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Antonio Henrique Riquelme AULA 2 - SEMIOLOGIA PSIQUIÁTRICA SEMIOLOGIA PSIQUIÁTRICA A Psiquiatria é uma especialidade médica que emprega conhecimento das ciências naturais e das ciências humanas, e é isto que diferencia das demais especialidades. HISTÓRIA CLÍNICA PSIQUIÁTRICA É a história de vida do paciente, descrevendo os sinais e sintomas apresentados. - Muitas vezes, também inclui informações obtidas de outras fontes, como os pais, cônjuges, policiais e socorristas. Características do entrevistador, como suas cresças, valores, sensibilidade, estado emocional no momento da entrevista e outras, podem interferir nos fenômenos observados. No decorrer da entrevista é importante atentar-se não apenas no que o paciente diz, mas também à forma como se expressa e a que faz enquanto fala. ANAMNESE 1) Danos da identidade do paciente: Nome, idade, gênero, estado civil, situação conjugal, naturalidade, procedência, ocupação, renda pessoal e familiar, escolaridade e religião. 2) Queixa principal – origem e motivo do encaminhamento. O que aconteceu nas últimas semanas que determinou a procura do tratamento ou internação hospitalar; houve algum evento ou problema que desencadeou a crise; abordagens da situação ou tratamento já realizados. 3) História da moléstia atual a) Episódio atual -> Descrição detalhada dos sintomas apresentados pelo paciente no atual episódio e como começaram; alterações do comportamento, do humor, do pensamento ou outras alterações mentais. Alterações nas funções fisiológica (sono, alimentação e sexualidade). Avaliar as ideias ou plano de suicídio, comportamento agressivo ou outros comportamentos de risco; interferência na vida diária, nas relações interpessoais e familiares, na vida social e afetiva ou no trabalho. Estressores (eventos vitais, problemas situacionais) relacionados ao início do atual episódio). Resultado de exames já realizados. b) Episódios anteriores da doença atual: - Idade de início dos sintomas e períodos de agravamento; estressores, eventos vitais ou situacionais relacionados a crise. •Sugere que os sintomas psiquiátricos seham resultados dos conflitos intrapsiquicos inconscientes. A Escola Psicanalítica •Explica os sintomas condicionados por um interação complexa de recompensas e punições Teoria Comportamental •Basea-se em neurociencia, psicofarmacologia, bioquímica, genética e fisiologia para formar teorias sobre as bases biológicas do comportamento e psicopatologia. Psiquiatria Biológica Antonio Henrique Riquelme AULA 2 - SEMIOLOGIA PSIQUIÁTRICA - Tratamento já realizados; psicofarmacos (dose, tempo de uso), psicoterapia e respostas, internações psiquiátricas prévias e motivo. 4) Antecedentes – História Médica e Psiquiátrica Descrever a ordem cronológica, as doenças, as cirurgias e internações hospitalares. Observar o estado atual de saúde, as mudanças recentes de peso, de sono, hábitos intestinais e problemas menstruais. Anotar medicamentos em uso, dose e profissional que prescreveu. Verificar uso de drogas e álcool. Importante avaliar episódios de TCE, doenças neurológicas, tumores, transtornos convulsivos, HIV, sífilis e hipotireoidismo. Avaliar transtornos psicossomáticos como rinite, asma, artrite reumática, colite ulcerosa, hipertireoidismo, resfriados recorrentes, problemas gastrointestinais e de pele. QUADRO CLÍNICO A história clínica é importante já que por exemplo endocrinopatias como hipotireoidismo pode manifestar como depressão. O tratamento com corticoides pode precipitar sintomas maníacos e psicóticos. Coexistência de doenças físicas pode resultar em sintomas psiquiátricos secundários. 5) Antecedentes – História pessoal: a) História pré-natal/ nascimento - Informações sobre a gestação, o parte e as condições do nascimento, incluindo: peso, anoxia, icterícia, distúrbios metabólicos. b) Infância e desenvolvimento - Descrever: as condições de saúde, os comportamentos e hábitos com relação ao sono, alimentação, as aquisições de habilidades, incluindo desenvolvimento moto, da linguagem e o controle esfincteriano. - A vida escolar, abrangendo idade de início da aprendizagem, o ajustamento, o temperamento, medos o relacionamento e a interação social. C) Adolescência - Descrever: os interesses, as aquisições quando à vida escola, a profissionalização ou trabalho. - Avaliar as interações e o relacionamento com familiares e colegas, a sexualidade incluindo a menarca, namoros, a primeira relação sexual, uso de drogas ou álcool. D) Idade adulta · História ocupacional · História de relacionamento e conjugal · História militar · História educacional · Religião · Atividade social · Atual situação de vida · História legal · História sexual · Fantasias e sonhos · Valores 6) Antecedentes – História Familiar Antonio Henrique Riquelme AULA 2 - SEMIOLOGIA PSIQUIÁTRICA - Presença do transtorno ou da síndrome em familiares - Observar história de suicídio e de violação de lei ou padrões sociais - O ambiente familiar: o nível de interações, os padrões de relacionamento dos pais entre si, com os filhos e destes entre si, constitui-se numa informação importante. 7) Personalidade pré-mórbida - Compreende o conjunto de atitudes e padrões habituai de comportamento do indivíduo - A descrição deve abarcar o modo de ser habitual do paciente, independente da sua situação de doença. 8) Exame físico - Deve ser feito de rotina, visando verificar se os sinais e sintomas estão associados a condições orgânicas ou psiquiátricas ** Atenção especial ao exame neurológico ** EXAME DO ESTADO MENTAL É uma avaliação do funcionamento mental do paciente, no momento do exame, com base nas observações que forem feitas durante a anamnese. 1- APARÊNCIA - Trata-se de uma descrição da impressão geral advinda da aparência física, da atitude e conduta do paciente na interação com o entrevistador. - Cuidados higiênicos e estéticos relativos ao corpo (incluindo cabelos, barba, unhas, dentes), roupas, maquiagem e adereços (brincos, colares, pulseiras etc.). Em geral, a aparência é o primeiro elemento observado no TABELA: MODELO DE EXAME DO ESTADO MENTAL 1 -Aparência 2- Fala 3- Humor a) Subjetivo b) Objetivo 4) Pensamento a) Forma b) Conteúdo 5- Percepções 6- Sensório a) Atenção b) Orientação (pessoa, lugar, tempo) c) Concentração d) Memória (imediata, recente, longa duração) e) Cálculos f) Cabedal de conhecimento g) Raciocínio abstrato 7- Insight 8- Discernimento Antonio Henrique Riquelme AULA 2 - SEMIOLOGIA PSIQUIÁTRICA paciente, e o seu exame oferece indicações sobre o estado de diversas funções mentais. - Uma outra forma de classificar a aparência seria em: adequada, bizarra (ou extravagante, ou excêntrica) e exibicionista. Denomina-se bizarra a aparência destoante do usual no ambiente do indivíduo, qualitativamente diferente ou apenas exagerada em relação ao padrão da maioria das pessoas. Já a aparência exibicionista caracteriza-se pela excessiva exposição do corpo, sendo apresentada por pacientes com aumento da libido ou comportamento sedutor. ■ Depressão, esquizofrenia: Descuidado ■ Demência: Apraxia (perda da capacidade de realizar movimentos voluntários), frequentemente a aparência esta descuidada. ■ Mania: Mulheres maníacas costuma ter roupa chamativas, excesso de maquiagem, perfume em excesso, muito enfeites. As vezes curtas e decotas (aparência exibicionista). Alguns pacientes maníacos, contudo, pode aparentar descuidada em função de uma intensa agitação. 