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IESC III Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/3º Período ❖ MEDIDAS PARA REDUZIR DEMANDA E OFERTA DE PRODUTOS DO TABACO → Banir a publicidade, a promoção e o patrocínio dos produtos do tabaco; → Regulamentar a embalagem e a rotulagem dos produtos do tabaco; → Proteger as políticas públicas de saúde dos interesses comerciais da indústria; → Adotar medidas de preços e impostos para reduzir a demanda por tabaco; → Proteger as pessoas contra a exposição à fumaça do tabaco; → Regulamentar o conteúdo dos produtos do tabaco; → Regulamentar a divulgação de informações dos produtos do tabaco; → Advertir a população quanto aos perigos do tabaco; → Oferecer apoio para as pessoas tratarem a dependência ao tabagismo; → Controlar o comércio ilícito de produtos do tabaco; → Banir a venda de tabaco para e por menores; → Apoiar alternativas economicamente viáveis à cultura do tabaco. ❖ ABORDAGEM INICIAL DO FUMANTE → ANAMNESE: ✓ História tabagistica: • Idade de início; • Número de cigarros fumados por dia; • Tentativas de cessação; • Tratamento anteriores com ou sem sucesso; • Recaídas e prováveis causas; • Sintomas de abstinência; • Exposição passiva ao fumo; • Convivência com outros fumantes (casa/trabalho); • Fatores associados (café, consumo de bebida alcoólica) ✓ Sinais e sintomas associados ao uso do tabaco; ✓ Doenças prévias e atuais; ✓ Medicamentos em usos; ✓ Alergias; ✓ Antecedentes familiares. → AVALIAÇÃO DO GRAU DE DEPENDÊNCIA: ✓ Teste de Fagerstrom para a dependência de nicotina → AVALIAÇÃO DO GRAU DE MOTIVAÇÃO PARA A MUDANÇA: ✓ Modelo Prochaska e DiClemente ❖ MOTIVAÇÃO → A mudança comportamental é um processo. → As pessoas têm diversos níveis de motivação. → Definida como a probabilidade de que uma pessoa se envolva, continue uma estratégia específica de mudança. → É um estado de prontidão ou vontade de mudar, que pode flutuar de um momento para outro e de uma situação para outra. → O Modelo Transteorico de Prochaska e DiClemente descreve a prontidão para a mudança como estágios pelos quais o indivíduo passa. OS SEIS ESTÁGIOS DA MUDANÇA DO PACIENTE FUMANTE Pré-contemplação Não há intenção de parar Contemplação Há consciência do problema, mas há, também, ambivalência quanto à mudança Preparação Prepara-se para parar de fumar Ação Para de fumar Manutenção Consolida os ganhos obtidos durante a fase de ação Recaída Volta a fumar ✓ A PRÉ-CONTEMPLAÇÃO é um estágio que não há intenção de mudança nem mesmo uma crítica a respeito do conflito envolvendo o comportamento problema. De um modo geral, a pessoa neste estágio sequer encara o seu comportamento como um problema, podendo ser chamado “resistente” ou “em negação”. O objetivo da ação é a conscientização e a estratégia de apoio é o desenvolvimento de pensamentos sobre mudança, riscos e benefícios. ✓ A CONTEMPLAÇÃO se caracteriza pela conscientização de que existe um problema, no entanto apresenta dificuldades para a ação da mudança. O contemplador considera a mudança, mas ao mesmo tempo a rejeita e é nesta fase que a ambivalência, estando no seu ápice, deve ser trabalhada para possibilitar um movimento rumo à decisão de mudar. O objetivo da ação é o Estratégias comportamentais de motivação e de autocuidado para mudanças de hábitos de vida, tabagismo e alcoolismo IESC III Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/3º Período encorajamento e as estratégias de apoio são informação, educação em saúde, diminuição de barreiras, levantamento de questões e reflexões sobre as mesmas. ✓ Na PREPARAÇÃO, a pessoa está pronta para mudar e compromissada com a mudança. Faz parte deste estágio, aumentar a responsabilidade pela mudança, avaliar recursos disponíveis e elaborar um plano específico de ação. O objetivo da ação é a negociação e as estratégias de apoio são: criar auto-imagem, compromisso, facilitar