Manual de identificação de Pragas e Doenças da Soja

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Manual de
identificação de
Pragas & Doenças
da Soja(Glycine max)
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05
06
07
08
Pragas
Sumário
Lagarta-da-soja (Anticarsia gemmatalis)
Falsa-medideira (Chrysodeixis includens)
Vaquinha-verde ou patriota (Diabrotica speciosa)
Mosca-branca (Bemisia tabaci)
Percevejo-marrom (Euschistus heros)
Doenças
Ferrugem asiática(Phakopsora pachyrhizi e P. meibomiae)
09
10
11
12
13
Antracnose (Colletotrichum truncatum)
Mancha-alvo na soja (Corynespora cassicola)
14 Bibliografia
PRAGAS
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Lagarta-da-soja
(Anticarsia
gemmatalis)
05
A lagarta-da-soja, na fase
larval, passa por seis ínstares. A
lagarta pequena (até 10 mm)
geralmente apresenta cor
verde ou escuras e possui
quatro pares de propernas no
abdômen, duas delas vestigiais 
Adultos: são mariposas de cor
variável, do cinza-claro ao
marrom-escuro, mas tendo
sempre presente uma linha
diagonal de cor marrom-canela
(EMBRAPA, 2014).
Fonte: Embrapa,
Controle: Para o controle da
lagarta da soja recomenda-se o
manejo integrado de pragas, que
implica na integração de
técnicas disponíveis no controle
das pragas de uma determinada
cultura para evitar o uso
exclusivo de produtos químicos
(EMBRAPA, 2006). O controle
biológico de lagartas na soja
pode ser realizado com a
utilização de entomopatógenos,
sendo o baculovírus e a bactéria
Bacillus thurigiensis os exemplos
mais comuns, ou com a
utilização de parasitoides de
ovos (CULTIVAR, 2023).
Falsa-medideira
(Chrysodeixis
includens)
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As lagartas são comumente
denominadas falsas-medideiras,
por se deslocarem como que
medindo palmos, são de cor
verde-clara com listras
longitudinais brancas e
pontuações pretas. A fase larval
dura entre 14 a 20 dias. No seu
último estádio larval, atinge 40 a
45 mm a transformação para a
fase de pupa ocorre sob uma
teia. Adultos: apresentam asas
dispostas em forma inclinada e,
principalmente, as mariposas
recém emergidas, apresentam
manchas prateadas brilhantes
no parte central do primeiro par
de asas (EMBRAPA, 2014).. 
Fonte: Embrapa.
Controle: A lagarta-falsa-
medideira é eficientemente
controlada pela soja Bt, que
contém gene de Bacillus
thuringiensis, dispensando o uso
de inseticidas. Porém, visando o
manejo da resistência à soja Bt, é
indicado o uso de área de
refúgio, que consiste em cultivar
20% de área com soja não-Bt
(SOSA-GÓMEZ; OMOTO, 2010).
Vaquinha-verde ou
patriota (Diabrotica
speciosa)
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 trata-se de um inseto sugador
comum em diversas culturas.
Em plantas de soja, a mosca-
branca é transmissora do vírus
da “necrose-da-haste” , base na
sua morfologia não é possível.
As ninfas são transparentes,
ovais medem de 0,3 a 0,7 mm e
as fases quiescentes são
amarelo-esbranquiçadas,
cobertas por serosidade.
Adultos: medem 1 mm de
comprimento, possuem dois
pares de asas brancas e o corpo
apresenta cor amarelada,
coberto por cera pulverulenta 
 (EMBRAPA, 2014).
Fonte: Embrapa.
Controle: Fazer o plantio com
mudas sadias e utilizar sementes
certificadas; Uso de armadilhas
para reduzir a população da
praga (armadilhas adesivas
amarelas para monitorar a
população do inseto na área, ou
uso de armadilhas luminosas);
Vazio sanitário entre culturas
hospedeiras (AEGRO, 2023).
Fonte: Mais Soja.
Mosca-branca
(Bemisia tabaci)
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A lagarta-da-soja, na fase
larval, passa por seis ínstares. A
lagarta pequena (até 10 mm)
geralmente apresenta cor
verde ou escuras e possui
quatro pares de propernas no
abdômen, duas delas vestigiais 
Adultos: são mariposas de cor
variável, do cinza-claro ao
marrom-escuro, mas tendo
sempre presente uma linha
diagonal de cor marrom-
canela.(Embrapa, 2014).
