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Hilário Oliveira T29 @hilarioof – S4 1 A respiração é um processo fisiológico automático que na maioria dos casos passa despercebido pelo paciente, salvo em casos de patologias, como: pneumonia, asma, bronquite. Alterações patológicas são perceptíveis. TOSSE: A tosse é um mecanismo fisiológico de defesa. É considerada aguda → menos de 3 semanas; É considerada subaguda → 3 a 8 semanas; É considerada crônica → mais de 8 semanas; A liberação de células inflamatórias pode iniciar a tosse, sendo um mecanismo de defesa fisiológico, mas casos de obstrução de vias aéreas, por exemplo, também pode iniciar os mecanismos de tosse. É necessário avaliar fatores associados com a tosse, afim de entender o fator desencadeante. Ex. febre. TOSSE AGUDA - suas principais causas são: • Infecções de vias aéreas superiores (IVAS). • Traqueobronquite. • Sinusites e rinites. • Alérgenos. • Exacerbações de Asma/DPOC. • COVID-19. TOSSE SUBAGUDA – suas principais causas são: • Exacerbação da Asma/DPOC. • Tosse pós-infecção. • Obstrução nasal. • Gotejamento nasal posterior. TOSSE CRÔNICA – suas principais causas são: • IECA. • Gotejamento nasal posterior. • Refluxo gastroesofágico. • Asma/Hiper-reatividade crônica. Obs. Os corticoides não são medicamentos para todo tipo de tosse, mesmo que estes tenham boa atividade. Deve-se tomar cuidado em buscar a causa da tosse para que seja usado o plano terapêutico mais adequado, visto que em muitos casos, um AINE ou um anti-histamínico serve, e não causam as reações adversas que o uso exacerbado de glicocorticoides pode causar. TOSSE PÓS-INFECCIOSA: Esse tipo de tosse ocorre pós processo inflamatório/infeccioso que possa ter ocorrido no pulmão, isso pois mesmo após o processo, os eventos demoram certo tempo para cessar e a depender do paciente o tempo varia. Ou seja, o período de recuperação do órgão do paciente vai variar, e nem sempre será necessário pedir um raio X, por exemplo. Deverá ser considerado apenas em casos de piora clínica. ALGUMAS DE SUAS CAUSAS SÃO: • DPOC • Bronquiectasias • Tuberculose pulmonar • Neoplasias • Pneumonias • COVID-19 • Insuficiência cardíaca • Doenças pleurais • Psicogenia DIAGNÓSTICO: Clínico: o diagnóstico clínico vai depender de uma boa anamnese (saber se a tosse é aguda, subaguda ou crônica e se tem sintomas associados, por exemplo) e um bom exame físico. Laboratorial: o diagnóstico laboratorial irá ocorrer por métodos como a radiografia de tórax ou o TC de tórax. TRATAMENTO: O tratamento da tosse vai variar de acordo com a causa que a gera. • Em casos de pneumonia ou sinusites bacterianas é recomendado o uso de antibióticos. • Em casos de asma é recomendado o uso de corticoides. Hilário Oliveira T29 @hilarioof – S4 2 • Em casos de rinite é recomendado o uso de corticoides inalatórios em associação com anti-histamínicos. • É recomendado que seja feito o controle de fatores ambientais e alérgenos para controle da tosse. DISPNEIA A dispneia é caracterizada por desconforto respiratório, sendo que o paciente passa a ter a respiração como algo perceptível e desconfortável. Pode ser subjetiva (paciente) ou objetiva (médico) Subjetiva → o que o paciente relata. Objetiva → o que o médico está observando. Ex. se um paciente relata dor de garganta → o médico observa um uso de musculatura acessória e assim vê que o paciente está com desconforto por dispneia, aumentando a FR. Existem ainda casos em que a FR está aumentada fisiologicamente, um exemplo é o exercício físico. Outro exemplo de aumento da FR e FC é a febre. Assim, a dispneia pode ser causada por: • Distúrbios pulmonares (pneumonias, pleurites, neoplasias, tuberculose...) • Distúrbios