2- ATITUDE Quase não há termos técnicos para descrever as formas de atitude, sendo usadas basicamente palavras de uso corriqueiro. Alguns comportamentos por parte dos pacientes são considerados desejáveis, no sentido de contribuírem positivamente para a realização da avaliação psiquiátrica: atitude cooperante, atitude amistosa,atitude de confiança, atitude interessada. Essas atitudes desejáveis em geral estão relacionadas a uma plena consciência de morbidade. · Atitude não cooperante: dizer que o paciente não é cooperante é muito vago, já que há diversas formas de não cooperar · Atitude de oposição (ou negativista): o paciente se recusa a participar da entrevista · Atitude hostil: o paciente ofende, ameaça ou agride fisicamente o examinador · Atitude de fuga: reflete o medo por parte do paciente · Atitude suspicaz (ou de desconfiança): “Você é mesmo médico?”, “Há microfones escondidos aqui?” e “Por que o senhor está perguntando sobre isso?” são perguntas formuladas pelos pacientes que apresentam esse tipo de atitude, a qual costuma estar relacionada a uma atividade delirante · Atitude querelante: o paciente discute ou briga com o examinador, por se sentir prejudicado ou ofendido · Atitude reivindicativa: o paciente exige, de forma insistente, que aquilo que julga ser seu direito seja atendido. Por exemplo: ter alta da internação · Atitude arrogante: o paciente sente-se superior e trata com desdém o médico · Atitude evasiva: o paciente evita responder a certas perguntas, sem se recusar explicitamente · Atitude invasiva: o paciente deseja saber sobre a vida pessoal do examinador; mexe, sem pedir autorização, nos objetos deste no consultório · Atitude de esquiva: o paciente não deseja o contato social · Atitude inibida (ou contida): o paciente não encara o examinador, e demonstra estar pouco à vontade · Atitude desinibida: o paciente apresenta grande facilidade quanto ao contato social, não se sente constrangido ao falar até mesmo de sua vida sexual, podendo violar normas sociais e tornar-se inconveniente. Por exemplo: pode assediar sexualmente o entrevistador · Atitude jocosa: o paciente está frequentemente fazendo piadas, ou brincando com as outras pessoas · Atitude irônica: as piadas e o tom de voz refletem sua arrogância e agressividade · Atitude lamuriosa: o paciente queixa-se o tempo todo de seu sofrimento e demonstra autopiedade · Atitude dramática: reflete uma hiperemocionalidade Antonio Henrique Riquelme AULA 2 - SEMIOLOGIA PSIQUIÁTRICA · Atitude teatral: o paciente parece estar fingindo ou exagerando, ou querendo chamar a atenção dos outros · Atitude sedutora: o paciente elogia e tenta agradar o examinador, ou tenta despertar o interesse sexual deste · Atitude pueril: o comportamento do paciente é como o de uma criança (faz pirraça, brinca, chama o médico de tio etc.) · Atitude gliscroide (ou viscosa): o paciente é grudento; é difícil encerrar a conversa com ele · Atitude simuladora: o paciente tenta parecer que tem um sintoma (ou doença) na verdade ausente · Atitude dissimuladora: o paciente tenta ocultar um sintoma (ou doença) existente, com o objetivo, por exemplo, de receber alta da internação · Atitude indiferente: o paciente não se sente incomodado pela entrevista ou pela presença do médico · Atitude manipuladora: o paciente tenta obrigar o médico a fazer o que ele, paciente, quer, muitas vezes por meio de ameaças ou chantagem emocional · Atitude submissa: o paciente, passivamente, atende a todas as solicitações do examinador · Atitude expansiva: o paciente deseja intensamente o contato social, e trata o médico como se fosse íntimo dele · Atitude amaneirada: o comportamento é caricatural. Por exemplo: tratar o médico de “vossa excelência”, ou curvar-se toda vez em que o vê reação de último momento: após intenso negativismo, quando o examinador já está desistindo do contato, o paciente começa a cooperar com a entrevista. ** O examinador não deve provocar ativamente qualquer atitude no paciente. A atitude do paciente deve ser espontânea, para uma avaliação fidedigna. ** ■Mania. O paciente maníaco pode apresentar uma atitude expansiva, desinibida, jocosa; ou então irônica, arrogante, hostil. ■Depressão. Na depressão, é comum uma atitude lamuriosa. Todavia, o desinteresse pode levar a uma atitude de indiferença. ■Esquizofrenia. Nos quadros em que predominam os sintomas negativos ou na catatonia, pode haver indiferença em relação ao exame. Na catatonia, encontram-se muitas vezes uma atitude de oposição e a reação de último momento. Nos quadros paranoides, observa-se uma atitude suspicaz, hostil, querelante, ou de fuga. É típica da hebefrenia uma atitude pueril. ■Delirium, demência. No delirium e em quadros de demência avançada, pode haver indiferença em relação ao exame, em função da não compreensão do significado deste. ■Retardo mental. No retardo mental é muito característico um comportamento pueril. ■ Epilepsia. Na epilepsia do lobo temporal, assim como em outros distúrbios cerebrais relacionados a essa região do cérebro, observa-se um comportamento gliscroide. ■ Transtorno conversivo e transtornos dissociativos. No transtorno conversivo e nos transtornos dissociativos sempre há teatralidade. Costumam estar presentes também sedução, dramaticidade, simulação, puerilidade e manipulação. ■Fobia social e transtorno da personalidade esquiva. A inibição é um elemento fundamental dos quadros de fobia social e do transtorno da personalidade esquiva. Antonio Henrique Riquelme AULA 2 - SEMIOLOGIA PSIQUIÁTRICA ■Transtorno delirante, transtorno da personalidade paranoide. No transtorno delirante e no transtorno da personalidade paranoide, a atitude é querelante, reivindicativa ou suspicaz. ■ Transtorno da personalidade antissocial. O sociopata apresenta um comportamento sedutor, manipulador e hostil. ■ Transtorno da personalidade borderline. O borderline apresenta um comportamento manipulador e hostil 3- PSICOMOTORAS As ações psicomotoras possuem um conteúdo psicológico, são uma expressão do psiquismo. São voluntárias, isto é, conscientes quanto à motivação e finalidade. Representam a quarta etapa do processo volitivo: a execução. Hiperatividade, Hipoatividade e Catatonia. Implica a aceleração e exaltação de toda a atividade motora do indivíduo, em geral secundária a taquipsiquismo acentuado. Comumente se associa à hostilidade e à heteroagressividade. A agitação psicomotora é um sinal psicopatológico muito frequente e relativamente inespecífico, sendo vista todos os dias nos serviços de emergência e internação. Está associada a quadros maníacos, episódios esquizofrênicos agudos, quadros psico-orgânicos agudos (por intoxicação com substâncias, síndromes de abstinência, traumas cranioencefálicos, encefalopatias metabólicas etc.), quadros paranoides em deficientes mentais e em indivíduos com síndromes demenciais. Toda a movimentação voluntária torna-se lenta, difícil, “pesada”, podendo haver período de latência entre uma solicitação ambiental e a resposta motora do paciente. O que se denomina classicamente em de inibição psicomotora é um estado acentuado e profundo de lentificação psicomotora, com ausência de respostas motoras adequadas, sem que haja paralisias ou déficit motor primário. Estupor: é a perda de toda a atividade espontânea, que atinge o indivíduo globalmente, na vigência de um nível de consciência aparentemente preservado e de capacidade sensório-motora para reagir ao ambiente. Envolve toda a atividade voluntária como a comunicação verbal, não-verbal, mímica, olhar, gesticulação e marcha. Não se alimenta voluntariamente e fatalmente irá falecer. Agitação Psicomotora - APM Emergência Heteroagressividad e, Contenção Fisica, Contenção Química e Esquizo/TAB/Droga s/DI Lentidão Psicomotora Depressão Esquizofrenia Antonio Henrique Riquelme AULA 2 - SEMIOLOGIA PSIQUIÁTRICA Catatonia: catatonia, a loucura da tensão muscular. Em alguns casos de catatonia, momentos de grande agitação psicomotora podem alternar-se com estados estuporosos. A agitação