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RESUMO OTORRINO


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Anatomia da faringe 
 
INTRODUÇÃO 
NASOFARINGE 
- Sintomas nasais 
- Sintomas auditivos 
OROFARINGE 
- Odinofagia 
- Dor de garganta 
LARINGOFARINGE 
- Disfagia 
- Sensação de corpo estranho 
FISIOPATOLOGIA 
1) Implantação e invasão de agentes 
patogênicos no epitélio da faringe 
2) Ativação de células de defesa 
3) Aumento da vascularização 
4) Edema e secreção aquosa 
5) Espessamento do muco com 
aparecimento de neutrófilos (em 72 
horas) 
6) Presença de pus 
FARINGOTONSILITES – ANGINAS 
ERITEMATOSAS OU 
ERITEMATOPULTÁCEAS 
- As mais frequentes (90% dos casos) 
- Origem viral (cerca de 75%, principalmente nos 
primeiros 2 a 3 anos de vida) ou bacteriana 
FARINGOTONSILITES VIRAIS 
AGENTE ETIOLÓGICO 
- Rinovírus 
- Adenovírus 
- Influenza 
- Coronavírus 
QUADRO CLÍNICO 
- Dor de garganta 
- Mialgia 
- Febre baixa 
- Tosse 
-Coriza 
EXAME FÍSICO 
- Hiperemia 
- Edema de mucosa faríngea e das amigdalas 
- Presença de pus, raramente 
FARINGOTONSILITES – BACTERIANA 
(ESTREPTOCOCICA) 
- 20 a 40 % dos casos 
- Pico de incidência entre 5 a 15 anos 
AGENTES ETIOLÓGICOS 
- Estreptococo bete-hemolítico do grupo A 
QUADRO CLÍNICO 
- Dor de garganta 
- Disfagia 
- Otalgia reflexa 
- Febre de intensidade variável 
EXAME FÍSICO 
- Hiperemia 
- Edema de tonsilas com exsudato purulento 
- Adenomegalia (cadeia jugulodigástrica – 60%) 
DIAGNÓSTICO 
- Basicamente clínico 
- Cultura da orofaringe: padrão ouro 
*desvantagem – tempo prolongado de 18 a 48 
horas) 
- Testes rápidos para detecção de 
estreptococos (15 minutos) se apresentam sob 
forma de kits, realizados nos consultórios 
(elevado valor de falso negativo) 
TRATAMENTO 
1) Antibiótico 
- Penicilinas e derivados 
- Penicilina G Benzatina – 600.000 a 1.200.000 
(IM dose única) 
- Amoxicilina 40 -50 mg por Kg – 7 a 10 dias 
- Amoxicilina + ác. Clavulanico 
- Macrolídeos – claritromicina – alégicos a 
penicilina 
2) Analgésicos 
- AINES 
- Corticoides 
COMPLICAÇÕES DAS FARINGO 
AMIGDALITES 
- Febre reumática 
- Escarlatina 
- Glomerulonefrite 
- Complicações supurativas (abcesso 
periamigdaliano; abcesso parafaringeo; 
infecções do espaço retrofaringeo 
FARINGOTONSILITES – ESCARLATINA 
- Ação das endotoxinas do streptococo 
hemolítico do grupo A 
- Rash cutaneopapular e eritematoso que 
aparece no segundo dia da infecção, acomente 
principalmente face e pescoço , preservando a 
região perioral (sinal de Filatov) 
- Sinal de Pastia – petéquias em linhas de flexão 
- Língua em framboesa 
TRATAMENTO 
- Penicilina 
ABSCESSO PERIAMIGDALIANO 
- Extensão da infecção localizada na amigdala 
para espaço peritonsilar (celulite abscesso) 
- Flora mista (aeróbios e anaeróbios) 
QUADRO CLÍNICO 
- Alteração do quadro de amigdalite aguda 
- Odinofagia intesa e unilateral 
- Piora da disfagia e halitose 
- Salivação 
- Alteração do tibre da voz e trismo (limitação 
da abertura da boca) 
EXAME FÍSICO 
- Edema dos tecidos localizados lateralmente e 
superiormente a amigdala envolvida 
- Deslocamento da úvula 
TRATAMENTO 
- Punção para coleta de material ou drenagem 
- Antibioticoterapia (ceftriaxone, amoxicilina + 
clavulanato, clindamicina) 
MONONUCLEOSE INFECCIOSA 
- Acomete adolescentes e adultos jovens 
- Transmissão por contato direto de gotículas de 
saliva 
AGENTE ETIOLÓGICO 
- Vírus Epstein Barr (EBV) 
QUADRO CLÍNICO 
- Febre e astenia 
- Angina (eritematosa, eritematoexsudativa ou 
pseudomembranosa) 
- Poliadenopatia 
- Hepatomegalia – 10% dos casos 
-Esplenomegalia – 50% dos casos 
DIAGNÓSTICO 
- Quadro clínico associado aos exames 
laboratoriais 
- Inespecíficos: hemograma com linfocitose com 
10% de linfócitos atípicos e aumento de 
transaminases 
- Sorologia ** Paul Bunnel (ac heterofilo 
positivam após 10 a 20 dias da doença) 
*** pesquisa de ac IgM ou IgG contra capsídeo 
viral (desde o início do quadro com pico entre 4 
a 6 semanas) 
TRATAMENTO 
- Medidas de suporte 
- Analgésicos e hidratação 
OBS: A evolução costuma ser favorável, com 
resolução espontânea após semanas a meses 
FARINGOTONSILITES – DIFTERIA 
AGENTE ETIOLÓGICO 
- Corynebcterium diphteriae 
QUADRO CLÍNCO 
- Forma insidiosa 
- Período de incubação: 2 a 4 dias 
- Febre, queda do estado geral, pulso rápido, 
linfonodomegalia cervical, hipotensão, palidez, 
adinamia 
EXAME FÍSICO 
- Pseudomembranosas branco-acinzentas, 
aderidas a mucosa, resistentes ao deslocamento 
com espátulas deixando o leito sangrante quando 
removidas, localizadas nas amigdalas, pilares, 
úvula e podendo se estender por todo trato 
aerodigestivo 
DIAGNÓSTICO 
- Sugerido pelo quadro clínico e confirmado pelo 
exame bacterioscópico direto e pela cultura de 
exsudatos faríngeos 
- Acomete, principalmente crianças entre 1 a 7 
anos 
- Menos frequente devido a vacinação 
TRATAMENTO 
- Internação 
- Soro antidiftérico 
- Penicilina 
FARINGOTONSILITES – ANGINA DE 
PLAUT-VINCENT 
AGENTES ETIOLÓGICOS 
- Simbiose fusoespiralar (bacilo fusiforme 
espirilo – patogênicos quando associados 
QUADRO CLÍNICO 
- Adulto jovem ou adolescente, normalmente, 
com odinofagia e disfagia unilateral 
- Sem febre 
EXAME FÍSICO 
- Lesão ulcerosa unilateral e lesões gengivais 
concomitantes, em pacientes com má higiene 
oral 
TRATAMENTO 
- Antibioticoterapia (penicilina via parenteral + 
metronidazol) 
- Gargarejos com soluções antissépticas 
FARINGOTONSILITES - HERPANGIANA 
(ANGINA VESICULOSA) 
- Agentes etiológicos: vírus coxsakie A e B, 
Echovírus 
- Quadro clínico: frequente em crianças, 
principalmente no verão; febre, cefaleia, 
disfagia e vômitos; micropoliadendenopatia 
cervical. 
EXAME FÍSICO 
- Angina eritematosa com pequenas vesículas em 
palato mole, úvula e pilares amigdalianos 
- Ao se romperem deixam ulcerações 
esbranquiçadas circundadas por halo 
eritematoso espalhadas por toda orofaringe, 
poupando a região jugal 
TRATAMENTO 
- Sintomáticos e medidas de suporte 
ANEL LINFÁTICO DE WALDEYER 
 
