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Cartilha eleições 3 Edição - atualizada em 30JUN22

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1 
 
 
 
 
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO 
 
 
 
DAS CONDUTAS VEDADAS AOS AGENTES PÚBLICOS 
EM CAMPANHAS ELEITORAIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2022 
 
 
 
2 
 
 
APRESENTAÇÃO 
 
 De acordo com o Calendário Eleitoral (Eleições 2022) estipulado pelo 
TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL (TSE), por meio da RESOLUÇÃO nº 
23.674, de 16DEZ21, as eleições para a renovação dos Poderes, Executivo e 
Legislativo, no âmbito federal e em todos os Estados brasileiros, serão 
realizadas no mês de outubro, sendo que o 1º turno ocorrerá no dia 02OUT22 
e o 2º turno no dia 30OUT22. 
 A Legislação Eleitoral em vigor, visando impedir o uso do aparelho 
burocrático da administração pública de qualquer esfera de poder (federal, 
estadual e municipal) por parte dos candidatos e resguardar a igualdade de 
oportunidades nas campanhas eleitorais, estabelece uma série de condutas 
vedadas aos agentes públicos durante o período eleitoral. 
Assim, esta Cartilha tem por escopo orientar os policiais militares, de 
forma sucinta e objetiva, quanto às condutas a serem observadas em ano 
eleitoral, em especial quanto às vedações impostas pela legislação correlata. 
Dessa forma, insta refletir que as transgressões aos assuntos aqui tratados 
podem repercutir no âmbito eleitoral (multa, perda do mandato, registro ou 
diplomação), criminal, civil e administrativo. 
Fixa-se, também, como objetivo desta Cartilha, assegurar que a disputa 
ao pleito eleitoral ocorra em condições justas e democráticas, reforçando a 
reprovação a qualquer conduta de favorecimento ou dano a candidato ou 
partido. Nesse esteio, esperam-se dos agentes públicos seus votos de 
renovação com a isenção política, em benefício da população e da 
administração pública. 
 
 
CONCEITO DE AGENTE PÚBLICO 
 
 Para fins eleitorais, nos moldes do artigo 73, § 1º, da Lei federal nº 
9.504, de 30SET97, e do artigo 83, § 1º, da Resolução TSE nº 23.610, de 
18DEZ19, alterada pela Resolução TSE nº 23.671, de 14DEZ21, agente 
3 
 
público é “...quem exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por 
eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma de 
investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nos órgãos ou 
entidades da administração pública direta, indireta ou fundacional”. As 
vedações eleitorais, portanto, abrangem todos os policiais militares do 
Estado de São Paulo. 
 
DAS VEDAÇÕES CONSTANTES NA LEGISLAÇÃO 
ELEITORAL APLICÁVEIS AOS POLICIAIS MILITARES 
 
A legislação eleitoral, ao disciplinar as vedações aos agentes públicos, 
tem por escopo impedir qualquer ato que afete a igualdade de oportunidades 
entre candidatos nos pleitos eleitorais e assim, influenciar o resultado das 
eleições. Portanto, a interpretação de cada dispositivo que trata sobre vedação 
deve, necessariamente, permear a perspectiva de se promover a igualdade de 
oportunidades a todos os candidatos. 
Importante ainda consignar que o TSE, em precedentes jurisprudenciais, 
tem indicado que a consumação da prática de conduta vedada independe de 
dolo ou mesmo da potencialidade lesiva de influenciar o pleito1. 
Recomenda-se que os princípios da administração pública sejam 
sempre observados pelos policiais militares quando se deparem com situações 
dúbias ou não previstas expressamente na legislação. Assim, são 
aconselhadas soluções que privilegiem a isonomia entre os candidatos, a 
impessoalidade do agente público, a separação do público e do privado e o 
livre exercício da cidadania. De modo objetivo, insta observar as seguintes 
restrições: 
a) É crime o uso, na propaganda eleitoral (de 16AGO22 a 30OUT22), de 
símbolos, frases ou imagens associadas ou semelhantes às empregadas por 
órgão de governo, empresa pública ou sociedade de economia mista (artigo 40 
da Lei nº 9.504/97). 
 
