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ATIVIDADE INDIVIDUAL Matriz de atividade individual Curso: Criação, desenvolvimento e gestão de produtos Turma: 1 Desenvolvimento de produto IoT Sobre o produto O produto oferecido é chamado Power Bank Solar 1, da marca SOLo (Figura 1) e consiste em um carregador portátil que capta energia solar por meio de um sistema fotovoltaico off grid (autônomo) e passa essa energia para o smartphone de modo wireless (sem fio). Figura 1 - Logo Fonte: Elaborado pela autora Isso significa um carregador que possui uma placa solar na parte traseira que gera a energia elétrica, dispensando a necessidade de uma tomada, e essa energia é transmitida para o celular a partir de um campo magnético; campo este que permite que o carregador seja fixado na parte traseira do celular, como uma “capinha” - este é o produto básico (Figuras 2, 3 e 4). Figura 2 - Funcionamento interno do carregador Fonte: Elaborado pela autora Figura 3 - Funcionamento externo do carregador Fonte: Elaborado pela autora Figura 4 - Protótipo Fonte: Elaborado pela autora Ainda, o carregador será associado a um aplicativo que funcionará como um controle para o mesmo, indicando sua carga, capacidade máxima, tempo restante para o carregamento, dentre outras informações (Figura 5). O aplicativo também faz recomendações pessoais para o usuário, apresentando dados como a temperatura exata naquele momento - se a temperatura estiver quente demais isso pode danificar os smartphones atuais, então seria melhor protegê-lo do calor naquele momento -; índice de UV; temperatura do smartphone; tempo de exposição ao sol; dentre outras - estes recursos a mais são o produto ampliado. Nas versões futuras do carregador, a ideia é adicionar ainda outros recursos, como resistência à água, resistência a estilhaços, função luz (lanterna), capacidade de carga ainda maior, adaptabilidade a mais modelos de smartphones e bússola - estes recursos futuros caracterizam o produto potencial. Figura 5 - Telas dos aplicativos associados ao carregador Fonte: Elaborado pela autora pág. 3 O carregador em si possui um peso quase que irrelevante e, por ser utilizado como uma capinha, se torna um com o smartphone; portanto, o usuário tem tudo que precisa em um único aparelho: seu celular. Isso o torna extremamente conveniente para mochileiros, pois quando se adota este estilo de vida é necessário minimizar a carga e volume carregado ao máximo. Assim, mochileiros tradicionais conseguem se manter conectados até mesmo nos locais mais remotos e com pouca infraestrutura desde que haja luz solar - este é o produto esperado. Como surgiu a ideia A ideia surgiu a partir da identificação da necessidade para um público específico, os mochileiros, do qual eu mesma faço parte. Eu trabalho remotamente e um dos meus maiores desafios é justamente ter acesso a energia e internet quando estou em locais mais remotos. Após identificada a necessidade eu ainda não tinha uma ideia concreta em mente, mas tinha uma certa noção do que queria, então fiz um brainstorming com minha irmã. Como definiu Woebcken (2019): “Brainstorming é uma técnica que, por meio do compartilhamento espontâneo de ideias, busca encontrar a solução para um problema ou gerar insights de criatividade. A ideia desse processo é dar vida à máxima “duas cabeças pensam melhor do que uma”. [...] Para que seja bem-sucedido, o processo deve focar em quantidade, não em qualidade. Assim, é importante que o brainstorming seja completamente livre de críticas. [...] Ao final, os melhores insights são extraídos e convertidos em estratégia.” (Woebcken, 2019) Ou seja, um brainstorming consiste em uma tempestade de ideias sem críticas, mas sempre com a necessidade identificada em mente. Algumas das ideias que extraímos deste processo foram a criação de uma sola de sapato que acumulasse energia a partir da pressão da pisada e a criação de um celular que carregasse ciriom luz solar. A partir desta última, posteriormente, tive a ideia de criar uma capinha carregadora, porém cheguei a conclusão de que não seria tão prático pois cada pessoa tem um celular, então seria necessária a adaptação da capinha para os diferentes modelos de smartphone no mercado. Cheguei, por fim, à ideia de um carregador portátil que pudesse ser acoplado na traseira de qualquer modelo de celular. Sobre o público alvo e a segmentação do mercado A SOLo busca atender ao segmento de mercado dos viajantes, no nicho dos mochileiros, e no subnicho os mochileiros tradicionais, ou mochileiros “reais”. Os mochileiros tradicionais, que