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Semiologia Cardiovascular: Inspeção: → Abaulamento precordial: Incidência tangencial: examinador em pé do lado direito do paciente. Frontal: examinador nos pés do paciente. → Causas: Aneurisma de aorta, cardiomegalia, derrame pericárdico, alterações a própria caixa torácica. Ventrículo direito perto da caixa torácica. Abaulamento: Crianças; parede é mais flexível. Hipertrofia do VD deformam o precórdio. Cardiopatias congênitas; Valvulopatia reumática. Abaulamento do D ou alteração osteomuscular? Impulso precordial: sensação de propulsão sobre o esterno na parede torácica anterior Paciente deve estar deitado, normalmente. Precórdio: região do coração. Palpação: Uma eminência tenar ou hipotenar; mão direcionada a base do coração; região paraesternal esquerda → ao longo do 5 EIE. Ponta do dedo indicador na região subxifoide, busca de aumento do VD. Como melhorar a sensibilidade? Paciente em decúbito lateral a 45°, braço esquerdo sobre a cabeça. Íctus > 3 cm, sensibilidade de 92% 3 cm discrimina entre o normal e aumentado. Inspeção/ Palpação; Íctus Cordis ou Choque da ponta: Localização; Extensão; Mobilidade; Intensidade Forma de impulsão; Ritmo e frequência. Palpação: Pico do choque da ponta do VE ocorre logo após a abertura da valva aorta. Íctus Cordis: Inspeção/ Palpação: Íctus Cordis ou Choque da ponta: Localização, extensão Mobilidade, intensidade, forma de impulsão, ritmo e frequência. Localização: Varia de acordo com o biotipo. Mediolíneos: cruzamento da linha médio esternal com 5° EIE. Brevilíneos: 2 cm para fora e para cima da linha médio esternal 4° EIE. Longilíneos: 1 a 2 cm para dentro linha médio esternal e 6 EIE. Obseidade, enfisema, musculatura desenvolvida. Íctus é invisível e impalpável. Deslocamento: Sinal de dilatação ou hipertrofia de VE. VD não repercute sobre o íctus. Extensão: Quantas polpas digitais são necessárias para cobrir o íctus? Normal: 1 a 2 polpas digitais. Hipertrofia: 3 polpas ou mais. Grandes dilatações pode abarcar toda a mão. Mobilidade: Paciente em decúbito dorsal Marcar o local do choque da ponta. Paciente em decúbito lateral E e D. Marcar choque de ponta nessas posições. Normal: deslocamento da ponta 1 a 2 cm. Sínfise pericárdicas: não há deslocamento. Sinal de Broadbent: pericardite considerável, há retração sistólica dos arcos costais na região axilar esquerda. Intensidade: Repousar a mão sobre o local do batimento. Forte: pessoas magras, emoções, exercício vigoroso, hipertireoidismos, HVE. Grande intensidade: Insuficiência aórtica. * Hipertrofia tem mais vigor que as dilatações. Íctus cordis difuso: Maior ou igual a 4 polpas. Melhor palpado na expiração. Simultaneamente com B3. Indica dilatação. Íctus cordis propulsivo: A mão que palpa é levantada a cada contração, dura além da segunda bulha, indica hipertrofia. Batimento ou movimentos: → Retração sistólica apical: Durante a sístole se percebe retração. Hipertrofia de VD. → Levantamento em massa: Movimento sistólico de grande área da parede torácica; hipertrofia de VD. → Choque valvar: Nas bulhas hipertróficas pode sentir-se choque de curta duração. P2 palpável (Estenose mitral), sinal de hipertensão pulmonar > 50. Frêmito Cardiovascular: Sensação tátil de vibrações do coração ou vasos (sopros de baixa frequência). Frêmito catário: sensação tátil de ronronar de gato. Localização: áreas de ausculta. Atuação no ciclo cardíaco: acompanhar íctus. Intensidade: de 1 a 4 cruzes. Semiologia das dilatações e hipertrofia: VD. Dilatado: Abaulamento precordial. Levantamento em massa. Retração sistólica da ponta. Pulsações epigástricas. HVE + DILATAÇÃO: Íctus deslocado ao 6°, 7° e 8° EIE até a linha axilar anterior. Vigoroso, propulsivo e difuso. Maior de 3 polpas. HVE SEM DILATAÇÃO: Íctus raramente ultrapassa 6° EIE, propulsivo. Não é difuso. Até 2 polpas. Estenose aórtica: Coloque a palma da mão em direção ao lado direito do pescoço. Estenose pulmonar: coloque a palma da mão em direção ao lado esquerdo do pescoço. Comunicação interventricular (CIV): terceiro e quarto espaços intercostais na borda esternal esquerda. Ausculta Cardíaca: Foco mitral: corresponde ao íctus cordis. 