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FIT 5024 – Plantas de Lavoura II PROVA TEÓRICA Instruções gerais: I. Esta prova deve ser resolvida DE FORMA INDIVIDUAL e enviada, em WORD, para cristinaribassantos@gmail.com até as 14:00 do dia 28/02/2022. Provas enviadas depois desta data e horário, NÃO serão aceitas, ficando o aluno sem a nota da avaliação. II. Questões com textos iguais ou com estruturação muito semelhante ao de outro colega serão desconsideradas, ficando os alunos envolvidos sem os pontos correspondentes. III. TODAS as questões dissertativas devem ser embasadas em literatura, com a indicação da referência de onde você retirou suas respostas, inserida na questão respondida por você. 1- Em relação ao armazenamento de grãos, explique para que servem as operações de calagem, pré-limpeza, limpeza e secagem realizadas nas unidades armazenadoras. (1,0 ponto) Calagem: Consiste no processo de obtenção de porção de grãos para compor uma amostra representativa do lote avaliado. Essa calagem é realizada no momento da chegada do material na planta fabril, com o objetivo de determinar a condição do produto. A partir da amostra é identificado a qualidade dos grãos (inteiros, quebrados, ardidos, mofados, etc), a umidade do lote e a concentração de impurezas. O procedimento é feito na carroceria ou no vagão de entrega, podendo ser de forma automática ou manual, aleatoriamente, em diferentes profundidades e com o mínimo de subamostras variando do tamanho do lote. Se utiliza caladores e/ou sondas para realizar a coleta. Conforme o resultado do amostragem deverá ser adotado os encaminhamentos para o produto, desde o direcionamento para a próxima etapa do processamento ou a recusa de um material de baixa qualidade. Pré-limpeza: A pré-limpeza é o processo realizado logo após o recebimento e antes da secagem. Consiste na retirada de impurezas que possam prejudicar o processo de limpeza dos mailto:cristinaribassantos@gmail.com grãos, ou que possam causar danos aos equipamentos mecânicos da planta fabril. Nesta etapa são retirados materiais e partículas magnéticas, materiais pesados com areia e pedras e restos vegetais. Limpeza: Processo realizado depois da secagem com o objetivo de eliminar as impurezas restantes que ainda estejam misturadas com os grãos, como por exemplo restos de planta, torrão de terra, pedras, entre outros. Secagem: Tem como objetivo de reduzir o conteúdo de água dos grãos, padronizando o lote em uma mesma umidade ideal para o armazenamento, e assim reduzindo a deterioração dos grãos, que pode ocorrer devido ao processo de respiração dos grãos ou pela ação de microorganismos. A secagem é feita artificialmente através da passagem forçada de ar quente pelo lote de grãos, sendo o ar capaz de absorver a umidade em outros corpos. SCHROPFER, D. J. et al. Efeito da Pré-limpeza Sobre Qualidade Física e Tecnológica de Grãos de Milho Após Seis Meses de Armazenamento. Anais - VII Conferência Brasileira de Pós-Colheita Serviço Nacional de Aprendizagem Rural. Grãos: armazenamento de milho, soja, feijão e café. Serviço Nacional de Aprendizagem Rural. – Brasília: Senar, 2018. 100 p.; il. – (Coleção SENAR 216) Disponível em: <https://www.cnabrasil.org.br/assets/arquivos/216-ARMAZENAMENTOS-GR%C3%83OS- NOVO.pdf> PORTELLA, J. A.; EICHELBERGER, L. Secagem de grãos. Embrapa Trigo-Livro técnico (INFOTECA-E), 2001. < https://wp.ufpel.edu.br/nutricaoanimal/files/2011/04/Amostragem_gr%C3%A3os.pdf > < http://labgraos.com.br/manager/uploads/arquivo/material---prova-1.pdf> 2- Explique como devem ser realizados os manejos de fertilidade e as amostragens para estande inicial, estande final e acompanhamento de estádios de desenvolvimento de uma lavoura de aveia branca (Avena