantes (exceto água e
outros hidrocarbonetos), tem sido, há muitos anos, a solução mais barata e mais fácil de ser vista.
Abaixo, veri�ca-se a Figura 4.3, que esboça a formulação básica de um óleo lubri�cante.
Figura 4.3 - Composição dos óleos lubri�cantes 
Fonte: Elaborada pelo autor.
Como se pôde analisar, um lubri�cante pode ser composto apenas com o óleo-base, ou pela mistura
do óleo-base e aditivos.
Aditivos e Suas Aplicações
Aditivos são substâncias que entram na formulação de óleos e graxas para conferir-lhes certas
propriedades adicionais.
A presença de aditivos em lubri�cantes tem os seguintes objetivos:
1. Melhorar as características de proteção contra o desgaste e de atuação em trabalhos sob
condições de pressões severas.
2. Aumentar a resistência à oxidação e corrosão.
3. Aumentar a atividade dispersantee detergente dos lubri�cantes.
4. Aumentar a adesividade.
5. Aumentar o índice de viscosidade.
Essas substâncias são, na verdade, compostos químicos formulados com base nos mais diversos
tipos de componentes, sendo os mais comuns: compostos oriundos do petróleo, elementos
neutralizadores, veículos e compostos sintéticos diversos.
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Óleos Lubri�icantes para Motores à Explosão
(Ciclo Diesel e Ciclo Otto)
Os lubri�cantes para motores à explosão (Ciclo Otto ou Ciclo Diesel), aplicados nos mais diversos
veículos, máquinas e equipamentos (móveis ou estacionários), são, geralmente, classi�cados e
regidos por duas classes de normalização, por viscosidade e por serviço; de três órgãos: a SAE (
Society of Automotive Engineer ) – a qual estabelece uma classi�cação que toma como base a
viscosidade; a API ( American Petroleum Institute ) – que toma como base o desempenho geral do
lubri�cante; e a ACEA ( European Automobile Manufacturers Association ) – que também foca no
desempenho geral do lubri�cante para com o motor (série) em aplicação.
Óleos Hidráulicos
O �uido hidráulico ou óleo hidráulico é o elemento vital de um sistema hidráulico industrial. Esse
�uido é utilizado como meio de transmitir energia e potência – veículo da oleodinâmica.
Este pode ser um óleo derivado do petróleo (essencialmente mineral), um óleo composto sintético
(exclusivamente sintético), ou um �uído especial à prova de fogo (de característica
predominantemente semissintética - mistura dos dois tipos de bases).
Os �uídos hidráulicos têm cinco funções primárias:
1. transmitir energia/movimento; 
2. lubri�car peças internas que estão em movimento; 
3. transferir (dissipar) calor dos conjuntos; 
4. vedar folgas entre peças em movimento; 
5. limpar o sistema e as superfícies das peças.
Os óleos hidráulicos são classi�cados pela viscosidade, sob a norma ISO ( International Standards
Organization – Organização Internacional para Padronizações). A ISO não implica avaliação de
qualidade nem desempenho de produto, baseia-se somente na viscosidade dos produtos. Ela
estabelece uma série de 18 cSt - graus de viscosidade cinemática (Centistokes) a 40°C.
Óleos para Diferencial e Transmissão de
Máquinas e Veículos
A SAE ( Society of Automotive Engineer ) também desenvolveu uma Classi�cação de Viscosidade para
Óleos de Diferencial e de Transmissão Manual SAE J306, que tem sido modi�cada com o passar dos
anos. Hoje, estabelece nove diferentes graus de viscosidade do óleo de diferencial.
Existe uma proposta para que sejam acrescidos mais dois graus de viscosidades (SAE 110 e 190) e,
também, alterados os limites das viscosidades SAE 90 e SAE 140 para representar melhor a diferença
entre os produtos que estão no mercado.
Óleos para Engrenagens Abertas e Fechadas
Lubri�cantes para caixas de engrenagens automotivas ou industriais são desenvolvidos para prover
a proteção adequada por longos períodos. Entretanto, as condições de trabalho sob as quais esses
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lubri�cantes operam, aliadas às altas temperaturas, contaminações internas e externas, são por si
só fatores limitadores da vida útil desses lubri�cantes.
Os óleos utilizados em transmissões e caixas de engrenagens, atualmente, são aditivados com
agentes EP (de extrema pressão). O sistema de classi�cação AGMA ( American Gear Manufacturers
Association ) classi�ca os lubri�cantes para engrenagens abertas ou fechadas, levando em
consideração não só a viscosidade dos óleos, mas também a aditivação dos produtos.
A AGMA ( American Gear Manufacturers Association ) classi�ca os óleos como:
a) R&O (Inibidores de ferrugem e corrosão). 
b) EP (Antidesgaste / Extrema Pressão). 
c) CP (Óleos compostos – com 3 a 10% de gordura mineral ou sintética, frequentemente empregados
em engrenagens do tipo coroa/sem-�m); 
d) R (Residuais – frequentemente empregados em engrenagens abertas); 
e) S (Sintéticos).
Características e Classi�icação das Graxas
A graxa é um lubri�cante �uídico engrossado a uma consistência de gel, pela adição de vários
agentes espessantes. A consistência semissólida é a característica básica, pois reduz a tendência do
lubri�cante a �uir ou vazar da área em que está sendo lubri�cada (DUARTE JR., 2005).