do esquizofrênico reflete a incoerência do seu pensamento: é despropositada, caótica, desorganizada e independente dos estímulos externos.Catelepsia: é um acentuado exagero do tônus postural, com grande redução da mobilidade passiva dos vários segmentos corporais e com hipertonia muscular global de tipo plástico. Cateplexia: é a perda abrupta do tônus muscular, geralmente acompanhada de queda ao chão. Está presente na narcolepsia (crises recorrentes de sono tipo REM no indivíduo desperto), Flexibilidade Cerácea: o indivíduo, ou uma parte de seu corpo (braço, perna, cabeça), é colocado pelo examinador em determinada posição (mesmo posições muito desconfortáveis), e assim permanece, como se fosse um homem de cera, moldável por uma outra pessoa. A flexibilidade cerácea é encontrada em quadros catatônicos: na esquizofrenia, nos transtornos do humor, na encefalite letárgica, no parkinsonismo e na síndrome neuroléptica maligna. Estereotipias motoras: são repetições automáticas e uniformes de determinado ato motor complexo, indicando geralmente marcante perda do controle voluntário sobre a esfera motora. O paciente repete o mesmo gesto com as mãos dezenas ou centenas de vezes em um mesmo dia. Observam- se as estereotipias motoras na esquizofrenia, sobretudo nas formas crônicas e catatônico. Tiques: são atos coordenados, repetitivos, resultantes de contrações súbitas, breves e intermitentes, envolvendo geralmente um grupo de músculos que atua em suas relações sinérgicas normais. Acentuam-se muito com a ansiedade. Os tiques geralmente são reflexos condicionados, os quais surgiram associados a determinados estímulos emocionais ou físicos, mantendo-se de forma estereotipada, como um movimento involuntário. Podem ocorrer em indivíduos sem qualquer outra alteração mental e entre crianças ansiosas, submetidas a estresse. Tiques múltiplos, motores e/ou vocais, podem indicar a presença do transtorno de Tourette. Apraxia: A apraxia consiste na dificuldade ou impossibilidade de realizar atos motores intencionais, voluntários, na ausência de paresia ou paralisia, de déficit sensorial e de incoordenação motora. A apraxia representa a perda do movimento aprendido. As apraxias estão relacionadas a lesões corticais, geralmente no hemisfério dominante, envolvendo doenças vasculares cerebrais, processos demenciais e neoplasias. Há basicamente duas formas de apraxias: a ideomotora e a ideativa. A apraxia ideomotora é a perda da capacidade de realizar movimentos simples em resposta à solicitação do examinador: por exemplo, bater num prego com um martelo; fazer um aceno significando adeus; escovar os dentes etc. O paciente pode conseguir executar o mesmo ato de forma espontânea. A apraxia ideativa, por sua vez, é a perda da capacidade de realizar movimentos sequenciais: por exemplo, dobrar uma carta, colocá-la em um envelope, lacrar o envelope e, em seguida, colocar um selo. Os pacientes conseguem executar individualmente os movimentos que integram a sequência. Psicomotricidade Alterações Estereotipias Tiques Apraxia Maneirismo Tremor Acatisia Ecopraxia Antonio Henrique Riquelme AULA 2 - SEMIOLOGIA PSIQUIÁTRICA Manerismo: é um tipo de estereotipia motora caracterizada por movimentos bizarros e repetitivos, geralmente complexos, que buscam certo objetivo, mesmo que esdrúxulo. Trata-se de alteração do comportamento expressivo (mímica, gestos, linguagem), em que a harmonia normal do conjunto de gestos do indivíduo é substituída por posturas e movimentos estranhos, exagerados, afetados ou bizarros. O paciente pega a colher de modo muito próprio e realiza gestos bizarros para levar a comida à boca. Ao falar com o enfermeiro, gesticula, faz caretas, encolhe os ombros de modo peculiar, faz rodopios com as mãos e movimenta a cabeça de forma afetada. Os maneirismos ocorrem em especial na esquizofrenia (predominantemente na forma catatônica), em formas graves de histeria e na deficiência mental. Tremor: Série de movimentos involuntários, rítmicos (3-20 Hz), regulares, oscilatórios, sem finalidade. Tremor de repouso ou estático ocorre nas síndromes parkinsonianas; o tremor postural ou tensional, nos quadros de ansiedade (também nas síndromes parkinsonianas) e o tremor cinético ou intencional é observado nos quadros cerebelares e espinocerebelares. Causas comuns de tremores são: estado de ansiedade, síndromes parkinsonianas, alcoolismo, hipertireoidismo, níveis tóxicos de lítio e síndromes cerebelares Acatisia: Inquietação motora, necessidade de andar de um lado para outro, incapacidade de manter posições, geralmente acompanhada de movimentos de cruzar as pernas, bater os pés, balançar o tronco quando sentado e andar no lugar quando de pé. Há sensação subjetiva de desconforto, inquietação e ansiedade. Ecopraxia: A ecopraxia consiste na repetição automática e despropositada das ações motoras executadas por outra pessoa, que está diante do paciente. São imitados gestos, a postura, a fala (ecolalia) ou a expressão fisionômica (ecomimia). A ecopraxia está relacionada à sugestionabilidade patológica. Pode ser observada principalmente na síndrome catatônica e, ainda, no retardo mental, no delirium e em processos demenciais. Antonio Henrique Riquelme AULA 2 - SEMIOLOGIA PSIQUIÁTRICA 4- LINGUAGEM A linguagem possui as seguintes finalidades: comunicação social, expressão de vivências internas (pensamentos, sentimentos), organização da experiência sensorial e dos processos mentais, tradução dos estímulos externos, indicação e descrição das coisas, transmissão de conhecimentos e regulação da conduta. Linguagem e pensamento estão intimamente relacionados, não podendo ser facilmente separados, mas são dois fenômenos distintos. Podem ocorrer perturbações do pensamento não associadas a perturbações da fala, e vice- versa. Podem existir pensamentos sem linguagem, como nos devaneios; assim como palavras não associadas a pensamentos, como frases sem sentido usadas puramente para a interação social – por exemplo, “olá!”, “tudo bem?” 1) Progressão da fala: Deve ser observada a quantidade e a velocidade da verbalização do paciente durante a entrevita. Linguagem quantitativamente diminuída: - Fluxo lento - Prolixidade - Fluxo acerelado. Alterações qualitativas da linguagem Afasia: É a perda da linguagem, falada e escrita, por incapacidade de compreender e utilizar os símbolos verbais. - Afasia de expressão ou de Broca. Trata-se da afasia não-fluente, na qual o indivíduo, apesar do órgão fonador preservado, não consegue falar ou fala com dificuldades, de forma monótona, pois seus pronunciamentos são curtos,com latência aumentada nas respostas e sem contorno melódico. - Afasia de compreensão ou de Wernicke. Consiste na afasia fluente, em que o indivíduo continua podendo falar, mas a sua fala é muito defeituosa, às vezes incompreensível. O paciente não consegue compreender a linguagem (falada e escrita) e tem dificuldades para a repetição. - Afasia global. Geralmente é uma afasia grave, não-fluente, acompanhada por hemiparesia direita, mais acentuada no braço. Deve-se a lesões amplas da região perisilviana esquerda. A sequência da transmissão neuronal envolvida na linguagem falada é mais ou menos esta: (a) recepção dos sinais sonoros na área auditiva primária, onde são codificadas as palavras; (b) reconhecimento das palavras na área de Wernicke; (c) formação do pensamento e escolha das palavras na área de Wernicke; (d) transmissão da informação da área de Wernicke para a de Broca através do fascículo arqueado; (e) processamento em preparação para a fala na área de Broca; e (f) transmissão de sinais para o córtex motor, que ativa então os músculos da fala. Disfonia: rouquidão passageira - é a alteração da fala produzida pela mudança na sonoridade