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MARIANA MARQUES – T29 INTRODUÇÃO • O ciclo menstrual é um processo fisiológico que ocorre durante a idade reprodutiva da mulher e resulta na extrusão de um óvulo e no preparo do endométrio para a implantação embrionária. • O comportamento do ciclo é determinado por hormônios (ação autócrina e parácrina), e neurotransmissores, que atuam como inibidores ou estimuladores dessa secreção hormonal. EIXO CÓRTEX-HIPOTÁLAMO-HIPÓFISE-OVÁRIO • Consiste no centro responsável pela regulação do sistema reprodutor feminino. • Possui como principais funções: o desenvolvimento e manutenção dos caracteres sexuais secundários, garantia da ovulação e a garantia de condições adequadas para a implantação do embrião e desenvolvimento do feto. • É estimulado através de feedback negativo ou positivo pelos hormônios ovarianos, gonadotrofinas e GnRH. • A produção hormonal ovariana depende de duas estruturas que atuam em diferentes fases do ciclo: ➔ Folículo: sintetiza estrogênios através da testosterona (fase pré-ovulatória). ➔ Corpo lúteo: fabrica estrogênios e progesterona a partir do colesterol. • FSH: faz a maturação folicular, a produção de estradiol e receptores de LH no folículo. • LH: desencadeia a ovulação e estimula a síntese de precursores androgênicos pelas células tecais e de progesterona e estradiol pelo corpo lúteo • Quando a gravidez não acontece, há queda nos níveis de estrogênio e de progesterona ocasionando a menstruação. MENSTRUAÇÃO • Descamação do endométrio, é necessário possuir útero e vagina para ocorrência. ESTEROIDOGÊNESE: • Local de produção: ovários e glândulas supra renais (realizam a quebra do colesterol para a formação dos esteróis). • A presença de colesterol é indispensável para a produção desses esteróis. • Existe um valor mínimo de massa gorda necessário para produzir colesterol e possibilitar a ocorrência da ovulação: 22% - um valor inferior a esse pode causar a síndrome da mulher atleta. Observação: Síndrome da mulher atleta - baixa porcentagem de gordura corporal → produção ineficiente de colesterol → mulher entra em amenorreia → não faz produção de estrogênio → ausência da ovulação → irregularidade na regulação do cálcio para dentro dos ossos → osteoporose. PRODUÇÃO DE TESTOSTERONA: • A testosterona é produzida nos ovários e na glândula supra renal, sendo responsável pelo crescimento de pelos e pela libido. • O colesterol perde átomos de carbono, formando a pregnenolona, a qual formará progesterona que após perder mais um carbono forma a testosterona. Fisiologia do ciclo menstrual MARIANA MARQUES – T29 MENACME • Consiste no período reprodutivo da mulher, que se inicia na menarca e termina na menopausa. • No menacme ocorre a foliculogênese, com formação de alguns folículos dentre os quais o organismo seleciona 8 a 10 folículos por mês – reprodutores. FOLICULOGÊNESE: • Processo de formação, crescimento e maturação folicular, iniciando-se com a formação do folículo primordial e finalizando com o folículo dominante. • O folículo dominante (possui líquido na sua região antral), participará do fenômeno da ovulação. • Folículo que ovulou se transforma em corpo lúteo, que vai produzir progesterona = fase lútea. FASE LÚTEA: • Quando liberado o oócito, a estrutura dominante passa a se chamar corpo lúteo. • O aumento da vascularização local favorece o aporte de colesterol, importante para síntese de progesterona. • O funcionamento lúteo requer um estímulo apropriado de FSH e LH, resultando em síntese e secreção adequada de estradiol e progesterona. • O estrógeno da fase lútea influência nas alterações induzidas pela progesterona no endométrio após a ovulação. • O LH é elevado no início da fase lútea e diminui gradativamente até valores baixos na fase lútea tardia. • Em caso de gravidez, o hCG mantém o funcionamento do corpo lúteo até que a esteroidogênese placentária se estabelece plenamente (mantém a produção de progesterona). • Quando a gravidez não acontece, os níveis de estrogênios e de progesterona caem, devido a atrofia do corpo lúteo, ocasionando a perda menstrual. • O método contraceptivo combinado: progesterona + estrógeno, faz com que a hipófise entenda que não precisa do GnRH, FSH, LH, assim, não acontece a ovulação. ENDOMÉTRIO • É o tecido que reveste a parte interna do útero e que durante todo o ciclo menstrual passa por fases e diferentes espessuras. • Possui uma camada funcional (camada que descama e sai na menstruação – responde aos hormônios) e uma camada basal (é uma camada fixa, responsável pela produção de uma nova camada funcional após sua eliminação na menstruação – responde muito pouco à estímulos hormonais). FASES DO CICLO ENDOMETRIAL: FASE PROLIFERATIVA: • Quando o endométrio está com a menor espessura e totalmente descamado. • Essa fase coincide com o fim da menstruação e é o momento em que o estrogênio libera células que aumentam sua espessura. FASE SECRETORA: • Ocorre durante o período fértil. • Os hormônios progesterona e estrogênio preparam o endométrio, tornando o útero um ambiente mais favorável à fixação e sustento do embrião. • É a fase em que o endométrio fica mais espesso. FASE MENSTRUAL: • Ocorre apenas se não houver fecundação ou se o embrião não conseguir ficar dentro do endométrio. • Conforme os níveis hormonais caem, o endométrio passa a ser menos irrigado e torna-se menos espesso, fazendo com que ocorra a descamação (parte funcional do endométrio solta-se da parede do útero gerando o sangramento menstrual). REPARO E REMODELAMENTO: • Fase proliferativa inicial: reepitelização através das células tronco glandulares e MET (transforma células estromais, impedindo a fibrose ou cicatriz pelo endométrio). • Menstruação retrógrada com células-tronco e aderência e fibrose por falta de MET
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