sativa) para produção de grãos. (1,0 ponto) O manejo de fertilidade deve sempre levar em consideração a análise de solo feita e a cultura precedente. Segundo o Manual de calagem e adubação para os Estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina (2016) a cultura da aveia possui um ph ideal próximo a 6, devendo ser corrigidos quando apresentarem maior acidez visando proporcionar um ambiente mais adequado ao crescimento radicular, diminuindo a atividade de elementos potencialmente tóxicos e favorecendo a disponibilidade de elementos essenciais à nutrição. O nitrogênio (N) tem papel fundamental para o crescimento da aveia, também sendo um limitante para a produção de fitomassa. A disponibilidade de N estimula o crescimento e atividade radicular, o que favorece a absorção de outros nutrientes. A adubação nitrogenada é feita conforme a recomendação feita a partir da análise de solo, sendo normalmente de 15 a 20 kg/ha na semeadura e o restante parcelado em cobertura. Em doses elevadas pode se parcelar no início do afilhamento e no início do alongamento. Em regiões mais frias e solos com alto teor de matéria orgânica, para maior expressão do potencial de rendimento e a obtenção de maior produtividade, as doses de N indicadas podem ser aumentadas. A aplicação de fósforo e potássio devem ser realizadas na base. O estande inicial do cultura é calculado antes de implementação propriamente dita, é o número de plantas por hectares desejado, cálculo com as informações de teste de germinação e vigor. O estande final é o número final de plantas na área, sendo o primeiro parâmetro de rendimento avaliado, avaliado pela contagem do número de plantas em uma determinada e estimada para o restante da área. O acompanhamento dos estádios fenológicos deve ser http://labgraos.com.br/manager/uploads/arquivo/material---prova-1.pdf realizado com a visita regular à lavoura, no momento da visita deve se avaliar a condição fenológica e quando mais de 50% das plantas da área apresentarem o mesmo estádio conforme a escala específica da cultura se considera que a lavoura encontra-se no determinado estádio fenológico. LÂNGARO, N, C.; CARVALHO, I. Q. de. Indicações técnicas para a cultura da aveia: XXXIV Reunião da Comissão Brasileira de Pesquisa de Aveia Fundação ABC - Passo Fundo: ED. Universidade de Passo Fundo, 2014. PRIMAVESI, A. C. Recomendações técnicas para o cultivo de aveia - São Carlos : Embrapa Pecuária Sudeste (Embrapa Pecuária Sudeste. Boletim de Pesquisa, 6), 2000. SCHIAVO, J. Produção e qualidade de sementes de aveia branca: efeito de cultivares, sistema de cultivo antecessor e dose de nitrogênio. Dissertação - Universidade Federal de Santa Maria, Centro de Ciências Rurais, Programa de Pós-graduação em Agronomia, RS, 2015. Sociedade Brasileira de Ciência do Solo. Manual de calagem e adubação para os Estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina / Sociedade Brasileira de Ciência do Solo – Núcleo Regional Sul. [s. I.] : Comissão de Química e Fertilidade do Solo – RS/SC, 2016. 376 p. 3- Em relação à ecofisiologia do centeio (Secale cereale), explique a relação da temperatura com o desenvolvimento e cite as características que são levadas em consideração pelo zoneamento agroclimático, em relação a este componente climático, nas regiões aptas ao cultivo. (1,0 ponto) O estudo para o desenvolvimento de zoneamento agroclimático para determinada cultura leva em consideração diversos fatores, levando em consideração além de atributos climáticos, os fatores de condição de solo, os meio socioeconômico com o intuito de organizar a distribuição racional das culturas. Mas para a determinação da potencialidade climática leva-se em consideração os conhecimentos da fenologia, as