das palavras. Tartamudez: Gagueira – Doença neuropsiquiatra, relação com a GABA. (por isso quando bebe melhora) Antonio Henrique Riquelme AULA 2 - SEMIOLOGIA PSIQUIÁTRICA Logorréia: fala muito asneira devido a falta de organizaçãomentl (trantorno de personlidade). O paciente fala o tempo todo e é difícil interrompê-lo. Ela é observada tipicamente nos estados maniacos. Taquilalia (ou taquifasia) e bradilalia (ou bradifasia): referem-se, respectivamente, a um aumento e a uma diminuição da velocidade da expressão verbal. Correspondem às alterações do curso do pensamento. Aprasódia: Dificuldade de entender algumas palavras. perda ou diminuição da modulação afetiva da fala, que se torna monocórdica, monótona. Pode haver também perda (ou diminuição) da capacidade de compreender a prosódia da fala das outras pessoas. Esse distúrbio relaciona-se a lesões no hemisfério direito. Mutismo: significa ausência da fala. Pode expressar negativismo (silêncio deliberado) ou inibição psíquica (no estupor esquizofrênico, depressivo, histérico ou do delirium). ** Mania / TAB: Logorreia e taquilalia. Esquizofrenia e depressão: Mutismo, Apresódia e Brasilalia. Afasia e Alexia: Cortical, Broca e Wernicke.** Glossolalia: Ambiente de espiritualidade (lingua do anjos) – alteração psiopatológica (capaz de mudar a tom da voz). Respostas aproximadas: ele aproxima, mas não responde. Ecolalia : A ecolalia consiste na repetição, como um eco, da última ou últimas palavras faladas pelo entrevistador (ou outra pessoa do ambiente), dirigidas ou não ao paciente). Palilalia: A palilalia consiste na repetição involuntária da última ou últimas palavras que o próprio paciente falou. Ocorre na demência. Por exemplo, o examinador pergunta “qual é o seu nome?”, e o paciente responde “eu me chamo João… João” Coprolalia: Na coprolalia, o discurso é caracterizado pela presença de palavras obscenas, vulgares ou relativas a excrementos. Quando se constitui num tique verbal, é uma manifestação típica da síndrome de Tourette. Mussitação: Na mussitação, o paciente fala com uma voz sussurrada, em volume muito baixo e tom monótono, quase sem mover os lábios; fala para si próprio, e de forma incompreensível. Esse distúrbio ocorre na esquizofrenia. Falando sozinho com “a alucinação”. (sinal de agressividade) Solilóquio: Conversa sozinho em voz alta com a alucinação visual (esquisofrenia ativa). ( pode ocorrer também em pessoas normais). Neologismo: consistem em palavras novas, criadas pelos pacientes, ou palavras já existentes às quais é atribuído um novo significado. Podem ser resultado de uma fusão de conceitos, ou consistir numa tentativa de expressar vivências extraordinárias que o vocabulário comum não conseguiria expressar. São encontrados principalmente na esquizofrenia. A linguagem nos principais transtornos mentais ■ Mania. Na mania, o paciente em geral fala alto, está logorreico e apresenta taquilalia, hiperprosódia e diminuição da latência de resposta, podendo apresentar ainda coprolalia, em função da perda da autocensura. ■Depressão. Tipicamente, na depressão há oligolalia ou mutismo, bradilalia, hipofonia e aumento da latência de resposta, podendo ocorrer também hipoprosódia ou aprosódia. ■Esquizofrenia. Na esquizofrenia podem ocorrer mussitação, solilóquio, jargonofasia, neologismos, maneirismos, pararrespostas, aprosódia. Particularmente no subtipo catatônico, podem ser observados mutismo, ecolalia e estereotipia verbal. ■ Demência. Na demência, pode haver afasias (com parafasias), ecolalia, palilalia, logoclonia, jargonofasia, pararrespostas, aprosódia. ■ Transtorno conversivo e transtornos dissociativos. Em quadros Antonio Henrique Riquelme AULA 2 - SEMIOLOGIA PSIQUIÁTRICA conversivos, pode haver mutismo; ou então o paciente perde a capacidade para a fala normal, conseguindo apenas sussurrar (afonia histérica). Na síndrome de Ganser, um quadro dissociativo, observamos o fenômeno de respostas aproximadas. Encontram-se também pedolalia (na puerilidade histérica) e glossolalia (em estadosde transe psicogênicos). 5- PENSAMENTO Devem-se inicialmente distinguir os elementos constitutivos do pensamento, que, segundo a tradição aristotélica, são o conceito, o juízo e o raciocínio, das diferentes dimensões do processo de pensar, delimitadas como curso, forma e conteúdo do pensamento. Alterações quantitativas - curso Acerelaração: ou taquipsiquismo, o paciente fala mais rápido; há uma maior produtividade ideativa e uma maior velocidade no processo associativo. Isso ocorre na mania, na intoxicação por cocaína ou anfetamina e nos estados de ansiedade ou agitação psicomotora. Alentecimento: bradipsiquismo), o paciente fala mais devagar; há uma redução no número de ideias e representações, e inibição do processo associativo. Esse fenômeno é tipicamente observado na depressão, ocorrendo também na demência e no estupor (abolição da psicomotricidade) do delirium ou da esquizofrenia catatônica Antonio Henrique Riquelme AULA 2 - SEMIOLOGIA PSIQUIÁTRICA Interrupção: Abruptamente, e sem qualquer motivo aparente, o paciente interrompe a sua fala, deixando de completar uma ideia. Algumas vezes a interrupção se dá no meio de uma frase, ou mesmo de uma palavra. Após um intervalo, que varia entre alguns poucos minutos e várias horas, o paciente pode completar o pensamento interrompido ou, o que é mais frequente, inicia um outro ciclo de pensamento, inteiramente diverso do anterior. II) ALTERAÇÕES NA FORMA DO PENSAMENTO: Circunstancialidade – o objetivo final de uma determina dala é longamente adiada, pela incorporação de detalhes irrelevantes e tediosos. “Muitos detalhes irrelevantes no pensamento, mas chega no final da pergunta” Epilepsia Tangencialidade: Objetivo da fala não chega a ser atingido ou não é claramente definido. O paciente afasta-se do tema que esta sendo discutido, introduzindo pensaemntos aparentemente não relacionados, dificultando uma conclusão. “foge da pergunta” “senão toca no assunto, algo tem” ** Esquisofrenia ** Perseveração: o paciente repete a mesma resposta à uma variedade de questões, mostrando uma incapacidade de mudar suas respostas a uma mudança de tópico. ** Epilepsia ** Fuga de ideias: ocorre sempre na presença de uma pensamento acelerado e caracteriza-se pelas associação anapropriada entre os pensamentos, que passam a serem feitas pelo som ou pelo ritmo das palavras (associações ressonantes). “tem uma organização porém com rimas e rápida” - Pensamento incoerente: Ocorre uma perda na associação lógica entre partes de uma sentença ou entre sentenças (afrouxamento de associação) “pensamento desrganizado” È uma forma extrema de incoerencia e observa sequencia incompreeensivel de frases ou palavras. Bloqueio de pensamento: Ocorre uma interrupção súbita da fala, no meio de uma sentença. Quando o paciente consegue retomar o disurso, o faz com outro assunto, sem conexão com a ideação anterior. III) ALTERAÇÕES CONTEUDO DO PENSAMENTO Tema predominante ou com caracteriscias como: - Ansioso - Depressivo - Fobico - Obssesivo. Ideias supervalorizas: o conteudo do pensament centraliza-se em torno de uma ideia particular. “ciumes” Delirios: cresças que refletem uma avaliação falsa da realidade, não são compartilhadas por outros membros do grupo sócio-cultural do paciente e das quais não pode ser dissuadido, através de argumentação contrária, lógica e irrefutável. São primários: quando não estão associados a outros processos psicológios, por exemplo, insenção de pensamenot (cre que pensamentos são colocados em sua cabeça), O delírio primário é a ideia delirante autêntica. É Antonio Henrique Riquelme AULA 2 - SEMIOLOGIA PSIQUIÁTRICA incompreensível: não pode ser seguido psicologicamente até a sua origem, é algo de “último e