são o nosso foco, buscam permanecer nos países por longos períodos, se inserir na cultura e costumes locais, explorar a natureza na região e os pontos não turísticos; eles se contentam com pouca infraestrutura e contam com os equipamentos que carregam com si próprios (SORENSEN, 2003 apud SAWAKI, 2010). Ainda, eles costumam viajar sozinhos ou com apenas um outro acompanhante (SAWAKI et al, 2010), estão dispostos a gastar um alto montante de dinheiro - principalmente antes da viagem, como investimento - (WTO, 2008 apud SAWAKI, 2010), costumam se locomover em terra e aproveitar a viagem em si (JESS, 2004), e estão na faixa etária de 18 a 33 anos (SORENSEN, 2003 apud SAWAKI, 2010). Este é um público extremamente interessante pois ainda é muito pouco explorado e, ao mesmo tempo, está em constante crescimento de acordo com as estatísticas dos últimos anos. Uma pesquisa realizada pela Tourism Australia em 2008 indicou que este público crescia em uma taxa de 3,5% ao ano; o site brasileiro Mochileiros.com hoje possui mais de 800 mil acessos; o site https://www.jafezasmalas.com/, outro líder no tópico viagens, possui inúmeros artigos sobre mochilão. Além disso, há poucos competidores diretos e indiretos no mercado, visto que ninguém oferece exatamente o mesmo produto ou busca atingir este público, e as opções disponíveis são relativamente desconhecidas ou de marcas mais genéricas, como será apresentado no tópico seguinte. As dores deste segmento foram divididas em três partes: necessidade de comunicação, necessidade de localização e necessidade de equipamentos especializados. Explicarei cada uma nos parágrafos a seguir. pág. 5 https://www.jafezasmalas.com/ Por viajarem sozinhos, há a necessidade de ter um meio de comunicação para pedir ajuda em casos de necessidade. Quando se está em um local desconhecido por conta própria, a comunicação se torna uma ferramenta de segurança. Além disso, os mochileiros tradicionais, por viajarem em terra por conta própria, precisam conseguir se localizar nos locais que estão, o que torna indispensável a utilização de um mapa. Nesse contexto, há três opções: um mapa em papel, um GPS e um smartphone com GPS. Mapas em papel são altamente suscetíveis ao tempo e podem facilmente se tornar inutilizáveis, quando há, por exemplo, chuva ou neve; então a opções se limitam a GPS ou smartphone. Enquanto que a bateria de um GPS duraria mais que a de um smartphone comum, ele é um equipamento a mais a ser carregado pelo viajante - o que é um ponto negativo, considerando que ele carrega tudo em uma mochila e precisa minimizar a carga sempre que possível - e seu uso é restrito à localização. Um celular smartphone, por outro lado, exerce as mesmas tarefas que o GPS, e possui mais uma infinidade de funções, o que significa que tudo que o mochileiro precisa está em um único aparelho. Além disso, os celulares são indispensáveis mesmo tendo um GPS, justamente por conta das outras funções. Isto posto, é muito mais prático e compacto levar um celular e usá-lo, quando necessário, como GPS. Por fim, como já apresentado, uma pesquisa da WTO realizada em 2008 apresentou que a idéia do viajante sem dinheiro está ultrapassada, e sua forma de viajar única costuma ser mais por opção que por limitação financeira. Outra pesquisa realizada por Hindle, Martin e Nash (2015) no Reino Unido indicou que os viajantes se preocupam mais em maximizar a experiênciado que em economizar. Ainda, este público costuma contar sempre com seus próprios equipamentos e não com a infraestrutura dos locais que visitam. Nesse contexto, uma capa carregadora que oferece bateria ilimitada enquanto houver luz solar, entra como um meio de manter os smartphones sempre carregados e prontos para o uso em situações de emergência e se torna um investimento interessante para este segmento. Portanto, o público alvo da empresa são os homens e mulheres mochileiros tradicionais, de 18 a 33 anos (Millennials e Geração Z), com renda variando de média a alta, com nível de escolaridade mínimo de Ensino Médio, habitantes da América Latina e da América do Norte, interessados em liberdade pessoal, imersão em novas culturas e costumes, preocupados com experiências e não com status e aparências. Para atrair este público serão necessários esforços de marketing B2C, a fim de satisfazer as necessidades do segmento mochileiro tradicional. O produto será vendido por meio do site próprio da empresa e em sites secundários, como a Amazon. Posicionamento do produto Para mochileiros tradicionais que necessitam de uma tecnologia de carregamento de