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CURSO: DIREITO SEMESTRE 2022.2 PROFª ROBERTA BORGES O CPC atual, de forma mais técnica que o de 1973, não trata dos procedimentos especiais em Livro próprio, mas como um Título específico do Livro do Processo de Conhecimento e Cumprimento de Sentença (Título III do Livro I da Parte Especial); O CPC previu dois tipos de processo: o de conhecimento e o de execução; o primeiro pode seguir pelo procedimento comum ou especial; Todos os processos a que a lei não atribua procedimento especial obedecem ao procedimento comum. O que isso quer dizer? Introdução Questionamento 1: Qual a razão utilizada pelo legislador para atribuir a determinado tipo de ação um processo de procedimento especial? Questionamento 2: O processo é um fim em si mesmo? Introdução As peculiaridades de cada um dos procedimentos especiais só poderão ser explicadas se a gente levar em consideração o próprio direito material que está sendo discutido e a proteção jurídica que a lei lhe atribui; Exemplos: As ações possessórias são dotadas da possibilidade de pedido liminar, porque a lei civil estabelece que aquele que foi esbulhado ou está sendo turbado na sua posse, há menos de ano e dia, tem o direito de reaver ou manter a coisa desde logo, o quanto antes, o mais rápido possível; Introdução O procedimento da consignação em pagamento também é diferenciado, porque leva em conta as peculiaridades do direito material, a título de exemplo: Há necessidade de que haja a oferta do valor que se quer pagar, com o depósito bancário ou judicial da quantia; Em caso de dúvida sobre a quem deva ser feito o pagamento, o procedimento da consignação tem particularidades que correspondem às necessidades do caso. Introdução Em resumo inicial, o legislador procura adequar o procedimento ao tipo de tutela que se pretende obter. O título do CPC que cuida dos procedimentos especiais divide-os entre aqueles de jurisdição contenciosa e os de jurisdição voluntária, vamos começar nossos estudos pelos de jurisdição contenciosa, que é a ordem estabelecida na lei processual. Introdução Sendo a consignação uma forma especial de pagamento, qual a sua finalidade e, para que esta seja atingida, de que depende? Há situações nas quais, para que o devedor consiga desonerar-se da obrigação, e para que evite fazer o pagamento à pessoa errada, deverá valer-se da consignação, efetuando o depósito judicial ou em estabelecimento bancário da coisa devida. Da ação de consignação em pagamento Exemplos: Há casos em que o credor, por motivos ilegítimos, se recusa a receber o pagamento, por exemplo, impedindo o devedor de cumprir sua obrigação e desonerar-se, o que afasta os efeitos da mora do devedor; Ocorrem ainda situações em que o devedor passa a ter fundada dúvida sobre quem deva receber o pagamento, porque duas ou mais pessoas reclamam esse direito, ou porque as circunstâncias tornam custosa a identificação do credor. Da ação de consignação em pagamento O art. 335 do Código Civil estabelece hipóteses de pagamento por consignação; Questionamento: O rol do art. 335 do Código Civil é taxativo ou exemplificativo? Vejamos a literalidade do dispositivo legal, tecendo alguns comentários que deverão anotados pelos alunos para fins de entendimento e estudo. Da ação de consignação em pagamento Questionamento: Em síntese, o que justifica a consignação? Questionamento: Em que consiste o pagamento por consignação? Questionamento: A consignação se restringe às obrigações em dinheiro? Questionamento: É possível consignar obrigações de fazer ou não fazer? Da ação de consignação em pagamento Comentários importantes a respeito do art. 335, I, do CC: CC, art. 335, I – A consignação por recusa do credor em receber cabe enquanto o pagamento ainda lhe for útil; Questionamento: Mesmo aquele que está em mora pode obter a extinção da obrigação, por consignação em pagamento? Se o cumprimento da obrigação não for mais útil ao credor, se este já tiver demandado o devedor em razão daquela dívida, ou se já tiver ajuizado a ação postulando a rescisão do contrato em virtude do inadimplemento, não terá o devedor oportunidade para purgar a mora, salvo expressa previsão legal, como nas ações de despejo por falta de pagamento; Questionamento: Se o devedor não paga na data aprazada, o credor pode recusar o pagamento? Da ação de consignação em pagamento Como frequentemente a recusa do credor deriva da insuficiência