ApresentaçãoGirassol2 pptx (2)

Prévia do material em texto

Girassol - Projeto de implementação
Centro de Ciências Agrárias | Departamento de Fitotecnia | Plantas de Lavoura II 
Prof. Cristina Magalhães Ribas dos Santos
Contextualização
Girassol (Helianthus annuus L.)
- Origem: América do norte e central;
- Cultura Anual; 
- Planta com alto grau de rusticidade; 
- Alta capacidade de inserção cadeia produtiva, pois 
utiliza a mesma estrutura disponível para a soja e 
milho;
- Época de semeadura pode ocupar parte ociosa de 
áreas de produção de soja e milho.
Contextualização
Safra 19/20
Segunda a conab:
- Região Centro-Oeste é a principal produtora;
- Área plantada de 25,2 mil hectares;
- Estimativa de produtividade em 1.580 kg/ha;
- Estimativa de produção 81,2 Mt;
- Redução de 33,7% na área plantada.
Escolha do local
Demanda da indústria
Condições favoráveis 
Interesse do produtor
Escolha do local - demanda
Escolha do local
Campinas do sul - RS
Microrregião: Erechim 
Mesorregião: Noroeste Gaúcho
Área: 276,162 km²
População: 5.471 pessoas
PIB: R$ 31.392,23 
IDH: 0,76
Distância a indústria: 270 km
Justificativa
● Interesse do produtor;
● Condições edafoclimáticas favoráveis;
● Indústria de extração de óleo próxima;
● Incentivo pela indústria.
Caracterização do local
➤
Caracterização do local
Área do imóvel ≅ 1500 ha
27°45'20" S 52°41'70"O
Altitude média: 530m
Clima: Cfa (Clima subtropical, com verão quente. 
As temperaturas são superiores a 22ºC no verão e 
com mais de 30 mm de chuva no mês mais seco.)
Precipitação: 2021,5 mm/ano
Solo: Latossolo - Tipo 2
➤
➤
Croqui
Croqui
Zoneamento Agrícola de Risco 
Climático
Menos sujeitos aos riscos climáticos
Definição das regiões, épocas de semeadura e cultivares 
indicadas
Acesso a programas de crédito e seguro (Proagro)
Condições edafoclimáticas
Temperatura
Se desenvolve bem em temperaturas entre 20ºC e 25ºC, temperatura 
ideal está entre 27ºC a 28ºC. Tolera temperaturas baixas, entre 5ºC a 
8ºC, durante germinação, emergência e em estádios iniciais de 
desenvolvimento. Mas temperaturas baixas aumentam o ciclo da cultura, 
atrasando a floração e a maturação, afetando o rendimento.
Disponibilidade hídrica 
A necessidade de água parte de valores ao redor de 0,5 mm/dia a 0,7 
mm/dia, durante a fase da semeadura à emergência, para um máximo 
de 6 mm/dia a 8 mm/dia, na floração e no enchimento de grãos.
Escala fenológica 
Escala fenológica 
V4 - 4 folhas
R1- Início da formação do 
capítulo R2 - Elongação R4 - Formação do capítulo
R6 - Floração 
Completa
R7 - Inicio Amarelamento 
capítulo R9 - Maturação 
fisiológica
VE - Emergência 
Fonte: Eifler (1997)
Zoneamento Agrícola de Risco 
Climático
Fonte: MAPA
“No Rio Grande do Sul, a cultura pode ser cultivada entre os meses de julho a 
setembro (período de inverno-primavera). A semeadura até meados de agosto 
com genótipos de ciclo precoce possibilita que a colheita seja feita até meados 
de dezembro, o que permite a implantação de uma segunda cultura (soja ou 
milho) em sucessão na mesma estação de crescimento, com ganhos para o 
sistema (LEITE, 2007)”
Período de plantio
TRIGO
+
GIRASSOL
↓
AVEIA
↓
Período de plantio
Período de plantio
GIRASSOL
↓
SOJA
Cultivares
c) Grupos de cultivares considerados (adotando-se o número 
médio de dias da emergência à maturação fisiológica = n): Grupo I 
(n<110 dias), Grupo II (110 dias£n£120 dias) e Grupo III (n>120 
dias);
Fonte: MAPA
Cultivares
Talhão 1 (64ha)
● NUSOL 4510 CLAO 
Talhão 2 (124ha)
● NUSOL 4170 CL Plus
- Tecnologia Clearfield;
- Alto oleico (+10-15%);
- Ciclo precoce;
- Híbrido simples;
- Alto potencial produtivo;
- Estabilidade na produção.
