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Convite à Filosofia Enrico Berto Capítulo I – AS MOTIVAÇÕES 1. Motivações de tipo existencial Se referem ao sentido da existência humana, o que comumente se chama de sentido da vida. Essas são difundidas poque são percebidas pelos jovens, que ainda se encontram no limiar da própria vida e se perguntam como viver da melhor maneira, mas também são percebidas pelos mais velhos. “mas afinal o que estou fazendo neste mundo?” “Qual o propósito da minha vida?” “que lugar ocupa o homem no universo” Principais representantes: Plotino, Santo Agostinho, Pascal, Kierkegaard. 2. Motivações de tipo intelectual Em geral envolvem as pessoas que não têm os problemas de tipo existencial, ou os resolveram, e querem compreender bem como é que as coisas são na realidade, o que é verdadeiro e o que é falso, que critérios temos para encontrar uma verdade ou para descobrir um erro, o que significa “verdadeiro” e “falso”. Os que são movidos por essas motivações são em geral pessoas cultas, portanto não muito jovens, mas também não tão velhas. Veem na filosofia um percurso lógico e coerente para a análise de grandes problemas. Trata-se naturalmente de filosofias que dão pouco valor aos problemas existenciais, que exigem principalmente atenção, exatidão, rigor, raciocínio. Principais representantes: Wittgenstein, Frege, Ryle entre outros. 3. Motivações de tipo científico Essa motivação diz respeito a problemas levantados pela própria ciência, ou melhor, pelas ciências, às quais por enquanto a ciência não conseguiu dar uma resposta, mas não se descarta que possa dá-la no futuro. Relações entre o saber filosófico e as disciplinas de física, química [, biologia e outras Principais representantes: Karl Popper, Imre Lakatos, Paul Feyerabend e outros. 4. Motivações de tipo religioso Se referem à relação entre filosofia e religião ou entre filosofia e fé. É importante saber que a fé não é racionalmente demonstrável. O interesse do crente pela filosofia, está em uma eventual demonstração filosófica da existência de Deus, não porque essa venha a ser suficiente para crer, ou seja, possa substituir a fé, mas porque é necessária para que a fé seja possível, não seja absurda, insensata. 5. Motivações de tipo ético Perguntas como “Qual é a melhor forma de agir?”, “Um grupo pode determinar a vida ou a morte de alguém?” e outras deste tipo levam pessoa a procurar os filósofos por motivações éticas. Atualmente algumas discussões mais relevantes dentro da filosofia gira em torno do campo da bioética e da relação entre moralidade e economia. 6. Motivações de tipo político A necessidade de repensar os próprios conceitos de democracia, de liberdade, de direito, de justiça, de bem comum, conceitos sobre os quais a tradição filosófica ocidental durante muito tempo se apoiara e sobre os quais constitui uma fonte inexaurível de reflexões e de aprofundamentos. 7. Motivações de tipo cultural Por uma visão da vida e dos hábitos humanos em uma perspectiva histórica e reflexiva. A eles a filosofia se mostra como uma ferramenta para analisar o comportamento e a natureza do ser humano, seus símbolos e visões de mundo. Alguns querem conhecer os textos clássicos da filosofia.
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