 
Conjunto de tecidos linfóides localizados na 
faringe e compreende as tonsilas: 
- Palatina 
- Faríngeas 
- Linguais 
- Tubárias 
- Nódulos linfáticos da faringe 
LARINGE 
A laringe é um órgão musculocartilaginoso 
situado na região cervical anterior, ao nível dos 
corpos de C3 
As cartilagens principais são: 
- Tireóide 
- Cricóide 
- Aritenóide 
- Epiglote 
 
 
MÚSCULOS INTRÍNSECOS 
Cricoaritenóideo posterior (abdutor) 
Cricoaritenóideo lateral (adutor) 
Tireoaritenóideo corda vocal (tensor) 
Interaritenóideo (adutor) 
Cricotireóideo (tensor) 
 
INERVAÇÃO MOTORA 
- Nervo laríngeo inferior ou recorrente, exceto 
cricotireódeo: nervo laríngeo superior 
 
CAVIDADE ENDOLARÍNGEA 
- Supraglote 
- Glote 
- Subglote 
 
FISIOLOGIA DA LARINGE 
CAVIDADE ENDOLARÍNGEA 
- Respiração 
- Fonação 
- Esfincteriana 
FONAÇÃO 
- Fatores envolvidos no timbre de voz: o formato 
e o movimento do trato vocal 
- As pregas vocais dos homens são mais longas e 
espessas que as das mulheres e crianças 
PROPEDEUTICA DA LARINGE 
1) Exame externo 
Inspeção: 
- Iniciada na anamnese 
Palpação: 
- Cadeias linfonodais 
- Compressão da laringe 
- Mobilização lateral da laringe 
 2) Exame endoscópico 
- Laringoscopia indireta (exame clássico com 
espelho) 
- Laringoscopia direta *melhor visualização da 
laringe 
- Videolaringoscopia 
- Nasofibrolaringoscopia flexível 
Deve-se seguir uma ordem no exame: 
1) Bordo livre da epiglote e sua face 
laríngea 
2) Face faríngea da epiglote e valécula 
3) Zonas Aritenóideas (direita e esquerda_ 
4) Bandas ventriculares 
5) Glote 
6) Pregas vocais 
7) Comissura anterior 
8) Seios piriformes 
 