do depósito, cumpre saber qual é o montante exato da dívida. Surgem, então, questões prejudiciais a respeito da validade de cláusulas contratuais, mormente daquelas que imponham encargos, juros ou multa; Nesses casos, o devedor fica impedido de ajuizar a consignatória? Como deve atuar o juiz? Sendo cabível a ação de consignação, é admitida a dilação probatória? Da ação de consignação em pagamento Nesse sentido, já foi decidido: “O pedido, na consignatória, será sempre de liberação da dívida. Para isso decidir, entretanto, haverá o juiz de examinar quantas questões sejam colocadas, para que possa verificar se o depósito é integral. Nada impede que a controvérsia abranja temas de alta indagação, pertinentes a matéria de fato, ou a interpretação de cláusulas contratuais ou normais legais” (RSTJ, 19:520); Da ação de consignação em pagamento o No mesmo sentido, já se decidiu que: “Conquanto meramente liberatória a pretensão deduzida na consignação em pagamento, ao Judiciário impõe-se a apreciação incidental de todas as questões que se mostrem relevantes à sua solução, para aferir-se o quantum realmente devido e estabelecer correspondência com o valor depositado, restringindo-se o provimento judicial, contudo, à declaração de liberação de dívida” (RSTJ, 46:282). Da ação de consignação em pagamento PROCEDIMENTO Podem ser identificados três procedimentos distintos para a ação de consignação em pagamento, todos eles especiais. A adoção de um ou outro dependerá da causa da consignação, vejamos cada um deles: Da ação de consignação em pagamento Consignação fundada na recusa em receber - hipóteses do art. 335, I a III, do CC Petição inicial: Quando a dívida for portável, incumbe ao devedor procurar o credor para fazer o pagamento – nesse caso, caberá a consignação se houver recusa do credor em receber ou dar quitação; Quando a dívida for quesível, a obrigação é do credor procurar o devedor para receber o pagamento – nesse caso, caberá a consignação se ele não buscar ou mandar buscar o pagamento; Cabe, ainda, a consignação quando o credor for desconhecido, ou estiver em local ignorado ou de difícil ou perigoso acesso; Da ação de consignação em pagamento Legitimidade ativa para a propositura da ação de consignação em pagamento – CPC, art. 539; Questionamentos: A priori, quem é o legitimado ativo para ajuizar a consignatória? Sendo incapaz o devedor, com proceder regularmente ao ajuizamento da ação? Caso o devedor faleça, quem passa a ter legitimidade? Terceiros, interessados ou não interessados no pagamento da dívida, podem ser considerados legitimados? CC, art. 304, parágrafo único. Da ação de consignação em pagamento Nesse sentido, a lição de Adroaldo Furtado Fabrício, para quem “o terceiro desinteressado admitido não só ao pagamento, mas também ao emprego daqueles meios (um dos quais a consignação), é apenas aquele que oferece pagamento em nome e por conta do devedor. Aí se compreendem situações como a do procurador, gestor de negócios, preposto ou quem quer que pague em lugar do devedor, como se este mesmo fosse.” Da ação de consignação em pagamento Legitimidade passiva para a propositura da ação de consignação em pagamento Questionamento: Quem é o legitimado passivo da consignatória? OBSERVAÇÃO IMPORTANTE: A consignação, quando desconhecido o credor, não se confunde com a fundada em dúvida sobre a titularidade do crédito. No primeiro, não se sabe quem é o credor; no segundo, existe dúvida entre dois ou mais potenciais credores, cuja identidade é conhecida, e que disputam a titularidade do crédito. Sendo incerto o credor, a petição inicial não precisará indicar-lhe o nome ou a qualificação, e a citação será feita por edital, na forma do art. 256, I, do CPC. Da ação de consignação em pagamento Competência A competência variará conforme a natureza da dívida: Sendo esta portável, a ação deve ser proposta no foro do lugar do pagamento, nos termos do art. 337 do Código Civil e do art. 540 do CPC. Trata-se de competência relativa, portanto, admite a eleição de foro. Caso não haja foro de eleição, nem tenha sido estabelecido o local de pagamento, prevalecerá a regra geral de competência para as ações pessoais, devendo a demanda ser aforada no foro do domicílio do réu; Já se a dívida for quesível, o foro competente é o do domicílio do autor-devedor, pois, é direito do devedor entregar o pagamento em seu domicílio. Da ação de consignação em pagamento Há