Fonte: Embrapa, 2014.
Controle: Tratamento de
sementes com inseticidas
carbamatos sistêmicos ou
sistêmico granulado no sulco de
plantio ou, ainda, pulverizar com
fosforados sistêmicos. Uso de
armadilhas de cor amarela
ajudam a diminuir número de
adultos na área (AGROLINK,
2023).
Percevejo-marrom
(Euschistus heros)
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As ninfas, recém-eclodidas
medem 1 mm e têm o corpo
alaranjado e a cabeça preta,
passam por cinco estádios de
desenvolvimento, até se
transformarem em adultos; as
ninfas maiores assumem
coloração que pode variar de
cinza à marrom. Adultos: de cor
marrom-escura, apresentam ,
em forma de espinhos, próximos
à cabeça. Seus ovos, de cor
amarelada (Embrapa, 2014).
Fonte: Embrapa, 2014.
Controle: O controle biológico
pode ocorrer por intermédio de
vespas parasitoides de ovos,
como a microvespa Telenomus
podisi (Platygastridae) e a
vespa parasitoide Trissolcus
basalis (Platygastridae). As
fêmeas dessas vespas
ovopositam dentro dos ovos do
percevejo, interrompendo o ciclo
da praga. Pode ser observado o
desenvolvimento dos ovos e das
larvas das vespas dentro dos
ovos dos percevejos (PAIVA,
2022).
DOENÇAS
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Ferrugem asiática
(Phakopsora pachyrhizi e P.
meibomiae)
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Sintomas: Podem aparecer em
qualquer estádio de
desenvolvimento da planta. Os
primeiros sintomas são
caracterizados por minúsculos
pontos (no máximo 1 mm de
diâmetro) mais escuros do que
o tecido sadio da folha, de
coloração esverdeada a cinza-
esverdeada, com
correspondente protuberância
(urédia), na página inferior da
folha (Embrapa, 2014).
Fonte: Embrapa, 2014.
Controle: A obtenção de
cultivares resistentes para a
ferrugem da soja é um processo
muito difícil, devido à alta
variabilidade do fungo. O controle
químico tem-se mostrado a
medida mais eficiente de controle
da doença. No auxílio dessa
prática de controle devem-se
evitar o plantio em épocas
favoráveis a doença, o uso de
cultivares precoces, para que o
fungo não ataque plantas muito
jovens, aumentando assim a
severidade, e fazendo o
diagnóstico mais precoce possível
da ocorrência da doença na
lavoura (AGROLINK, 2023).
Antracnose (Colletotrichum
truncatum)
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Sintomas: Pode causar morte de
plântulas e manchas negras nas
nervuras das folhas, hastes e
vagens. Pode haver queda total
das vagens ou deterioração das
sementes quando há atraso na
colheita. As vagens infectadas
nos estádios R3-R4 adquirem
coloração castanho-escura a
negra e ficam retorcidas; nas
vagens em granação, as lesões
iniciam-se por estrias de
anasarca e evoluem para
manchas negras. As partes
infectadas geralmente
apresentam várias pontuações
negras que são as frutificações
do fungo (acérvulos).(Embrapa,
2014).
Fonte: Embrapa, 2014.
Controle: Recomenda-se o uso
de semente sadia, tratamento de
semente, rotação de culturas,
espaçamento entre fileiras e
estande que permitam bom
arejamento da lavoura e manejo
adequado do solo, principalmente
com relação à adubação
potássica (Embrapa, 2014).
Mancha-alvo na soja
(Corynespora cassicola)
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Sintomas: As lesões se iniciam
por pontuações pardas, com
halo amarelado, evoluindo para
grandes manchas circulares, de
coloração castanho-clara a
castanho-escura, atingindo até 2
cm de diâmetro. Geralmente, as
manchas apresentam uma
pontuação escura no centro,
semelhante a um alvo. Cultivares
suscetíveis podem sofrer severa
desfolha, com manchas pardo- -
avermelhadas na haste e nas
vagens. O fungo também infecta
raízes. (Embrapa, 2014).
Fonte: Embrapa, 2014.
Controle: dentre as formas de
controle da mancha alvo destaca-
se a utilização do tratamento de
sementes, rotação/sucessão de
cultura com milho e outras
gramíneas, utilização de cultivares
resistentes e o controle com
fungicidas apropriados.