 
MICROSCOPIA DA LARÍNGE 
 
- Microcirurgia de laringe (sob anestesia geral) 
 3) Exames de imagem 
- Rx de pescoço 
- Tomografia computadoriza 
- RM 
PATOLOGIASDA LARINGE 
ADULTO X CRIANÇA 
- 1 mm de edema subglótico na criança, leva a 
obstrução de 50% da traqueia 
Classificação 
- Aguda 
- Crônica 
AGUDAS 
- Edema + vasodilatação + infiltrado leucocitário 
= dor, calor e rubor com perda da função 
CARACTERÍSTICAS BENIGNAS 
- Duração 
- Agentes etiológicos 
- Autolimitadas 
GRAVES 
- Urgências pediátricas 
CRONICAS 
- Hiperplasia + hipertrofia = fibrose do tecido 
com alterações cicatriciais 
CARACTERÍSTICAS 
- Mais frequentes nos adultos 
SINTOMAS PRINCIPAIS 
- Rouquidão 
- Muco 
- Disfagia 
- Tosse 
- “limpar a garganta” 
- Dor 
- História particular 
OBS: EVITAR A PROGRESSÃO DO CANCER 
LARINGITES AGUDAS 
Laringite Catarral Aguda 
- Decorrentes resfriados comuns 
- Mudanças bruscas temperatura 
- Inalação de substâncias irritantes 
- Ingestão de líquidos gelados 
- Após IVAS 
- Ag, etiológico: Moraxella catarrhalis, H 
influenzae e vírus 
- Sintomas: dor, rouquidão, tosse, febre baixa 
- Laringoscopia: congestão difusa da mucosa 
laríngea (hiperemia) 
- Exsudato mucoso 
- Paresia de pregas vocais 
- Fenda glótica (fusiforme) 
- Evolução benigna, em 4 a 8 dias 
TRATAMENTO 
- Eliminação de fatores predisponentes 
- ATB amplo espectro (amoxi +clav, quinolonas 
por 10 dias) 
- Corticoides 
- NBZ 
LARINGOTRAQUEOBRONQUITE 
- “Grupe viral” 
- Maior causa de obstrução de vias aéreas em 
crianças 
- Etiologia: viral (prainfluenza 1 e 2, influenza A 
e B e sincicial respiratório) 
- Crianças 1 a 6 anos 
- Videolaringoscópico (exame de escolha) 
- Intenso edema subglótico (região da 
cartilagem cricóide, mais estreita) 
- RX cervical (sem valor diagnóstico) 
OBS: SINAL DA TORRE DE IGREJA 
 
QUADRO CLÍNICO 
- Edema subglótico 
- Congestão nasal 
- Dor de garganta 
- IVAS 
- Febre 
- Angústia respiratória 
- Estridor inspiratório 
- Tosse rouca (cachorro) 
- Congestão nasal 
OBS: “OBSERVAR A CRIANÇA” 
- EVOLUÇÃO BENIGNA 3-7 DIAS 
TRATAMENTO 
- Umidificação do ar com NBZ 
- Aspiração de secreção 
- Oxigenação em tenda 
- Corticoide 
- ATB (infecção secundária) 
- NBZ com adrenalina (efeito rebote) 
- Casos graves internar e intubar 
GRAVIDADE 
- < 6 meses 
- Estridor em repouso (obstrução de 80%) 
- Alteração do nível de consciência 
- Detecção de hipercapneia 
OBS: oximetria deve ser realizada em TODAS 
as crianças com estridor 
EPIGLOTITE 
- Epiglote muito volumosa, congesta e 
edemaciada 
- Pode formar abcesso 
- Pregas vocais e região subglótica não são 
afetadas 
TRATAMENTO 
- Mínimo de estímulo possível (agravar edema) 
- Posição sentada 
- Corticosteróides (dexametasona) 
- O2 
- ATB IV (Ceftriaxona) 
OBS: SINAL DO POLEGAR 
 
 
 
 
 
 
LARINGITE ESTRIDULOSA 
- “Falso crupe ou crupe espasmódico” 
- Dispneia de início súbito 
- Ocorre a noite 
- Crises de sufocação 
- Tiragem supra-esternal 
- Respiração ruidosa (estridores) 
- Tosse rouca após regressão 
- Agitação, angústia 
- Ausência de febre 
- Regressão em poucos minutos 
ETIOLOGIA 
- Indefinida 
- Crianças com IVAS discreta 
- Hipertrofia de adenoides com respiração bucal 
- Psicológicos, alérgicos, deficiência de cálcio e 
vita. D, DRGE 
DIAGNÓSTICO CLÍNICO 
- História clínica 
TRATAMENTO 
- Umidificação do ar 
- Ambiente calmo 
- Compressa quente infra hioidea 
- Spray vasoconstrictor (nariz) 
- Corticoides (devido ao edema subglótico e para 
impedir recidiva) 
LESÕES EPITELIAIS HIPERPLÁSICAS DA 
LARINGE 
- Difícil estimar número de lesões que sofrem 
malignização 
- Procura de novos marcadores neoplásicos 
 
OUTRAS INESPECÍFICAS 
ALERGIAS RESPIRATÓRIAS 
- Efeito da alergia na mucosa (edema de pregas 
vocais) 
- Uso crônico de esteróides inalatórios 
(infecções fúngicas secundárias a miastenia dos 
adutores) 
- Mau uso crônico da voz 
LARINGITE CRONICA DIAGNÓSTICO 
DIFERENCIAL 
 
 
OBS: ROUQUIDÃO PERMANENTE SEM 
PERÍODOS DE NORMALIZAÇÃO 
NEOPLASIA 
- Carcinoma epidermóide 
- Fumo e álcool 
- Diagnóstico precoce = rouquidão constante sem 
de períodos de normalização há mais de 3 
semanas 
- Dispneia + linfadenopatias = diagnóstico tardio 
- Suspeita de neoplasia = biópsia 
 
DOENÇA DO REFLUXO FARINGOLARÍNGEO 
(DRFL) 
FISIOPATOLOGIA 
- Ação direta do ácido 
- Estimulação vagal do esôfago distal 
FATORES AGRAVANTES 
- Tabaco, abuso vocal e erro alimentar 
OBS: pacientes com LRP não apresentam 
sintomatologia clássica de DRGE como 
queimação retroesternal e regurgitação 
SINTOMAS 
- Rouquidão matutina 
- Halitose 
- Limpeza constante da voz 
- Língua grossa 
- Sensação de bola na garganta 
- Prurido faríngeo 
- Disfagia 
- Tosse 
ANATOMIA DO NARIZ E SEIOS DA FACE 
 