consignação judicial e extrajudicial O depósito extrajudicial, previsto no art. 334, do CC, é uma opção do devedor (forma de pagamento que independe de processo), que poderá preferir, desde logo, o judicial; OBS.: Há uma situação em que a consignação forçosamente será extrajudicial; é aquela de que trata a Lei n. 6.766, de 19-12-1979, nos arts. 33 e 38, § 1º, sobre prestações referentes a compromisso de compra e venda de lote urbano. Da ação de consignação em pagamento Questionamentos acerca da consignatória extrajudicial: É admitida a consignatória extrajudicial para o depósito de coisas? Onde deve ser realizada? Por que meio de comunicação o credor deve ser cientificado e qual o prazo para que manifeste sua eventual recusa? (CPC, art. 539, § 1º); Caso o interessado na realização do depósito extrajudicial desconheça quem seja o credor, tenha dúvida quanto à titularidade do crédito (quem deva legitimamente receber), ou quando penda litígio a respeito da prestação devida (CPC, art. 240), o depósito extrajudicial é cabível? Da ação de consignação em pagamento Novidade mais relevante trazida pelo CPC/2015 – art. 539, § 2°: o prazo de dez dias que tem o credor para manifestar sua oposição (recusar a consignação) tem como termo inicial de contagem o retorno do aviso de recebimento (documento que deve ser entregue pessoalmente e assinado pelo destinatário), e não o momento em que ele recebe a carta do devedor. Da ação de consignação em pagamento Questionamentos: O que deve conter a carta de cientificação ao credor e, sendo o caso, de que forma ele deve manifestar sua recusa em aceitar o depósito? Se não houver recusa do credor, ou se ela for intempestiva, contado o prazo do retorno do aviso de recebimento, qual a consequência? Da ação de consignação em pagamento Ocorrendo a recusa tempestiva, ou seja, manifestada no prazo oportuno ao estabelecimento bancário, o devedor ou o terceiro legitimado a efetuar a consignação proporá, no prazo de um mês, a ação de consignação em pagamento, instruindo a petição inicial com prova do depósito e da recusa do credor (CPC, art. 539, § 3º); A recusa do credor, dirigida ao estabelecimento bancário, deve ser motivada? ATENÇÃO: O prazo de um mês correrá da data em que o estabelecimento bancário a quem o credor comunicou a sua recusa dela cientificar o devedor depositante. A letra do § 3º, do art. 539, do CPC, pode trazer a falsa impressão de que o prazo de um mês corre da recusa. Da ação de consignação em pagamento Quais as consequências de a ação consignatória não ser ajuizada pelo devedor no prazo estabelecido no art. 539, § 3°, do CPC? (CPC, art. 539, §4°); Caso não ajuize a ação no referido prazo, ficará o devedor impedido de ajuizar uma nova consignatória? Da ação de consignação em pagamento Petição Inicial A petição inicial deve preencher todos os requisitos do art. 319, do CPC; É preciso que o devedor indique qual o objeto do pagamento, declinando o valor da obrigação, os encargos acrescidos e o tempo, o modo e as condições do pagamento; sendo indispensável que ele demonstre como chegou ao valor que está sendo ofertado e aponte a recusa do credor em receber ou em mandar buscar o pagamento; Da ação de consignação em pagamento É preciso, ainda, que o autor requeira, na petição inicial, a citação do réu para levantar o depósito ou oferecer contestação, bem como, o depósito da quantia ou da coisa devida, que deverá ser efetivado no prazo de cinco dias, a contar do recebimento da petição inicial, salvo se o valor tiver sido depositado previamente em estabelecimento bancário; Lembrar que, se o devedor já estava em mora quando consignou, é preciso, para que o depósito tenha efeito liberatório, que venha acrescido de correção monetária, juros de mora até a data do depósito e eventual cláusula penal; Qual a consequência processual para o caso de o devedor não efetuar o depósito extrajudicial, nem o judicial no prazo de cinco dias? CPC, art. 542, parágrafo único. Da ação de consignação em pagamento O pedido consignatório pode ser cumulado com outros, desde que observados os requisitos do art. 327 do CPC; têm sido bastante comuns as ações de consignação com pedido indenizatório cumulado, pois, inexiste empecilho para esse tipo de cumulação, porque a consignação, após a resposta do réu, segue o procedimento comum; Há duas situações peculiares que são tratadas especificamente pela lei processual, e que têm relevância na