Para o controle da podridão
radicular é recomendado a
realização da rotação de culturas
e também a descompactação do
solo, como forma de evitar o
enfraquecimento das raízes por
excesso hídrico (o que facilita a
contaminação do fungo).
(BASF, 2023).
https://agriculture.basf.com/br/pt/protecao-de-cultivos-e-sementes/cultivos/milho.html?utm_source=google-ads&utm_medium=search&utm_campaign=cultivos_milho_consideracao&utm_content=2021_google-ads_search_cultivos_milho_solucoes_consideracao_trafego_keywords_mercado-agro_br_anuncio-texto-milho_text-ad_saiba-mais_a&gclid=CjwKCAjwsJ6TBhAIEiwAfl4TWCFWNWHbimn-JVdURBoOQNn-sVxSsIirwE4XOxXC2f4ZdC1kmNhqbBoCpFwQAvD_BwE
14
REVISTA CULTIVAR. Manejo integrado de
lagartas em soja |Revista Cultivar.
Disponível em:
<https://revistacultivar.com.br/artigos/ma
nejo-integrado-de-lagartas-em-soja>.
Acesso em: 17 ago. 2023.
SOSA-GÓMEZ, D.R.; OMOTO, C.
Resistência a inseticidas e outros agentes
de controle em artrópodes associados à
cultura da soja. In: HOFFMANN-CAMPO,
C.B.; CORRÊA-FERREIRA, B.S.; MOSCARDI,
F. (Ed.). Soja: manejo integrado de insetos
e outros artrópodes-praga. Brasília, DF:
Embrapa, 2012. p. 673-723. 
VERDE, V. Vaquinha verde amarela
(Diabrotica speciosa). Disponível em:
<https://www.agrolink.com.br/problemas/
vaquinha-verde-amarela_254.html>.
Acesso em: 17 ago. 2023.
MOSCA. Mosca branca (Bemisia tabaci).
Disponível em:
<https://www.agrolink.com.br/problemas/
mosca-branca_249.html>. Acesso em: 17
ago. 2023.
EMBRAPA. EMBRAPA et al. Manual de
indetificação de insetos e outros
invertebrados da cultuta da soja: 3°
edição. In: Manual de indetificação de
insetos e outros invertebrados da cultuta
da soja. 3. ed. Londrina, PR, 2014.
Disponível em:
https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bit
stream/item/105924/1/Doc269-OL.pdf.
Acesso em: 17 ago. 2023.
Bibliografia THAÍS FAGUNDES MATIOLI. Como fazer omanejo eficiente da mosca-branca. Disponível
em: <https://blog.aegro.com.br/mosca-
branca/>. Acesso em: 17 ago. 2023.
PAIVA, A. Monitoramento, identificação e
controle do percevejo-marrom (Euschistus
heros) na soja. Disponível em:
<https://elevagro.com/conteudos/materiais-
tecnicos/monitoramento-identificacao-e-
controle-do-percevejo-marrom-euschistus-
heros-na-soja>. Acesso em: 17 ago. 2023.
FERRUGEM ASIÁTICA (PHAKOPSORA
PACHYRHIZI. Ferrugem asiática (Phakopsora
pachyrhizi). Disponível em:
<https://www.agrolink.com.br/problemas/ferru
gem-asiatica_2241.html>. Acesso em: 17 ago.
2023.
7 doenças da soja que mais afetam a cultura |
BASF. Disponível em:
<https://agriculture.basf.com/br/pt/conteudos
/cultivos-e-sementes/soja/as-sete-doencas-
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EMBRAPA. EMBRAPA et al. Anticarsia gemmatalis
Hübner, 1818 (Lepidoptera: Noctuidae): BIOLOGIA,
AMOSTRAGEM E MÉTODOS DE CONTROLE. In:
Anticarsia gemmatalis Hübner, 1818 (Lepidoptera:
Noctuidae) : BIOLOGIA, AMOSTRAGEM E MÉTODOS
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https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/CE
NARGEN/27983/1/doc196.pdf. Acesso em: 17 ago.
2023.
EMBRAPA. EMBRAPA et al. Manual de indetificação
de doenças de soja: 5° edição. In: Manual de
indetificação de doenças de soja. 5. ed. Londrina,
PR, 2014. Disponível em:
https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/ite
m/105942/1/Doc256-OL.pdf. Acesso em: 17 ago.
2023.