SEPTO NASAL 
PAREDE MEDIAL OU SEPTO NASAL 
- Lâmina perpendicular do osso etmoide, vômer 
e cartilagem quadricular 
 
 
CONCHAS NASAIS 
- As conchas nasais são geralmente em número 
de três: 
- Concha inferior 
- Concha média 
- Concha superior 
- Concha suprema 
 
 
PAREDE LATERAL DO NARIZ 
 
ARTÉRIAS DA CAVIDADE NASAL 
I- Artéria esfenopalatina 
- Artéria septal posterior 
- Artéria nasal póstero-lateral 
 II- Artéria etmoidal anterior 
- Ramo septal anterior 
- Ramo nasal lateral anterior 
 III- Artéria etmoidal posterior 
 IV- Plexo de Klesselback 
 V- Drenagem venosa da cavidade nasal 
PLEXO KLESSELBACK 
 
ANATOMIA DOS SEIOS PARANASAIS 
- Seio frontal 
- Seios maxilares 
- Seio etmoidal 
- Seio esfenoidal 
 
 
SEIO FRONTAL 
- Visível em radiografia a partir de 4 anos de 
idade 
SEIOS MAXILARES 
- Durante os primeiros anos de vida, o assoalho 
do seio maxilar está um pouco acima do nível do 
assoalho do nariz 
- Aos 8 anos de vida eles estarão ao mesmo nível 
e após os 12 anos, o assoalho do seio maxilar 
estará 4 mm abaixo do nariz 
SEIO ETMOIDAL 
- Células etmoidais: conjunto de espaços aéreos, 
cuja formação ocorre a partir do quinto mês de 
vida intrauterino 
SEIO ESFENOIDAL 
- Entre o quinto mês de vida intrauterino e o 
quinto mês pós natal 
- Processo de crescimento se completa em torno 
dos 16 anos 
RX DOS SEIOS DA FACE 
 
 
ANATOMIA AUDITIVA 
 
 
 
Composto por: 
- Orelha externa 
- Orelha média 
- Orelha interna 
ORELHA EXTERNA 
- Pavilhão auricular + meato acústico externo até 
a face externa da membrana timpânica 
PAVILHÃO AURICULAR 
- Além da função de conduzir os estímulos 
sonoros para o meato acústico externo, também, 
tem papel na orientação da origem da fonte 
sonora 
 
MEATO ACÚSTICO EXTERNO 
 
- Proteção da MT e das estruturas subjacentes 
- Encaminha e amplifica as ondas sonoras para 
orelha média, principalmente entre 2 – 5 Khtz 
ORELHA MÉDIA 
- É composto por: cavidade mastoidea, caixa 
timpânica e tuba auditiva 
 
CAIXA TIMPANICA 
- Se divide em: Mesotímpano (região em gente a 
membrana timpânica), Epitímpano ou Ático 
(região que fica superiormente a margem 
superior da membrana timpânica. Nessa região 
fica a articulação entre o martelo, e a bigorna), 
Hipotímpano (região que fica inferiormente a 
margem da membrana timpânica) 
- Quanto aos limites da cavidade timpânica, ela 
vai ter uma parede lateral que é a própria 
membrana timpânica. Superiormente TEGMEN 
TYMPANI: FOSSA CRANIANA MÉDIA). A 
parede inferior faz limite com a fossa jugular 
(veia jugular está próximo ao local). 
Anteriormente, faz limite com a artéria 
carótida interna; essa região, também, é orifício 
da tuba auditiva. Nessa região existe uma 
eminência óssea, o processo cocleariforme, que 
passa o tendão do músculo tensor do tímpano. O 
músculo tensão se liga ao cabo do martelo. 
- Além disso, a parede posterior da cavidade 
timpânica faz limite com a própria mastoide. 
Nessa região fica a eminência piramidal, por 
onde passa o tendão do músculo estapédio, que 
se liga ao estribo.- Na parede posterior tem Ádito do antro, que é 
o orifício que serve de entrada para o 
antromastóido no recesso epitimpatico 
- A parede interna terá uma protuberância 
chamada de promontório (protuberância 
determinada pelo giro basal da cóclea). Em cima 
do promontório vai passar o nervo de Jacobson, 
que é o ramo timpânico do IX NC 
- Nessa parede interna terá a proeminência do 
canal VII e fóssula vestibular (se insere a janela 
da platina do estribo) 
- Nessa parede interna existe a fóssula da 
janela redonda que é recoberta pela membrana 
secundária do tímpano 
 
MEMBRAMA TIMPANICA 
- Existe o triangulo luminoso 
 
DIVISÃO PARA LOCALIZAR ALTERAÇÕES 
 
Ossículos 
- Martelo 
- Bigorna 
- Estribo 
 
- A cabeça do martelo se articulando com a 
bigorna formando a articulação incudomaleolar 
- Ramo longo da birgorna se articula com o 
estribo formando a articulação 
incudoestapediana. 
- O estribo terá as cruras anteriores e 
posteriores juntamente com a platina que vai se 
instalar na fossula da janela oval 
TUBA AUDITIVA 
- 35 – 38 mm 
- Medial e inferior 
- 1/3 óssea (timpânica) e 2/3 fibrocartilagem 
- Ventilação e equalização das pressões 
 