derradeiro”. Está relacionado a uma profunda transformação da personalidade, sendo a expressão de um processo: o surgimento de algo novo, duradouro e irreversível na vida mental. Classicamente, seria exclusivo da esquizofrenia. Sistematizados: Relacionados a uma único tema, mantendo uma lógica interna,ainda que baseada em premissas falsas o que pode conferir maior credibilidade. Não sistematizados: Quando envolvem vários temas, são mais desorganizados e poucos convinventes. DELÍRIO SECUNDÁRIO também é chamado ideia deliroide. Ele se origina de forma compreensível psicologicamente de outras manifestações psíquicas patológicas, tais como alterações do humor, da sensopercepção e da consciência. São exemplos de delírios secundários: as ideias de culpa na depressão – a tristeza vital é considerada primária –, as ideias de grandeza na mania, as ideias de influência relacionadas a alucinações cenestésicas, as ideias de perseguição no delirium tremens etc. EXEMPLOS DE DELÍRIOS De referencia: Atribuição de um significados pessoal a observação ou comentários neutros. Persecutório: ideia de que esta sendo atacado, incomodado, prejudicado, perseguindo ou sendo objeto de conspiração. De grandiosidade: conteudo envolve poder, conhecimento ou importancia exagerados. (bipolaridade e esquisofrenia) Somáticos o conteúdo envolve uma mudança distúrbio o funcionamento corporal. (coração para ou partes do corpo aumentam). De culpa: acredita ter cometido uma falta de pecado imperdoável. (depressão com sintomadas psiquicos) De ciumes: acredita na infidealidade do parceiro; (comum em pacientes alcolistas – quebra de sigilo pra avisar a parceira). De controle: acredita que seus pensamentos, sentidos e ações são controlados por força externa De místico: Acredita ser Deus, dons especiais. 6- AFETIVIDADE E HUMOR - Tonalidade emocional: avalia-se a tonalidade emocional predominantes durante a entreista, observando-se a presença e a intensidade de Antonio Henrique Riquelme AULA 2 - SEMIOLOGIA PSIQUIÁTRICA manifestações de: ansiedade, pânico, tristeza, depressão, apatia, hostilidade, raiva, auforia, elação, exaltação. Humor é longícu enquanto afeto é o momento presente. • Humor hipertímico ou hipotímico. • Afeto congruente com humor ou nõ congruente com humor • Afeto embolado ou hipomodulante. 7- SENSOPERCEPÇÃO As principais alterações da senso-percepção são: Antonio Henrique Riquelme AULA 2 - SEMIOLOGIA PSIQUIÁTRICA - Derpersonalização: refere-se à sensaação de estranheza, como se seu corpo, ou parte dele não lhe pertencessem, ou fosse irreais. - Desrealização: o ambiente ao redor parece estranhos irreais, como se “as pessoas ao seu redor estivessem desempenhando papéis”. - Ilusão: interpretação percceptial alterada, resultante de um estímulo externo real. (existe um elemento real que “parece algo devido a carga emocional ou dopaminérgica”). - Alucinação: percepção sensorial na ausencia de estimulação externa do orgão sensorial envolvido. Elas pode ser: 1) Auditivas: (sons ou vozes; as vozes podem dirigir-se ao paciente ou discutirem entre si sobre). Ex: vozes de comando esquizofrenia. Pasciente com vozes de comando é urgencia principalmente na esquizofrenia (suicidio e violencia). ** Pseudoalucinação: “vozes que alguem chama” ** 2) Visuais: (luzes ou vultos até cenas em movimento, nítidas e complexas). Ex: Zoopsias em alcoolistas. 3) Táteis: (toque, calor, vibração, dor e etcs). Ex: cocaina bugs (dependentes químicos que sentem insetos na pele). 4) Olfatória: cheiros estranhos. Ex: quadros de epilepsia. (tem fundo organico, todavia notar os casos de Covid que possuem perda de olfato). 5) Cenestésicas – sensações anomalas de relacionadas à viscera interna (braços que se extendem, corações que saem do corpo e etc). 6) Cinestésicas: alterção na sensação de movimento corporal (coraçã parou). Sindrome de Cotard – Orgãos mortos. “Zumbis”. Estado catatônia. Sindrome de alice no país das maravilhas / sindrome de Todd: Esta frequentemente associada com tumores cerebrais, uso de drogas psicoativas (cogumelos, LSD) e principalmente com enxaqueca. (** serotonina endo afetada – alucinação visuais aumentam). O sofredor vê os objetios com o tamanho e ou forma errada, a uma distoção consideravel na alteração perspectiva e do senso do tempo. - Apofenia: inciialmente descrita como sintoma de psicose, a apofenia ocorre no entanto em individuos perfeitamente saudáveis mentalmente. Do ponto de vista estatistico é um Erro do tipo I ou seja, conclusões de dados inconclusivos. (São jorge ou caoelho na lua). Em exame pode levar a um resultado falso positivo. Psicologicamente é um exemplo de vies cognitivo. - Pareidólia: é um fenômeno psicológico comum em todos os seres humanos, conhecido por fazer as pessoas reconhecerem imagens de rostos humanos ou animais em objetos, sombras, formações de luzes e em qualquer outro estímulo visual aleatório. - Alucinação liluputiana: Encherga pequenas criatura, como fadas, duendes, gnomos. - Alucinação autoscopica: - Capacidade de abstração: reflete a capacidade de formlar conceito e generalização. A incapacidade de abstração é referida como pensamento concreto. ** usar provérbios e frases populares e eperguntar o que o paciente acha” Antonio Henrique Riquelme AULA 2 - SEMIOLOGIA PSIQUIÁTRICA 8- MEMÓRIA - Remota: avalia a capacidade de recordar-se de eventos paassados, podendo ser avaliada durante relato feito pelo paciente, de sua própria história. - Recente: avaliação a capacidade de recrdar-se de eventos que ocorrem nos ultimos dias que precederam a avaliação. ** Hipocampo, por isso pacientes com Alzheimer perde memória recente primeiro ** - Imediata: avalia a capacidade de recordar-se do que ocorreu minutos precedentes. - Confabulação: o paciente elabra insconscientemente respostas falsas quando a memória esta prejudicada. ** cerebro guarda memória estressantes e tristes ** - Amnésia: incapacidade parcial ou total de evocar experiencias passadas. - Amnésia imdediata: geramente existe um comprometiemnto cerebral agudo. - Amnésia retrógrada: esquecimento de dituação ocorrida anteriormente a um trauma, doença e perde de massa cerebral. - Amnési lacunar: esquecimento dos fats ocorridos entre duas dates. Por exemplo: não se lembra o que fez no na de 1995, o ano da separaço, luto. - Amnésia remota: esquecimento de fatos ocorridos no passado. Paciente idosos com algum frau de demência. - Amenésia anterógrada: o paciente esquece tudo o que ocorreu a um fato ou acidente importante. Exemplo: traumatismo craniano ou distubio dissociativo (histeria). - Paramnésias: também é conhecida como alucinação de memória, por se tratar de uma alteração análoga à que ocorre na sensopercepção. Trata-se da recordação de algo que de fato não ocorreu, de uma falsa lembrança, embora para o paciente ela seja verdadeira. - Dejá vu: Sensação da familiaridade com uma percepção efetivas nova. A via da percepção naturalmente (quando drestro) entra d lado esquerdo e vai para o direito, se faz o inverso é interpratado como um erro de processamento em momento de ansiedade e stresse, muito durante o dia é sinal de Epelepsia). - Jamais vu: há uma ausência da sensação de familiaridade diante de uma situação já vivenciada uma ou mais vezes no passado. Um exemplo seria o de não ser capaz de reconhecer a mãe, o pai ou um amigo íntimo. - Hipermnésia: capacidade aumenta de registrar evocar os fatos. Antonio Henrique Riquelme AULA 2 - SEMIOLOGIA PSIQUIÁTRICA 9- INTELIGENCIA Capacidade de uma pessoa assimilar conheciemntos factuais, comprrender as relaççoes entre eles e integra-los aos conhecimentos já adquiridos anteriorment e e relaciocinar logicamente e de forma abstrata manipulando conceitos, números ou palavras. Deficiencia mental: Atraso ou insuficiencia de desenvolviemnto intelectual, com interferencia no desempenhos social e ocupacional. Demencia: deterioração global e oganica do funcionamento intelectural sem alteração no nível de consciencia. 