Carreteiro e Belmiro (2007) de�nem as graxas como um lubri�cante semissólido a sólido, que
consiste em um agente engrossador, geralmente sabão metálico, dispersado em lubri�cante líquido,
o qual funciona como retentor do lubri�cante.
As graxas são feitas, atualmente, pelo espessamento de um óleo de básico mineral, proveniente do
petróleo, com uma matriz de absorção, chamada de sabão metálico. Poderá, ainda, ter a adição,
para algumas aplicações, de componentes melhoradores de algumas propriedades especí�cas, que
chamamos de aditivos. A Figura 4.4 esboça a composição das graxas.
A consistência da graxa é o que é a viscosidade para os óleos lubri�cantes. Ao contrário dos óleos,
graxas são tixotrópicas, isto é, sua viscosidade diminui quando é movimentada e agitada. Isso quer
dizer que �uem somente com a aplicação de uma força. Em inglês, há uma expressão para as
graxas: “ Stay put ”, que signi�ca que a graxa �ca no lugar onde foi colocada, sem escorrer como faz o
óleo lubri�cante.
A consistência da graxa é medida como sendo a penetração de um cone em uma amostra, em
aparelho e condições padronizadas. Quanto mais alta a penetração, menor o grau NLGI (menos
dura), e quanto menor a penetração, maior o grau NLGI (mais dura).
O grau de consistência da graxa é expresso em grau NLGI ( National Grease Lubricating Institute ).
Assim como acontece na classi�cação ISO VG, há intervalos entre cada grau. A classi�cação começa
Figura 4.4 - Composição das graxas 
Fonte: Elaborada pelo autor.
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com o grau NLGI 000, o grau menos consistente e mais �uído, e vai até o grau NLGI 6, a graxa mais
dura.
Aplicação das Graxas
Os tipos de graxa são classi�cados com base no sabão metálico utilizado em sua fabricação:
1. Graxa à base de alumínio
Graxa macia; quase sempre �lamentosa; resistente à água; boa estabilidade estrutural quando em
uso; pode trabalhar em temperaturas de até 71 °C. É geralmente utilizada em mancais de rolamento
de baixa velocidade e em chassis de veículos.
2. Graxa à base de cálcio
Graxa vaselinada; resistente à água; boa estabilidade estrutural quando em uso; deixa-se aplicar
facilmente com pistola; pode trabalhar em temperaturas de até 77 °C; boa resistência à umidade. É
comumente aplicada em chassis de veículos e caminhões e em bombas d’água.
3. Graxa à base de sódio
Graxa geralmente �brosa; em geral não resiste à água; boa estabilidade estrutural, quando em uso.
Pode trabalhar em ambientes com temperatura de até 150 °C. É geralmente aplicada em mancais de
rolamento pesados, mancais de rodas, juntas universais, cubos pesados etc.
4. Graxa à base de lítio
Graxa vaselinada; boa estabilidade estrutural quando em uso; resistente à água; pode trabalhar em
temperaturas de até 150 °C. É comumente utilizada em veículos automotivos e na aviação; em
rolamentos, fusos, caixas de engrenagens leves, juntas universais etc.
5. Graxa à base de bário
Graxa com características genéricas, semelhante às graxas à base de lítio, porém, com melhor
resistência à umidade.
6. Graxa de base betuminosa (ou asfáltica)
Graxa de base asfáltica (piche) e “negro-de-fumo”, subproduto do petróleo, porém, com controle de
para�nização; de aplicação severa, usada em sistemas grosseiros; boa estabilidade à média e alta
temperaturas. Utilizada na lubri�cação de grandes engrenagens abertas e semifechadas, decorrentes, de cabos de aço e de partes de máquinas expostas às intempéries.
7. Graxa mista
Graxa constituída por uma mistura de sabões metálicos diversos. Assim, temos graxas mistas à base
de sódio-cálcio, sódio-alumínio etc.
Além dessas graxas, há graxas de múltiplas aplicações, graxas especiais de grau alimentício ( food-
grade ) e graxas sintéticas para baixa e alta temperaturas.
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O processo de fabricação de lubri�cantes é uma tarefa de
grande impacto ambiental, assim como seu uso e posterior
descarte. O correto descarte do óleo e das suas respectivas
embalagens e componentes é uma tarefa de grande
preocupação. As empresas de reciclagem de lubri�cantes,
chamadas de empresas de rerre�no, são soluções de
grande importância e interesse atual.
Fonte: Tristão, Sousa e Tristão (2005).
praticar
Vamos Praticar
Os lubri�cantes são de�nidos como qualquer substância aplicada entre duas partes em contato mútuo, que
visa reduzir o atrito. E este é escolhido em função das características fornecidas pelo equipamento em que
sofrerá a lubri�cação, com o conhecimento da composição e observação das conclusões tiradas em serviços
(CARRETEIRO; BELMIRO, 2007).
Assinale a alternativa que representa uma das funções esperadas pelos lubri�cantes quando estes são
adotados em um sistema ou conjunto.
a) Reduz o atrito entre as partes.
b) Reduzir a temperatura entre as partes.
c) Aliviar a pressão entre as faces de contato.
d) Reduzir o módulo de atrito.
e) Alterar o módulo de elasticidade do mancal.
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A lubri�cação, como já informado, é a forma de manutenção mais básica e efetiva. Há, contudo, uma
série de preocupações e conceitos que devem ser atentados, principalmente no que se refere aos
métodos de lubri�cação, isto é, à forma com que se efetuam e como se efetuam essas intervenções
de lubri�cação.