características e as necessidades climáticas da cultura de interesse, junto com um mapeamento dos elementos climáticos de todo o território. A cultura do centeio é uma cultura com alto grau de adaptação, podendo ser cultivada em vasta diversidade de condições ambientais, podendo destacar a capacidade de adaptação da cultura às temperaturas frias e secas. A temperatura ideal para o crescimento do centeio é de 25 a 31°C, mas sua atividade fisiológica de crescimento ocorre a temperatura basal a partir de 0°C, enquanto o trigo é a partir de 2,8 a 4,4°C, por isso apresenta um potencial de rendimento de massa verde maior do queoutras culturas de inverno. Porém é uma cultura muito sensível à altas temperaturas, principalmente durante a floração e formação de grãos. WOLLMANN, C. A.; GALVANI, E. Zoneamento agroclimático: linhas de pesquisa e caracterização teórica-conceitual. Sociedade & Natureza [online]. 2013, v. 25, n. 1 [Acessado 26 Fevereiro 2022] , pp. 179-190. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S1982-45132013000100014> <https://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/centeio/arvore/CONT000fz2zy82902wx5ok0 ejlyhdissdeyl.html#:~:text=A%20temperatura%20%C3%B3tima%20para%20o,de%20massa %20e%20pela%20precocidade.> <https://plantarcrescercolher.blogspot.com/2018/01/clima-e-solos-para-o-centeio.html> <http://www.cnpt.embrapa.br/publicacoes/sist-prod/centeio02/centeio11.htm> https://doi.org/10.1590/S1982-45132013000100014 4- O triticale (X triticosecale) é um cereal criado pelo homem. Explique que manejos devem ser realizados para esta cultura nas subfases de afilhamento e elongação do colmo da escala de Feeks-Large. (1,0 ponto) Os principais manejos a serem realizados nas subfases de afilhamento e elongação estão focados no manejo de fertilidade, com a adubação de cobertura. Como o triticale é um cereal criado pelo homem possui características que foram selecionadas para facilitar o manejo e incrementar a produção, podemos destacar o baixo risco ao acamamento da cultura e a alta capacidade de sanidade foliar durante a fase vegetativa. O manejo de fertilidade deve sempre levar em consideração a análise de solo feita e a cultura precedente. A quantidade de fertilizante nitrogenada varia em função ao nível de matéria orgânica do solo, parte da adubação é feita na semeadura e o restante feito em cobertura, segundo a Embrapa (2021) em altas eficiência econômicas a adubação de cobertura atinge níveis próximo de 80 Kg de N/ha, com a aplicação parcelada no início do afilhamento e início do alongamento. Mesmo sendo um cereal com alta rusticidade de uma boa resistência a doenças o monitoramento deve ser contínuo na lavoura, iniciando no final do afilhamento e início de alongamento. As primeiras aplicações, para doenças que atingirem o limiar de ação, deve ser realizada a partir do final do afilhamento. CUNHA, G. R. da.; CAIERÃO, E.; ROSA, A. C. Informações técnicas para trigo e triticale – safra 2016 – 9ª Reunião da Comissão Brasileira de Pesquisa de Trigo e Triticale. Passo Fundo, RS : Biotrigo Genética, 2016. 228 p Sociedade Brasileira de Ciência do Solo. Manual de calagem e adubação para os Estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina / Sociedade Brasileira de Ciência do Solo – Núcleo Regional Sul. [s. I.] : Comissão de Química e Fertilidade do Solo – RS/SC, 2016. 