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GÊNERO PSEUDOMONAS E BURKHOLDERIA - MICROBIOLOGIA VETERINÁRIA - VET140

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Gêneros Pseudomonas e 
Burkholderia 
ANA LUISA ARRABAL DE ALMEIDA – VET140
Gêneros Pseudomonas e 
Burkholderia 
-Antigamente eram agrupados na 
mesma espécie, já que tinham 
características fenotípicas 
semelhantes, mas não genéticas – foi 
mudado a taxonomia e esses grupos 
foram divididos. 
-Esses grupos são importantes porque 
estão envolvidos em doenças 
toxoalimentares (pseudomonas) e em 
uma zoonose de equinos denominada 
mormo (B. mallei). 
-Características gerais: 
• São bastonetes gram negativos; 
• São aeróbios restritos; 
• Maioria das espécies são catalase 
e oxidase positivo, móveis com um 
ou vários flagelos polares (exceto 
B. mallei, que é imóvel); 
• Maioria desses microrganismos 
não tem requerimentos especiais 
e crescem bem em ágar 
MacConkey. 
• B. mallei cresce melhor em 1% 
glicerol. 
 
Taxonomia de Pseudomonas e 
Burkholderia. 
-O gênero Burkholderia formou-se em 
1992 a partir da divisão do gênero 
Pseudomonas em decorrência da 
análise dos dados de RNAr. O RNA 
ribossômico é importante para 
identificação filogenética de bactérias. 
Habitat 
-São geralmente saprófitas; 
-Pseudomonas aeruginosa: o gênero 
Pseudomonas tem ocorrência mundial 
tanto na água como no solo. 
Pseudomonas aeruginosa também é 
encontrada na pele, nas membranas 
mucosas e nas fezes. 
-Burkholderia psedomallei: encontrada 
no solo, ocasionalmente infecta animais 
e humanos. Está amplamente 
distribuída em algumas regiões 
tropicais e subtropicais. Os equídeos 
infectados são reservatório de 
Burkolderia mallei. 
-P. fluorescens: é comum ser causadora 
de doenças em peixes, encontra-se em 
solo e água associada com alimentos. 
Fatores envolvidos na 
Patofisiologia 
-P. aeruginosa: 
• Proteases; 
• Hemolisinas (lesam membranas de 
eritrócitos); 
• Pili/ fímbrias (adesão) – medeia 
ligação com células do 
hospedeiro; 
• Cápsulas (fator de virulência 
para algumas bactérias); 
• Bacteriocinas (antibióticos que 
irão inibir outras bactérias); 
• Pigmentos (podem produzir 
quatro tipos de pigmentos que 
auxiliam na identificação 
bacteriana). 
 -Geralmente são microrganismos 
oportunistas e raramente agente 
primário (entrada após de um problema 
previamente instalado). 
-P. pseudomallei: 
• Fator letal (anticoagulante): 
toxina que estimula macrófagos a 
liberar citocinas. 
• Agente proteolítico necrosante 
da pele; 
-B. mallei: 
• Suspeita produção de toxinas: 
não tem ainda um estudo muito 
aprofundado. 
• Causa mormo dos equídeos e 
humanos – tem como 
características a formação de 
úlceras (no trato respiratório ou 
pele). 
Diagnóstico de Laboratório 
-É necessário cuidado com B. mallei e B. 
pseudomallei, já que são zoonoses. 
-Material a ser coletado: depende da 
lesão (pus, fezes, tecidos com lesões, 
sangue etc.) 
 -Microscopia direta: são 
bastonetes gram negativos de tamanho 
médio. Tem-se anticorpos contra esses 
agentes para ajudar na identificação. 
-Isolamento: de modo geral, não são 
fastidiosas (exigentes). Podem crescer 
em ágares: soja caseína (TSA), sangue e 
MacConkey – 37oC/ 24-48h. 
-Algumas cepas de B. mallei não 
crescem em ágar MacConkey, além de 
ter um maior crescimento 
(multiplicação) em 1% glicerol. 
 -Meio seletivo para B. mallei: 
1000 unidades de polimixina E, 1250 
unidades bacitracina e 0,25 mg de 
actidiona para 100 mL de TSA 
(trypticase soy agar). 
 -P. aeruginosa: pode crescer em 
ágar MacConkey, ágar verde brilhante, 
ágar XLD. 
Identificação – aspectos de 
colônias 
-P. aeruginosa: colônias com 3-4 mm, 
planas, azul-acinzentada: 
• Algumas cepas produzem zona de 
hemólise; 
 