Métodos de Lubri�icação a Óleo
Os métodos de lubri�cação a óleo podem se apresentar em diversas formas nos sistemas
mecânicos, tanto de forma autônoma (automática) ou de forma manual.
Cada um desses métodos de lubri�cação é assim especi�cado em função de alguns fatores técnicos,
que são:
temperatura de trabalho;
geometria da peça/conjunto;
material do par em contato;
formato do sistema;
severidade do conjunto;
desempenho esperado.
Os métodos de lubri�cação a óleo mais utilizados no mercado são:
1. Lubri�cação por sistema circulatório:
lubri�cação por salpico;
lubri�cação por gravidade;
lubri�cação por pincel;
lubri�cação por banho.
2. Lubri�cação manual – almotolia.
3. Lubri�cação automatizada:
sistema centralizado independente;
sistema centralizado autônomo;
sistema centralizado multiponto.
Manutenção Lubri�caçãoManutenção Lubri�cação
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4. Lubri�cação por copos:
por copo de vareta;
por copo conta-gotas;
por copo com mechas;
por copo PERMA.
5. Lubri�cação por corrente.
6. Lubri�cação por almofada.
7. Lubri�cação por colar (ou anel).
8. Lubri�cação por névoa ( Spray-oil ).
Vale ressaltar que não existe especi�camente um tipo mais aceitável (ou melhor) e um menos
aceitável (ou pior). Cada um desses métodos varia de acordo com a aplicação, custo e viabilidade
operacional.
Métodos de Lubri�icação à Graxa
A lubri�cação por graxa também pode se apresentar em diversas formas, sendo maiores as
exigências que no caso de óleos lubri�cantes.
As formas de lubri�cação por graxa obedecem, por sua vez, maiores exigências, com novos fatores
técnicos de atenção, de modo a propiciar esse método. São eles:
temperatura de trabalho;
geometria da peça/conjunto;
material do par em contato;
formato do sistema;
severidade do conjunto;
desempenho esperado;
adesividade da graxa;
recuperação pós-gotejamento (reconsistência após liquefação).
Os métodos de lubri�cação à graxa mais utilizados no mercado são:
1. Lubri�cação manual – por pistola graxeira.
2. Lubri�cação manual – por pincel ou espátula.
3. Lubri�cação por copo STAUFFER.
4. Lubri�cação automatizada.
5. Lubri�cação por enchimento.
Cada um desses métodos varia de acordo com alguns fatores especí�cos, e a observância do que
seja mais aplicável é relativa ao custo x benefício.
Recomendações para Lubri�icação de
Máquinas, Conjuntos e Sistemas Mecânicos
A lubri�cação varia de acordo com cada máquina ou grupo de conjuntos mecânicos, dependendo de
cada característica construtiva, forma e operação. Cada um desses conjuntos requer:
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a) um processo de lubri�cação especí�co; 
b) um lubri�cante adequado; 
c) um grupo de técnicas especí�cas.
Cada uma dessas máquinas, sistemas ou conjuntos necessita de atenção especial nas
particularidades de lubri�cação, assim como a correta especi�cação do lubri�cante. Recomendações
são fornecidas por fabricantes dos equipamentos, assim como pelos fabricantes de lubri�cantes. O
pro�ssional da manutenção deve ter uma visão multifacetada, unindo essas recomendações para a
providenciação de uma intervenção e�caz.
Lubri�icação de Motores à Explosão
A lubri�cação automotiva dos motores de explosão (Ciclo Otto e Ciclo Diesel) é uma das mais
complexas formas de realização.
O funcionamento dos motores quatro tempos é, de certa forma, bastante conhecido, e, atualmente,
algumas alterações de seus componentes foram realizadas, visando à melhoria da e�cácia da
combustão, economia de lubri�cante e combustível e à redução das emissões dos gases.
Dessa forma, o uso de lubri�cantes de níveis superiores ajudará os motores a alcançarem uma
maior durabilidade, menores emissões e menores consumos.
I. Motores Ciclo Otto
Os motores de quatro tempos do tipo Ciclo Otto são dotados de velas de ignição e funcionam com
gasolina ou álcool etílico hidratado. São assim denominados já que, para atingir o ciclo �nal, temos:
1º tempo – admissão, da mistura ar + combustível; 
2º tempo – compressão dessa mistura; 
3º tempo – expansão ou explosão; 
4º tempo – escape dos gases gerados.
Os já consagrados motores à explosão de Ciclo Otto, com injeção eletrônica, são do tipo monoponto
(EFI) ou multiponto (MPFI). Estes últimos conseguem efetuar a pulverização, por meio dos injetores,
com uma e�cácia maior do que os antigos motores, dotados de carburadores. Os mais recentes são
dotados de uma unidade central de comando na qual as funções dos componentes são controladas,
principalmente a parte da injeção do combustível.
Há, ainda, os motores Ciclo Otto que utilizam o combustível GNV (Gás Natural Veicular). Uma versão
mais moderna e mais difundida, chamada de Flex, utiliza gasolina, álcool e GNV como combustíveis.
Neles, há instalados cilindros de armazenamento do gás e também o sistema de injeção, que sofre
algumas modi�cações, como um grupo de sensores de mistura e de emissão.