ORELHA INTERNA 
- Pode ser dividida em: labirinto anterior 
(própria cóclea) e labirinto posterior 
(constituído pelo vestíbulo (sáculo e utrículo) e 
canais semicirculares) 
- Pode ser divido, também, em: labirinto ósseo, 
que é mais externo, também, chamado de 
perilinfático (revestido pela perilinfa e rico em 
sódio), sendo formado pela cóclea, canais 
semicirculares e vestíbulo. Há, também, o 
labirinto membranoso (endolinfático), rico em 
potássio, sendo constituído por ducto coclear, 
ductos semicirculares e vestíbulo membranoso – 
utrículo sáculo 
 
CÓCLEA 
- Base do molíolo terá os ramos do n. coclear 
(ramo do VIII NC) 
- Existe uma rampa vestibular (superior), rampa 
média (ducto coclear), rampa escala ou timpânica 
(inferior) 
- No ducto coclear existe o órgão de corti 
- O órgão de corti é constituído pela membrana 
tectória (superiormente) e membrana basilar 
(inferiormente) e por células ciliadas 
- Os ramos do VIII VC vai inervar as células 
ciliadas através do gânglio espiral. 
- A rampa vestibular e a rampa timpânica se 
comunicam através helicotrema, no ápice da 
CÓCLEA 
 
ORGÃO DE CORTI 
- Constituído por células ciliadas externas que 
são a maior parte e células ciliadas internas. No 
ápice dessas células terá os estereocílios 
- O nervo auditivo irá inervar essas células 
ciliadas internas e externas 
- Existem células de sustentação 
 
 
 