envolvimento de participação social. ✓ A AÇÃO se dá quando o sujeito escolhe uma estratégia para a realização desta mudança e toma uma atitude neste sentido, usando o apoio como um meio de assegurar-se do seu plano, para ganhar autoeficácia e finalmente para criar condições externas para a mudança. O objetivo da ação é o compromisso e as estratégias de apoio são: reforços, mobilizar suporte social e introdução de alternativas. É preciso salientar que nem sempre um cliente que busca recurso encontra-se no estágio de Ação. ✓ A MANUTENÇÃO é o estágio onde se trabalha a prevenção à recaída e a consolidação dos ganhos obtidos durante a Ação. O grande teste para comprovar-se a efetividade da mudança, é a estabilidade neste novo estado por anos. O estágio de manutenção pode e deve ser estimulado por toda a vida. Aqui o foco do trabalho é manter os ganhos do tratamento evitando a recaída do comportamento anterior. As estratégias de apoio são: resistir à tentação, integração num grupo, recompensas. ✓ A RECAÍDA é um aspecto essencial a ser entendido quando se fala em mudança de hábito. Muitas pessoas acabam recaindo e tendo que recomeçar o processo novamente. Nem sempre o recomeço ocorre pelo estágio inicial. É importante encarar a recaída não como um fato isolado, mas sim como uma série de processos cognitivos, comportamentais e afetivos. Da mesma forma, a recaída não pode ser encarada como um fracasso do indivíduo ou do profissional, e sim como parte do processo da mudança. → A grande importância do reconhecimento da etapa do processo de mudança no indivíduo é estimar o seu envolvimento no processo e tomar decisões sobre a metodologia a ser utilizada na abordagem de forma mais personalizada, realista e fundamentada. → Pode imagina o processo de mudança como uma espiral, que pressupõe movimento, em que as pessoas podem progredir ou regredir sem ordenação lógica. → Existem diversas técnicas de abordagem para mudança comportamental, entre elas destacamos três tipos amplamente utilizados: ✓ APELO AO MEDO: demonstra eficácia a curto prazo, para comportamentos ocasionais ou medo intenso. Normalmente é desnecessário e insuficiente. ✓ APELO À INFORMAÇÃO: discussão dos aspectos positivos e negativos da opção ou não pela mudança proposta, argumentos fortes no início e no final da mensagem, mensagens curtas, claras e diretas com conclusões explícitas e nível de demanda balanceado. ✓ COMUNICAÇÃO PERSUASIVA E EFETIVA: atrai a atenção, é compreensível, impulsiona ao comportamento recomendado, é facilmente lembrada e recomenda ações específicas. Este tipo de abordagem é especialmente eficiente quando o indivíduo se encontra nas etapas iniciais do processo de mudança. → Os cinco princípios básicos da entrevista motivacional são: 1) Expressar empatia: significa aceitar a ambivalência do indivíduo, compreendendo que o comportamento de fumar lhe traz algo positivo, por isso tem dificuldade de mudar, não emitindo um juízo de valor, contudo, sem perder a mudança como o objetivo principal. 2) Desenvolver discrepância: ajude o indivíduo a perceber uma diferença entre comportamento de fumar e seus objetivos, desejos e valores na vida na tentativa de que ele perceba o tabagismo como obstáculo que necessita ser superado. 3) Evitar discussões: evite argumentação ou confronto. Quando encontrar a resistência, use-a como um sinal para modificar sua abordagem para tentar construir com o indivíduo alternativas sem precisar impô-las. 4) Estimular a autoeficácia: o indivíduo precisa acreditar que pode parar de fumar, pois ele é que será o responsável por fazê-lo. Você ajudará o indivíduo, aumentar sua confiança na mudança à medida que confiar na habilidade dele em mudar. 5) Dar orientações e informações: algumas vezes, um conselho claro, na hora e da forma certa, pode fazera IESC III Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/3º Período diferença. Identificar o problema ou a área de risco, explicar porque a mudança é necessária e recomendar uma mudança específica. 