II. Motores Ciclo Diesel
Os motores Ciclo Diesel são também motores que funcionam em quatro tempos. Neles, ocorre a
compressão apenas do ar, gerando aumento de temperatura e pressão desse ar sobre o cilindro. O
combustível é injetado de forma nebulizada, por meio de um sistema de injeção pressurizada
(conjunto bomba e bicos, ou sistema eletrônico de injeção), ocorrendo uma in�amação quando em
contato com o ar superaquecido, gerando, assim, uma força sobre o pistão, que a transmite ao
conjunto. Os motores Ciclo Diesel, chamados de turbos (ou turbinados, ou turbos alimentados), são
dotados de turbocompressores que têm a �nalidade de forçar a entrada do ar admitido com maior
pressão e menor volume, gerando, assim, maiorespotências.
Os motores dieseis, que são geradores de fuligem, sofreram algumas alterações de componentes,
no que se refere à melhoria da combustão e emissões de gases, para atender às atuais legislações
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ambientais (EURO/EPA). Os atuais motores eletrônicos usam o EGR ( Exhaust Gas Recirculation ), que
também geram fuligem em razão da recirculação dos gases, contudo, foram desenvolvidos pelos
principais fabricantes de motores para utilitários e caminhões com o intuito de melhorar
signi�cativamente o nível de emissão.
Sistema de Lubri�icação dos Motores à Combustão
Tanto nos motores do Ciclo Otto quanto nos motores Ciclo Diesel (motores de combustão a quatro
tempos), o lubri�cante é bombeado do cárter para as partes a lubri�car. A parte inferior do cárter
serve como reservatório de óleo, sendo sua quantidade veri�cada pela vareta de nível quando o
motor estiver parado, pelo menos por cinco minutos, para que todo o óleo possa retornar ao cárter.
A bomba de óleo de engrenagens, situada no fundo do cárter, fornece óleo sob pressão para os
mancais do virabrequim, bronzinas das bielas, pino do pistão, paredes dos cilindros, comando de
válvulas, tuchos e balancins. Na sucção da bomba de óleo, existe uma peneira que faz uma �ltragem
grosseira do óleo e que, posteriormente, é enviado ao �ltro de óleo para que o lubri�cante entre
�ltrado às partes que devem ser lubri�cadas. O sistema de lubri�cação de um veículo, normalmente,
engloba lubri�cação forçada e salpico. Depois de efetuada a lubri�cação, o óleo volta para o cárter,
por gravidade.
Qualquer motor de combustão interna, o tipo de lubri�cante e seu período de troca devem ser
testados de forma rigorosa. É sempre recomendado pelo fabricante do veículo, e não pelo fabricante
de lubri�cantes, já que a garantia não é fornecida por ele. O fabricante do óleo somente obedece às
recomendações das montadoras e as classes de emissão e desempenho (normas e protocolos
ambientais). Estes são regidos pelas normas API ( American Petroleum Institute ) e SAE ( Society of
American Engineering ), regulamentando desempenho, emissão, viscosidade e comportamento lubril,
respectivamente.
Lubri�icação de Mancais de Deslizamento
Popularmente conhecidos como buchas, os mancais de deslizamento podem ser de�nidos como
suportes ou guias de partes móveis. Nas indústrias, e até mesmo nas residências, seu número é
elevado, e seu bom funcionamento depende, em grande parte, da continuidade, qualidade e
capacidade de produção, ou seja, do rendimento econômico.
Mancais de deslizamento geralmente são lubri�cados com óleo ou com graxa, sendo que a
viscosidade é o principal fator de consideração na aplicação. A escolha de um óleo ou de uma graxa
também depende dos seguintes fatores:
Geometria do mancal: dimensões, diâmetro, folga mancal/eixo.
Rotação do eixo.
Carga no mancal.
Temperatura de operação do mancal.
Condições ambientais: temperatura, umidade, poeira e contaminantes.
Método de aplicação.
O sistema de lubri�cação adotado nos mancais de deslizamento, normalmente, engloba lubri�cação
por banho, lubri�cação por gravidade (copos) e sistema circulatório.
Lubri�icação de Mancais de Rolamento
Apenas a família de rolamentos axiais autocompensadores de rolos é lubri�cada exclusivamente
com óleo. Todos os demais tipos de rolamentos podem ser lubri�cados com óleo ou com graxa.
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Podem ser utilizados sistemas de lubri�cação automatizada, ou mesmo manual, dependendo dos
seguintes fatores:
Tipo do rolamento (família).
Dimensões: diâmetro do eixo, diâmetro do cubo, largura.
Classe de folga do rolamento.
Rotação do eixo.
Carga no rolamento.
Temperatura de operação do rolamento.
Condições ambientais: temperatura, umidade, poeira e contaminantes.
Método de aplicação.
I. Lubri�icação com Graxa
Em mancais de rolamento de fácil acesso, a caixa pode ser aberta para se renovar ou completar a
graxa. Quando a caixa é do tipo bipartida, deve-se retirar a parte superior e aplicar a graxa do
rolamento. As caixas inteiriças dispõem de tampas laterais facilmente removíveis, que podem ser
preenchidas até o limite.
II. Lubri�icação com Óleo
O nível de óleo dentro da caixa de rolamentos deve ser mantido baixo, não excedendo o centro do
corpo rolante inferior. É muito conveniente o emprego de um sistema circulatório para o óleo e, em
alguns casos, recomenda-se o uso de lubri�cação por neblina.
III. Intervalos de Lubri�icação
No caso de rolamentos lubri�cados por banho de óleo, o período de troca de óleo depende,
fundamentalmente, da temperatura de funcionamento do rolamento e da possibilidade de
contaminação proveniente do ambiente.