376 p. Webinar Mais Lucro/ha - Desmitificando o manejo de triticale - Embrapa Trigo <https://www.youtube.com/watch?v=iNAb4rhNnJE> 5- Em relação à cevada (Hordeum vulgare), explique as diferenças agronômicas entre as cevadas dísticas e as cevadas hexásticas. Indique qual subespécie é utilizada para a produção de malte e explique por quê. (1,0 ponto) As variedades de cevadas dísticas e as cevadas hexásticas podem ser diferenciadas de acordo com o modo como seus grãos se distribuem na espiga, em duas ou em seis fileiras. As classificadas como dísticas possuem apenas duas fileiras de espigueta com grãos, sendo apenas uma fileira de espiguetas fértil, com uma disposição simétrica os grãos tendem a possuírem maiores dimensões e formato uniforme. Já as hexásticas possuem seis fileiras de espiguetas, dessas apenas três fileiras produzem grãos, não apresentando simetria e grão menores. Para a produção de malte se indica o uso de subespécies com característica dística, pois essas apresentam um grão maior e mais uniforme, com casca mais fina, menores teores de proteína e menores quantidades de compostos fenólicos e substâncias amargas favorecendo a produção de uma cerveja de maior qualidade. FERREIRA, C. Cultivares de cevada semeadas em espaçamentos simples e pareado combinados com doses de adubo e densidade de semeadura. Tese (Doutorado em Agronomia - Área de Concentração: Agricultura), Universidade Estadual de Ponta Grossa. 70f. 2015 BOROWSKI, D. Z. Efeito do genótipo, ambiente e suas interações em características agronômicas e de qualidade em cevada cervejeira no sul do Brasil. Dissertação (Mestrado em Agronomia) - Universidade de Passo Fundo, 106g. 2012. <https://nutriagro.weebly.com/malte-de-cevada.html> 6- O trigo sarraceno ou mourisco (Fagopyrum esculentum) é considerado uma cultura rústica que pode ser utilizada para produção de grãos e para cobertura de solos. Explique as diferenças para implantação e manejo de fertilidade da cultura nestes dois sistemas. (1,0 ponto) A cultura do trigo sarraceno está sendo redescoberta no Brasil e ainda necessita do desenvolvimento de estudos técnicos-científicos para definir um modelo de manejo que melhor apresenta resultados. O Manual de calagem e adubação para os Estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina ainda não conta com informações pertinentes a esta cultura, deixando os produtores sem um opção simples de consulta, por isso é necessário o estudo mais aprofundado nas capacidades da cultura sobre efeitos diferentes de adubações. Segundo TOMAZI (2021) o nitrogênio aplicado em cobertura não influencia as características agronômicas e a produtividade do trigo mourisco. A diferenças entre a produção de grãos e a cobertura do solo está na forma de implantação da cultura, para a produção de grãos se utiliza a semeadura em linha com semeadora-adubadora já na para a cobertura de solo pode se utilizar a semeadura à lanço com distribuidor gravitacional. Para a cobertura de solo se indica o tombamento das plantas com o uso de rolo-faca antes da formação de sementes. TOMAZI, C. V. et al. Produtividade e características agronômicas do trigo mourisco (Fagopyrum esculentum) em função da aplicação de nitrogênio em cobertura. Revista Cultivando o saber. Cascavel, Paraná. 2021, ed. 2021. p13-23. GÖRGEN, Angela Valentini et al. Produtividade e qualidade da forragemde trigo-mourisco (Fagopyrum esculentum Moench) e de milheto (Pennisetum glaucum (L.) R.BR). Revista Brasileira de Saúde e Produção Animal [online]. 2016, v. 17, n. 4 SILVA, D. B. et al. Avaliação de genótipos de mourisco na região do cerrado - Brasília: Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, 2002. 20 p. (Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, Boletim de Pesquisa e Desenvolvimento n. 21) HOCHMÜLLER, A. L. H. et al. O trigo mourisco (Fagopyrum esculentum Moench) e sua versatilidade - um resumo. XXV Seminario interinstitucional de ensino, pesquisa e extensão. UNICRUZ, Cruz alta - RS ALENCASTRO, R. B. G. Produtividade e qualidade da forragem de Trigo Mourisco (Fagopyrum esculentum Möench L.) para a alimentação de ruminantes. Brasília: https://nutriagro.weebly.com/malte-de-cevada.html Universidade de Brasília, 2014. 