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Liana Ribeiro Dermatofit�� e� felin� ● É uma micose superficial de tecidos queratinizados como o extrato córneo, pelos, unhas; ● Infecção fúngica mais comum em felinos; ● Microsporum, trichophyton, epidermophyton; ● Altamente contagiosa e zoonótica; ● A forma infecciosa dos dermatófitos é o artrósporo, que é formado pela fragmentação das hifas fúngicas em pequenos esporos infecciosos; ● São transmitidos pelo contato com gatos doentes ou portadores assintomáticos ou fômites; Patogênese: ● Geralmente produzem enzimas proteolíticas e queratolíticas → utiliza a queratina como fonte de nutrição; ● Mecanismo de proteção: pele saudável funciona como barreira (epiderme); ● Aumento da taxa de epidermopoiese para remoção dos fungos da superfície; ● O fungo pode permanecer nos tecidos queratinizados de forma assintomática; ● Quando existem os fungos (artroconídeos), há um aumento da epidermopoiese na tentativa de eliminar os fungos da camada córnea = disqueratose clinicamente; ● O período de incubação da micose causada por M. canis é de 1 a 3 semanas; ● Durante esse tempo, as hifas crescem ao longo dos pelos, através do estrato córneo, até os folículos, onde produzem esporos → como os dermatófitos são suscetíveis a altas temperaturas, eles não colonizam partes mais profundas da pele ou folículo → o pelo cresce normalmente, mas quebra facilmente perto da superfície da pele, resultando em alopecia (artroconídio se alimenta da queratina do pelo); ● Lesões podem surgir localmente em animais imunocompetentes e ter remissão espontânea; ● Animais imunossuprimidos: doença multifocal ou disseminada e infecção bacteriana secundária; ● RARO: reação inflamatória granulomatosa na derme/sc devido a presença de hifas, drenando para a superfície (pseudomicetoma - diferenciar de esporotricose e neoplasias); Liana Ribeiro Sinais clínicos: ● Apresentação variável; ● Doença folicular: alopecia regular e circular, com quebra de pelos, descamação e às vezes margem eritematosa e cicatrização central; ● Prurido variável; ● Cabeça; ● Dermatite miliar; ● Lesões únicas ou múltiplas; ● Fungo começa a migrar para periferia (lesão em alvo); ● Pelame tonsurado; ● Colaretes epidérmicos; ● Em humanos: borda mais eritematosa com bastante prurido; Em quais condições ele vai causar doença? ● Idade (<2 anos); ● Imunossupressão; ● Status soropositivo de fiv e/ou felv por si só não aumenta o risco de dermatofitose; ● Comorbidades; ● Déficits nutricionais; ● Estresse; ● Higiene precária; ● Grande quantidade de artroconídios; ● Gatos de pelo longo apresentam maior predisposição devido à higiene insuficiente e a sua pelagem que prende os esporos dos fungos (pode-se indicar a tosa); Diagnóstico: ● Histórico; ● Exame físico; ● Nenhum teste foi padrão ouro; ○ Lâmpada de Wood; ○ Micológico direto dos pelos; ○ Cultura de fungos; ○ Citologia; ○ PCR; ○ Histopatológico em lesões mais profundas ou quando não se fecha o diagnóstico; ○ Associação dos exames!! 1. Lâmpada de Wood: ● Não invasiva e barata; ● Ligar a lâmpada 5 minutos antes do exame; ● 50% das cepas de m. canis apresentam fluorescência; ● Pelos maçã verde; ● Falso positivo: resíduos, crostas, escamas, bactérias do tipo pseudomonas); ● Exame negativo não significa que é negativo, em contrapartida, positivo não significa que é positivo; ● Não identifica espécie, sempre associar com outra técnica; ● Exame de triagem; ● Cultivo para fungos: DTM; Liana Ribeiro 2. Micológico direto: ● Análise direta do pelo; ● Pelos da borda da lesão, usando a luz de wood +; ● Óleo mineral ou KOH; ● Os pelos com hifas e artrósporos são mais espessos, com superfície rugosa e irregular (4 a 10x); ● Azul de metileno / azul de algodão; ● Terceiro corante do panóptico; ● Sensibilidade é relativamente baixa; 3. Cultura fúngica: ● Ágar sabouraud ou DTM; ● Método sensível; ● 3 a 4 semanas de incubação; ● Dermatobac muda a cor do meio, mas a colônia suspeita deve ser conferida na microscopia; ● Culturas de m. canis - apenas 2,6% precisam de > 14 dias para positivar; ● Coleta: amostras devem ser coletadas da margem de novas lesões; ● Escova de dente estéril - técnica de mackenzie (em contactantes com lâmpada negativa), depositando no DTM; ● Cuidar com fungos ambientais: aspergillus, curvularia; 4. Citologia de pele: ● Geralmente possuem halo transparente, usados como forma de proteção; 5. PCR: ● Quando positivo, não indica necessariamente infecção ativa; ● Quando negativo, significa cura micológica; ● Pode ser útil para confirmar a infecção por M. canis em um gato suspeito; 6. Histopatológico: ● Feridas ou nódulos não diagnosticados que não cicatrizam devido a kerion, pseudomicetoma ou micetoma; ● Coloração com ácido periódico de schiff (PAS); ● Grocott metenamina prata (GMS); Liana Ribeiro Terapia sistêmica: ● Itraconazol: VO 5 mg / kg / SID; ○ Pode ser direto ou intercalando; ● Terbinafina: VO 30-40 mg / kg SID – 14 dias; ● Mais seguro e eficaz; ● Melhor tolerado por gatos; ● Griseofulvina: 25-50 mg / kg BID 4 a 6 semanas ○ Eficaz ○ Não é recomendada; temos opções com menos efeitos colaterais ● Cetoconazol: VO 2,5-5mg/kg BID ○ Toxicidade hepática, anorexia, vômito, diarréia e supressão da síntese de hormônios esteróides ● Lufenuron (inibidor da síntese de quitina); ○ Os estudos não demonstraram um efeito antifúngico; ○ Não é recomendado; Quando suspender o tratamento? ● Quando há cura da doença; ● Cultura de fungos negativa (1-3 com intervalo de 15 a 30 dias); ● Ausência de lesões dermatológicas; ● Lâmpada de wood negativa; ● Resultado negativo no PCR = cura micológica;
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