- Tecnologia Clearfield plus;
- Ampla adaptação;
- Excelente arquitetura da planta;
- Muito bom comportamento contra acamamento 
e quebra;
- Alto teor de óleo.
Fonte: Atlântica sementes
Implantação da cultura
Implantação de cultura
- Sistema de Plantio direto;
- A propriedade apresenta alto grau de tecnificação;
- Solo não apresenta compactação elevada;
- Análise de solo realizada todo ano; 
- Análise em grade amostral;
- Distribuição em taxa variável;
Fonte: Autor.
Implantação de cultura - Calagem
- Não desenvolve bem em solos ácidos (pH ref. 6,0);
- Al tóxico = impede desenvolvimento radicular;
- Atualmente não há necessidade de calagem.
Caso houvesse? 
Saturação por bases
Fonte: CQFS-RS/SC
Implantação de cultura - Calagem
Fonte: CQFS-RS/SC
Implantação de cultura - sementes
Variedade: NUSOL 4510 CLAO
- População: 45.000 plantas/ha
- Germinação: 90% 
- Pureza: 98%
- Sobrevivência: 95%
- Espaçamento: 0,8 m (Semeadora e plataforma de 
colheita do milho)
Quantidade de metros de linha de plantio /hectare:
m/ha= 10000 / 0,8 = 12.500
Número de sementes a ser depositada por metro de linha de plantio:
n° sementes/ha = 45.000 / (0,90*0,98*0,95) = 
53.706 n° sementes/ha
n° sementes/m = 53.706 / 12.500 = 
4,3 n° sementes/m
Implantação de cultura - sementes
Variedade: NUSOL 4170 CL Plus 
- População: 45.000 plantas/ha
- Germinação: 94% 
- Pureza: 98%
- Sobrevivência: 97%
- Espaçamento: 0,8 m (Semeadora e plataforma de 
colheita do milho)
Quantidade de metros de linha de plantio /hectare:
m/ha= 10000 / 0,8 = 12.500
Número de sementes a ser depositada por metro de linha de plantio:
n° sementes/ha = 45.000 / (0,94*0,98*0,97) = 
50.360 n° sementes/ha
n° sementes/m = 53.706 / 12.500 = 
4,0 n° sementes/m
Implantação de cultura - Adubação
- Nitrogênio é o elemento limitante da cultura;
- Recomendação precisa ser conforme a análise de solo.
Fonte: CQFS-RS/SC
Implantação de cultura - Adubação
- Adubação total na base
Fonte: CQFS-RS/SC
http://www.youtube.com/watch?v=nmlxfZy_l6o
http://www.youtube.com/watch?v=DoWka24Ai0U
http://www.youtube.com/watch?v=MTDjpIvOH1A
Floração
Recomendação de vídeo:
https://www.youtube.com/watch?v=livd-wtPGX8
https://www.youtube.com/watch?v=ncPRPBf60Nw
- Objetivo é a produção de óleo, que é 
extraído da semente. SEM A AÇÃO DE 
POLINIZADORES NÃO HÁ 
FORMAÇÃO DE SEMENTES.
- Girassol floresce no período de 
entressafra de flores, servindo como 
pasto apícola.
- 10 colmeias por hectare
Fonte: Google imagens
https://www.youtube.com/watch?v=livd-wtPGX8
https://www.youtube.com/watch?v=ncPRPBf60Nw
Colheita - Ponto de colheita
- Quanto ao critério para a identificação propriamente dita do ponto de 
maturação fisiológica para a cultura do girassol define-se por quando o 
dorso do capítulo troca de coloração verde para amarelo. 
- Mesmo com a umidade dos aquênios em torno de 14%, o capítulo se 
encontra muito úmido, com percentagem de 60% ou mais de umidade.
- Um ótimo teor de umidade para realização da colheita é de 10 a 12%, 
sendo que nessas condições as perdas de colheita são de 2,7%. 
Contudo, se for realizada com umidade de 6 a 8% nos aquênios, as 
perdas de colheita serão ainda maiores, de 8 a 12% (VRÂNCEANU, 
1977)
UMIDADE:
AQUÊNIOS X CAPÍTULO X PERDAS
Colheita
- Colheita mecânica com plataforma de milho;
- Colheita deve ser realizada entre o limiar de perda;
- Evitar colheita quando a umidade do capítulo estiver 
≥60%. 
Fonte: Google imagens
Colheita
http://www.youtube.com/watch?v=BDoQnhMH9zM&t=36
Doenças - Mancha de Alternaria 
(Alternariaster helianthi)
Afeta folhas, haste, capítulo.