FISIOLOGIA DA ORELHA INTERNA 
ORELHA MÉDIA 
- Proteção da orelha interna contra sons muito 
intensos 
- Participa através do músculo tensor do tímpano 
e estapédio. O músculo tensor do tímpano vai 
agir frente a um som muito intenso “puxando” o 
cabo do martelo para dentro da membrana 
timpânica e o músculo estapédio vai agir 
“puxando” o estribo para fora da janela oval. Com 
isso eles irão proteger a orelha média contra 
sons intensos 
- Possui o efeito de transformador de 
impedâncias, ou seja, ela permite que os sons 
mecânicos sejam transmitidos por meio aéreo 
(baixa impedância) para um meio líquido 
endotroclear (alta impedância). Permitindo que 
essa transformação ocorra sem que haja uma 
perda de energia. 
- Amplificação sonora, através do mecanismo 
hidráulico. Uma parte da membrana timpânica é 
vibrátil paralelamente existe a área da janela 
oval que é muito menor. Desse modo, o som será 
conduzido da tuba auditiva externa até a 
membrana timpânica, passar pelos ossículos, 
chegando na janela oval. Logo, a pressão sonora 
que vai atingir a janela oval será uma pressão 
muito maior, com isso há uma amplificação da 
pressão sonora, pressão resultante na platina do 
estribo: 14 X (25db de ganho). 
- O estímulo sonoro irá atingir a membrana 
timpânica, passar pela cadeia ossicular. Durante 
esse processo, o estribo irá se mover como um 
pistão, para dentro da rampa vestibular e isso 
vai ocasionar uma movimentação da perilinfa. 
Essa movimentação da perilinfa irá se estender 
através do helicotrema para a rampa timpânica; 
isso vai ocasionar o abaulamento da janela 
redonda (se move para fora), com isso, vai 
ocasionar a movimentação da membrana basilar 
do órgão de corti. A movimentação da membrana 
basilar promove uma movimentação das células 
ciliadas externas, com isso ocorrerá uma 
abertura dos canais iônicos dos estereocílios 
das células ciliadas externas com influxo de 
potássio da endolinfa juntamente com uma 
despolarização dessas células. Essa 
despolarização, as células ciliadas externas irão 
atuar como potencializadoras da vibração da 
membrana basilar. Paralelamente, ocorrerá uma 
vibração das células ciliadas internas, sendo que 
os estereocílios dessas células irão passar a 
tocar na membrana tectória, com abertura dos 
canais iônicos e consequentemente uma 
despolarização dessas células. Logo, o estímulo 
elétrico irá passar delas para o nervo auditivo. 
Os nervos atingem os núcleos cocleares, fazendo 
conexões com o núcleo olivar superior do bulbo, 
vai para colículo inferior no mesencéfalo para 
núcleo genicular medial, e por fim para o cortéx 
auditivo no giro temporal transverso. 
TONOTOPIA DA CÓCLEA 
- Na membrana basal da cóclea, como a 
membrana basilar é mais fina e rígida, ela é 
estimulada por sons de alta frequência, por 
outro lado, no ápice, a membrana bacilar é mais 
espessa e frouxa, sendo estimulada por sons de 
baixa frequência 
PERDAS AUDITIVAS 
OTOSCLEROSE 
- Genética, autossômica dominante 
- Início entre 15 e 35 anos 
- Reabsorção e remodelamento ósseo (cápsula 
ótica) 
 - Enrijecimento (anquilose) da platina do 
estribo 
- Otoscopia maioria das vezes normal. Sinal de 
Schwartze 
- Perda auditiva bilateral (maioria) 
- Zumbido 
TRATAMENTO 
1.Conduta expectante – perdas leves, sem 
impacto. Acompanhamento 
periódico 
2.Reabilitação auditiva – Aparelho auditivo 
(AASI) 
3.Medicamentos: suplementação cálcio, vitamina 
D, bifosfonados (alendronato) 
4.Cirurgia – Estapedotomia 
OTITE MÉDIA AGUDA 
- Inflamação da orelha média 
- Causada por vírus ou bactérias 
- É uma das patologias infecciosas mais 
prevalentes nos pacientes pediátricos 
- Principal causa de uso de antibiótico na infância 
- Pico de incidência entre 6 meses e 2 anos, 
afeta também crianças maiores e adultos. 
- Tratamento, na maior das vezes, é realizado 
por pediatras ou médicos generalistas. ORL 
quando apresentam complicações. 
FATORES DE RISCO 
- IVAS 
- Creche/Escola 
- Baixo nível socioeconômico (aglomeração) 
- Tabagismo familiar 
- Uso de chupeta 
- Hipertrofia amigdalas e adenoide 
- Adenoidite 
- Sinusite / Rinite 
- Tumores 
- Causas mecânicas de bloqueio e contaminação 
da Tuba Auditiva 
- Fissura palatina, anomalias craniofaciais 
(disfunção tubária) 
FATOR ANATÔMICO - TUBA AUDITIVA 
CRIANÇA X ADULTO 
- Principal função: Ventilação da orelha média 
- Abertura devido a contração de alguns 
músculos, principalmente o músculo tensor do 
véu palatino, durante deglutição ou bocejo. 
-A tuba auditiva pediátrica é menor em extensão 
e mais horizontal, facilitando o desenvolvimento 
do processo infeccioso 
FATOR IMUNOLÓGICO 
- Imaturidade do sistema imunológico na criança 
FATOR DE PROTEÇÃO 
- Lembrar que...DRGE/ 
- Refluxo laríngeo é também um fator de risco 
para otite média aguda de repetição. Por isso é 
preciso orientar posição de amamentação 
- Aleitamento materno exclusivo até os 6 
meses 
AGENTES ETIOLÓGICOS 
- Pneumococo 
- H. influenzae 
- M. catarrhalis 
RESISTENCIA ANTIMICROBIANA 
- Produção de beta lactamase: H. influenzae, M. 
catarrhalis 
- Alteração da proteína ligadora da penicilina 
pelo pneumoco 
DIAGNÓSTICO 
- Otalgia (Diagnóstico diferencial: otite 
externa, DTM, outros) 
- Irritabilidade 
- Febre 
EXAME FÍSICO- Abaulamento da MT (sensibilidade 67% e 
especificidade 97% ) 
- Hiperemia de MT 
- Vasculatura mais proeminente da MT 
- Secreção purulenta em orelha média 
- Presença de nível hidroaéreo 
- OTITE + CONJUNTIVITE -> Lembrar de H. 
Influenzae 
TRATAMENTO 
Academia Americana de Pediatria recomenda 
início imediato de antibioticoterapia em: 
1. Crianças menores de 6 meses 
2. Crianças maiores de 6 meses com doença 
grave (otalgia moderada ou intensa, por mais de 
48h, ou temperatura >39oC) 
3. OMA bilateral 
4. Presença de otorreia 
- Nos casos em optar por observação - Sempre 
iniciar analgésicos. Se os sintomas piorarem ou 
permanecerem após 48/72h – INICIAR 
ANTIBIOTICOTERAPIA 
- Em menores de 6 meses, sintomas de 
gravidade, otorreia, menores de 2 anos com 
OMA bilateral, recidiva em menos de 30 dias, 
imunodeficiências, anormalidades craniofaciais, 
outra infecção bacteriana associada (tonsilite, 
sinusite) – SEMPRE INICIAR 
ANTIBIOTICOTERAPIA 
- Após 48/72h não houver melhora dos sintomas, 
avaliar troca da medicação. 
- Se não houver melhora após reajuste de 
antibioticoterapia ou presença de toxemia, 
considerar complicações. 
- Avaliar necessidade de encaminhamento para 
otorrino para timpanocentese e cultura da 
efusão. 
COMPLICAÇÕES 
- Intratemporais: ruptura da membrana 
timpânica, mastoidite, abscesso subperiosteal, 
labirintite infecciosa, timpanoesclerose, perda 
auditiva, paralisia facial 
- Intracranianas: meningite, empiena subdural, 
abscesso cerebral 
- Nas complicações lembrar que deverá ser 
encaminhado ao otorrino e a timpanocentese 
(com ou sem inserção de tubo de ventilação) 
deve ser realizada o mais precoce possível – 
aspirar a secreção e coletar cultura 
OTITE MÉDIA EXTERNA 
- Inflamação difusa do conduto auditivo externo 
(CAE), podendo atingir pavilhão e membrana 
timpânica 
- Mais frequente no verão, clima mais úmido 
- Remoção da camada lipídica de proteção, 
permite a entrada e proliferação de bactérias 
- Pseudomonas aeruginosa (38%), 
Staphylococcus epidermidis (9,1%), 
Staphylococcus aureus (7,8%) 
- Fatores associados: banho de piscina, mar, 
manipulação (cotonete, unha) 
- Diminuição do lúmem do CAE (edema) 
- Dor à palpação do tragus e à mastigação, 
hiperemia, otorreia 
clara/seropurulenta/cinzaesverdeada, 
descamação 
 
