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Direito e Responsabilidade Civil - Tarefa 02

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UCS – Universidade de Caxias do Sul 
Curso de bacharelado em Direito 
Disciplina: Direito Civil – Responsabilidade Civil 
Modalidade: EaD 
Profª. Ma. Michele Amaral Dill 
 
 
GABARITO TAREFA SEMANA 02 
 
Indicar e explicar sucintamente: 1) os elementos essenciais e os acidentais da 
responsabilidade civil; 2) os pressupostos da responsabilidade civil subjetiva e 
da objetiva. 
 
 
1) Os elementos referem-se aos requisitos necessários à caracterização da 
responsabilidade civil e se dividem em: essenciais e acidentais. 
 
 
a) ELEMENTOS ESSENCIAIS: 
 
 
a.1) CONDUTA: 
 
- Ação ou omissão: há um dever geral de abstenção para não turbar interesses 
alheios; mas, sob outra perspectiva, a omissão torna-se relevante quando há 
dever de agir para evitar um dano e, entretanto, o sujeito queda-se inerte. 
 
- Voluntariedade: não é mero reflexo, a vontade do agente contribuiu para 
consolidar a conduta e o resultado danoso. 
 
- Responsabilidade direta: por ato próprio 
 
- Responsabilidade indireta: por fato de outrem ou por fato da coisa. Neste 
caso, pune-se o sujeito que tinha um dever de vigilância sobre outra pessoa ou 
coisa e foi omisso em tal atribuição. Ex. responsabilidade civil do empregador 
pelos danos causados a terceiro pelo empregado, no exercício do trabalho que 
lhes competir ou em função em razão dele – art. 932, III, C.C/2002. 
 
 
 
a.2) NEXO DE CAUSALIDADE: 
 
- É a relação de causalidade que conecta a conduta ilícita ou lícita ao dano. O 
nexo causal diz respeito às condições mediante as quais o dano deve ser 
imputado à ação ou omissão de uma pessoa. Logo, não basta a existência de 
uma conduta ilícita ou lícita e de um dano, é necessário que entre eles haja uma 
relação de causa e efeito (direta e imediata). 
 
- Teorias: 
 
• Equivalência das causas: se várias condições concorrem para o mesmo 
resultado, todas tem o mesmo valor, não se questiona qual a causa mais 
eficaz para o evento danoso. O inconveniente é uma regressão infinita do 
nexo causal (ex.: nesta ótica até a mãe do infrator seria culpada por tê-lo 
gerado). É adotada pelo Código Penal, mas não recepcionada pelo 
Código Civil. 
• Causalidade adequada: a causa deve ser aquela apta a produção do 
resultado danoso, de forma que nem todas as condições que concorreram 
para o resultado são causas, será apenas a mais adequada para a 
produção do evento. Também não é a adotada pelo Código Civil. 
• Causalidade direta e imediata: constituirá o nexo causal a conduta que 
levar direta e imediatamente a caracterização do dano. É a teoria adotada 
pelo Código Civil, notadamente no art. 403. 
 
 
- Admite-se a ideia de concorrência de culpas para que cada um responda 
proporcionalmente, conforme art. 945, C.C/2002; 
 
- Admite-se a influência das concausas na apuração das responsabilidades. Elas 
podem ser preexistentes, supervenientes ou concomitantes (as concausas serão 
estudadas nas excludentes de responsabilidade civil, posteriormente); 
 
- Quando o nexo causal é rompido, ocorrem as chamadas excludentes de 
responsabilidade. 
 
 
 
a.3) DANO: 
 
- É a lesão a interesse/bem juridicamente tutelado (patrimônio, direitos da 
personalidade); 
 
- Pode ser patrimonial (dano material, lucros cessantes), extrapatrimonial (moral, 
estético, existencial, presumido, social, moral coletivo...) ou perda de chance. 
 
 
 
b) ELEMENTOS ACIDENTAIS: 
 
 
b.1) CULPA OU DOLO: 
 
- Elemento que identifica a intencionalidade do agente, seja em relação a 
conduta (culpa) ou ao resultado (dolo); 
 
- A distinção entre dolo e culpa tem mais relevância no âmbito penal do que no 
cível; 
 
- Trata-se de omissão em diligência exigível. Existe um dever de cuidado para 
evitar que se cause dano a outrem, logo, caso tal dano seja materializado, pode-
se dizer que houve uma conduta culposa. São elementos da culpa: 
 
• Conduta voluntária com resultado involuntário; 
• Previsão ou previsibilidade do dano; 
• Falta de cuidado, cautela, diligência ou atenção. 
 
