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NEOPLASIAS MIELOPROLIFERATIVAS NMP – Cromosso Ph-positivo Leucemia mieloide crônica NMP – Cromossomo Ph-negativo Policitemia vera Trombocitemia essencial Mielofibrose primária São distúrbios clonais da célula-tronco hematopoetica caracterizados por proliferação de uma ou mais linhagens mieloides (granulocitária, eritrocitária, megacariocitária e monocítica) da medula óssea. Nas neoplasias crônicas, a morfologia é conservada. Nos receptores de tirosina quinase, vem uma mensageiro celular se liga no receptor e essa ligação faz com que ocorra uma fosforilação de proteínas da membrana mandando uma mensagem pro núcleo para que a célula se prolifere. LEUCEMIA MIELÓIDE CRÔNICA Distúrbio mieloprofilerativo maligno caracterizado pela alta proliferação de granulócitos maduros (leucócitos, eritrócitos e plaquetas) na medula óssea e sangue periférico. Presença de cromossomo filadelfia (Ph) -> t(9;22)(q34;p11). Gene de fusão BCR/ABL -> alta atividade tirosinaquinase (aumento da proliferação celular) Apresentação clinica e laboratorial: Clinica: 20-40% assintomáticos, fadiga, perda de peso e esplenomegalia. Laboratorial: hiperplasia mieloide (aumento dos compartimentos mieloides-leucocitos e plaquetas, principalmente), anemia N/N, leucocitose (neutrofilia), basofilia e plaquetose. Mais comum de todas as leucemias: 15 a 20% das leucemias Indicência: 1,6 casos/100.000/ano Média de idade ao diagnóstico: 50-60 anos (5-20 anos: 10% dos casos) Leve predominância sexo masculino (1,4:1) Radiação ionizante -> aumento da LMC Fisiopatologia Está centrada no cromossomo filadelfia. A presença do gene de fusão BRC/ABL vai fazer com que a tirosina quinase aumente que ativa uma cascata resultando em transcrição no núcleo de proteínas de proliferação celular. Só é alterada a via de proliferação e não a de maturação, por isso, as células conseguem amadurecer até neutrófilo segmentado, mas a quantidade dessas células é muito superior a de um indivíduo saudável. Todo paciente com LMC tem o cromossomo filadelfia. Diagnóstico É basicamente feito ‘’sem querer’’ em um hemograma. Hiperplasia mieloide Anemia normo/normo Leucocitose neutrofilica: 20.000 – 500.000/uLmm3 Presença de células mieloides em varias fases de maturação (maturação preservada) Eosinofilia e basofilia (porque é uma doença mieloproliferativa) Plaquetose (<1.000.000/uL) Inexistência de sinais tóxicos degenerativos Quadro clínico sugestivo: Depende da fase de evolução da doença 20-40% assintomáticos Fadiga, Perda de peso, sudorese noturna Esplenomegalia O DIAGNÓSTICO LABORATORIAL PRECISA TER UMA CONFIRMAÇÃO MOLECULAR!!! ESSA CONFIRMAÇÃO É FEITA ATRAVÉS DO CROMOSSOMO FILADELFIA OU DO SEU PRODUTO GÊNICO (GENE BCR/ABL) TEM QUE FAZER CITOGENÉTICA E BIOMOL (QUALITATIVA – PRESENÇA OU AUSÊNCIA DO TRANSCRITO BCR/ABL). A nível de acompanhamento clínico, pra saber se o tratamento está funcionando ou não, ai vai pra uma PCR quantitativa, determinar o número de transcritos que o paciente apresenta no sangue periférico. Critérios de evolução clínica FASE CRÔNICA: A maioria dos pacientes são diagnosticados aqui!!! Duração de 3-5 anos Fase assintomática (geralmente) Leucocitose (>25.000/mm3) com desvio à esquerda Anemia N/N Basofilia Eosinofilia, eosinofilia e plaquetose Mieloblastos e promielócitos <10% MO hipercelular (blastos: <10%), aumento de megacariócitos e das fibras de reticulina Presença do gene de fusão BCR/ABL FASE ACELERADA: Resistente à terapia Blastos SP ou MO inferior à 20% (10-19%); Basofilia >20% Plaquetopenia persistente pois a doença está se ‘’agudizando’’ Esplenomegalia e leucocitose não responsivas ao tratamento; Evidência