- Prurido, dor, plenitude auricular, perda 
auditiva 
TRATAMENTO 
- Antibiótico tópico - tratamento de escolha / 
associado ou não ao corticoide 
- (CIPROFLOXACINO + DEXAMETASONA) 
- Limpeza do CAE 
- Cuidados de ouvido seco + Não traumatizar 
- Analgésico / AINES 
- Antibiótico oral – em casos de extensão para 
além do CAE / DM / imunossuprimidos 
OTITE EXTERNA FÚNGICA – OTOMICOSE 
- Perda da camada protetora da pele do 
CAE/calor e umidade/trauma/DM/ 
imunossuprimidos 
- Aspergillus e Candida 
- Sinais e sintomas: prurido intenso, plenitude 
auricular, otorreia, otalgia. 
- CAE com hiperemia, micélios fúngicos, massa 
esbranquiçada 
TRATAMENTO 
- Remoção dos fungos com limpeza 
- Antifúngico tópico 
- Cuidados de ouvido seco 
OTITE EXTERNA CRÔNICA – ECZEMATOSA 
- Trauma crônico 
- Prurido, atrofia da pele do CAE, ressecamento, 
descamação 
- Hipertrofia da pele, obliteração do CAE 
SÍNDROMES VESTIBULARES AGUDAS 
VERTIGEM X TONTURA 
- Vertigem é a sensação ilusória de 
automovimento 
- Tontura é perturbação da orientação espacial, 
sem ilusão de movimento 
- Vertigem posicional: induzida por mudança de 
posição da cabeça no espaço 
CRISE LABIRÍNTICA X LABIRINTITE 
-Crise labiríntica: Sintomas vertiginosos agudos 
- Labirintite: processo inflamatório / infeccioso, 
é um subtipo de crise labiríntica 
TEMPO DE SINTOMA 
- Episódio isolado de vertigem 
- Vertigem recorrente 
- Sensação crônica de tontura ou desequilíbrio 
SINDROMES VESTIBULARES AGUDAS 
- AVC x neurite vestibular 
- Sinais de alerta: Desequilíbrio intenso, 
sintomas neurológicos, borramento visual 
PERIFÉRICO X CENTRAL 
- Sintomas 
- Quando iniciou 
- Intensidade 
- Frequência 
- Duração 
- Fatores que desencadeiam/agravam 
- Sintomas auditivos (perda auditiva/zumbido) 
- Horário preferencial/alimentação 
- Relacionado a mudança da posição da cabeça 
- Sintomas visuais/cefaleia/perda de 
consciência 
 - Déficits focais/alteração de demais pares 
cranianos 
EXAME FÍSICO OTONEUROLÓGICO 
- Romberg: O paciente é colocado em posição 
ortostática, com os calcanhares unidos e pontas 
dos pés separados em 30°, cabeça reta, braços 
ao longo do corpo na posição anatômica, olhos 
fechados (para inibir a visão) durante um minuto. 
O exame é considerado alterado se houver 
queda. 
- Fukuda: O teste é realizado sobre três círculos 
concêntricos desenhados no chão, cujos raios 
têm 0,5m de diferença entre si. Estes círculos 
são divididos em 12 partes iguais, por retas que 
cruzam o centro, formando um ângulo de 30°. O 
paciente marcha, elevando os joelhos 
aproximadamente 45° sem deslocar-se, 
executando 60 passos (um por segundo) com os 
braços estendidos e os olhos fechados. São 
considerados resultados patológicos se houver 
deslocamento maior do que 1m e/ou rotação 
superior a 30° 
- Pesquisa de Nistagmo Espontâneo e Semi 
Espontâneo 
- Head Impulse Test: Através de estímulos de 
movimentos na cabeça e dos olhos, identificamos 
repostas reflexas nos movimentos oculares, o 
chamado Reflexo Vestíbulo-Ocular (RVO), 
possibilitando assim estudar o funcionamento de 
porções específicas dos labirintos, os canais 
semicirculares. 
- Test of Skew: solicita-se ao paciente a manter 
os olhos abertos, na posição neutra e oclui-se os 
olhos alternadamente. Interpretação: nos casos 
periféricos, os olhos se mantêm na mesma 
posição, já nos casos centrais, pode-se ver o 
movimento ocular involuntário. 
*Lembrar de avaliar também os testes 
cerebelares 
PROVA DE ÍNDEX-NARIZ/ÍNDEX-
ÍNDEX/INDEX -JOELHO 
ÍNDEX-ÍNDEX 
Paciente realiza movimento de elevação e 
abaixamento dos braços, com os olhos fechados, 
usando os dedos do médico como referência. Se 
o paciente tocar o ponto de partida a prova é 
negativa. 
Índex-nariz: de braços estendidos ao lado do 
corpo, com os olhos fechados, o paciente deverá 
realizar manobras tocando com a ponta de seu 
indicador a ponta de seu nariz. 
Índex-joelho: com o indicador e os olhos 
fechados o paciente toca várias vezes o joelho. 
Quando a lesão é periférica, o desvio é 
harmonioso e só se verifica com os movimentos 
do mesmo lado. Nas patologias centrais e 
cerebelares os erros da manobra são na medida. 
DIADOCOCINESIA 
O paciente realiza movimentos repetitivos e 
alternados em pronação e supinação das mãos 
sobre os joelhos. Este teste estará alterado em 
patologias cerebelares. A incoordenação 
unilateral dos movimentos, nos diversos testes, 
sugere o comprometimento do hemisfério 
cerebelar homolateral enquanto a incoordenação 
bilateral pode ocorrer em afecções do vermis 
cerebelar, entretanto a frequência de 
normalidade é maior nestas condições. 
EXAMES DE IMAGEM 
- Tomografia baixa sensibilidade para fossa 
posterior 
- RNM falsos negativos / alto custo 
- 25% das síndromes vestibulares agudas podem 
representar um infarto de circulação posterior 
HINTS 
HI – impulso cefálico horizontal – AVALIA O 
RVO (Fixação ocular) 
