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Toda vez que ocorre uma agressão onde a célula é retirada do seu equilíbrio, pode ocorrer os processos de: A diferença de uma lesão reversível para uma irreversível é o tempo e a intensidade da agressão. Tipos de morte celular Autólise: Destruição feita pelas próprias enzimas lisossomais da própria célula. Alterações teciduais que acontecem após a morte do animal (post-mortem) Apenas o formal para o processo de autólise. Heterólise Enzimas extracelulares (inflamação) Depende de enzima de outras células. Ocorre numa inflamação em indivíduo. Enzimas digestivas dos neutrófilos não são especificas de bactérias, ou seja, acabam destruindo tecidos saudáveis. Característica dos processos inflamatórios. Apoptose Morte programada da célula também ante- mortem Não depende de fatores externos. Mecanismos internos que levam a célula a morte celular. No individuo vivo, em célula única não afeta as células próximas. Eliminação de células sem alterar a citoarquitetura e função do tecido onde ocorre. Ou seja, não interfere em nada nas células vizinhas. Mecanismo citológico e bioquímico altamente regulado e com agentes indutores específicos que culminam com a morte celular programada. Toda célula neoplásica, é uma célula mutante, então ocorre uma mutação genética (erro de pareamento de DNA). Existem mecanismos de reparos do DNA, feito pela proteína P53 que é expressa na célula responsável por corrigir essas mutações, após a correção, a célula volta ao seu funcionamento normal. Se a mutação for gigante e o P53 não conseguir fazer a correção, acaba desencadeando a apoptose da célula. A neoplasia só ocorre se a apoptose e a correção falharem. Exemplos: Involução de estruturas embrionárias: tudo o que desaparece durante o processo embrionário. Corpo lúteo: o que resta após a ovulação e começa a produzir progesterona para manter a gestação. Caso não ocorra gestação, tem a queda do LH e as células entram em apoptose. Renovação celular: células velhas vão morrendo e novas vão surgindo. Neoplasias: quando a mutação genética é muito grande e não consegue se manter viável e entra em apoptose Características microscópicas Condensação acentuada da cromatina (material genético da célula): O núcleo tem sua cromatina condensada, ela deixa de ficar espalhada e se condensa. Encolhimento da célula, acidofilia do citoplasma (HE): com redução do núcleo a célula também diminui Começa a ocorrer a fragmentação nuclear: a célula se fragmenta para que células vizinhas conseguirem fagocitar a célula que entrou em apoptose. Agressão Adaptação: recrutamento de fibras celulares e mantém sua hipertrofia Lesão reversível Morte celular: perda irreversível das atividades da célula como consequência, a incapacidade de manutenção da homeostasia. Formação de corpos apoptóticos: são os pedaços de células que se fragmentam Fagocitose por células v izinhas: células vizinhas retiram os fragmentos e continuam sua função, nada acontece com elas Necrose Alterações morfológicas da morte celular nos indivíduos vivos. (ante-mortem) Sequência de fenômenos que ocorrem após a morte celular em um organismo vivo Primeiras alterações de morte celular, são as bioquímicas, acabando ATP. Depois ocorre as alterações estruturais, ocorre o rompimento de mitocôndria, lisossomo. É preciso ter inflamação para retirar as células mortas A primeira coisa que ocorre na célula lesada, é a lesão reversível. Se a mitocôndria, material genético e o retículo endoplasmático rugoso forem lesados, ela passa a ser irreversível. (Morte celular - Necrose). As primeiras alterações da morte celular, são as alterações bioquímicas, depois ocorre as alterações estruturais. Ocorre alterações microscópicas, e depois as alterações macroscópicas. Dano mitocondrial: Redução de ATP Lesão dos lipídios, proteínas e DNA Com a célula morta, ocorre a entrada de cálcio na célula: Ele ativa várias enzimas celulares Lesão nas membranas: Perda dos componentes celulares na membrana plasmática Membrana dos lisossomos, ocorre a digestão enzimática dos componentes celulares Lesão nas proteínas e no DNA: Ocorre a ativação das proteínas apoptóticas Mecanismo de morte celular Diminuição de ATP • Hipoglicemia • Hipoxia Alteração na membrana celular • Cálcio intracitoplasmático • Radicais livres • Ativação do sistema complemento, destruindo o patógeno. • Enzima lipolíticos • Vírus: alguns vírus são capazes de matar células O excesso de cálcio pode causar a redução na produção de ATP, fosfolipídios, protease e endonucleares causando dano na cromatina nuclear. A redução de fosfolipídeos, ruptura da membrana e dos citoesqueletos das proteínas, causam danos na membrana