Não havendo grande possibilidade de poluição, e sendo a temperatura inferior a 50 °C, o óleo pode
ser trocado apenas uma vez por ano. Para temperaturas em torno de 100 °C, esse intervalo cai para
60 ou 90 dias.
Lubri�icação dos Mancais dos Motores Elétricos
Temperatura, rotação e carga do mancal são os fatores que vão direcionar a escolha do lubri�cante.
Como regra geral, temos que:
Temperaturas altas: óleo mais viscoso, ou uma graxa que se mantenha consistente.
Altas rotações: usar óleo mais �no.
Baixas rotações: usar óleo mais viscoso.
Lubri�icação de Engrenagens
O lubri�cante para sistemas de engrenagens deve possuir a característica básica de garantir a
separação completa dos dentes de engrenagens por meio de um �lme lubril, reduzindo, assim, o
atrito entre os dentes. Esse lubri�cante deve, ainda, refrigerar e limpar as superfícies de contato,
além de proteger contra ferrugem e corrosão.
O sistema de classi�cação AGMA ( American Gear Manufacturers Association ), além de classi�car os
lubri�cantes, oferece regulamentação para a lubri�cação e boas práticas em engrenagens abertas
ou fechadas.
Para a seleção apropriada do tipo, grau e métodos de aplicação do lubri�cante são necessários
avaliarmos os fatores que se seguem:
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Tipo de engrenagem – Engrenagem de dentes retos, engrenagem de dentes helicoidais,
engrenagens sem �m, engrenagens hipoidais.
Tamanho – Diâmetro primitivo, altura dos dentes, distância entre dentes, área do dente a
ser lubri�cada.
Montagem e fechamento – Tipo de alojamento, fechamento total ou parcial, o mancal é
lubri�cado pelo mesmo óleo, possibilidades de contaminação.
Velocidade – Velocidade na linha primitiva.
Características de carga – Cargas cíclicas, cargas contínuas, cargas de choque.
Temperatura – Menos temperatura, maiores viscosidades.
I. Caixas de Engrenagens Fechadas
No caso das caixas de engrenagens fechadas, a lubri�cação se dá por meio de salpico ou de
circulação.
A escolha do óleo lubri�cante para caixas de engrenagens depende de algumas condições, como:
tipo de engrenagem, rotação do pinhão, grau de redução, temperatura de serviço, potência,
natureza da carga, tipo de acionamento, método de aplicação e contaminação.
II. Caixas de Engrenagens Abertas
Já no caso das caixas de engrenagens abertas, a lubri�cação ocorre apenas de forma intermitente,
em intervalos regulares, proporcionando películas lubri�cantes de espessuras mínimas entre os
dentes.
A seleção do lubri�cante para caixas de engrenagens abertas deve levar em consideração algumas
condições, como temperatura, método de aplicação, condições ambientais e o material de
construção da engrenagem.
Lubri�icação de Motorredutores
Os motorredutores são considerados caixas de engrenagens fechadas, devendo, então,
obedecer às dinâmicas acima apresentadas. Contudo, a escolha de um óleo para lubri�car
motorredutores deve ser feita considerando-se alguns fatores a mais, alémdos
especí�cos, como: tipo de engrenagens; rotação do motor, temperatura de operação e
carga.
No geral, o óleo deve ser quimicamente estável para suportar oxidações, provenientes do aumento
de temperatura.
Recomendações Gerais para Lubri�icantes e
Lubri�icação
Antes de se aplicar um lubri�cante – óleo ou graxa – em uma máquina, é indispensável ter a certeza
de que o produto está limpo (lubri�cante), isento de contaminações e com suas características
típicas dentro das faixas normais.
Algumas recomendações devem ser atentadas, e algumas das precauções a serem observadas com
os métodos mais comuns de aplicação de lubri�cantes, divididas em recomendações para
Lubri�cação a Óleo e Lubri�cação à Graxa.
Lubri�icação a Óleo
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1. Na lubri�cação manual por almotolia ou pistola, a aplicação do óleo deve ser contínua, na
periodicidade especi�cada e de forma regular. Deve ser evitado o desperdício, e deve-se
atentar quanto ao excesso de pressão (evita riscos de ruptura de selos, retentores e
juntas).
2. Nos dispositivos semiautomáticos, tais como “copos conta-gotas” e copo com agulha, deve-
se estabelecer uma rotina de checagem diária, com o preenchimento periódico.
3. Nos lubri�cadores do tipo “Perda de Óleo Total”, os níveis de lubri�cantes dos copos
devem ser atentados para uma quantidade correta. No momento de preenchimento do
copo com o lubri�cante especi�cado, deve-se aproveitar a ocasião para uma rápida
checagem (certi�cando que o mecanismo esteja em ordem, a agulha esteja livre e intacta,
e a mola esteja com tensão).
4. Nos casos de lubri�cação por estopa, esta deverá estar corretamente embebida e ter
contato completo com o munhão/eixo a lubri�car.
5. Nos casos de pequenos banhos de óleo, os níveis serão periodicamente revistos e, se
necessário, completados.
6. Na existência de anel lubri�cador em caixas ou mancais, a garantia da velocidade e a
condução do óleo para com o banho são fatores que devem ser atentados.
7. Lubri�cadores mecânicos devem possuir regulagem para a dosagem da quantidade
correta do óleo. Os visores devem estar limpos, sem a presença de água ou impurezas. O
óleo deve ser adicionado com a necessária frequência.
