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PROCESSO CIVIL III ESTUDO DA TEORIA GERAL DA EXECUÇÃO CIVIL - Requisitos necessários para realizar qualquer exe cução: - Título executivo que contenha obrigação certa, líquida e exigível Título executivo é um documento indicado em lei como portador do efeito de tornar adequada a tutela executiva para satisfazer o direito a que se refere. - Exigindo a lei que exista título executivo para que isto ocorra, protege-se o devedor, que só poderá ter seu patrimônio agredido se o credor apresentar um título executivo. - Atenção: não basta o documento ser considerado um título executivo. Ele tem que conter, de forma escrita, uma obrigação certa , líquida e exigível para viabilizar a execução forçada e satisfazer o credor. Certeza : É a própria existência e definição da prestação (de dar, fazer ou não fazer) que se quer ver realizada Liquidez : A liquidez diz respeito à extensão e à determinação do objeto da prestação. É a exata definição daquilo que é devido e de sua quantidade. Atenção: A necessidade de simples operações aritméticas (por exemplo: cálculo de juros e correção monetária) para apurar o crédito exequendo não retira a liquidez da obrigação constante do título Exigibilidade : há exigibilidade quando o seu pagamento não depende de termo ou condição e nem sujeito a outras limitações Há duas espécies de título executivo : a) o judicial formado mediante atuação jurisdicional (ex. sentença) e b) o extrajudicial que é formado por ato de vontade das partes envolvidas na relação jurídica de direito material (ou somente de uma delas, o devedor) Curiosidade: A existência de título executivo extrajudicial não impede a parte de optar pelo processo de conhecimento, a fim de obter o título executivo judicial. Veja o que o CPC diz: Art. 784. São títulos executivos extrajudiciais : I - a letra de câmbio, a nota promissória, a duplicata, a debênture e o cheque; II - a escritura pública ou outro documento público assinado pelo devedor ; Documento só assinado pelo credor não é título executivo III - o documento particular assinado pelo devedor e por 2 (duas) testemunhas; IV - o instrumento de transação referendado pelo Ministério Público, pela Defensoria Pública, pela Advocacia Pública, pelos advogados dos transatores ou por conciliador ou mediador credenciado por tribunal; V - o contrato garantido por hipoteca, penhor, anticrese ou outro direito real de garantia e aquele garantido por caução; VI - o contrato de seguro de vida em caso de morte ; Atenção: seguro de veículo não é título executivo VII - o crédito decorrente de foro e laudêmio; VIII - o crédito, documentalmente comprovado , decorrente de aluguel de imóvel, bem como de encargos acessórios, tais como taxas e despesas de condomínio; IX - a certidão de dívida ativa (CDA) da Fazenda Pública da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, correspondente aos créditos inscritos na forma da lei; X - o crédito referente às contribuições ordinárias ou extraordinárias de condomínio edilício, previstas na respectiva convenção ou aprovadas em assembleia geral, desde que documentalmente comprovadas ; XI - a certidão expedida por serventia notarial ou de registro relativa a valores de emolumentos e demais despesas devidas pelos atos por ela praticados, fixados nas tabelas estabelecidas em lei; XII - todos os demais títulos aos quais, por disposição expressa, a lei atribuir força executiva. Teste seu conhecimento Sobre Título Executivo, identifique como verdadeiras (V) ou falsas (F) as seguintes afirmativas: ( ) Título executivo é o ato jurídico que a lei qualificar como tal. ( ) As partes não estão autorizadas a negocialmente criar novas hipóteses de título executivo. ( ) Título executivo é instituto do âmbito do direito material. ( ) Os títulos executivos podem ser judiciais ou extrajudiciais. Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta, de cima para baixo. a) V – F – V – F. b) F – F – F – V. c) V – V – F – V. d) F – F – V – V. e) V – V – V – F. Não constitui título executivo extrajudicial: a) a letra de câmbio e a duplicata. b) escritura pública assinada pelo devedor. c) a sentença judicial condenatória transitada em julgado. d) o documento particular assinado pelo devedor e por duas testemunhas. O CPC considera título executivo extrajudicial: I o instrumento de transação referendado por conciliador credenciado por tribunal, após homologação pelo juiz. II o contrato celebrado por instrumento particular, garantido por direito real de garantia, independentemente de ter sido assinado por duas testemunhas. III escritura pública assinada pelo credor e por duas testemunhas. IV o crédito de contribuição extraordinária de condomínio edilício, aprovada em assembleia geral e documentalmente comprovada. Estão certos apenas os itens a) I e III. b) I e IV. c) II e IV. d) I, II e III. e) II, III e IV.
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