celular Modificações celulares na necrose Picnose: • Condensação da cromatina por conta da necrose • Núcleo retraído, escurecido e arredondado Cariorrexe: • Rompimento do núcleo • Lesão na membrana nuclear • Fragmentos do núcleo são liberados para o citoplasma Cariólise: • Núcleo pálido até a dissolução da cromatina • Ausência nuclear Tipos de necrose Coagulação Necrose isquêmica Causada pela hipoxia ou hipoglicemia, falta oxigênio na célula morre. Acontece em todos os tecidos Promove coagulação das proteínas celulares. Ex.: infarto é uma área onde ocorre uma obstrução arterial. Acontece em diversas partes do corpo, coração, baço, neoplasias... Choque: condição sistema de hipoxia generalizada, vasodilatação, deixando de chegar oxigênio nos principais órgãos. Macroscopia: • Pálido ou amarelado • Os limites da área necrosada são bem demarcados. Microscopia: • Arcabouço celular • Perda do núcleo Sempre ocorre um processo inflamatório periférica para retirar as células mortes, e após isso, quando o infarto é resolvido, vira uma cicatriz. Liquefação Enzimas hidrolíticas (lisossômicas) com ação rápida e dissolução total do tecido, ele deixa de ser solido e passa a ser líquido ou pastoso. Tecido cerebral: rico em lipídios e pobre em proteínas, muitas membranas e pouco tecido conjuntivo. Formação de pseudocistos Outra causa: bactérias pirogênicas (pus, abscesso, flegmão ou empiema) – enzimas lisossômicas liberadas pelas bactérias. Macroscopia Consistência amolecida Liquefeito Microscopia Destruição total do tecido Leucoencefalomátcia Doença fúngica. Normalmente ocorre pela ingestão de ração contaminada pelo fungo. Caseosa – caseificação Conversão de células mortas em massa grosseira e friável. Característica da tuberculose: Mycobacterium sp Bactérias Piogenicas, causam exsudato purulento tem alta capacidade de digestão do tecido, destruindo o tecido. Já nas bactérias não piogenicas que formam o caseo, destroem o tecido, mas não completamente. Cápsula do bacilo possui lipopolissacárideos que inibem enzimas proteolítica, destruindo uma parte da célula – aspecto caseoso. Pneumonia granulomatosa Reação inflamatória granulomatosa: macrófagos, linfócitos e células gigantes (granuloma) Outras etiologias: Corynecaterium (ovinos); fungos Ziehl-Neelsen é o melhor corante para identificar os bacilos. Macroscopia Semelhantes ao queijo branco. Massa amorfa, friável Esbranquiçada e pastosa Sem brilho e seca Microscopia Massa amorfa eosinofílica Restos de núcleos fragmentados e perda de contorno celular. Gordurosa Esteatonecrose (morte celular) esteatose (acúmulo de gordura, triglicerídeo no interior das células, nos hepatócitos, é uma lesão reversível). Necrose gordurosa enzimática: ação das enzimas pancreáticas. Pancreatite aguda ou tumores pancreáticos (destruição dosácidos pancreáticos) e destruição de gordura adjacente ao pâncreas (ação das lipases) Ativação das enzimas é decorrente de um processo inflamatório. Quando ocorre um processo inflamatório no pâncreas, ocorre a ativação dessas enzimas no parênquima pancreática, causando necrose no pâncreas e no tecido adiposo próximo ao pâncreas Necrose gordurosa traumática Traumas no tecido adiposo (animais obesos ou bovinos durante o transporte) lipases do adipócito lesado Necrose é fagocitada por macrófagos dando origem a cicatriz Células gigantes: vários macrófagos que se unem para formar uma célula com maior poder fagocitário. Granuloma é uma inflamação crônica, porém é criado uma barreira de células inflamatórias, onde fica delimitado a área Protease: destruição de proteínas Lipases: destruição de gordura Amilase Para evitar que essas enzimas destruam o pâncreas, elas ficam inativas em forma de vesículas e são ativadas quando chegam na luz intestinal Quando ocorre um trauma, tem a liberação das lipases no tecido adiposo, causando uma necrose neste tecido. Macroscopia Pingos de vela, gordura esbranquiçada e firme Microscopia Células gordurosas necrosadas Sem contornos definidos Rodeada por inflamação Grangenosa Gangrena úmida • Área de necrose de coagulação + bactérias e leucócitos • Membros: tromboses, traumatismos • Clostridioses (bactérias anaeróbicas) Grangenosa seca: • Isquemia, mumificação (desidratação), cordão umbilical Evolução das necroses Absorção Drenagem Cicatrização Calcificação Calcificação Encistamento Ulceração Necrose X Apoptose Característica Necrose Apoptose Distribuição Várias células Células isoladas Tamanho e forma da célula Edemaciada Diminuída Morfologia nuclear Lise Fragmentação Membrana Citoplasmática Lesada Intacta Citoplasma Extravasa conteúdo Corpos apoptóticos Inflamação Presente Ausente
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