celulares portátil e prática, nós oferecemos um carregador portátil wireless a base de energia solar, que além de permitir que pessoas que passam longos períodos ao ar livre e sem contato com uma fonte de energia tradicional mantenham seus smartphones sempre carregados, oferece uma bateria com um menor tempo de recarga e um design minimalista e leve, a um preço acessível. Sobre os concorrentes e nossos diferenciais Os principais concorrentes diretos da SOLo, em um primeiro momento, são as empresas que fornecem os chamados power banks, ou carregadores portáteis. As opções no mercado consistem, em sua maioria, em um carregador portátil que deve ser carregado na tomada e depois conectado ao smartphone por meio de um fio carregador. Os principais nomes que encontramos ao buscar essa opção foram de marcas como Pineng, Geonav, Samsung, Xiaomi e Apple (Figura 6). Contudo, algumas opções - em sua maioria de marcas desconhecidas - aplicam a tecnologia de carregamento solar ou oferecem o carregamento wireless por indução. Figura 6 - Lista dos principais concorrentes, parte 1 Fonte: Elaborado pela autora pág. 7 Ainda, é possível encontrar duas opções de power banks relativamente similares ao produto da SOLo: o carregador portátil solar sem fio das marcas Osuner e HJKPM (Figura 7). Figura 7 - Lista dos principais concorrentes, parte 2 Fonte: Elaborado pela autora Sob outro enfoque, empresas que oferecem geradores para motorhome são os principais concorrentes indiretos. Neste grupo, nomes como Jackery, Buffalo, Pramac, Vonder e Toyama se destacam. Embora apresentem uma capacidade de armazenamento e transferência de carga maior, os menores geradores são do tamanho de uma maleta e são significativamente pesados. Por esse motivo, o público alvo costuma ser pessoas que vivem em motorhomes, e não os mochileiros propriamente ditos. O preço destes power banks variam entre - aproximadamente - R$100 e R$1.000 e o preço dos geradores está na faixa dos R$3.000 - no mínimo. Sendo assim, a ideia é manter, no estágio de maturidade, um preço médio, pouco acima de R$250, pois o produto em questão ofereceria um benefício maior que as demais opções disponíveis, devido a sua praticidade: o carregador Power Bank Solar 1 da SOLo será mais leve que as demais opções dos concorrentes diretos, mas oferece a mesma capacidade de carga; ele será mais simples de usar, pois poderá ser acoplado na traseira do celular e controlado pelo aplicativo associado; ele não precisará ser conectado a um fio e depois conectado ao celular, pois poderá ser carregado ao mesmo tempo em que carrega o celular, tudo isso a um preço justo e acessível. Sobre o preço A estratégia de preço a ser utilizada na fase da introdução é o desnatamento lento. Segundo Irigay (2019), esta é uma estratégia recomendada para quando o mercado não é tão grande, e este é o caso da SOLo. Mercado pode ser definido como o ambiente onde a empresa e produto se localizam, pela concorrência e pelo perfil do consumidor (UNESP); isto posto, o mercado da SOLo é composto pelos concorrentes, que são poucos, e pelos consumidores, que são um nicho relativamente pequeno quando comparado com outros grupos. Sendo assim, o desnatamento lento é caracterizado por um preço mais alto e pouco investimento em promoção, pois o público alvo já conhece um pouco de produtos semelhantes e estão dispostos a realizar o investimento (IRIGAY, 2019). Posteriormente, na fase de crescimento, o preço será reduzido para um valor médio, como explicaremos abaixo. Estratégia ao longo do ciclo de vida A SOLo entrará na fase de introdução com a oferta de um único produto, sem variações, a fim de minimizar os custos e riscos; e o movimento estratégico aplicado será o de desnatamento lento, como descrito acima. Também manteremos a distribuição relativamente restrita, com poucos canais de venda; e as propagandas, majoritariamente digitais, terão como foco instigar a experimentação e despertar a curiosidade dos consumidores (IRIGAY, 2019) por meio do inbound marketing. Para a fase de crescimento, o produto passará por uma leve redução de preço para criar uma vantagem sobre os concorrentes. Ainda, ampliaremos os canais de venda para atender a demanda e alcançar mais pessoas. Trabalharemos também com prova social e apresentação de feedbacks, pois o grupo do estágio de crescimento é mais pragmático (RESULTADOS DIGITAIS, 2022). Na fase de maturidade os esforços serão redirecionados para as campanhas publicitárias e promocionais, visando combater a estagnação e posterior queda nas vendas (IRIGAY, 2019). Ainda, buscaremos