1
 BRASIL. TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL. Ac.-TSE, de 7.4.2016, no REspe nº 53067: as 
hipóteses de conduta vedada previstas neste artigo têm natureza objetiva, cabendo ao 
julgador aplicar as sanções previstas nos §§ 4º e 5º de forma proporcional. 
4 
 
Vale observar que a qualquer tempo é vedado o uso do nome alheio em 
propaganda comercial, incorrendo em crime quem falsifica ou faz uso indevido 
de marcas, logotipos, siglas ou quaisquer outros símbolos utilizados ou 
identificadores de órgãos ou entidades da Administração Pública. 
b) Em qualquer data, é vedada a veiculação de propaganda eleitoral na 
internet, em sítios de pessoas jurídicas e sítios oficiais ou hospedados por 
órgãos ou entidades da administração pública direta ou indireta da União, dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios (artigo 57-C, § 1º, da Lei nº 
9.504/97). 
Note que ainda configura violação o fato de constar apenas o link do 
sítio pessoal do candidato. 
c) É vedado, em qualquer data, permitir ou ceder o uso, em favor de 
candidata, candidato, partido político, federação ou coligação, de bens públicos 
imóveis ou móveis (inclusive recursos financeiros), exceto para a realização de 
convenção partidária (artigo 73, inciso I, da Lei nº 9.504/97 c.c. artigo 83, inciso 
I, da Resolução TSE nº 23.610/19). 
É igualmente vedada a propaganda eleitoral de qualquer natureza (artigo 
37 da Lei nº 9.504/97) veiculada nos bens públicos (como viaturas, por 
exemplo) e nos bens sujeitos à cessão ou permissão pelo Poder Público. 
Nesse sentido, também é proibido, por exemplo, o uso dos 
equipamentos de propriedade da Polícia Militar em benefício de candidata, 
candidato, coligação, federação ou partido político, tais como telefones fixos ou 
celulares, computadores, conta de e-mail institucional e listas internas de 
correio eletrônico, como também a utilização de transporte oficial para 
locomoção a evento eleitoral. 
Não pode o policial militar, por exemplo, fazer uso do telefone de uma 
OPM ou do e-mail institucional para convocar ou informar sobre reunião de 
cunho político. Também a título de ilustração, é proibida a utilização de 
impressoras do quartel para confecção de material de campanha, mesmo que 
o papel seja adquirido pelo próprio policial ou candidato (a). 
d) É vedado, em qualquer data, usar materiais ou serviços, custeados 
pelos governos ou casas legislativas, que excedam as prerrogativas 
consignadas nos regimentos e nas normas dos órgãos que integram - abuso de 
prerrogativa. (artigo 73, inciso II, da Lei nº 9.504/97). 
5 
 
É também vedado o uso eleitoral dos materiais e serviços custeados 
pela Administração Pública a qualquer tempo (Recurso Especial nº 
35546/2011). 
e) É vedado, em qualquer data, ceder pessoa servidora pública ou 
empregada para comitês de campanha eleitoral de candidata, candidato, 
partido político, federação ou coligação, durante o horário de expediente 
normal, salvo se pessoa servidora pública ou empregada estiver licenciada. 
(artigo 73, inciso III, da Lei nº 9.504/97 c.c. artigo 83, inciso III, da Resolução 
TSE nº 23.610/19). 
O policial militar, durante seu horário de trabalho, está proibido de 
participar de atividade político-partidária, tais como comparecer ao comitê 
eleitoral de qualquer candidato, partido político ou coligação, ir a comícios ou 
participar de campanha eleitoral. Entretanto, se estiver de licença, férias, ou 
fora de seu horário de trabalho, poderá exercer plenamente sua cidadania e 
comparecer a ato político-partidário, desde que não se beneficie da função ou 
cargo que exerça, obedecidas as restrições inerentes à situação de militar da 
ativa, principalmente aquelas disciplinadas no Regulamento Disciplinar da PM. 
f) É vedado, em qualquer data, fazer distribuição gratuita de bens e 
serviços de caráter social, custeados ou subvencionados pelo Poder Público, 
em favor de candidata, candidato, partido político, federação ou coligação, ou 
permitir a estes o uso promocional dessa ação (artigo 73, inciso IV, da Lei nº 
9.504/97 c.c.artigo, 83, IV, da Resolução TSE nº 23.610/19). 
g) É vedada, entre 02JUL22 a 30OUT22, a distribuição gratuita (isto é, 
sem contrapartida; não se confunde com convênio) de bens, valores ou 
benefícios, exceto nos casos de (I) calamidade pública ou estado de 
emergência (assim declarados pelo Chefe do Poder Executivo) e de (II) 
programas sociais autorizados por lei específica (isto é, não basta apenas a lei 
orçamentária) e em execução orçamentária desde 2021 (artigo 73, inciso VI, 
alíneas “a” e “b” e § 3º, da Lei nº 9.504/97). 
A distribuição, todavia, não poderá, em hipótese nenhuma, beneficiar 
entidade nominalmente vinculada à candidata, candidato ou por esta mantida. 
h) É vedado, entre 02JUL22 a 30OUT22, fazer pronunciamento em 
cadeia de rádio e televisão, fora do horário eleitoral gratuito. 
6 
 