citogenética de evolução clonal FASE BLÁSTICA OU CRISE BLÁSTICA: Blastos e sintomas: febre, sudorese noturna, perda de peso e dores ósseas Proliferação extramedular de blastos Agregados de blastos na biópsia de MO Mesmo sendo mieloide, pode apresentar linfoblastos, pois em algum momento da maturação celular o indivíduo é tratado como LMA. Essa fase é uma leucemia aguda, super agressiva! Tratamento Agentes citostáticos (controle da leucocitose): hidroxiuréia e bussulfan Transplante de MO também foi uma alternativa Inibidores de tirosina quinase (mesilato de imatinibe, conhecido como GLIVEC) Mecanismo de ação: a ação da tirosina quinase só funcionará se uma molécula de ATP se ligar na BCR/ABL. O GLIVEC compete com a ligação do ATP. É necessário tomar o fármaco de forma vitalícia. *Na quimioterapia, por exemplo, na LMA, o quimioterápico não diferencia quem prolifera de forma errônea ou normal. Se o paciente parar de tomar o mesilato, ele volta a ter a doença. Porque o mesilato apenas controla, mas não cura. Critérios de resposta: a) Reposta hematológica: leucocitose e plaquetas voltam aos níveis normais. Basófilos tornam-se inferiores à 5%. Depois de 15 dias repete o hemograma e espera-se que os parâmetros hematológicos voltem para a normalidade. b) Resposta citogenética: só é completa quando houver ausência de metáfase do cromossomo philadelphia. c) Resposta molecular: é mais sensível. Logo, acaba sendo a mais ‘’correta’’. *É necessário haver acompanhamento do tratamento, pois pode haver uma resistência ao tratamento em algum momento, sendo utilizadas então drogas de segunda e terceira geração: nilotinibe e dasatinibe. Resistência: As células com BCR/ABLR podem sofrer mutações, como o imatinibe funciona como ‘’chave-fechadura’’ essa proteína de fusão do BCR/ABL pode sofrer mutação e o imatinibe não o reconhece, com isso o paciente apresenta uma resistência ao tratamento. Avalia isso com as respostas sendo ela: hematológica, citogenética ou molecular. Diagnostico diferencial *RL: alterações toxicodegenerativas dos neutrófilos, granulações toxicas, microvacuolos e corpos de Dohle. NEOPLASIAS MIELOPROLIFERATIVAS PH-NEGATIVO NOTA: Todo paciente com LMC vai ter o rearranjo BCR/ABL , todo paciente com PV vai ter a mutação na JAK2, pacientes com TE e MLF podem apresentar 3 tipos de mutações: V617F na JAK2, gene da caureticulina e no gene MPL. POLICITEMIA VERA: Eritrocitose Doença clonal do sistema hematopoético Aumento de hemácias, leucócitos e plaquetas Proliferação do comportamento eritróide na ausência de EPO (caráter autônomo da proliferação) >90% dos pacientes com PV tem mutações adicionais no éxon 12 do gene JAK2. Média de idade do diagnóstico: 60 anos (jovens e crianças: casos raros) Manifestações clínicas: Geralmente assintomático, mas, pode ocorrer hipertensão, anormalidades vasculares (cefaléia, tonturas, prurido ‘’após o banho’’), sangramentos leves – def de von willebrand, esplenomegalia, trombose. PV e trombos: acontecem pelo aumento da massa eritrocitária e plaquetária dentro do leito vascular, os leucócitos ficam aderidos e quando a plaqueta chega, se ativa fazendo com que haja outros eventos que ligam mais plaquetas e formam os trombos. Achados laboratoriais Hemograma: diagnóstico principal. Aumento da massa eritrocitária Neutrofilia em 60% dos casos (com presença de mielócitos e metamielócitos no SP) Basofilia: 2/3 dos casos Plaquetose: 50% dos casos Função plaquetária alterada (agregação com adrenalina) Testes adicionais: TPAE e TTPa MO: hiperplasia das 3 linhagens Alterações do cariótipo: 20q-, trissomia dos cromossomos 8,9 e 13q BIOLOGIA MOLECULAR Todo mundo tem a proteína JAK2, o