1 frenteuqnate é acompanhado de : distraibilidade; déficit de mem´ria; dificuldade em cálculos; alteração no humor e afeto ; prejuizono julgamento e abstração; e dificuldades com a linguagem. Abstração: interpretação concreta de provérbios, por exemplo: “quem tem teclado de vidro não deve atirar pedras no telhados do vizinho”, resposta: “ o vidro quebrará!”. 10 - ORIENTAÇÃO Autopsíquica: se caracterizam pelo reconhecimendo de si envolvendo: saber o próprio nome, reconhecer as pessoas do seu meio imediato, através de seu nome ou de seu papel social e aber quem é o entrevistador. Antonio Henrique Riquelme AULA 2 - SEMIOLOGIA PSIQUIÁTRICA Alopsíquica: avaliando a orientação no tempo, engloband saber informar o ano, o dia da semana. 11- CONSCIÊNCIA É um estado de lucidez ou de alerta em que a pessoa se encontra, variando da vigília até o coma. - Na clínica geral usa-se a escola de Glasgow. É a dimensão subjetiva da atividade psíquica do sujeito que se volta para a realidade. É a capacidade do indivíduo de entrar em contato com a realidade, perceber e conhecer os seus objetos. O grau de consciências do paciente pode ser lúcido, sonolento, torporoso ou comatoso. Para avaliar a orientação temporal é perguntar ao paciente a data. 1)Alerta: Acordado e com respostas adequadas as perguntas 2) Sonolento: Letárgico = Acorda ao chamado e respostas adequadas 3)Obnubilado: Sonolência mais forte e responde em voz alta ou após estímulo moderado. Pode ser usado também quando o paciente apresenta apenas distúrbios de ideação e certa confusão mental (Porto) 4)Torporoso: Sonolência profunda, responde parcialmente, somente a estímulos dolorosos 5) Coma: Não abre os olhos nem emite sons, mesmo com estímulos vigorosos. Perda de consciência é completa I) ATENÇÃO - Dimensão da consciência que designa a capacidade para manter o foco em uma atividade, 1) Vigilância : Hipervigil Hipovigil 2) Tenacidade: Capacidade de manutenção da atenção ou de uma tarefa específica. Hipotenacidade Hipertenacidade 3) Concentração: é a capacidade de manter a atenção voluntária em processos internos do pensamento ou em alguma atividade mental. 4) Desatenção: incapacidade de voltar o foco para um determinaod estímulo. 5) Distração: incapacidade de manter o foco da atenção em determinado estímulo. II) JUIZO CRÍTICO DA REALIDADE - É a capacidade para perceber e avaliar adequadamente a realidade externa e separá-la dos aspectos do mundo interno ou subjetivo. Antonio Henrique Riquelme AULA 2 - SEMIOLOGIA PSIQUIÁTRICA - Implica separar sentimentos, impulsos e fantasias próprios, de sentimentos e impulsos de outras pessoas. - Insight é uma forma mais complexa de juízo. Envolve um grau de compreensão do paciente sobre si mesmo, seu estado emocional, sua doença e as consequências desta sobre si, pessoas que o cercam a sua vida em geral. III) CONDUTA São os comportamentos observáveis do indivíduo: comportamento motor, atitudes, atos, gestos, tiques, impulsos e verbalização. C-onsciência A- tenção S - ensopercepção O – orientação M – emória I - ntenligência A – fetividade P – ensamento E J – uízo crítico U CO – nduta L - inguagem ESCALAS DE AVALIAÇÃO - DSM – Escala de avaliação global - Depressão – HAM (Hminton), Beck. - TOC – YALE-BROWN - Esquizofrenia – BPRS, CALGARY. - DEPEDENCIAA DO USO DE ALCOOL – AUDIT, CAGE. - Demência – Minimental, Teste do relógico - Transtorno Bipolar – Young - Fobia Social – Liebowitz EXAMES COMPLEMENTARES: Sindrome cerebrais organicas Sindromes psicóticas / Transtorno de Humor Antonio Henrique Riquelme AULA 2 - SEMIOLOGIA PSIQUIÁTRICA INDICAÇÕES DE NEUROIMAGEM · TCE · Abuso importante de álcool · Epilepsia com transtornos psiquiátricos · Transtornos do movimento · Doenças autoimunes · Exposição a venenos e toxinas · Delirium · Demência ou declínio cognitivo · Doença mental de início recente após 50 anos · Surto psicótico inicial · Apresentação em idade atípica para o diagnóstico · Catatonia · Sinais focais neurológicos · Mudanças repentinas de personalidade Antonio Henrique Riquelme AULA 2 - SEMIOLOGIA PSIQUIÁTRICA 12-SONO Alterações dos padrões de sono são comuns na prática médica e com frequencia fazem parte dos critérios diagnósticos de vários transtornos psiquiátricos. Deve-se avaliar se existe o transtorno primário de sono, doença clínica ou psiquátrica, alterações relacionadas ao envelhecimento ou até mesmo uma variação do sono normal. FUNÇÃO DO SONO O sono é um estado ativo, governado pelo sistema nervoso, caracterizado por uma perda reversível da consciencia com redução das funções sensoriais e motoras que ligam o cérebro ao meio. Tem como função a conservação de energia, maturação do sistema nervoso, reposição de neurotransmissores, remodelagem das sinapses e receptores do sistemas noverso central, aprendizado com consolidação da memória, qualidade restaurativa. IMPORTANCIA · Ocupata 1/3 da vida · Processo Ativo · Ocorre em várias patologias psiquiátricas TIPOS DE SONO 1) NÃO REM: - Composto por 4 estágios. - Diminuição das funções vitais (hipoatividade) - Movimentos corporais esporádicos - Ondas lentas - O despertar de 30 a 1 hora no sono NÃO REM faz com que as pessoas fiquem desorientadas. - A desorganização durante o despertas dos estáfios 3 ou 4 resulta em problemas especificos incluindo enurese, sonombulismo e pesadelos ou terrores noturnos do estágio 4. 2) REM: - Letencia de 90 minnutos - Alto nível de atividde cerebral -Sono Paradoxal - Na Narcolepsia e Depressão ocorre o encurtamento da latência do REM. - Pulso, respiração e pressãoa arterial nos seres humanos ficam todos elevados durante o sono REM. - Ereção Peniano. - Paralisia dos músculos esqueléticos (posturais). - Em razão dessa inibição motora, o movimento corporal é ausente durante o sono REM. SONO REM NÃO REM Antonio Henrique Riquelme AULA 2 - SEMIOLOGIA PSIQUIÁTRICA REGULADORES DO SONO 1- Serotonina 2- Noraepinefrina 3- Aceticolina Antonio Henrique Riquelme AULA 2 - SEMIOLOGIA PSIQUIÁTRICA PRIVAÇÃO DO SONO Períodos prolongados de privação do sono podem levar a desorganização do ego, alicinação e delírios.. Pacientes privados de sono REM podem exibir irritabilidade e letargia. Algumas pessoas tem sono naturalmente curto, necessitando de menor de 6 horas de sono por noite para funcionar de maneiradequada. Pessoas com sono logon precisam dormir mais de 9 horas por noite para funcionamento adequado. A necessidade de sono aumenta com o trabaho físico, exercício, doença, gravidez, estresse mental geral e atividade mental aumentada. Os períodos REM aumentam após estímulos psicológicos fortes, como situações dificeis de aprendizado e estresse, e após o uso de fármacos ou drogas que reduzem as catecolaminas do cérebro. ANAMNESE DO SONO - Detalhe incluem a avaliação do padrão de sono e sintomas ao longo das 24hrs. - Verificar a variabilidade em dias de semana, feriados e férias. - Contínuo x Intermitente - Questionar acompanhantes. - Graus de satisfação - Sensação de cansaço ao lonfo do dia - Presenã de sonolencia diurna (cochilos). - Uso de medicamentos Antonio Henrique Riquelme AULA 2 - SEMIOLOGIA PSIQUIÁTRICA - Consumo de Alcool, cafeina, tabaco e drogas ílicitas - Habitos de higine de sono. - Sinomas associados: Ronco, episódios de parada respiratória, cefaleia matinal, cataplexia, alucinação hipnagógicas, paralisia do sono, comportamnetos automáticos. - Sintomas que possam afetar o sono: Rinite, tosse, dispepsia, queimação retroesternal, dispenia, respiração bucal, dor, prurido, parestesias, entre outros. ESCALAS I) Escala de