Exceção: matérias urgentes, relevantes e características das funções de 
governo, a critério da Justiça Eleitoral (artigo 73, inciso VI, alínea “c”, e § 3º, da 
Lei nº 9.504/97). 
i) É vedado, entre 02JUL22 a 30OUT22, realizar shows artísticos pagos 
com recursos públicos em inaugurações (artigo 75 da Lei nº 9.504/97). 
j) É vedado, entre 02JUL22 a 30OUT22, o comparecimento de candidata 
ou candidato a inaugurações de obras públicas (artigo 77 da Lei nº 9.504/97). 
Cumpre ressaltar que, mesmo sem discursar ou subir em palanque, a 
simples presença física do (a) candidato (a) em inauguração de obra financiada 
com recursos públicos pode ser enquadrada na vedação estabelecida na Lei 
eleitoral. 
l) O TSE firmou entendimento de que “os agentes públicos devem zelar 
pelo conteúdo a ser divulgado em sítio institucional, ainda que já tenham 
proibido a veiculação por meio de ofício a outros responsáveis, e tomar todas 
as providências para que não haja descumprimento da proibição legal”2. 
m) Oportuno registrar que, nos termos do § 1º do artigo 37 da 
Constituição Federal, “A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e 
campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de 
orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que 
caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos”. 
n) Sob a perspectiva de ferramentas tecnológicas, cabe registrar que é 
vedada: a utilização de computador ou notebook profissional para atos voltados 
para eleição; o uso do e-mail ou celular profissional para questões de 
campanha ou propaganda eleitoral; o compartilhamento ou aproveitamento de 
listas de e-mails ou endereços formados ou obtidos na atividade pública para 
fins eleitorais; a alimentação de páginas eletrônicas, “twitter” ou quaisquer 
redes sociais com material de cunho político; e promover a busca e coleta de 
informações em bancos de dados internos do Poder Público para obtenção de 
informações para uso contra adversário das eleições. 
Por fim, acrescenta-se que a Instituição, por meio da Diretriz PM3-
6/02/21, de 27DEZ21, disciplinou o uso de mídias sociais e aplicativos 
mensageiros por policiais militares. 
 
2
 BRASIL. TSE. AgR-REspe nº 35.590, Acórdão de 29/04/2010, relator Ministro Arnaldo 
Versiani Leite Soares. 
7 
 
PERGUNTAS E RESPOSTAS 
 
1) Quais as restrições em relação à publicidade institucional e à 
participação em programas e pronunciamentos em rádio e TV, por parte 
dos policiais militares? 
As vedações constantes do artigo 73, inciso VI, “b” e “c”, da Lei nº 
9.504/97 aplicam-se a todos os agentes públicos, conforme o artigo 73, § 3º, da 
mesma Lei 9.504/97 c.c. o artigo 83, § 3º, da Resolução nº 23.610, de 
18DEZ19, a partir de 02JUL22 até 30OUT22. 
Dessa forma, os pronunciamentos dos policiais militares, no exercício de 
suas atribuições institucionais, devem se restringir às questões de natureza 
administrativa ou informativas (informações jornalísticas), estando vedada 
qualquer espécie de menção a questões eleitorais. 
Da mesma forma, na publicidade institucional de atos, programas, obras, 
serviços e campanhas de órgãos públicos estaduais, inclusive entidades da 
administração indireta, devem ser retiradas todas as menções referentes à 
administração federal e estadual, já que a vedação abrange toda a publicidade 
institucional, produzida por ele próprio ou por terceiros. 
Registra-se que, segundo o TSE, “entende-se como ato de propaganda 
eleitoral aquele que leva ao conhecimento geral, ainda que de forma 
dissimulada, a candidatura, mesmo que apenas postulada, a ação política que 
se pretende desenvolver ou razões que induzam a concluir que o beneficiário é 
o mais apto ao exercício de função pública”3. 
De outra parte, a publicação de atos oficiais, tais como leis e decretos, 
não caracteriza publicidade institucional, conforme já reconhecido pelo TSE4. 
 