8. Nos sistemas de lubri�cação centralizada é de vital importância que os níveis dos
lubri�cantes sejam mantidos constantes, com a garantia do uso dos lubri�cantes
especi�cados. Os visores de seus reservatórios devem estar livres e limpos. Os �ltros e os
bicos também devem ser mantidos limpos e livres de vazamentos. E o controle da pressão
de trabalho deve ser observado e os dispositivos de segurança ativos.
Lubri�icação à Graxa
1. Na lubri�cação por engraxadeiras, recomenda-se a limpeza e desentupimento prévio das
graxeiras, de modo a reduzir a contaminação.
2. Em mancais hidrostáticos, convém, ao iniciar o engraxamento, girar o eixo de forma sutil,
de modo a completar todos os canais de lubri�cação.
3. A pressão de lubri�cação do engraxamento deve ser su�ciente para adentrar nos
conjuntos. Uma pressão excessiva tende a romper/dani�car gaxetas e retentores,
enquanto uma pressão insu�ciente tende a não renovar o volume de graxa.
4. Ao lubri�car com pincel, pre�ra pincéis de cerda duras ao de cerdas moles. Há grande
risco de acumular sujidade nestes e de soltura de cerdas.
5. Em caixas de engrenagens abertas, quando lubri�cadas de forma manual, devem
permanecer desligadas e bloqueadas.
6. As graxas devem permanecer fechadas, livres de poeiras ou outras contaminações.
7. Engraxadeiras, pincéis, espátulas e vasilhames devem ser limpos sempre após a tarefa de
lubri�cação.
8. Ao reutilizá-los, garanta que estão secos e livres de solventes. 
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A lubri�cação é uma das tarefas mais importantes e de
maior impacto na vida dos componentes mecânicos. Os
resultados com a lubri�cação são, de certa forma, fáceis e
rápidos de serem avaliados. Embora de forma tímida,
muitos estudos têm sido realizados para avaliar essa relação
da lubri�cação com a extensão de vida dos componentes.
Fonte: Fusco et al. (2011, on-line ).
Em ambas as aplicações, quer seja com óleo ou com graxa, a limpeza e o cuidado com os
instrumentos é de vital importância. O pro�ssional encarregado dessa atividade deve ser treinado,
atualizado constantemente, além de possuir uma visão alinhada à qualidade, segurança e
preservação do meio ambiente.
praticar
Vamos Praticar
A lubri�cação por graxa também pode se apresentar em diversas formas, sendo maiores as exigências que
no caso de óleos lubri�cantes. As formas de lubri�cação por graxa obedecem, por sua vez, maiores
exigências técnicas de modo a propiciar esse método, quando assim se queira selecionar.
Assinale a alternativa que representa uma das exigências para adoção desse tipo de lubri�cação.
a) Custo geral do equipamento.
b) Limpeza necessária para o equipamento.
c) Nível de ruído esperado.
d) Temperatura de trabalho.
e) Qualidade do rolamento.
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As normas regulamentadoras tiveram sua primeira elaboração a partir da Portaria n. 3.214, de 8 de
junho de 1978, em que a Lei n. 6.514, de 22 de dezembro de 1977, alterou o Capítulo V, do Título II,
da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), relativo à segurança e medicina do trabalho, e os
aspectos modi�cados precisavam da regulamentação do Ministério do Trabalho (FUNDACENTRO,
2019).
As NRs (Normas Regulamentadoras)
As NRs, de acordo com a ABIMAQ (2014), podem ser de�nidas como um conjunto de normas e/ou
disposições e procedimentos técnicos relacionados à segurança e saúde do trabalhador em
determinada atividade ou função. As NRs foram e são publicadas e editadas pelo Ministério do
Trabalho e Emprego (MTE).
Ao longo dos anos, foram criadas novas NRs, e as já existentes foram readequadas e reajustadas às
condições atuais de trabalho, novos aspectos legais, novas tecnologias e interesses da sociedade
(FUNDACENTRO, 2019).
NR-12
Segundo a Fibra (2019), a NR-12 estabelece parâmetros para a prevenção de acidentes e de doenças
do trabalho a partir do uso de máquinas e equipamentos de todos os tipos. É importante destacar
que essa norma trata também dos riscos do ambiente de trabalho, e não apenas de máquinas e
equipamentos. Trata, ainda, das fases de fabricação, importação, comercialização, exposição e
cessão, sendo um requisito de extrema importância para fabricantes e distribuidores.
Segundo Camisassa (2015, p. 31):
A NR12 de�ne referências técnicas, princípios fundamentais e medidas de proteção que
visam garantir a saúde e a integridade física dos trabalhadores e estabelece requisitos
mínimos para a prevenção de acidentes e doenças do trabalho aplicáveis desde a
concepção das máquinas e equipamentos até o seu desmonte. 
Desde sua primeira redação, aprovada com a publicação da Portaria 3.214/1978, a
NR12 sofreu alterações pontuais: em 1995 foi incluído o anexo de motosserras; em
1996, o de cilindros de massa; e em 1997 houve uma pequena alteração nesse anexo.
As NRs e a NR-12As NRs e a NR-12
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Finalmente, mais de 30 anos após o início de sua vigência, a norma ganhou nova
redação com a publicação da Portaria 197, de 17.12.2010.
