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Qual o motivo do paciente com cetoacidose diabética apresentar hiperpotassemia? Como é o hálito destes pacientes?
A hiperpotassemia, que se refere ao aumento dos níveis de potássio no sangue, pode ser uma complicação potencial da cetoacidose diabética. A cetoacidose diabética é uma condição grave, predominantemente observada em indivíduos com DM1, embora casos raros também possam afetar pessoas com DM2.
A hiperpotassemia associada à cetoacidose diabética pode ter diversas origens, entre elas:
· Acidose metabólica
Na cetoacidose diabética, o organismo passa a utilizar ácidos graxos como fonte de energia, devido à ausência de insulina - que permite a entrada da glicose na célula. Esse processo leva ao acúmulo de íons H+ no sangue, provocando uma acidose metabólica. Para compensar essa acidose, as células tentam equilibrar-se transferindo potássio do interior das células para a corrente sanguínea, o que, por sua vez, eleva os níveis de potássio no sangue.
Além disso, em casos graves de cetoacidose diabética, a função renal pode ser prejudicada. Os rins são responsáveis por eliminar o excesso de potássio do corpo. No entanto, quando a função renal é comprometida, isso pode resultar na retenção de potássio no sangue.
· Desidratação
A condição frequentemente resulta em uma perda substancial de líquidos, que pode concentrar os eletrólitos no sangue, incluindo o potássio.
A hiperpotassemia é uma condição perigosa, pois pode desencadear distúrbios graves no ritmo cardíaco, como arritmias cardíacas, com potencial para serem fatais. Portanto, o tratamento da cetoacidose diabética envolve a correção dos desequilíbrios eletrolíticos, com a administração de soro e eletrólitos, seguida da administração de insulina. Em casos graves, a acidose pode ser revertida com o uso de bicarbonato, contudo, somente com a hidratação e reposição de íons, os mecanismos compensatórios (vômitos e a respiração de Kussmaul) revertem o quadro automaticamente.
	O hálito dos pacientes em CAD é nomeado de “hálito cetônico”, sendo um achado resultante da produção, degradação e liberação de compostos cetônicos durante a expiração. Esse sinal é descrito como um odor frutado ou até mesmo adocicado, porém desagradável. 
Legenda: Patogênese da CAD.
Fonte: Endocrinologia Clínica (2020)
Referências
NORRIS, T. L. Porth - Fisiopatologia. 10. ed. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2021. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527737876/. Acesso em: 29 abr. 2024.
PORTO, C. C.; PORTO, A. L. Clínica Médica na Prática Diária. 2. ed. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2022. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527738903/. Acesso em: 29 abr. 2024.
VILAR, L. Endocrinologia Clínica. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2020. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527737180/. Acesso em: 29 abr. 2024.
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