sonolencia de Epworth II) Escala de Pittsburgh para avaliação da qualidade do sono EXAMES COMPLEMENTARES 1) Polissonografia a) Latência de sono NREM = é o tempo que leva desde o apagar dasluzes até o inicio do sno, o calor normal para um adulto jovem é de 30 minutos. b) Latência de sono REM – é o tempo entre o início do estágio 2 e o início do primeiro episófio de REM durante a noite. É um dado bastente utilizado na PSG desde a trabalho de Kupffer em 1976, descrevendo o encurtamento da latência de sono REM em transtorno depressivos. - O valor normal em adultos joveem é de 70 a 120 minutos. c) Eficiência de sono – representa a quantidade do tempo total de sono em relação ao tempo total de regitro e o valor normal é > que 80% do adulto jovem. d) Porcentagem e distribuição das fases de sono: em um adulto saudável a distribuição dos etágios de sono de 20 a 25% de sono REM, até 8% de es´tagios n1, 50 a 55% de estágio N2 e 15 a 25% de sono de ondas lentas (N3). e) índice – vários eventos são drescritos através de um índice, o qual define o número desse evento por hora de sono. Ìndice de eventos respiratórios (apneias-hipopneias), que é o número de pausas respirtórias dividido pelo numero de horas de sono: Leve = 5 a 15/hora, moderado = 15 a 30/hora e grave > que 30/hora. Indice de mobimentos periódiso de membros inferiores: - Leve 15 a 25/hora - Moderado 25 a 50/hora - Acentuado > 50/hora ou > 25/hora quando assocido a microdespertar. Este indice de microdesoertares (eventos com duração entre 3 a 15 segundos). O valor normal é considerado entre 10 a 15/hora. f) Arritimias cardíacas; g) Alteração de gases sanguíneos – o parametro mais utilizado é a saturação arterial da oxihemoglobina abtido pela saturação da oximetrai digital, sendo essencial na avaliação de trasntorno respiratórios durante o sono. h) Hipnograma – é a representação gráfica da arquitetura do sono, ou seja, da distribuição dos estágios do sono ao longo da noite. Pode ser bastante útil se ter uma avaliação global do padrão de sono. Antidepressivos de maneira geral são supressores de sono REM e benzodiazeoínicos e barbitúricos podem aumentar o número de pauss respitarórias durante o sono. INDICAÇÕES: Antonio Henrique Riquelme AULA 2 - SEMIOLOGIA PSIQUIÁTRICA - Sonolência diurna - Transtorno respiratório do sono - Padrão alfa-delta (SAD) – addocia a quadro de fibromialagia, síndrome de fadiga cronica e sensação de sono leve. PATOLOGIAS DO SONO - Insonia (mais comum 20%). DISTÚBIOS DE SONO · Respitarórios: apnéia e hipopnéia. · Do ritmo: avanço ou atraso de fase · Hipersono: Narcolepsia e Síndrome de Kleine-Levin · Do movimento: movimento periódico dos membros. · Parassonias: despertar confusional, terro noturno, sonambulismo, pesadêlos, bruxismo · Insônia (dificuldade de iniciar o sono, despertar precose, sono interrompido e não reparador, acompanhado de prejuízo nas atividade diárias). EPIDEMIOLOGIA DA INSONIA Alta prevalência no mundo, aproximadamento 10% relatam sofre com a doença. (Roth et al., 2003). CLASSIFICAÇÃO DA INSONIA 1) Transitória = 1 mês ou menos – geralmete causada por fatores estressores externo, e usualmente resolve após resolução dos fatores estressores envolvidos. 2) Subaguda = Duração de 1 a 6 meses. 3) Cronica = Duração maior que 6 meses A apresentação de insônia 3 ou mais vezes semanalmente é considerada clinicamente significante. FATORES DE RISCO * Segundo a Ohayon MM. Epidemiology of insomnia: * · Sexo feminino · Menopausa · Idade (presente em 50% das pessoas acima de 65 anos). Antonio Henrique Riquelme AULA 2 - SEMIOLOGIA PSIQUIÁTRICA · Divorciados e viúvos · Baixo ível educacional e socioeconômico · Desempregados ETIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA Fatores de pesonalidade: descontetes, ter menos relações interpessoais satisfatória, dificuldades em lidar com problemas. Traços presentes: Humor depressivo, ruminanção, ansiedade crônica, inibição das emoções e inabilidade de expressar raiva. Condições clínicas: dor cronica, doenças cardiovasculares (ICC), doenças respiratórias (DPOC, Asma), Gastrointestinais (úlcera dueodenal), Insuficiencia Renal,Doenças Endócrinas (tireóide) e condições neurolóficas (parkinson e cefaleias). Uso de substâncias: Cigarro, Alccol, Beta-bloqueador, Alguns ISRS, alguns neurolépticos, anfetaminas, cocaína, crack, abstinência do uso de benzodiazepínicos. FISIOPATOLOGIA · O Aumento da secreção de ACTH e Cortisol. · A insonica tem sido associada a doenças cardiovasculates por aumenta o risco de hipentensão. · Também esta associada a obesidade visceral e sindrome metabólia e osteoporose. · Transtornos psiquiátricos: distimia, depressão maior, transtornos afetivos bipolar, ciclotimia, transtono de ansiedade e abuso e dependência no uso de substâncias psicoativas. · Aumento da frequencia cardíaca, vasoconstrição periférica, elevação da temperatura retal, e aumetno da movimentação do corpo tem sido observado nos pacientes com insônia antes do período habitual de dormir. · A insônia também foi relacionada com déficits cognitivos, como concentração, alerta e memória. · Estudos de neuroimagem demonstram que a transição da vigília para o adormecimento, esta associdado com a redução da atividade cerebral, na ponte, no tálamo, e no córtez pré-frontal. · Os estudos sugerem que uma taxa elevada de metabolismo cerebral pode explicar os quadros de insônia. · A redução da atividade na regiião pré-frontla na vigilia em paciente com insônia esta associado com a fadiga observada durante as atividade diárias. SINTOMAS NO PERÍODO PRINCIPAL DO SONO - Dificuldade de adormecer e/ou manter o sono - Despertar precoce - Padrão de sono não reparador - Diurnos: falta de energia, propensão ao erro, acidententes no trabalho ou dirigindo, cefaléia, tensão, sintomas gastrointestinais, preocupções com o sono, fadiga, deficit de atenção/concentraçao e memória, disfunção social/ acadêmica e profissional, irritabilidade e sonolência diurna. · O transtorno de insonia esta associado com aumento do risco de desenvolvimento de transtorno psiquiátricos. · É o maior fator de risco potencialmente tratável, para o aparecimento do primeiro episódio de depressão ou recorrência da depressão em adultos e na terceira idade Antonio Henrique Riquelme AULA 2 - SEMIOLOGIA PSIQUIÁTRICA TRATAMENTO I) Hiene do sono: tranta-se de atividade que auxiliam na desgaste energético e melhoram a qualidade de sono. -Evitar uso de cigarro, alcool e cafeína, exércicio físico, técnicas comportamenta, evitar dormir durante o dia, quanto escuro e fresco. II) Farmacológico: - Agonistas seletivos GABA A => Zopidem, Eszopiclone, Zopiclone e Zaleplon. - Benzodiazepínicos -> Clonazepam, Alprazolam, Larazepam, Estazolam, - Agonistas MT1 e MT2 -> Ramelteon. - Antidepressivos-> Mirtazapina, Trazodona, Dozepina, Amitriptilia. - Antipsicóticos -> Quetiapina 13- SEXUALIDADE Sexo ¼ da qualidade de vida (consciência familiar, lazer, relacionamento afetivo e sexo com satisfação / trabalho). Antes DA EXCITAÇÃO há o desejo 1. Desejo depende da DOPAMINA (sistema mesolímbico) e PROLACTINA (afasta o desejo – durante a amamentação – analisar aumento da atividades físicas, tumores de hipófise, medicamentos (rispiridona)). 2. Excitação sistema parassimapático Acetilcolina ( neurotransmissor do sistema = medicamentos que tem inibidor de acetilcolina (buscopan), hiperfunção do sistema simpático com cortisol e adrenalina desregulam o sistema parassimpático) oxido nítrico (viagra aumenta a vasodilatação e aumento da ereção) e PVI Mulher – lubrificação e Homem – Ereção. 