5° EIE na linha hemiclavicular. Cardiomegalia íctus desviado a linha axilar E. → Local de ausculta: A2, B3 e B4. Insuficiência mitral, estenose mitral. Insuficiência aórtica. Área tricúspide: Corresponde a base do apêndice xifoide. Local de ausculta: Estalido de abertura, galope ventricular direito. Galope atrial. Estenose e insuficiência tricúspide; Insuficiência pulmonar. CIV. Área aórtica; 2° EID justaesternal. Faixa larga que se curva para cima e direita do 3° EIE → Foco aórtico acessório: 3° e 4° EIE próximo ao esterno. Local de ejeção: A2 clique de ejeção; Estenose aórtica; Insuficiência aórtica. Área pulmonar: 2° EIE junto ao esterno. Local de ausculta: P2; som de ejeção pulmonar, estenose pulmonar, insuficiência pulmonar, estenose de ramo pulmonar. PCA. Passo a passo da ausculta (Harvey-Stapleton): Passo 1: Na área aórtica B2 é mais intensa que B1. B2 assinala o fim da sístole. Diástole segue o som mais intenso B2. Procurar sopros sistólicos de estenose. Procurar sopro diastólico de regurgitação. Usar diafragma do estetoscópio. Passo 2: Mover o esteto até o REE/ 2° ou 3° EIE Ouvir cuidadosamente os componentes de B2 Bloquear mentalmente os outros sons. Intensidade de B2, desdobramento, efeito da respiração. Procurar CIA Procurar sorpo sistólico de estenose pulmonar Procurar sopro de PCA. Procurar sopro de regurgitação pulmonar. Passo 3: Mover diafragma do esteto ao longo do REE até o 4° e 5° EIE. Foco aórtico acessório. Identificar a 2ª bulha e logo a 1ª bulha Procurar clique de ejeção aórtica. Procurar estalido de abertura mitral ou tricúspide Procurar sopros de estenose e regurgitação aórtica. Procurar sopros CIV. Passos 4 e 5: 4° Passo: na mesma área (REE, 4 e 5 EIE). Use a campânula com selo hermético de ar. Procurar galote atrial e ventricular do VD. Passo 5; Aplicar diafragma em região xifoesternal e auscultar B1 e B2. Procurar sopro de regurgitação tricúspide. Procurar estalido de abertura de estenose tricúspide ou mitral. Passo 6: identificar o íctus Aplicar diafragma e ouvir B1 e B2 Procurar estalido de abertura da estenose mitral. Procurar sopro de regurgitação mitral. Procurar sopro de regurgitação aórtico. Aplicar campânula: procurar B3 e B4. Procurar ruflar diastólico. Sentar paciente e inclinar para frente. Diafragma no REE no 3° e 4° EIE. Realizar valsalva. Procurar sopros de regurgitação aórtica e pulmonar. Sistemática a considerar na ausculta: Bulhas cardíacas → alterações das bulhas cardíacas → ritmo e frequência cardíaca → ritmos tríplices → cliques ou estalidos → sopros → Ruídos de pericardite → atrito pericárdico → rumor venoso. Bulhas Cardíacas: B1 = TUM. B2 = TÁ. Primeira Bulha (B1): Formada pelo fechamento de M e T. Componente M antecede T. B1 coincide com íctus e pulso carotídeo. Timbre grave. É mais longa que B2. Onomatopaica TUM Mais intensa no foco mitral. Segunda Bulha (B2). Vibrações de fechamento das valvas aórticas e pulmonares. A2 precede P2. Timbre agudo – TA – TLA desdobrado. Expiração: fechamento sincrônico forma ruído único. Inspiração há desdobramento fisiológico. A2 ouve-se em todo o precórdio e Apex. P2 ouve no foco pulmonar e REE. 2ª Bulha é mais intensa nos focos de base. 2ª Bulha em crianças mais intensas nos focos pulmonares e em adultos em foco aórtico; Desdobramento fisiológico: Expiração; A2 e P2 parecem ser únicos. Inspiração; desdobramento é evidente. Aumento do retorno venoso das câmaras direitas. Prolongamento da sístole de VD. Atraso no fechamento pulmonar. Aumento da capacitância do leito pulmonar. Atraso no retorno venoso para AE. Encurtamento da sístole de VE; Fechamento precoce da aorta. Terceira Bulha (B3) Ocorre na protodiástole e é de baixa frequência. Distensão da parede ventricular na fase de enchimento rápido. Quando crianças e em até 40 anos podeser fisiológica. Mias audível em área mitral em decúbito esquerdo; Quarta bulha (B4) Som débil Ocorre no fim da diástole. Brusca desaceleração do fluxo sanguíneo da contração atrial ao encontrar massa sanguínea do ventrículo. Palpação: pico do choque da ponta do VE; fechamento da valva aórtica (terminei a sístole), começa a diástole. Longilíneo – vertical. Brevilíneo – transversal. Deslocamento: quando tem problema no VE; Sinal de dilatação ou hipertrofia de VE. D não repercute sobre o íctus. Mobilidade: paciente em decúbito dorsal, marca o local de choque de ponta, paciente em decúbito lateral E e D. Marcar o choque de ponta nessas posições.