expandir os nossos consumidores por meio da conquista de um novo segmento de mercado, as pessoas “normais” (não mochileiras) que utilizam carregadores portáteis no seu dia a dia. Também otimizaremos o site da marca com foco em CRM, pois o que conta não é mais o pág. 9 produto em si, mas também o serviço ao cliente e a marca (RESULTADOS DIGITAIS, 2022). Por fim, realizaremos melhorias no produto e as comunicaremos para o mercado para que saibam da evolução. Portfólio O Power Bank Solar 1 da SOLo se encaixa na fase de questionamento da matriz BCG, pois é um produto que ainda está sendo introduzido no mercado. Inicialmente, a SOLo terá apenas um produto em uma linha, a de carregadores. Contudo, a ideia é expandir a amplitude do mix para três linhas - carregadores portáteis, geradores portáteis e smartwatches - e a extensão do composto e profundidade do mix dentro de cada linha. A linha de carregadores seria composta por versões otimizadas do produto original - carregador portátil wireless a base de energia solar -; isto é, teríamos a versão 1, que é a de lançamento, a versão 2, com novas funções e melhorias no sistema de captação de energia, e assim por diante. Ainda, essa linha receberia um novo produto: o carregador portátil a base de energia solar com carregamento por fio; este seria interessante devido a dois fatores: 1) alguns celulares ainda não podem ser carregado de modo wireless e 2) para atender a pessoas que realmente preferem o carregamento tradicional com fio. A linha de geradores - ou carregadores de maior porte - seria direcionada para pessoas que precisam carregar mais dispositivos além do celular. Esta seria composta por diferentes versões de um mesmo item: o gerador solar com alta capacidade de carga (carrega mais dispositivos e possuem uma bateria de longa duração). Cada gerador acompanharia uma placa solar - o tamanho desta variaria de acordo com a capacidade do gerador. Essa linha seria mais cara - sobretudo por ter um custo e benefício significativamente maior - e direcionada para um público levemente diferente dos mochileiros, como as pessoas adeptas da van life. Por fim, a linha de smartwatches seria composta por relógios inteligentescom carregamento solar a partir da pulseira e todos os benefícios de um smartwatch comum. Os diferentes produtos dessa linha seriam as diferentes versões otimizadas - isto é, a versão 1 com certas características e funções, a versão dois com melhorias da versão 1 e assim por diante. Referências bibliográficas HINDLE, N.; MARTIM, A.; NASH, R. Tourism development and the backpacker market in Highland Scotland. Tourism and hospitality research. 2015. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/275017816_Tourism_development_and_the _backpacker_market_in_Highland_Scotland. Acesso em 06 de agosto de 2022. IRIGARAY. Helio Arthur. Criação, desenvolvimento e Gestão de Produtos [Apostila]. Produção: FGVONLINE. Rio de Janeiro: 2019. Disponível em: https://ls.cursos.fgv.br/d2l/lor/viewer/viewFile.d2lfile/408825/633085/assets/criacao_de senvolvimento_gestao_produto.pdf#page=9. Acesso em 11 ago. 2022. JESS, Jeferson. Turismo alternativo e cultura backpacker. 2004, 50 p. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Jornalismo) – Centro de Ciências Jurídicas e Sociais – Pontífica Universidade Católica do Paraná, 2004. Resultados Digitais. Ciclo de vida do produto: como adequar sua estratégia de marketing ao momento do produto no mercado. Disponível em: https://resultadosdigitais.com.br/marketing/ciclo-de-vida-do-produto/. Acesso em: 10 ago. 2022. SAWAKI, Douglas; SAWAKI Júlia; NETO, Eduardo. Mochileiros: Um Segmento a ser Explorado no Brasil. 2010, Artigo - VI Seminário de Pesquisa em Turismo do MERCOSUL – SeminTUR em 2010. Disponível em: https://www.ucs.br/site/midia/arquivos/mochileiros_um_segmento.pdf. Acesso em 03 de agosto de 2022. UNESP. Analise de Mercado. Disponível em: https://www.fca.unesp.br/Home/Instituicao/Departamentos/Gestaoetecnologia/analise- de-mercado.pdf. Acesso em 10 ago. 2022. WOEBCKEN, Cayo. O que é brainstorming e as 7 melhores técnicas para a tomada de decisões inteligentes. Rock Content, 10 jul. 2019. Disponível em: https://rockcontent.com/br/blog/brainstorming/#oque. Acesso em 06 ago. 2022. pág. 11 https://ls.cursos.fgv.br/d2l/lor/viewer/viewFile.d2lfile/408825/633085/assets/criacao_desenvolvimento_gestao_produto.pdf#page=9 https://ls.cursos.fgv.br/d2l/lor/viewer/viewFile.d2lfile/408825/633085/assets/criacao_desenvolvimento_gestao_produto.pdf#page=9
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