3. Orgasmo Sistema simpático Noradrenalina (excesso = ejaculação precoce, ansiedade), Dopamina (trato rackmedular) e Ocitocina (aumenta vínculo). HIPOTÁLAMO Sexo masculino é mais intenso no homem (características evolutivas de caça), Área pré-óptica dispara dopamina mais rápido, portanto a excitação do homem é mais visual. Sexo feminino é o tato, “clima”, núcleo ventromediala liberação de dopamina é mais lenta. Antonio Henrique Riquelme AULA 2 - SEMIOLOGIA PSIQUIÁTRICA CORPO CALOSO - Maior em mulheres - As mulheres são mais cientes da suas próprias emoções. - Permitem que a emoção seja incorporada mais facilmente no processo de fala e pensamento. - Lesões de corpo caloso diminuem a sociabilidade e interações sociais. - As mulheres também tem mais tecido na massa intermediaria, que conecta as duas metades cerebrais. • Córtex orbitofrontal -> Lesões causam desequilíbrios emocionais. • Córtex Cingulado (sob o corpo caloso) – paixão, nervosismo e vermelhidão. SISTEMA LÍMBICO Enquanto o sistema límbico ainda estiver no banco do motorista, o amor sexual continuará a desorganizar, deleitar e, ocasionalmente, nos emboscar quando menos estivermos esperando. Ele pode não manter o mundo girando, mas certamente o torna um lugar mais interessante para viver. NEUROIMAGEM Estudos de Pet demonstraram que o estímulo sexual aumenta a atividade na área occipitotemporal, cingulado anterior e córtex insular e ativação bilateral da substância negra. Antonio Henrique Riquelme AULA 2 - SEMIOLOGIA PSIQUIÁTRICA Durante o orgasmo ocorre a redução do fluxo cerebral no córtex pré-frontal (orbitofrontal direito e esquerdo e dorsolateral esquerdo) e no lobo temporal esquerdo (giro fusiforme, giro temporal superior), como também no núcleo dentado cerebelar, ponte direita. LESÕES ORGANICAS E SEXUALIDADE HORMÔNIOS 1) Ocitocina: · Ejeção do leite, orgasmo, parto, estreita os laços, empatia, fidelidade, amor. (vasopressina causa novas memórias “droga esperta” amplia o cognitivo). Noradrenalidade de guerras e conflito diminuem os níveis da Ocitocina · Estudos demonstrou que os pacientes que recebiam ocitocina nasal aumentaram a comunicação e reduziram o níveis de cortisol durante conflitos conjugais.. · Ocitocina intranasal demonstrou reduzir a resposta ao estresse, modular a memória social, aumentar a capacidade de identificar o estado mental da outra pessoas, e atenuar as respostas emocionais da amigdala durante o comportamento social. · Níveis altos de ocitocina e vasopressina periférica tem sido associado com qualidade melhores de relacionamento. · É o hormônio das relações, que torna a pessoa capaz de ser doar por outra, de se agrupar, de se socializar. · É o hormônio do altruísmo, da honestidade. · A ocitocina é um nonapeptídeo – proteína composta por nove aminoácidos – descrita pelo pesquisador britânico Henry Day em 1906. · Pesquisas recentes no campo das neurociências revelaram que o ocitocina é responsável pela ética nos negócios, por isso recentemente chamada de “A molécula da moralidade” por Paul Zack, autor de beste seller sobre o tema. 2) Testosterona - Pico durante a manhã - Geralmente casais fazem sexo a noite (níveis baixos). 3) Estradiol - Um Estudo correlaciono com baixos níveis de estrógeno (<50pg/ml) cm problema sexuais em mulheres como secura vaginal, dispauneuria e dor). ETIOLOGIA DA DISFUNÇÃO SEXUAL · Biológica · HAS (tratamento com betabloqueadores) · Endocrinopatias / Diabetes · Doenças Urológicas · Doenças Ginecológicas Antonio Henrique Riquelme AULA 2 - SEMIOLOGIA PSIQUIÁTRICA · Efeitos de medicamentos e tabagismo. · Psicológica (conflitos de relação, religião) · Estresse · Depressão · História de Abuso Sexual · Ansiedade, culpa e hostilidade · Baixa autoestima e autoimagem negativa · Interpessoal · Conflitos conjugais · Disfunção sexual do parceiro · Relacionamento extraconjugal · Conflitos de orientação sexual, religioso e criação dos filhos. ANAMNESE: PONTOS IMPORTANTES · Sedentarismo e tabagismo · Consumo excessivo de álcool, uso de drogas ilícitas · Dieta hipo/hipercalórica · Doenças, uso e abuso de medicamentos · Traumas físicos cirurgias e Exames invasivos · Conflitos e Traumas psicológicos · Valores Culturais, religiosos e familiares · Educação recebida (conceitos percepção e vivência da sexualidade) · Primeiras experiencias sexuais (idade, tipo de experiencia, desempenho), fantasias sexuais (ocorrência, tipo e aceitação). · Frequências das relações · Preliminares · Desejo sexual · Orientação sexual · Ereções (matinais, noturnas, à masturbação, nas relações sexuais). · Lubrificação Vaginal (ocorrência e manutenção). · Ejaculação (tempo, controle, características do esperma). · Orgasmos (no clitóris e/ou vaginal; orgasmo masculino). · Dor (antes, durante ou após o intercurso, ou não relacionada ao intercurso). · Contrações vaginais; gravidez (idade, aceitação, número, tipo de parto e intercorrências). · Abortamento (época, tipo, número e circunstâncias) · Uso de medicamentos ou estimulantes para o sexo (prescritos ou autoadministrados, início de uso, frequências, dose e resultados). · Doenças sexualmente transmissíveis (tipos, tratamentos, resultados, repercussão na vida sexual). · Vida afetiva (envolvimento físico e emocional). · Deficiências hormonais ou diminuição de testosterona, por meio das alterações e dos sintomas físicos (perda muscular, sudorese excessiva, perda óssea, adiposidade visceral, diminuição dos pelos, dores musculares e fadiga). · Presença de depressão ou de outras manifestações psiquiátricas; reações psicológicas, dinâmica familiar (estrutura, mudanças, conflitos e perdas); desinteresse sexual situacional ou generalizado. EXAME FÍSICO I. Exame ginecológico na Mulher (musculatura do assoalho pélvico, presenã de prolapso de parede vaginal, sinais de atrofia vaginal, tamanho do intróito, infecções. II. Exame fisico no homem: Pressão arterial, pulsos periféricos, edema de membros inferiores, distribuição de pelos, exame de pênis para ver Peyronie Balanopostite e fimoses. Antonio Henrique Riquelme AULA 2 - SEMIOLOGIA PSIQUIÁTRICA ESCALA I. Índice de função sexual feminina II. Índice internacional de função erétil. EXAMES COMPLEMENTARES PAIXÃO A amigdala (área do cérebro responsável pelo sistema de alerta/medo) e córtex cingulado anterior (região responsável pelo pensamento crítico) encontra-se desligado quando os circuitos da paixão estão operando a todo vapor. Os clássicos sintomas da paixão são extremamente similares aos efeitos iniciais de drogas como anfetaminas, cocaína, morfina, ecstasy. Casais apaixonados, especialmente nos primeiros 6 meses, necessitam da sensação de proximidade física tanto quando um depende químico preda da próxima dose. Durante períodos de separação, o cérebro sofre literalmente uma síndrome de abstinência, necessitando urgentemente do outro. Muitos homens decidem pedir a mão da amada em casamento após uma viagem ou um breve rompimento, isso não é uma coincidência é consequência da retirada brusca da dopamina e oxitocina (dois hormônios responsáveis pela ligação amorosa). Apenas atividades como, troca de carinho, beijos, abraços, orgasmo podem restabelecer os níveis desses hormônios. Uma vez que ocorre novo influxo de dopamina e ocitocina, a ansiedade e o ceticismo são suprimidos e os circuitos da paixão são reforçados. O contato físico intenso (como abraças por mais de vinte segundos libera a ocitocina, que causa uma sensação de confiança no parceiro). Estudos realizados com pessoas apaixonadas demonstram que esse estado dura entre seis a oito meses. Antonio Henrique Riquelme AULA 2 - SEMIOLOGIA PSIQUIÁTRICA DISFUNÇÃO SEXUAL Os transtornos da sexualidade se dividem em 3 grandes grupos: disfunções sexuais, transtornos de preferência sexual (ou parafilias) e transtornos da identidade sexual (ou de gênero). Antonio Henrique Riquelme AULA 2 - SEMIOLOGIA PSIQUIÁTRICA
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