elaboração da petição inicial, vejamos: Da ação de consignação em pagamento A primeira delas é a mencionada no art. 543, do CPC (trata-se da obrigação de dar coisa incerta, não determinada em princípio, mas determinável, valendo a regra para as obrigações genéricas e para as alternativas), in litteris: “Se o objeto da prestação for coisa indeterminada e a escolha couber ao credor, será este citado para exercer o direito dentro de cinco dias, se outro prazo não constar da lei ou do contrato, ou para aceitar que o devedor a faça, devendo o juiz, ao despachar a petição inicial, fixar lugar, dia e hora em que se fará a entrega, sob pena de depósito”. Da ação de consignação em pagamento Outra situação especial tratada pela lei processual é a do art. 541, do CPC, in litteris: “Tratando-se de prestações sucessivas, consignada uma delas, pode o devedor continuar a depositar, no mesmo processo e sem mais formalidades, as que se forem vencendo, desde que o faça em até 5 (cinco) dias, contados da data do respectivo vencimento”; Assim, o depósito das prestações sucessivas independe de pedido expresso na petição inicial (pedido implícito – CPC, art. 323). Da ação de consignação em pagamento Uma questão tormentosa é a que diz respeito ao período que pode ser objeto da consignação e se as prestações só podem ser consignadas até a sentença, ou se podem estender-se até o trânsito em julgado; O entendimento majoritário é de que somente até a sentença é que poderão ser feitos os depósitos, depois, se o credor persistir na recusa, cumpre ajuizar nova ação de consignação. Da ação de consignação em pagamento Contestação O prazo de contestação é de quinze dias, devendo-se observar o art. 231, do CPC, sendo admissível a reconvenção; O réu pode tomar uma entre várias atitudes possíveis: Pode concordar com o valor depositado e postular o levantamento, dando por quitada a obrigação – CPC, art. 546, parágrafo único; A solução será idêntica se o réudeixar transcorrer in albis o prazo de contestação, e se verificarem os efeitos da revelia. Da ação de consignação em pagamento Além das objeções processuais previstas no art. 337, do CPC, que podem ser arguidas a qualquer tempo e grau de jurisdição – e inclusive conhecidas ex officio (art. 301, § 4º) – é possível também ao réu alegar diversas outras matérias, por exemplo, a falsidade da afirmação do autor no sentido de que estava em local incerto ou inacessível, ou, ainda, que fosse ignorado por ele o verdadeiro titular do crédito objeto do depósito, e, uma vez provada qualquer dessas circunstâncias por último referidas, estaria caracterizada a mora do autor, impondo-se, por consequência, a rejeição do pedido. Da ação de consignação em pagamento O art. 544, do CPC, enumera as matérias que poderão ser alegadas pelo réu em sua defesa, sendo esse rol meramente exemplificativo, vejamos: I – Não houve recusa ou mora em receber a quantia ou coisa devida; Quando isso ocorrer, incumbirá ao autor demonstrar a mora accipiendi, valendo essa defesa apenas para as dívidas portáveis, pois, nas quesíveis incumbe ao credor buscar o pagamento; OBS.: Como já foi decidido, “em ação de consignação em pagamento, a prova direta da injusta recusa no recebimento da quantia ou da coisa devida é extremamente difícil, razão pela qual deve o julgador guiar-se pelos indícios e provas circunstanciais” (RT, 668:119) Da ação de consignação em pagamento II – Que a recusa foi justa; Como por exemplo, nos casos em que inexista a relação jurídico-material invocada, ou que o contestante nunca foi credor, ou foi, mas já não o era ao tempo da oferta; ou que ocorreu novação ou outra causa extintiva da obrigação, ou que a oferta foi anterior ao vencimento; ou que o ato jurídico é nulo de pleno direito, e assim por diante; qualquer dessas situações, assim como tantas outras, uma vez provada, caracteriza como justa a recusa; Da ação de consignação em pagamento III – Que o depósito não se efetuou no prazo ou no lugar do pagamento; A mora do devedor não o impede de consignar, desde que a prestação ainda seja útil ao credor, e o depósito venha acompanhado de todos os encargos decorrentes da mora, como correção monetária, juros e multa; A prestação em dinheiro é sempre útil ao credor, que só poderá recusá- la caso já tenha ajuizado ação fundada no inadimplemento por parte do devedor, como já vimos anteriormente; Mas, se a obrigação tiver por objeto coisa, é possível que ela