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Livro – Desenvolvimento Psicológico e Educação pág 139/140 e 141 Tema: A Escrita Apesar da importância da alfabetização na aquisição do saber cultural e apesar da atenção que a escola presta a aquisição da escrita, é muito pouco o que se pesquisou sobre os aspectos motores da escrita e os fatores que favorecem ou dificultam uma escrita Manuel eficiente. A grande quantidade de literatura sobre aquisição ensino e avaliação da escrita da atenção primordial aos aspectos funcionais da composição escrita a mão as suas destrezas instrumentais. Condemarín e Chadwick (1990) distinguem três etapas no desenvolvimento da escrita manuscrita: a etapa pré-caligráfica, que abrange todo o período de aquisição de destrezas gráficas especializadas, desde que a garatuja tenta ser letra até o domínio da caligrafia com freqüência o traço é trêmulo ou inseguro, falta regularidade no tamanho e na inclinação, as linhas apresentam ondulações e a ligação das letras é imprecisa. Alcança-se a etapa caligráfica infantil quando o aprendiz domina as destrezas motoras necessárias para produzir uma escrita ordenada e clara, nessa etapa, as formas são muito convencionais e a etapa, as formas são muito convencionais e a letra não está personalizada. A etapa, pós-caligrafia se consegue depois da adolescência quando se define um estilo caligráfico pessoal quando os aspectos instrumentais da escrita a funcionalidade da composição escrita. No inicio da etapa pré-caligráfica as primeiras letras que tipicamente as crianças tentam desenhar costumam ser do tipo “circulo “risco ou pente formas que só vagamente remetem a modelos que possam ter visto, mas que revelam que a criança analisou a forma das letras e extrai um de seus principais traços: que as letras são construídas combinando traços curtos seja uma reta e um círculo, seja várias retas. Nessa garatuja inicial, que “brinca de ser como” escrita, influi o tipo de experiência que as crianças tenham como modelos de escrita; aquelas que tiveram oportunidade de observar escrita manual dos adultos tenderão à garatuja linear, um traço, mas ou menos ondulado, talvez com alguma espiral ou algum ângulo, enquanto aquelas familiarizadas com a letra impressa ou para aquelas a quem os adultos mostram a escrita com maiúsculas começarão desenhando letras soltas, em princípio não-alinhadas depois juntas, como que formando palavras. As oportunidades de prática e de ação dos adultos determinam o ritmo em que esses traços inicias evoluem para formas mais convencionais de escrita. A escrita caligráfica se caracteriza pela regularidade e pela fluidez. Toro e Cervera (1980) propõem dez indicadores para avaliar a qualidade gráfica: ajuste do tamanho da letra, regularidade no tamanho, oscilação ou tremor no traço , horizontalidade das linhas , regularidade no interalinhamento, proporção entre zonas (corpo central X extremos superiores ou inferiores), sobreposição de letras, ligação natural ou união entre letras natural ou união entre letras consecutivas , distrações nos traços curvas das letras e regularidade na direção dos traços verticais. Mas embora o domínio eficiente das habilidades gráficas seja imprescindível para o acesso à escrita, é importante assinalar que alcançar essa caligrafia regular e fluida não equivale a saber escrever. Escrever também é uma destreza funcional-comunicativa e uma destreza lingüística. Portanto, a aprendizagem da escrita não é uma simples aprendizagem motora: supõe, por um lado, a aquisição de um código, de um sistema de sinais gráficos convencionais que permite a comunicação, porque representam significados precisos e por outro, a capacidade (e a vontade ) para compor textos coerentes com esse código. Isto é, além dos requisitos motores, na aprendizagem da escrita pesam significativamente os componentes cognitivos e motivacionais.
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