Ainda de acordo com Camisassa (2015, p. 31), sobre as alterações da NR-12:
[...] Ao longo dos últimos anos ocorreram novas alterações. O atual texto da NR-12
possui conceitos fundamentais sobre proteções de máquinas já consagradas em outras
normas de segurança nacionais e internacionais, e busca acompanhar a evolução
tecnológicae a crescente entrada no mercado de máquinas e equipamentos que
empregam tecnologias de última geração. A norma também possui uma abordagem
mais adaptada à nova realidade do mercado, sem muitas “amarras”, como havia na
redação anterior. Por exemplo, a antiga redação determinava que: “a distância mínima
entre máquinas e equipamentos deve ser de 0,60 m a 0,80 m, a critério da autoridade
competente em segurança e medicina do trabalho.
A NR-12 trata das fases de fabricação, importação, comercialização, exposição e cessão, com caráter
normativo-legal, trazendo requisitos de extrema importância para fabricantes e distribuidores.
Objetivos da NR-12
Segundo Camisassa (2015), são objetivos da NR12:
segurança do trabalhador;
melhorias das condições de trabalho em prensas e similares, injetoras, máquinas e
equipamentos de uso geral e demais anexos;
máquinas e equipamentos intrinsecamente seguros;
conceito de falha segura;
máquinas e equipamentos à prova de burla.
As normas técnicas de segurança, como a NR-12, estão dispostas em três partes:
Normas do tipo A (fundamentais de segurança).
Normas do tipo B (B1 – Aspectos particulares de segurança / B2 – Sobre dispositivos
elétricos condicionadores de segurança, como bimanuais e dispositivos de
intertravamento).
saiba mais
Saiba mais
A NR-12 é uma norma de segurança que visa estabelecer
parâmetros para a prevenção de acidentes e de doenças do
trabalho a partir do uso de máquinas e equipamentos de
todos os tipos. Ela estabelece, ainda, critérios regulatórios
nas fases de fabricação, importação, comercialização,
exposição e cessão, sendo um requisito de extrema
importância para fabricantes e distribuidores.
Fonte: Brasil (2010, on-line ).
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Normas tipo C (por categoria de máquinas).
Cada uma dessas tem uma especi�cidade que rege e atua em determinado aspecto.
Composição da Norma
Segundo a SinmaqSinos (2012), a norma NR-12 é dividida da seguinte maneira:
1. Parte principal: 19 Títulos: de�nições básicas e medidas de ordem geral para todas as
máquinas.
2. Anexos I a IV: informações complementares para atendimento à parte principal e aos
demais anexos.
Em ambas as partes, assim como os anexos, estão de�nidos os passos e condições essenciais para a
implementação e gestão das Medidas de Proteção do Trabalhador.
Medidas de Proteção do Trabalhador
Conforme de�ne a NR-12, o empregador deve adotar medidas de proteção para o trabalho em
máquinas e equipamentos, capazes de garantir a saúde e a integridade física dos trabalhadores,
além de medidas apropriadas sempre que houver pessoas com de�ciência envolvidas, direta ou
indiretamente, no trabalho (FIBRA, 2019).
São consideradas medidas de proteção a serem adotadas, em ordem de prioridade:
Medidas de Proteção Coletiva
São medidas que envolvem a proteção do grupo de trabalhadores. Elas contemplam os EPCs
(Equipamentos de Proteção Coletiva), que servem para neutralizar a ação dos agentes ambientais,
evitando acidentes, protegendo contra danos à saúde e à integridade física dos trabalhadores, uma
vez que o ambiente de trabalho não deve oferecer riscos à saúde ou à a segurança do trabalhador.
Como exemplos de medidas de proteção coletiva temos: ventilação dos locais de trabalho, proteção
de partes móveis de máquinas, anteparas, barreiras, kit de primeiros socorros, chuveiro lava-olhos,
sinalização, extintores, entre outros.
Medidas Administrativas
São medidas adicionais com caráter administrativo ou de ordem do trabalho, tais como redução do
tempo de exposição do trabalhador ao agente nocivo, substituição de produtos tóxicos por outros
de menor toxidade, mudança de turno ou de horário etc.
Medidas de Proteção Individual
As medidas de proteção individual contemplam os EPIs - Equipamento de Proteção Individual,
podem ser de�nidos como todo acessório, dispositivo ou produto de uso individual utilizado pelo
trabalhador, destinado à proteção contra riscos capazes de ameaçar a sua segurança e a sua saúde.
A proteção individual só deverá ser contemplada quando não for possível tomar medidas que
eliminem os riscos do ambiente no qual se desenvolve a atividade. Os itens de segurança como
capacete, botinas, respiradores e protetores auriculares podem ser alguns exemplos bem utilizados
na indústria.
Outras Medidas de Proteção
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A NR-12, segundo Fibra (2019, pg. 19), também prevê que as máquinas sejam dotadas “de
dispositivos seguros de parada e partida, paradas de emergência, manuais técnicos, procedimentos
de trabalho escritos e que sejam sinalizadas”. Veri�ca-se, porém, que a capacitação do corpo de
colaboradores operacionais é um fator vital na preservação da operação de segura de um dado
equipamento. A seguir, vemos, nas Figuras 4.5 a 4.8, exemplos de medidas de proteção em
máquinas operatrizes:
Figuras 4.5 e 4.6 - Exemplos de medidas de proteção em máquinas operatrizes 
Fonte: SinmaqSinos (2012, p.11).
Figuras 4.7 e 4.8 - Exemplos de medidas de proteção em máquinas operatrizes 
Fonte: SinmaqSinos (2012, p. 24).