• Há variações nas formas das 
colônias, podendo ser S 
(brilhantes e moles) e R (secas e 
granulosas); 
• Algumas cepas exibem um brilho 
metálico; 
• Em ágar MacConkey, são grandes, 
cor palha com pigmento azul 
esverdeado; 
 
P. aeruginosa em ágar MacConkey. 
-B. pseudomallei: colônias variam de 
lisas a mucoides e rugosas. 
 
• Forma lisa: colônias circulantes, 
pouco convexa, brilhantes e 
amarelo acinzentado; 
• Após vários dias, as colônias 
ficam com aspecto marrom 
amarelado, com odor de mofo e 
hemólise aparente; 
 
Obs.: o uso da lactose no ágar 
MacConkey tem como produto uma 
coloração rósea do meio. A 
impossibilidade de digerir lactose a faz 
digerir as pectonas – coloração 
amarelada. Sulfeto de hidrogênio: as 
que produzem tem um aspecto mais 
escuro na parte superior. 
• Crescem ágar MacConkey (utiliza 
lactose), não crescem em ágar SS 
(Salmonella Shigella) e ágar 
deoxicolato. 
 
 
Obs.: Mucoide é o aspecto de sorvete 
derretido. Pela mudança da aparência 
da colônia com o passar dos dias, é 
necessário acompanhar a evolução 
para identificação. 
-B. mallei: tem crescimento mais lento 
que P. aeruginosa e B. pseudomallei. 
• As colônias também mudam seu 
aspecto com o passar do tempo. 
Entre 24 e 48 horas, elas têm uma 
aparência lisa, cremosa e 
brancas, medindo entre 1-2 mm. 
 
• Depois são mais granulares, com 
uma coloração amarela ou 
marrom; 
• Há cepas dessa espécie que não 
crescem em ágar MacConkey. 
Pigmentos 
-P. aeruginosa: produz pigmentos 
difusíveis (tem capacidade de difundir 
em ágar), como: 
• Piocianina (verde azulado); 
• Pioverdina (amarelo-
esverdeado); 
• Piorubina (vermelho); 
• Piomelanina (marrom escuro). 
 
-A piorubina e piomelanina são menos 
produzidos e melhor visualizados em 
ágar nutriente inclinado, com o tempo 
em ambiente acima de 2 semanas de 
incubação. 
 
-Piocianina é importante ferramenta de 
diagnóstico, já que, dependendo do 
ágar em que a bactéria é incubada, 
pode ter alta produção de piocianina 
ou pioverdina: 
 
 
-Algumas cepas não produzem 
pigmentação, fator que dificulta a 
identificação. 
-Pioverdina: consegue ser vermelha em 
luz UV. 
Testes Imunológicos 
-Melioidose (causada por B. 
pseudomallei): a infecção geralmente é 
disseminada, onde desenvolve-se 
abcessos em muitos órgãos, incluindo 
pulmões, baço, fígado, articulações e 
SNC. Em equinos, a melioidose é 
semelhante ao mormo e comumente 
conhecida como pseudomormo. Além 
disso, é endêmica em regiões tropicais e 
subtropicais da Austrália e do sudeste 
da Ásia. Testes sorológicos apropriados 
incluem fixação de complemento (FC) e 
teste de aglutinação em lâmina com 
anti-soro específico para B. 
pseudomallei. 
-Mormo (causado por B. mallei): é 
também realizado fixação de 
complemento e teste de aglutinação 
para diagnóstico. O teste da maleína é 
um teste de campo eficiente tanto para 
confirmação como para triagem de 
animais que estiveram em contato. A 
maleína, uma glicoproteína extraída de 
B. mallei, é injetada intradermicamente 
(0,1 mL) logo abaixo da pálpebra 
inferior. Uma reação positiva é indicada 
por aumento de volume e descarga 
ocular mucopurulenta após 24 horas. 
 
Obs.: mudanças no Programa de 
Sanidade Equídea do MAPA alteraram a 
forma de diagnóstico de mormo – não 
se utiliza mais teste intrapalpebral. 
 
 
Teste de Susceptibilidade a 
Antibióticos 
-Pseudomonas aeruginosa é 
extremamente resistente a vários 
antibióticos, e testes de sensibilidade 
devem ser feitos nos isolado.

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