46p. Dissertação (Mestrado em Ciências Animais) – Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária da Universidade de Brasília, 2014 Sociedade Brasileira de Ciência do Solo. Manual de calagem e adubação para os Estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina / Sociedade Brasileira de Ciência do Solo – Núcleo Regional Sul. [s. I.] : Comissão de Química e Fertilidade do Solo – RS/SC, 2016. 376 p. <https://blog.aegro.com.br/trigo-mourisco/#:~:text=Um%20dos%20diferenciais%20do%20tri go,plantas%20daninhas%20e%20suprime%20nematoides.> 7- Com base na fenologia do café (Coffea arabica; C. canephora), explique o que ocorre nas lavouras nas subfases de indução, crescimento e dormência das gemas florais e na de florada, chumbinho e expansão dos frutos. (1,0 ponto) No primeiro ano fenológico são formados os ramos vegetativos, com gemas axilares nos nós, e essas serão induzidas a se transformarem em gemas reprodutivas, sendo um processo determinado pelas condições ambientais, caracterizados por períodos de dia curto (abril a agosto). Quando os dias começam a ficar com menos de 13 horas de luz efetiva se intensifica o crescimento das gemas florais,que depois de terem completado seu desenvolvimento elas entram em dormência e ficam prontas para a antese, que ocorrerá junto com um aumento substancial da carga hídrica do ambiente, podendo ser chuva ou irrigação. Em julho a agosto, meses finais, as gemas dormentes produzem um par de folhas pequenas, momento caracterizado pelo fim do primeiro ano fenológico. A fase da florada, chumbinho e expansão dos frutos é a primeira fase do período reprodutivo. A florada se inicia com o aumento da carga hídrica do ambiente, um choque hídrico nas gemas florais maduras e abertura das flores. Após a fecundação das flores formam-se os chumbinhos e a expansão dos frutos, essas etapas duram cerca de quatro meses (setembro a dezembro). CAMARGO, Â. P. de; CAMARGO, M. B. P. de; Definição e esquematização das fases fenológicas do cafeeiro arábica nas condições tropicais do Brasil. Bragantia, Campinas, 60(1), 65-68, 2001 MEIRELES, E. J. L. Fenologia do Cafeeiro: Condições Agrometeorológicas e Balanço Hídrico do Ano Agrícola 2004–2005 – Brasília, DF : Embrapa Informação Tecnológica, 2009. (Embrapa Café, Documentos 5) MONTEIRO, J. E. B. A. Agrometeorologia dos cultivos: o fator meteorológico na produção agrícola - Cap 12 - Girassol. Brasília, DF: INMET, 2009. 530P. 8- Explique como manejar a fertilidade nas lavouras de cana planta e nas áreas de cana soca para produção de cana-de-açúcar (Saccharum officinarum). (1,0 ponto) A cana-planta apresenta uma baixa resposta a adubações nitrogenadas, um dos fatores que favorecem a baixa resposta mas que pode ser uma vantagem é a sua capacidade de associação com bactérias fixadoras de N, já existindo no mercado inoculantes destinados à cultura da cana. Mas a adubação nitrogenada pode ser feita com a aplicação de 10 a 20 kg de N/ha no plantio, no fundo do sulco, e o restante (conforme a análise de solo) deve ser aplicada em cobertura antes do fechamento do canavial, entre 60 a 90 dias após o plantio. O fósforo deve ser aplicado na quantidade total junto com o N no plantio, no fundo do sulco. Já a adubação potássica pode ser aplicada totalmente no plantio ou parcelada em cobertura (junto com o N, entre 60 a 90 dias após o plantio), o fracionamento deve ser feito em situação de condições de solo arenoso ou em dosagens elevadas. Em cana-soca a adubação deve ser incorporada próxima à linha de cana, cerca de 20 cm, antes do fechamento do canavial. A presença de palha deixada na superfície do solo (resíduo da colheita) pode dificultar a incorporação sendo necessário uma alteração nos valores de adubo recomendado, principalmente para a recomendação de potássio. Sociedade Brasileira de Ciência do Solo. Manual de calagem e adubação para os Estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina / Sociedade Brasileira de Ciência do Solo – Núcleo Regional Sul. [s. I.] : Comissão de Química e Fertilidade do Solo – RS/SC, 2016. 