cardíacos (ICC) • Distúrbios psiquiátricos (ansiedade, síndrome do pânico...) MECANISMOS DE DISPNEIA: BARORRECEPTORES Altera as trocas gasosas por estímulo do centro respiratório. Ficam principalmente em região de cabeça e pescoço → estes fiscalizam a perfusão de oxigênio. Uma vez que a saturação baixa, o centro respiratório “avisa” ao encéfalo por meio de barorreceptores, e o fluxo sanguíneo é aumentado, afim de aumentar a perfusão de oxigênio. MECANORRECEPTORES Receptores da parede torácica estimulam o uso da musculatura acessória. Se mesmo após a atividade de barorreceptores o corpo ainda necessitar de oxigênio, os mecanorreceptores ativam a musculatura acessória (Ex. intercostais, serrátil, peitoral). NERVOS PERIFÉRICOS Sensores de fluxo de ar na face e parede das vias aéreas. Estão presentes principalmente na face e estes fazem com que o cérebro “entenda” como está sendo o fluxo de ar que está entrando pelo nariz. Ex. uma obstrução nasal pode fazer com que nervos periféricos ativem barorreceptores e mecanorreceptores para regular o fluxo de ar que entra no nariz (mesmo o fluxo não estando alterado). Obs. Nesse caso, a lavagem nasal pode ser eficiente. CLASSIFICAÇÃO BRITÂNICA DO MEDICAL RESEARCH COUNCIL MODIFICADA: A partir deste, pode ser classificada uma dispneia fisiológica ou patológica. TIPOS DE DISPNEIA: Ortopneia – é o tipo de dispneia que piora quando em decúbito dorsal. Suas causas podem ser • ICC • Traqueomaçácia • Obesidade Platpneia – o paciente tem sua dispneia piorada quando está em posição ortostática (em pé) Suas causas podem ser • Fístula arteriovenosa pulmonar • Síndrome hepatopulmonar Trepopneia – dispneia ao deitar-se de lado Suas causas podem ser • Derrame pleural maciço Hilário Oliveira T29 @hilarioof – S4 3 Dispneia paroxística noturna – dispneia súbita durante a noite, expressa por muito líquido no 3º espaço e a pessoa tem falta de ar quando o liquido retorna Suas causas podem ser • Insuficiência ventricular esquerda DIAGNÓSTICO: Asma: • Prova de resposta a broncodilatadores; • Espirometria; • Medidor de pico de fluxo (Peak Flow); DPOC: • História de inalação de fumaça de biomassa; • Espirometria; • Não responde a broncodilatadores; Doença intersticial pulmonar: • Redução proporcional de todos os volumes pulmonares aferidos; • TC de tórax; Doença vascular pulmonar: • Hipertensão arterial pulmonar; • Ecocardiograma; • Cintilografia; • Angio TC Insuficiência cardíaca congestiva (ICC): • Congestão pulmonar; • Ritmo de galope; • Sopro cardíaco; • ECG; • Ecocardiograma; • Radiografia de tórax; CIANOSE A cianose é caracterizada pela redução do oxigênio em certo tecido e isso se dá por fatores como troca reduzida ou volume aumentado. O paciente tem cianose quando → Concentrações acima de 5g/dl de hemoglobina reduzida (hemoglobina livre) A cianose é dividida em: CIANOSE CENTRAL • Déficit de O2 no capilar pulmonar; • Generalizada em pele e mucosas; • Melhora com oxigenioterapia; CIANOSE PERIFÉRICA • Maior extração de O2 pelos tecidos; • Localizada ou generalizada; • Não melhora com oferta de O2; Obs. É necessário que seja tomado certo cuidado com pacientes anêmicos, visto que o seu nível de hemoglobina se encontra baixo, já no caso do paciente cianótico, o nível de O2 é baixo, mas a hemoglobina livre é alta, gerando a coloração azul/arroxeada característica da cianose. DIAGNÓSTICO: Oximetria – avalia a quantidadede O2 que chega aos tecidos; Gasometria – avalia a saturação de O2 que chega ao sangue; TRATAMENTO: A cianose poderá ser tratada de acordo com a sua causa, ou seja, seu tratamento é variável.
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