Uma das principais doenças, ocorrendo em praticamente todas as regiões e em 
todas as épocas de semeadura.
Condições ideias: alta umidade relativa e temperatura entre 25ºC e 30ºC.
Maturação antecipada, redução na produção e no peso das sementes.
Fonte: Agrolink
Doenças - Podridão Branca (Sclerotinia 
sclerotiorton) 
Pode infectar a raiz e o colo da planta, a haste ou o capítulo. S. sclerotiorum mata 
rapidamente as plântulas infectadas, ocasionando falhas no estande.
Condições ideias: alta umidade relativa e temperatura entre 20ºC e 25ºC.
O controle dificultado devido à permanência de escleródios viáveis por um longo 
tempo no solo, e grande número de hospedeiros.
Fonte: Agrolink
Doenças - Míldio(Plasmopara halstedii) 
Os danos causados pelo míldio podem decorrer da morte precoce das plantas 
ou da perda total da produção e, ainda, da contaminação das sementes
É uma das principais doenças do girassol no mundo, por ser potencialmente 
muito destrutivo. 
Praga como quarentenária do tipo A - 
- tombamento (infecção do sistema radicular plantas jovens);
- Galha basal e redução do número de raízes secundárias (sistema radicular); 
- crescimento lento ou nanismo, folhas cloróticas e anormalmente grossas, hastes 
quebradiças com capítulos eretos e geralmente estéreis (infecção sistêmica);
- folhas jovens como manchas angulares, pequenas, verde-amareladas, 
distribuídas ao acaso no limbo foliar (infecção localizada);
Fonte: Agrolink
Pragas - Lagarta do girassol (Chlosyne 
lacinia saundersi)
Principal praga do girassol. Ataca folhas e caules, podendo inviabilizar a 
produção em ataques severos. A lagarta tem coloração laranja com pelos 
escuros, vivem agrupadas. Borboletas tem coloração alaranjada com 
manchas pretas.
Fonte: Agrolink
Pragas - Besouro do girassol (Cyclocephala 
melanocephala)
Quando larva se alimenta das raízes das plantas hospedeiras, retardando crescimento e 
prejudicando produção. Quando adulto se alimenta dos capítulos e das sementes do 
girassol. Nas fases juvenis (ovo, larva e pupa) vive no solo.
Fonte: Agrolink
Pragas - Percevejo-verde (Nezara viridula)
Ataca o caule da planta (não as sementes como ocorre na soja). Atenção 
durante os primeiros 30 dias após a germinação.
Fonte: Agrolink
Invasora
Girassol é uma cultura que convive bem com invasoras, até 21 dias após 
emergência, sem redução de produtividade. O período mais crítico é o de 
elongação da cultura (da emissão da 8 a folha até a floração).
Principais plantas invasoras:
- Mentrasto (Ageratum conyzoides); 
- Erva-de-santa-luzia(Euphorbia 
hirta); 
- Capim-carrapicho(Cenchrus 
echinatus).
Manejo fitossanitário
- Manejo integrado de pragas e de doença
Pragas: 
- Controle químico***;
- Controle biológico (+lagarta)
- Reguladores de 
crescimento.
Invasoras: 
- SPD consolidado;
- Semente certificada;
- controle químico;
- Espaçamento e adubação adequados.
Doenças: 
- Controle químico dificultado (baixa gama de 
produtos registrados);
- Semente certificadas;
- Controle genético (4170);
- Seguir o ZARC
- Condições de solo ideais.
Transporte e processamento
Transporte
Fonte: Google imagens, Ministério dos transportes
Fluxograma processo de grãos
Transporte
Cultivo
Colheita
Campo
Recepção
C
la
ss
ifi
ca
çã
o
/A
m
os
tra
ge
m
Pré-Limpeza Secagem
LimpezaArmazenagem
Expedição
Indústria 
Produto sujo e 
úmido 
Produto limpo e 
seco
C
lassificação
/A
m
ostragem
Fluxograma 1. Processos do grão. Fonte: O autor.
Referências 
Agência Embrapa de Informação Tecnológica – Girassol. 
Disponivel em: 
<https://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/agroenergia/arvore/
CONT000fj1om7k02wyiv802hvm3jaupb6fn.html> Acesso em: 01 
fev. 2022
BEATI, A.; FERNANDES, M. B. C.;BAÚ, R. Z.; THOMPSON, J. P. 
