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Fichamento A evolução do capitalismo - Maurice Dobb, cap.2

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ENCONTRO 4 - A sociedade feudal na fase de
transição
Maurice Dobb, A evolução do capitalismo
Página 27 * Para Dobb, o feudalismo se caracteriza como um modo de
produção - o de servidão
“A servidão contrasta com o capitalismo no sentido de que, sob
este último, o trabalhador, em primeiro lugar, não é mais um
produtor independente, mas acha-se divorciado de seus meios
de produção e da possibilidade de prover sua própria
subsistência”
Página 28 “Servidão feudal tem sido associada na história, por uma série de
motivos, a um baixo nível de técnica, no qual os instrumentos de
produção são simples e em geral baratos , e o ato de produção
tem caráter em grande medida individual; a divisão do trabalho
mostra-se em nível bem primitivo de desenvolvimento”
Página 29 * Dobb está combatendo a ideia de que a crise do feudalismo se
deu apenas pela retomada do comércio, como defendido por
Pirenne. Isso porque não há muitas evidências de transações
efetuadas em dinheiro na ING por volta do século XIV, época da
crise/declínio do feudalismo. Ademais, não foram em todos os
lugares da Europa que, com o aumento do comércio, houve
declínio do sistema de servidão.
Página 30 “Na verdade, parece haver tanta evidência de que o crescimento
de uma economia monetária per se levou a uma intensificação da
servidão como há evidência de que ela foi causa para o declínio
feudal”
* Assim, o comércio poderia sim, como demonstrado nos
exemplos da pág. 29, haver desenvolvimento de comércio e
servidão juntos
Página 31 “É óbvio que o senhor feudal não visse nenhum incentivo em
comutar as prestações de serviço por pagamentos em dinheiro, a
menos que o uso de dinheiro se devesse até certo ponto; e é
nesse sentido que certo crescimento do mercado não foi
condição essencial para a mudança”
* Dobb afirma que o caráter essencial - “influência decisiva” -
para o declínio do feudalismo é interno à estrutura feudal, mas
não nega a importância da reabertura do mercado/comércio
Página 32 * O caráter interno à estrutura feudal era a ineficiência do modo
de produção devido a métodos primários agrícolas e
empobrecimento da terra - baixa produtividade - em conflito com
a necessidade de renda da classe feudal tentando acompanhar
suas necessidades de consumo diante da nova onda comercial.
Página 33 * Para aumentar a produtividade, começou-se a explorar os
servos e vilões.
Página 34 * Houve esse conflito entre as exigências de produzir mais
excedente para o mercado e as explorações sofridas pelos
produtores. O resultado desse conflito foi a fuga de servos do
campo e estes começaram a ser caçados.
Página 35 * Outro meio de aumentar a produtividade foi aumentar a área de
plantio com recuperação/colonização de novas terras. Entretanto,
essa medida não foi eficaz já que há evidências de que havia
falta de terras no final do século XIII -
Página 36 * Certamente que, pela crise de produtividade/aspecto
econômico, houve uma diminuição populacional (Já que a queda
demográfica começou antes da peste negra). Para diminuir os
prejuízos, os senhores feudais arrendaram algumas terras a
camponeses, o que criou uma classe de camponeses com mais
dinheiro, e trocar a corvéia por pagamento em dinheiro.
Página 38 e 39 * Nesse cenário de abandono das terras, a resposta dos
senhores não foi uniforme. Uns afrouxaram as obrigações servis
e outros usavam medidas mais firmes, livrando-os da liberdade
de movimento para fixar os produtores nas terras e caçar os
fugitivos. A variação de conduta devia-se, provavelmente, ao tipo
de produção do feudo: feudos com baixa produtividade tenderiam
a continuar no modo de servidão e feudos com alta produtividade
tenderiam a usar o trabalho assalariado
Página 40 * Quando as obrigações servis eram mais leves, uma opção era
remunerar os trabalhadores.
/Muda a relação de trabalho e produção num sentido a aumentar
a produtividade e evitar a falência dos feudos/
Página 43,44 * Outra alternativa para o senhor feudal era o arrendamento.Isso
gerou uma fração de camponeses-agricultores relativamente
prósperos e “Ambiciosos, capazes de acumular pequena
importância de capital”. Entretanto, era uma camada pequena.
isso não contradiz o cenário de pobreza entre o aldeões.
Página 46,47 * O pagamento aumentava os encargos feudais sobre os
produtores. A troca do sistema servil por uma comutação
deveu-se, principalmente, a pressão da população sobre a terra
disponível da aldeia
Página 51 "A Cidade era como um imã para os servos numa espécie de
oásis mais ou menos livre”
Página 52 PERGUNTA: Quais desenvolvimentos as comunidades urbanas,
como centros independentes de comércio, não tinham para
serem enquadradas como capitalistas?
PERGUNTA: Como era a sujeição das cidades ao senhor feudal?
Página 53,54 * Origem das cidades
- guarnições feudais e instituições episcopais que tiveram
seus arredores urbanizados
- aumento da densidade populacional das subordinações
rurais
- Acampamentos das caravanas de mercadores (Pirenne)
- Concessões de “Santuários” dos senhores feudais para
mercadores e artesãos para suprir suas necessidades
(Dobb defende como o caso mais geral, que mais
aconteceu)
Página 55 * Não existe um único jeito de formação de cidades, temos que
adotar uma perspectiva eclética
Página 56 * O motivo para o renascimento das cidades, segundo Pirenne,
foi a reabertura do mediterrâneo. Já Dobb defende que a maioria
das cidades nasceu por uma iniciativa feudal, o que explica a
sujeição das mesmas aos senhores feudais.
Página 59 “O fato de os próprios estabelecimentos feudais se empenharem
no comércio e muitas vezes alimentarem um mercado local para
se suprirem de uma fonte barata de provisões foi evidentemente
um dos principais motivos elos quais os clamores dos burgueses
por autonomia encontraram resistência tão vigorosa”

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