A área de engenharia de manutenção, em conjunto com a área de engenharia de segurança do
trabalho, é responsável pelo estudo e implementação dessas medidas de proteção.
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Interação da NR-12 com as Demais Normas
A NR-12 tem por �nalidade promover a adaptação das máquinas industriais a uma condição que
permita o máximo de segurança e bem-estar ao trabalhador.
Segundo a Fibra (2019, p. 20):
A NR-12 estabelece, ainda, parâmetros de segurança para a fabricação de novas
máquinas e, até mesmo para as importações. Seu objetivo é garantir o trabalho seguro.
Seja em relação à proteção de máquinas ou à adequação do ambiente de trabalho, há
muitos requisitos mínimos a serem cumpridos. Há ainda forte interação com outras
normas regulamentadoras (NŔs) obrigatórias, bem como, com outras normas
brasileiras (ABNT) de caráter voluntário, utilizadas como apoio e referência para
consulta e/ou cumprimento.
A Figura 4.9 demonstra essa relação de interação entre a NR-12 e as demais normas:
reflita
Re�ita
De acordo com os dados do CESTEH (2019, p. 1),
vemos um triste cenário na indústria como um
todo, no que tange à acidentalidade e óbitos:
A cada três horas 38 minutos e 43
segundos uma pessoa morre nessas
circunstâncias (acidentes no trabalho) no
país. Em 2017, foram contabilizados
574.050 acidentes e 1.989 mortes. Hoje,
numa lista com mais de 200 países,
ocupamos o quarto lugar no ranking das
nações que mais registram mortes
durante atividades laborais, atrás
apenas dos Estados Unidos, Tailândia e
China. Nos acidentes de trabalho, somos
o quinto colocado, depois de Colômbia,
França, Alemanha e, novamente, EUA.
Tomando como base esses dados da pesquisa,
quais podem ser veri�cados na íntegra no artigo do
link? Qual a medida mais e�caz para se
implementar a NR-12 com maior ênfase e e�cácia?
Fonte: Cesteh (2019).
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Na pirâmide apresentada na Figura 4.9, veri�ca-se, além das normas que interagem com a NR-12, a
ordem de importância conceitual destas para suporte.
praticar
Vamos Praticar
Segundo a NR-12, o empregador deve adotar medidas de proteção para o trabalho em máquinas e
equipamentos, capazes de garantir a saúde e a integridade física dos trabalhadores, além de medidas
apropriadas sempre que houver pessoas com de�ciência envolvidas, direta ou indiretamente, no trabalho.
Algumas medidas de proteção devem ser tomadas.
Assinale a alternativa que aponta uma dessas medidas.
a)Medida administrativa.
b) Medida social.
c) Medida técnica.
Figura 4.9 - Pirâmide com a quantidade de normas que interagem diretamente com a NR-12 
Fonte: Adaptada de Fibra (2019, p. 20).
saiba mais
Saiba mais
A importância da NR-12 é uma crescente no âmbito
industrial. Com impactos signi�cativos na redução de
acidentes, em função de indicadores mundiais, a NR-12 tem
se mostrado uma forma inteligente de padronizar e ajustar
as empresas a uma nova forma de trabalho. Muitos
sindicatos, associações e entidades de classe têm se
movimentado na direção de divulgar e conscientizar cada
vez mais empresas na adoção e adequação a NR-12.
Fonte: SinmaqSinos (2012, on-line ).
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d) Medida protetiva.
e) Medida mediatória.
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indicações
Material
Complementar
FILME
Corrida Final
Ano: 2006
Comentário: A manutenção é uma tarefa árdua e complexa, mas de
grande satisfação. Não apenas o conhecimento técnico se faz
necessário, mas atitude e espírito de equipe. E, sem dúvidas, o espírito
de dono se faz presente. O �lme “Carros” demonstra, de uma forma
divertida, essa preocupação e atuação.
TRA ILER
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LIVRO
Lubri�icação industrial - Tipos e métodos de lubri�icação
Editora: Érica
Autor: Paulo Samuel de Almeida
ISBN: 9788536520230
Comentário: De forma didática e objetiva, a obra apresenta os
conceitos básicos dos processos de lubri�cação e dos lubri�cantes,
analisando a origem, aplicação e composição química das substâncias
que são utilizadas na obtenção dos �uidos lubri�cantes, bem como os
diversos tipos de lubri�cantes desenvolvidos para atender às
necessidades da indústria de manufatura, automotiva, naval e
aeronáutica.
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conclusão
Conclusão
A manutenção caminha lado a lado com a excelência e padronização no ambiente industrial. Vemos
cada vez mais técnicas e métodos que visam à preservação plena dos equipamentos serem lançados
e difundidos. A lubri�cação é uma dessas técnicas, por meio da qual, com um pequeno esforço,
pode-se obter ganhos de alta magnitude. Uma área deixada de lado muitas vezes, mas que fascina
no momento em que se aplica e que nos permite veri�car um rápido e tátil resultado.
Na esteira da melhoria contínua, não podemos deixar de lado o bem mais precioso que temos: a
vida humana. As normas regulamentadoras são medidas de grande importância na preservação da
saúde e segurança dos operadores e manutencistas. Dentre elas temos destacado a NR-12, que
pode ser observada como a mais efetiva e útil na redução de óbitos e acidentes no ambiente
industrial. Nesse sentido, a manutenção se fez e se faz o grande guardião e difusor dessa norma.
referências
Referências
Bibliográ�cas
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