- São modalidades da culpa: imprudência (ação positiva desatenta); imperícia 
(falta de técnica); e negligência (ação negativa que falta com dever de cuidado); 
 
- A ideia de ser a culpa um elemento acidental deve-se à classificação que 
distingue a responsabilidade objetiva (Teoria do Risco) da subjetiva (Teoria da 
Culpa). 
 
 
b.2) SANÇÃO: 
 
- É a indenização devida em decorrência do dano causado; 
 
- A indenização tem finalidade/função reparatória/compensatória, punitiva e 
preventiva (ou pedagógica); 
 
- Em regra ela é devida, salvo nas situações em que for comprovada excludente 
de responsabilidade. 
 
 
 
2) Quanto ao fundamento de imputação do dever de reparação, a 
responsabilidade civil pode ser classificada em subjetiva, fundada na Teoria da 
Culpa, ou objetiva, baseada na Teoria do Risco. 
 
 O Código Civil brasileiro atual, em seus artigos 186 e 927, caput, 
conservou a regra geral da responsabilidade civil subjetiva. O parágrafo único do 
art. 927, entretanto, prevê uma verdadeira cláusula penal geral ou aberta da 
responsabilidade civil objetiva. Inova o Código Civil no sentido de acolher a 
Teoria do Risco (Criado, Proveito, Profissional, Excepcional, Integral), ou seja, 
a obrigação de indenizar mesmo quando a conduta não é culposa/dolosa. 
 
Na responsabilidade civil subjetiva a culpa do agente é elemento 
essencial (ex. art. 28 da Lei de Registros Públicos – Lei nº. 6.015/73 – 
responsabilidade civil subjetiva dos notários e registradores); na objetiva não o 
é (ex. art. 37, § 6º da CF/88 – responsabilidade civil objetiva do Estado pelos 
danos causados pelos agentes públicos a terceiros). 
 
 
a) PRESSUPOSTOS A SEREM PROVADOS, CUMULATIVAMENTE, PELO 
AUTOR/VÍTIMA NA AÇÃO INDENIZATÓRIA PARA REPARAÇÃO DE DANOS 
NA RESPONSABILIDADE SUBJETIVA: 
 
• Conduta voluntária (ação ou omissão) do ofensor; 
• Dano(s); 
• Nexo causal entre conduta e dano(s); 
• Culpa ou dolo do agente. 
 
b) PRESSUPOSTOS A SEREM PROVADOS, CUMULATIVAMENTE, PELO 
AUTOR/VÍTIMA NA AÇÃO INDENIZATÓRIA PARA REPARAÇÃO DE DANOS 
NA RESPONSABILIDADE OBJETIVA: 
 
• Conduta voluntária (ação ou omissão) do ofensor; 
• Dano(s); 
• Nexo causal entre conduta e dano(s); 
• Atividade de risco ou previsão legal que indique a responsabilização 
independentemente de culpa. 
 
 
Logo, a responsabilidade civil objetiva independe da prova da culpa do 
agente, há verdadeira presunção da culpabilidade. Na responsabilidade civil 
subjetiva é fundamental a prova da culpa ou dolo do agente que praticou o ato. 
 
 
 
 
► A PERGUNTA QUE NÃO QUER CALAR: como identificar se a 
responsabilidade civil a ser imputada será na modalidade subjetiva ou objetiva? 
 
 A responsabilidade civil objetiva só poderá ser imputada nos casos em 
que a lei expressamente indicar (ex. art. 933, C.C/2002; art. 14 do CDC, art. 37, 
§ 6º da CF/88) ou quando a atividade praticada pelo agente causador do dano 
for reconhecidamente de risco para os direitos de outrem (trabalho em 
companhia de energia elétrica, energia nuclear, posto de combustível etc...); nos 
demais casos, a responsabilidade será subjetiva, nos termos do art. 927, caput, 
C.C/2002 (ex. responsabilidade civil por acidente de trânsito). Portanto, a 
responsabilidade civil subjetiva é residual, aplicando-se nos casos de danos 
decorrentes da prática de ato ilícito.

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