Jr.. Emprego do Talo de Girassol para obtenção de biocompósitos 
aplicado como isolante térmico. 2018. Trabalho de Conclusão de 
Curso (Graduação em Engenharia Química) - Universidade São 
Francisco.
MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E 
ABASTECIMENTO. PORTARIA N° 65, DE 16 DE FEVEREIRO DE 
1993: NORMA DE IDENTIDADE, QUALIDADE, EMBALAGEM, 
MARCAÇÃO E APRESENTAÇÃO DO GIRASSOL. Brasília, 2010
CQFS-RS/SC. Comissão de Química e Fertilidade do Solo. Manual 
de calagem e adubação para os Estados do Rio Grande do Sul e 
de Santa Catarina. 2016.
CASTIGLIONI, V. B. R.; BALLA, A.; CASTRO, C. de.; SILVEIRA, J. 
M. Fases de desenvolvimento da planta de girassol. Londrina: 
EMBRAPA-CNPSo, 1997. 24p.(EMBRAPA-CNPSo. Documentos, 
59)
MONTEIRO, J. E. B. A. Agrometeorologia dos cultivos: o fator 
meteorológico na produção agrícola - Cap 12 - Girassol. Brasília, 
DF: INMET, 2009. 530P.
Companhia Nacional de Abastecimento. Acompanhamento da 
safra brasileira de grãos. v.1, n.1. 2013 - Brasília: CONAB, 2013.
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Indicações técnicas 
para o cultivo do girassol. Centro Nacional de Pesquisa de Soja 
Londrina, PR. 1983, 40p. (EMBRAPA-CNPSo. Documentos 3)
OLIVEIRA, A. C. B et al. Manejo da cultura do girassol - uma 
abordagem técnica de uso prático. – Pelotas: Embrapa Clima 
Temperado, 2010. 46 p.
LEITE, R.M.V.B.C. Doenças do girassol. Londrina: 
EMBRAPA-CNPSo, 1997. 68p. (EMBRAPA-CNPSo. Circular 
Técnica, 19).
LEITE, R.M.V.B.C. et al. Análise da ocorrência de Plasmopara 
halstedii no Brasil. – Londrina: Embrapa Soja, 2019. 23 p. il. 
(Documentos / Embrapa Soja, ISSN : 2176-2937 ; n. 410).
CADORIN, A. M. R. Desempenho do girassol em diferentes épocas 
de semeadura na região noroeste do Rio Grande do Sul. Tese 
(Doutorado) - Universidade Federal de Santa Maria, Centro de 
Ciências Rurais, Programa de Pós-graduação em Agronomia, 
2010.
OLIVEIRA, A. C. B. de. et al. Cultivo do Girassol no Rio Grande do 
Sul - Plantio Janeiro a Fevereiro. Embrapa clima temperado: 
Pelotas, RS, 2007 (Embrapa clima temperado, circular técnico 176)
https://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/agroenergia/arvore/CONT000fj1om7k02wyiv802hvm3jaupb6fn.html
https://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/agroenergia/arvore/CONT000fj1om7k02wyiv802hvm3jaupb6fn.html
Referências 
CADORIN, A. M. R. Características de plantas de girassol, em 
função da época de semeadura, na Região Noroeste do Rio 
Grande do Sul. Ciência Rural, v.42, n.10, out, 2012.
FREITAS, M. E. de. Rotação e sucessão de culturas com ênfase 
em oleaginosas de outono-inverno em plantio direto. Tese 
(Doutorado) Programa de pós-graduação em Agronomia, 
Universidade Federal da Grande Dourados.
LEITE, R. M. V. B. de C. et al. Indicações para o cultivo de girassol 
nos estados do Rio Grande do Sul, Paraná, Mato Grosso do Sul, 
Mato Grosso, Goiás e Roraima. Embrapa soja: Londrina, PR, 2007 
(Embrapa soja, comunicado técnico 78)
CAMARGO, A. J. A. de.; AMABILE, R. F. Identificação das 
principais pragas do girassol na região centro-oeste. Embrapa 
Cerrado, 2001. (Embrapa cerrados, comunicado técnico 50).
LEITE, R. M. V. B. de C. Ocorrência de doenças causadas por 
Sclerotinia sclerotiorum em girassol e soja. Embrapa soja: 
Londrina, PR. (Embrapa soja, comunicado técnico 76)
MOREIRA, M. A. B. Avaliação de genótipos de girassol quanto à 
infestação do Besouro Amarelo, Ciclocefala melanocephala. 
Embrapa tabuleiros costeiros: Aracaju, SE, 2009. (Embrapa 
Tabuleiros Costeiros, comunicado técnico 97)