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agravo de instrumento editora cruzeiro

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AO DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
 
Processo nº: XXXXXXXXXX
Agravante: EDITORA CRUZEIRO
Agravada: JAQUELINE
 
EDITORA CRUZEIRO, pessoa jurídica de direito público, inscrito sob CNPJ nº: xxxxxxxxxxxxxxx, residente e domiciliado na Rua xxxxx, nº xx, Bairro xxxxxx, na cidade de Santa Rosa - RS, neste ato representada por seus procuradores constituídos, nos autos da AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS CUMULADA COM OBRIGAÇÃO DE FAZER, em trâmite da 1ª Vara Cível, movida por JAQUELINE, brasileira, xxxx, cantora, portador de carteira de identidade nº xxxxxxxxxxx, inscrita no CPF nº xxxxxxxxxxx, residente e domiciliado na Rua xxxxxxxxxxxxxxxxx, nº xx, Bairro xxxxxxx, na cidade de Minas Gerais,/MG, vem, perante Vossa Excelência, não se conformando com a decisão proferida no Evento XX e com fundamento no parágrafo único do artigo 1.015 e seguintes do Código de Processo Civil de 2015, interpor AGRAVO DE INSTRUMENTO, pelas razões que passa a expor:
I - Do Preparo 
Encontram – se anexas aos autos as guias de custas, devidamente recolhidas, atinentes ao preparo e ao porte de remessa e de retorno, nos termos do artigo 1.007, CPC.
II - Da Tempestividade 
O presente Agravo de Instrumento é intempestivo, contados da data da juntada aos autos do mandado de intimação. O código de processo civil conforme o artigo 1.003, § 5º, combinado com o Art. 186 do CPC, dispõe que ‘’A União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e suas respectivas autarquias e fundações de direito público gozarão de prazo em dobro para todas as suas manifestações processuais, cuja contagem terá início a partir da intimação pessoal.’’
III - Da juntada aos autos das peças obrigatórias e facultativas:
Deixa-se de juntar as peças obrigatórias tendo em vista se tratar de processo eletrônico devendo a integralidade dos autos fazer parte integrante deste recurso.
IV - Da comunicação da interposição do Agravo no prazo legal:
A Agravante informa que no prazo legal de 15 dias comunicará da interposição deste recurso nos autos principais.
Diante de todo o exposto, REQUER o recebimento do presente recurso de Agravo de instrumento para ao final ser dado total provimento ao mesmo.
Nestes termos, pede deferimento.
São Paulo, 17 de Agosto de 2021.
____________________________________
Advogado
OAB
AO JUÍZO DA 1ª VARA CÍVEL DA COMARCA DA CAPITAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
Processo nº xxxxxxxxxxxxxx
EDITORA CRUZEIRO, já qualificada nos autos em epígrafe promovida por JAQUELINE, por seus procuradores abaixo firmados, vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência, nos termos do artigo 522 e seguintes do CPC, interpor o presente:
 
AGRAVO DE INSTRUMENTO
Em face de decisão interlocutória deferiu a antecipação de tutela para condenar a ré a não mais vender exemplares da biografia, bem a recolher todos aqueles que já tivessem sido remetidos a pontos de venda e ainda não tivessem sido comprados, no prazo de setenta e duas horas, sob pena de multa diária de cinquenta mil reais.
SINTESE DOS FATOS
A referida ação foi distribuída na 1ª Vara Cível da comarca de São Paulo/SP, onde foi deferida a antecipação de tutela para condenar a ré a não mais vender exemplares da biografia, bem a recolher todos aqueles que já tivessem sido remetidos a pontos de venda e ainda não tivessem sido comprados, no prazo de setenta e duas horas, sob pena de multa diária de cinquenta mil reais. A decisão acolheu os fundamentos da petição inicial, no sentido de que a obra revela fatos da imagem e da vida privada da cantora sem que tenha havido sua autorização prévia, o que gera lesão à sua personalidade e dano moral, nos termos dos artigos 20 e 21 do Código Civil, e que, sem a imediata interrupção da divulgação da biografia, essa lesão se ampliaria e se consumaria de forma definitiva, revelando o perigo de dano irreparável e o risco ao resultado útil do processo.
Trata – se de uma ação de indenização por danos morais cumulada com obrigação de fazer movida pela autora Jaqueline e face da Editora Cruzeiro. E importante frisar que que a Agravada fez grande sucesso nas décadas de 1980 e 1990, e, por conta do consumo exagerado de drogas, dentre outros excessos, acabou por se afastar da vida artística, vivendo reclusa em uma chácara no interior de Minas Gerais, há quase vinte anos fatos que constam na biografia.
A agravada alega que a obra revela fatos da imagem de sua vida privada sem que tenha havido sua autorização prévia, o que gera lesão à sua personalidade e dano moral, nos termos dos artigos 20 e 21 do Código Civil, 
Poucos dias após o início da venda dos livros, e alguns dias antes de um evento nacional organizado para sua divulgação, por meio de oficial de justiça, a agravada foi citada para responder a uma ação de indenização por danos morais cumulada com obrigação de fazer, ajuizada pela Agravante.
Tal decisão força a autora a protocolar o presente Agravo de Instrumento.
DAS RAZÕES DA REFORMA
A sentença proferida pelo M.M, Juiz de Direito da 1ª Vara Cível da Comarca de São Paulo/SP, nos autos nº xxxxxxx, merece ser desconstituída, conforme adiante se demonstrará. 
· Ausência de probabilidade do direito: 
É nulo o pleito da agravada no que tange a divulgação de biografias, sob alegação de que não autorizou a publicação da mesma, posto que esta autorização é totalmente indispensável conforme julgamento do STF impôs a interpretação aos artigos 20 e 21 do código de processo civil, declarando ser inexigível a autorização prévia para a publicação de biografias ajustadas com os direitos fundamentais à liberdade de expressão da atividade intelectual, artística, cientifica e de comunicação, independente de censura ou licença. 
Pois bem no caso em questão a agravante agiu em conformidade com a liberdade de expressão conforme art. 5º, inciso IX, da Constituição Federal, para decretar a inexigibilidade de autorização da pessoa biografada, além disso tratam – se de fatos verdadeiros e a agravada é uma pessoa pública de grande repercussão no cenário artístico nacional. Desta forma, a medida imposta de impedir a venda do livro é de rigor a reforma de primeira instancia. 
· Atribuição ao efeito suspensivo
A manutenção da r. decisão acarretará em graves danos ao agravante e de difícil reparação dada a proporção da penalidade econômica e logística que foi imposta ao agravante. Tendo fundamento constitucional a liberdade de expressão reconhecida pelo STF, o presente recurso incontestável possibilidade de provimento, buscando a este a imediata concessão de efeito suspensivo, na forma do artigo 995, parágrafo único, do CPC. 
 
DA CONCLUSÃO/PEDIDOS
a) O recebimento do presente agravo nos seus efeitos ativos e suspensivos, nos termos do parágrafo único do Art. 995 do CPC.
b) Que seja suspendida imediatamente a decisão agravada para fins de que seja revogada a tutela concedida em primeiro grau, autorizando a livre venda das biografias, por ser medida de justiça. 
Nestes termos pede deferimento. 
São Paulo/SP, 17 de Agosto de 2021.
____________________________________
Advogado
OAB
 Escritório Modelo de Santa Rosa – UNIJUÍ
	modelosr@unijui.edu.br FONE: 3511-5296
	Avenida Rio Branco, 657 – sala 201, centro de Santa Rosa. CEP 98780-738

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