6) Remover barreiras: uma pessoa no estágio de contemplação pode estar considerando vir ao tratamento, mas estar preocupada em fazê-lo devido a alguns obstáculos do tipo custo, transporte, horário, etc. Essas barreiras podem interferir não só no início do tratamento como também no processo de mudança. 7) Diminuir a resistência: o paciente ele tem alguma resistência para iniciar o tratamento, então o profissional deve fazer algo para melhorar isso. ❖ ABORDAGEM BASEADA NO MODELO CONGNITIVO COMPORTAMENTAL → Técnica não medicamentosa recomendada para o tratamento do fumante e se complementa a abordagem motivacional. → Ela tem como premissa básica e o entendimento de que o ato de fumar é um comportamento APRENDIDO, desencadeado e mantido por determinadas situações e emoções, que leva a dependência em função das propriedades psicoativas da nicotina. → A abordagem cognitivo-comportamental (ACC) deriva de uma linha de psicologia denominada Terapia Cognitivo- Comportamental e baseia-se em um modelo de intervenção centrado na mudança de crenças e comportamentos que levam um indivíduo a lidar com determinada situação.= falar para o paciente que ele é capaz de mudar. ❖ ABORDAGEM BÁSICA → Definida como o contato profissional-usuário entre 3 e 10 minutos de duração para cada encontro e difere da anterior por englobar também, o acompanhamento do indivíduo no processo, com isso, torna-se um pouco mais prolongada e apresenta maiores taxas de sucesso. → A abordagem básica é resumida no mnemônico PAAPA: perguntar e avaliar, aconselhar, preparar e acompanhar. ❖ REDUÇÃO DE DANOS = a ideia é que o paciente pare através da abordagem, se ele não parar será feito algumas orientações → Portaria nº 1.028, de 1º de julho de 2005 - Ministério da Saúde: Determina que as ações que visam à redução de danos sociais e à saúde, decorrentes do uso de produtos, substâncias ou drogas que causem dependência, sejam reguladas por esta Portaria. → Art. 3º - Definir que as ações de redução de danos sociais e à saúde, decorrentes do uso de produtos, substâncias ou drogas que causem dependência, compreendam uma ou mais das medidas de atenção integral à saúde, listadas a seguir, praticadas respeitando as necessidades do público alvo e da comunidade: I - Informação, educação e aconselhamento; II - Assistência social e à saúde; e III - Disponibilização de insumos de proteção à saúde e de prevenção ao HIV/Aids e Hepatites. → Art. 4º - Estabelecer que as ações de informação, educação e aconselhamento tenham por objetivo o estímulo à adoção de comportamentos mais seguros no consumo de produtos, substâncias ou drogas que causem dependência, e nas práticas sexuais de seus consumidores e parceiros sexuais. → Parágrafo único. São ações necessárias na oferta de assistência social e à saúde, quando requeridas pelo usuário ou pelo dependente: I - o tratamento à dependência causada por produtos, substâncias ou drogas; II - o diagnóstico da infecção pelo HIV e o tratamento da infecção pelo HIV e da AIDS; IESC III Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/3º Período III - a imunização, o diagnóstico e o tratamento das hepatites virais; IV - o diagnóstico e o tratamento das doenças sexualmente transmissíveis (DST) → Art. 9º - Estabelecer que as ações de redução de danos devem ser desenvolvidas em consonância com a promoção dos direitos humanos, tendo especialmente em conta o respeito à diversidade dos usuários ou dependentes de produtos, substâncias ou drogas que causem dependência. § 1º Em todas as ações de redução de danos, devem ser preservadas a identidade e a liberdade da decisão do usuário ou dependente ou pessoas tomadas como tais, sobre qualquer procedimento relacionado à prevenção, ao diagnóstico e ao tratamento.