já se tenha tornado inútil ao credor, caso em que será justa a eventual recusa; A defesa poderá estar fundada, ainda, no fato de o depósito não se ter efetuado no local do pagamento, pois, como já sabemos, quando a dívida for portável, a recusa do credor será justa se o pagamento for oferecido em local diverso daquele convencionado e, sendo quesível, o local do pagamento coincidirá com o do domicílio do devedor, porque é lá que o credor deve buscá-lo. Da ação de consignação em pagamento IV – Que o depósito não é integral; Não basta ao réu impugnar o valor ofertado, sendo imprescindível que aponte o que entende devido (art. 544, parágrafo único, do CPC), pois, se não o fizer, a alegação será desconsiderada pelo juiz, como se não tivesse sido apresentada; O réu deve discriminar o valor do que entende devido, para que não haja dúvidas sobre as parcelas e valores que devam integrá-lo, permitindo que ele possa ser complementado; Da ação de consignação em pagamento Observações importantes a respeito da defesa prevista no art. 544, IV – consequências previstas nos art. 545, do CPC: Caput – Alegada a insuficiência do depósito, será dada oportunidade ao autor para, em dez dias, complementá-lo, salvo se corresponder à prestação cujo inadimplemento acarrete a rescisão do contrato; §1° – O réu poderá levantar desde logo a quantia ou coisa depositada, com a liberação parcial do autor. O processo prossegue apenas quanto à parcela controvertida; Da ação de consignação em pagamento Caso a única alegação do réu seja a insuficiência do depósito, a complementação implicará o julgamento do processo, surgindo a dúvida a respeito de a quem devam ser carreados os ônus da sucumbência; Se o juiz concluir pela insuficiência do depósito, independentemente de pedido reconvencional, determinará, sempre que possível, o montante devido e valerá como título executivo, condenando o autor ao pagamento da diferença, facultado ao credor promover-lhe o cumprimento nos próprios autos, após liquidação, se for necessária – natureza dúplice da ação. Da ação de consignação em pagamento Apesar de dúplice, a consignação em pagamento admite a reconvenção, não para o réu cobrar o saldo em aberto (CPC, art. 545, § 2º), mas para formular outros pedidos, inclusive o de rescisão de contrato, decorrente de inadimplemento; por exemplo, nas ações de consignação em pagamento de alugueres, admite-se expressamente a reconvenção postulando o despejo e a cobrança daqueles que estiverem em atraso (Lei do Inquilinato, arts. 67, VI e VIII). Da ação de consignação em pagamento A sentença na consignação é meramente declaratória, ela reconhece a suficiência do depósito realizado pelo autor, e sua aptidão para extinguir o débito e liberar o devedor; na hipótese do art. 545, § 2º, do CPC, além de declarar extinta a obrigação, o juiz condenará o devedor a pagar o saldo remanescente, e à eficácia declaratória da sentença se somará a condenatória. Da ação de consignação em pagamento ��DIREITO PROCESSUAL CIVIL�PROCEDIMENTOS ESPECIAIS Introdução Introdução Introdução Introdução Introdução Da ação de consignação em pagamento Da ação de consignação em pagamento Da ação de consignação em pagamento Da ação de consignação em pagamento Da ação de consignação em pagamento Da ação de consignação em pagamento Da ação de consignação em pagamento Da ação de consignação em pagamento Da ação de consignação em pagamento Da ação de consignação em pagamento Da ação de consignação em pagamento Da ação de consignação em pagamento Da ação de consignação em pagamento Da ação de consignação em pagamento Da ação de consignação em pagamento Da ação de consignação em pagamento Da ação de consignação em pagamento Da ação de consignação em pagamento Da ação de consignação em pagamento Da ação de consignação em pagamento Da ação de consignação em pagamento Da ação de consignação em pagamento Da ação de consignação em pagamento Da ação de consignação em pagamento Da ação de consignação em pagamento Da ação de consignação em pagamento Da ação de consignação em pagamento Da ação de consignação em pagamento Da ação de consignação em pagamento Da ação de consignação em pagamento Da ação de consignação em pagamento Da ação de consignação em pagamento Da ação de consignação em pagamento Da ação de consignação em pagamento Da ação de consignação em pagamento Da ação de consignação em pagamento
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