N – pesquisa nistagmo semi espontâneo 
TS – Test of Skew – desvio ocular vertical 
CENTRAL 
HI: negativo (há fixação ocular) 
Nystagmus: características centrais, várias 
direções. Não suprime com a fixação ocular 
TS: refixação na cobertura alternada 
(estrabismo ou deslocamento vertical) 
TONTURA DE ORIGEM PERIFÉRICA 
SÍNDROME VESTIBULAR AGUDA 
NEURITE VESTIBULAR 
- Crise aguda de vertigem intensa 
- Duração de dias 
- Sintomas autonômicos (sudorese, vômitos, 
palidez) 
- Não há sintomas auditivos 
- Melhora lenta e gradual 
- Etiologia ainda desconhecida 
- Acometimento viral agudo nervo vestibular- Diagnóstico: anamnese e exame físico 
- Nistagmo Espontâneo / Semi Espontâneo 
- Head Impulse Test 
- Outros: VHIT 
PERIFÉRICO 
HI– alterado no lado acometido (sacada 
corretiva) 
N – presença de NE e NSE horizontal, com fase 
rápida batendo para o lado saudável 
TS –Test of Skew: sem alteração 
NEURITE VESTIBULAR – TRATAMENTO 
- Tranquilizar o paciente 
– Doença benigna e em geral, com bom 
prognóstico 
1. Corticoterapia (diminui a inflamação) 
2. Depressores do sistema labiríntico 
(dimenidrato, meclizina, flunarizina, cinarizina) 
3. Reabilitação Vestibular (compensação 
vestibular 
VESTIBULOPATIAS RECORRENTES 
VPPB (VERTIGEM POSTURAL PAROXÍSTICA 
BENIGNA) 
- Vertigem rotatória que surge com a mudança 
da posição cefálica 
- Duração de segundos a minutos 
- Associado a náusea / Vômitos 
- Recorrente 
- É a vestibulopatia mais comum !!! 
- Etiopatogenia: Otocônicas (cristais de 
carbonato de cálcio) desprendem da mácula 
- Principal canal acometido – Canal Semicircular 
Posterior (90%) 
- Diagnóstico é clínico, através das manobras de 
posição: 
1) Dix Hallpike: o paciente está inicialmente em 
posição sentada, com a cabeça rodada 
lateralmente (direita ou esquerda, conforme o 
lado a ser testado), em aproximadamente 45 
graus. Com o examinador segurando a cabeça do 
paciente, promove-se um brusco e rápido 
movimento de deitar, em decúbito dorsal 
horizontal. Ao ser deitado, por não haver uma 
fixação horizontal da cabeça, esta fica 
pendente para trás, em aproximadamente 30 
graus. O paciente fica imobilizado nessa posição, 
com os olhos abertos e olhar fixo. Nos 
portadores de VPPB, ocorre um evidente 
nistagmo, alguns segundos após o estímulo (com 
latência), que dura menos de 45 segundos 
(esgotável). *diagnóstico posterior * Haverá 
presença nistagmo torcional para cima no canal 
posterior!!, se for nistagmo para baixo, será de 
canal anterior! *nistagmo fadigável* 
2) Head Roll: deita-se o paciente em decúbito 
dorsal com a cabeça flexionada anteriormente 
em 30°, e a mesma é girada, com participação do 
paciente, para um dos lados e mantida nesta 
posição por até um minuto. Espera-se que ocorra 
um nistagmo horizontal, de latência menor e com 
menor propensão à fadiga, em virtude das 
otocônias se moverem dentro do canal. Na 
canalitíase do canal horizontal, o nistagmo é 
geotrópico ou bate em direção à orelha inferior, 
com fase rápida em direção ao centro da terra, 
fatigável, com duração menor do que 60 
segundos. Enquanto na cupulolitíase, ele é 
apogeotrópico ou em direção à orelha superior e 
persistente. Na canalitíase, a direção que causa 
maior intensidade desse nistagmo normalmente 
identifica o lado afetado. 
TRATAMENTO 
- Manobras de reposicionamento 
(Ex: Manobra de Epley para Canal Semicircular 
Posterior) 
OBS: PACIENTES DIABÉTICOS É MUITO 
DIFÍCIL TER RESULTADOS BONS SOMENTE 
COM UMA MANOBRA 
OBS: COMEÇA A MANOBRA COM O LADO 
CONTRÁRIO AO INCOMODO 
- Sintomáticos: Dramin / Meclin 
SÍNDROME DE MÉNIÈRE 
- Sintomas vestibulares + Sintomas auditivos 
(OUVIDO INTERNO) 
- Perda de audição flutuante + zumbido + 
sensação de plenitude auricular + vertigem 
- Doença de Ménière – Genetica? Vascular? 
Autoimune? Infecção / Hidropsia endolinfática 
- Síndrome de Ménière – Sintomas semelhantes 
ao da Doença de Ménière 
- Doença de Ménière X Síndrome de Ménière 
- Diagnóstico: Clínico 
- Exame complementar: Audiometria – perda 
neurossensorial na orelha afetada 
DIAGNÓSTICO 
Doença de Ménière Definida: Vertigem duração 
20 minutos à 12 horas + Sintomas auditivos 
flutuantes *zumbido, plenitude + documentação 
da perda auditiva 
Doença de Ménière Provável: Vertigem duração 
20 minutos à 24 horas + Sintomas auditivos 
flutuantes *zumbido, plenitude 
- Outro exame complementar: 
Eletrococleografia (EcochG) 
TRATAMENTO 
- Controle sintomático da vertigem! 
- Dieta: evitar doces, carboidratos, bebidas 
estimulantes, tabagismo, etilismo 
- Medicamentoso: Betaistina *ATUA NO 
EQUILIBRO ENTRE PERI E ENDOLINFA 
(tratamento de manutenção - uso crônico). 
Contra indicado em portadores de asma e úlcera 
péptica!!! 
- Cinarizina pode ser usado para abortar a crise, 
nunca uso crônico 
- Cirúrgico: Descompressão do saco 
endolinfático

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