que diferencia um paciente normal de um paciente com PV é que na do paciente com PV a JAK2 está alterada. então na PCR a JAK2 normal tem um sítio de restrição pra BSAX1, quandoa JAK2 tá normal, a BSAX1 reconhece esse sítio e digere o fragmento de 460pb em 2 fragmentos menores. Quando a mutação V217F existe, esse sitio de restrição deixa de existir, então a enzima de restrição não funciona mais, sendo assim, o material não é digerido. Critérios diagnóstico MIELOFIBROSE PRIMÁRIA Doença mieloproliferativa (geralmente idiopática) caracterizada por esplenomegalia, presença de leucoeritroblastose e dacriócitos no sangue periférico. Medula óssea com grau variado de fibrose e hematopoese extramedular. Media de idade ao diagnostico: 60 anos Fase pré-fibrótica (hipercelularidade da MO) -> fibrose medular Quadro clínico: Assintomárico Trombocitose Fadiga Sintomas constitucionais Esplenomegalia Hepatomegalia Eventos trombóticos Diagnostico Acidental: 20% dos casos tem esplenomegalia ao exame físico (plenitude gástrica e saciedade precoce) Hemograma: SV: anemia , N/N, poiquilocitose (dacriócitos) presença de eritroblastos + blastos SB: desvio à esquerda (até blastos) + eritroblastos -> quadro leucoeritroblástico. PSEUDO PEUGER- HUET.!!!! Leucopenia, leucocitose ou numero normal de leucócitos. SP: anisocitose plaquetária (megaplaquetas). Contagem de plaquetas normal, diminuído ou aumentado. MO:punção seca -> biópsia MO Hiperplasia megacariocitica, hiperplasia eritroblástica e fibrose reticulinica. Prognostico *Precisa-se demonstrar marcadores de clonalidade: JAK2 V617F, CALR e MPL. MF e TE: pesquisa JAK2, se foi positivo, fecha diagnóstico. Sendo negativo, pesquisa mutação da CALR: positivo, fecha diagnóstico. Se for negativo, vai pra MPL. *Pode acontecer de ser triplo negativo, ai vai pra um quarto teste. Fisiopatologia Critérios diagnósticos TROMBOCITEMIA ESSENCIAL: Neoplasia mieloproliferativa caracterizado por um distúrbio clonal de células-tronco hematopoéticas -> aumento da contagem das plaquetas, hiperplasia megacariocítica e tendência hemorrágica ou trombótica. Incidência: 0.6-2.5 casos/100.000|ano Média de idade ao diagnóstico: 50-70 anos Ausência de marcador genético específico -> diagnóstico de exclusão Quadro clínico: Assintomático Trombose microvascular ou de grandes vasos Sangramento de mucosas Esplenomegalia e hepatomegalia FISIOPATOLOGIA Trombocitose Megacariócitos: aumento do número, volume, lobulação nuclear, agrupamentos, poidia nuclear-> diferentes na mielofibrose! Embora os níveis de trombopoetina estejam normais, existe uma maior sensibilidade a IL-3, IL- 6 e trombopoetina EVOLUÇÃO CLÍNICA Curso clínico indolente Sobrevida global em 10 anos Fatores de mau prognóstico: >60 anos, leucocitose, tabagismo, diabetes morfologia Trombose e sangramento Diagnóstico laboratorial OUTRAS NEOPLASIAS MIELOPROLIFERATIVAS LEUCEMIA NEUTROFÍLICA CRÔNICA LEUCEMIA EOSINOFILIA CRÔNICA Maria Eduarda H. NEOPLASIAS MIELOPROLIFERATIVAS Fisiopatologia Diagnóstico Critérios de evolução clínica FASE CRÔNICA: FASE ACELERADA: FASE BLÁSTICA OU CRISE BLÁSTICA: Tratamento Diagnostico diferencial POLICITEMIA VERA: Manifestações clínicas: Achados laboratoriais Critérios diagnóstico MIELOFIBROSE PRIMÁRIA Quadro clínico: Diagnostico Hemograma: SV: anemia , N/N, poiquilocitose (dacriócitos) presença de eritroblastos + blastos Prognostico Fisiopatologia TROMBOCITEMIA ESSENCIAL: Quadro clínico: FISIOPATOLOGIA EVOLUÇÃO CLÍNICA morfologia Trombose e sangramento Diagnóstico laboratorial OUTRAS NEOPLASIAS MIELOPROLIFERATIVAS LEUCEMIA NEUTROFÍLICA CRÔNICA LEUCEMIA EOSINOFILIA CRÔNICA
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