376 p. GONCALVES, J. R. P.; RAMOS, N. P.; FILIZOLA, H. F.; ANDRADE, C. A. de; PACKER, A. P.; VIEIRA, H. B. Fertilidade de solos cultivados com cana de açúcar em sistema plantio direto por diferentes períodos. CONGRESSO BRASILEIRO DE CIÊNCIA DO SOLO, 34., 2013, Florianópolis. Ciência do solo: para quê e para quem: anais. Florianópolis: Sociedade Brasileira de Ciência do Solo, 2013. 4 p. 9- Com base na imagem a seguir da cultura do girassol (Helianthus annuus) explique as diferenças entre as flores que aparecem na imagem e como ocorre o florescimento dos capítulos. (1,0 ponto) O florescimento do girassol inicia pela periferia do capítulo, e em forma de espiral, terminando na parte central. Dependendo da temperatura ocorre a abertura de 3 a 4 círculos de flores por dia, e em uma temperatura ideal o processo pode levar até 10 dias. O capítulo do girassol é do tipo radiado, com as flores marginais femininas ou neutras com uma corola ligulada, já as do disco são andróginas com corola tubulosa. Por isso, as flores marginais são mais vistosas e liguladas. Deficiências hídricas durante esse processo podem causar manchas na região central do capítulo, e a falta de polinizadores ocasiona manchas dispersas no capítulo. Na foto apresentada podemos identificar o processo de abertura de flores da borda para o centro, onde as flores da borda já estão abertas e as do centro ainda não. CASTIGLIONI, V. B. R.; BALLA, A.; CASTRO, C. de.; SILVEIRA, J. M. Fases de desenvolvimento da planta de girassol. Londrina: EMBRAPA-CNPSo, 1997. 24p. (EMBRAPA-CNPSo. Documentos, 59) MONTEIRO, J. E. B. A. Agrometeorologia dos cultivos: o fator meteorológico na produção agrícola - Cap 12 - Girassol. Brasília, DF: INMET, 2009. 530P. 10- Para a cultura do algodão (Gossypium spp.), com base nas imagens a seguir, explique quais são as estruturas morfológicas (nomes comum das partes vegetais) e sua importância para a cultura. (1,0 ponto) a) b) c) d) e) a) Maçã e Capulho: A maçã é o principal parâmetro de rendimento da cultura, sendo sua perda por ataque de pragas ou por apodrecimento um grande problema fitossanitário que pode causar prejuízos significativos aos produtores. O capulho é o fruto aberto e seco do algodoeiro. c) Fibra Comercial: Principal produto da cultura do algodão, a produção de fibras de qualidade atendendo as necessidades do mercado é o foco de grande parte das produções no Brasil. d) Linter: é um subproduto importante para a cultura, sendo matéria prima para diversas coisas, usado para fabricação de algodão hidrofílico, fabricação de papel moeda, tecidos cirúrgicos, na extração do óleo, entre outros. e) Semente: A semente do algodoeiro tem uma importância além de ser um multiplicador da cultura, ela pode ser utilizada também para a extração de óleo, alimentação animal, alimentação humana e diversas outras utilidades. MONTEIRO, J. E. B. A. Agrometeorologia dos cultivos: o fator meteorológico na produção agrícola - Cap 12 - Girassol. Brasília, DF: INMET, 2009. 530P. ARAÚJO, A. E. Podridão de maçãs do algodoeiro: principais causas e manejo. Campina Grande: EMBRAPA ALGODÃO, 2008. 22p. (Embrapa Algodão. Documentos, 212) <https://soudealgodao.com.br/o-que-e-linter-conheca-o-residuo-de-algodao-que-e-pau-pra-tod a-obra/> BOA PROVA!!!!!!!!
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