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TRANSTORNO DEPRESSIVO 2009

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SAÚDE COLETIVA – GRUPO E
 
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Anamnese
Identificação: MAGV, 56 anos, sexo feminino, branca, natural de Itumbiara – Go, casada, cristã.
Queixa principal: “ansiedade” há 14 anos.
HMA: Paciente relata preocupação excessiva com o filho de 37 anos, que nasceu com distrofia muscular progressiva. Atualmente o filho faz uso de bebida alcoolica diariamente, utilizando como válvula de escape (SIC). Além disso, também refere que o marido já passou pela mesma situação de abuso de álcool, o que desencadeou um quadro depressivo há 14 anos, iniciando o tratamento com sertralina 25 mg 1x pela manhã e alprazolam 0,5 mg 1x a noite, diariamente, mas parou com a sertralina por conta própria. Algum tempo depois, iniciou tratamento com desvenlafaxina 50 mg 1x pela manhã. Hoje, paciente se encontra chorosa, ansiosa, com mialgia e cefaleia tensional. Nega pensamentos ou planos de morte. Tem como fator de proteção a religião.
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Antecedentes pessoais: consultas psicológicas no mês de junho.
Exame do estado mental:
Apresentação geral:
Aparência:
REG, inquieta, chorosa, boa higiene pessoal, ansiosa.
Psicomotricidade:
Mobilidade, marcha e gesticulações preservadas, atividade motora de hiperatividade sem maneirismos ou tiques.
Situação e interação da entrevista: 
Local: ESF, na presença do médico psiquiatra e cinco internas de medicina.
Paciente cooperativa, interessada no tratamento e boa relação médico-paciente.
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Linguagem e pensamento
Caracteristicas da fala: 
Boa articulação das palavras, fala espontânea.
Progressão da fala:
Velocidade e quantidade da verbalização adequadas.
Forma e conteúdo do pensamento:
Conteúdos de pensamentos ansiosos e depressivos, pensamentos concretos.
Logicidade do pensamento:
Ideias supervalorizadas.
Senso-percepção: sem alterações.
Afetividade e humor: 
Tonalidade emocional: ansiedade, depressão, preocupação, tristeza.
Modulação: labilidade afetiva.
Associação pensamento/afeto: associação adequada pensamento/afeto.
Equivalentes orgânicos: alterações em peso e sono.
Atenção e concentração: manutenção, focalização e atenção preservadas.
Memória: remota, recente e imediata preservadas.
Orientação: alopsíquica e autopsíquica preservadas.
Consciência: estado de consciência plena.
Capacidade intelectual: nível sócio-cultural baixo.
Juízo crítico da realidade: avaliação coerente da realidade, perspectiva ruim de futuro.
ECTOSCOPIA: 
BEG, consciente, orientada no tempo e espaço, afebril, anictérica, acianótica, mucosas úmidas e coradas. Sem edemas, ausência de turgência jugular, fácies atípicas e marcha atípica, boa perfusão capilar periférica.
CARDIOVASCULAR: 
Ausência de abaulamentos e retrações, ausência de pulsação supraesternal e epigástrica. Ictus cordis não visível e não palpável. Apresenta taquicardia.
AUSCULTA CARDÍACA: 
BNRF, em 2T, ausência de sopros, cliques e estalidos, pulsos periféricos rítmicos, cheios e simétricos.
PULMONAR:
Toráx atípico, ausência de abaulamento e retrações. Som claro pulmonar. Respiração toracoabdominal, sem esforço respiratório. FTV+ AR: MVF, sem ruídos adventícios.
ABDOMINAL:
Plano, flácido, RHA+, indolor a palpação, ausência de visceromegalias, massas ou herniações, fígado no rebordo costal, ausência de irritação peritoneal, sem ascite, timpanismo à percussão e macicez hepática.
TIREOIDE: não visível, móvel a deglutição, fibroelástica, indolor e ausência de nódulos.
LINFONODO: ausência linfonodomegalias.
LISTA DE PROBLEMAS
USO DE BENZODIAZEPÍNICOS EM TEMPO PROLONGADO;
PREOCUPAÇÃO EXCESSIVA DO FUTURO;
ABANDONO DE TRATAMENTO;
QUADRO DEPRESSIVO NO PASSADO;
DIFICULDADE PARA DORMIR;
ANEDONIA, HUMOR DEPRIMIDO, CHOROSA;
SENTIMENTO DE CULPA EXCESSIVA;
PERSPECTIVA NEGATIVA SOBRE A SAÚDE DO FILHO;
MIALGIA, ASTENIA;
TRATAMENTO INADEQUADO;
QUESTÕES DE APRENDIZAGEM
QUAL HIPÓTESE DIAGNÓSTICA? QUAIS OS CRITÉRIOS UTILIZADOS?
QUAL A EPIDEMIOLOGIA DA DOENÇA?
QUAIS AS PRINCIPAIS CLASSES DE TRATAMENTO MEDICAMENTOSO DA PATOLOGIA?
COM RELAÇÃO AO TRATAMENTO ATUAL, QUAIS POSSÍVEIS EFEITOS COLATERAIS, PODERIAM ESTAR PIORANDO O QUADRO DE DM?
COMO A EQUIPE MULTIDISCIPLINAR PODERIA AUXILIAR NO TRATAMENTO NÃO MEDICAMENTOSO DE DM?
QUAL A FISIOPATOLOGIA DA DOENÇA?
QUAIS FATORES DE RISCO E PROGNÓSTICO?
https://www.youtube.com/watch?v=oeXnv_XKvMg&ab_channel=FEBRASGO
Referências
AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION et al. DSM-5: Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais. Artmed Editora, 2014.
ZUARDI, Antonio Waldo; LOUREIRO, Sonia Regina. Semiologia psiquiátrica. Medicina (Ribeirão Preto), v. 29, n. 1, p. 44-53, 1996.

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