2) Quem está abrangido pela proibição de inauguração de obras 
públicas em período eleitoral? 
Tal recomendação encontra-se apoiada no artigo 77 da Lei nº 9.504/97 
c.c. a Resolução nº 23.610/19, que estabelece ser vedado a qualquer 
 
3
 RECURSO ESPECIAL ELEITORAL - RESPE nº 16.183, Rel. Min. Eduardo Alckmin, j. 
17/02/2000. 
4
 RESPE nº 25.748 AgR/SP, Rel. Min. Carlos Eduardo Caputo Bastos, j. 07/11/2006, DJ 
30/11/2006. 
8 
 
candidata ou candidato comparecer a inaugurações de obras públicas, a partir 
de 02JUL22 até 30OUT22. 
A legislação visa evitar que o ato de inauguração seja utilizado em favor 
de qualquer candidato (a), transformando-se em palanque político. A 
inauguração de obra não deve ser caracterizada como festividade, mesmo que 
esteja incorporada ao calendário turístico-cultural tradicional. Nota-se que a 
simples presença física do (a) candidato (a), bem como a participação de 
representantes, assessores emissários ou mandatários, em inauguração de 
obra financiada com recursos públicos, implica vedação estabelecida na Lei 
Eleitoral e poderá implicar a cassação do registro do (a) candidato (a). 
 
3) O policial militar, de férias ou de licença, pode comparecer a 
eventos políticos (de campanha)? 
Sim, pode comparecer. A restrição existe apenas em relação aos 
policiais militares da ativa, impedidos de se manifestar coletivamente sobre 
temas de cunho político-partidário, sujeitando-se as manifestações de caráter 
individual aos preceitos do RDPM. 
Se o policial estiver de licença, férias, ou fora de seu horário de 
expediente, poderá exercer plenamente sua cidadania e participar de ato 
político-partidário (comparecer a comitê eleitoral, ir a comícios ou comparecer 
aos atos da campanha), desde que não se beneficie da função ou do cargo que 
exerce. 
Vale ressaltar que o artigo 13, parágrafo único, do RDPM, prevê 
algumas transgressões disciplinares relacionadas ao tema5. 
 
 
5
 Artigo 13 - [...] 
Parágrafo único - As transgressões disciplinares são: 
[...] 
124 - comparecer, uniformizado, a manifestações ou reuniões de caráter político-partidário, 
salvo por motivo de serviço (M); 
[...] 
126 - autorizar, promover ou participar de petições ou manifestações de caráter 
reivindicatório, de cunho político-partidário, religioso, de crítica ou de apoio a ato de superior, 
para tratar de assuntos de natureza policial-militar, ressalvados os de natureza técnica ou 
científica havidos em razão do exercício da função policial (M); 
[...] 
128 - discutir ou provocar discussão, por qualquer veículo de comunicação, sobre assuntos 
políticos, militares ou policiais, excetuando-se os de natureza exclusivamente técnica, quando 
devidamente autorizado (L); 
 
9 
 
4) Em que situações é permitido aos policiais militares 
comparecerem a eventos de natureza eleitoral? 
É permitido aos agentes públicos estaduais (incluindo os integrantes da 
Polícia Militar do Estado de São Paulo) o comparecimento em eventos de 
campanhas eleitorais de qualquer candidato, o que se constitui emdireito de 
todo e qualquer cidadão, desde que tal comparecimento se dê fora do horário 
de trabalho, do ambiente funcional e sem se utilizar do fardamento 
característico da Polícia Militar, bem como sejam observadas as demais 
restrições legais abordadas nesta Cartilha. 
 
5) O policial militar pode comparecer em quartéis ou em outra 
repartição pública fazendo uso de vestimenta, adesivos ou broches que 
identifiquem candidatos ou possuam natureza eleitoral? 
É proibido aos agentes públicos o uso de materiais publicitários ou de 
natureza eleitoral que representem propaganda de candidato (a) ou partido 
político no âmbito das repartições públicas durante o trabalho. Tal vedação 
abrange o uso de camisetas de campanha, adesivos, broches, botons etc., 
inclusive bens e materiais no recinto de trabalho (artigos 19 e 20 da Resolução 
TSE nº 23.610/19). 
Contudo, é permitido o ingresso no interior de quartel de veículo com 
adesivos microperfurados até a extensão total do para-brisa traseiro e, em 
outras posições, adesivos que não excedam a 0,5m² (meio metro quadrado) 
(Lei n° 9.504/1997 - artigo 37, § 2º, II, e artigo 38, § 4º; e Resolução TSE nº 
23.610/19 - artigo 20, § 3º). 
Nesse mesmo sentido, é terminantemente proibido o trabalho do policial 
militar (fardado ou civilmente trajado) utilizando-se de vestimenta alusiva a 
algum candidato. 
 
6) A proibição de utilização de material político no âmbito do 
quartel ou da repartição pública abrange o usuário dos serviços 
públicos? 
Não. A vedação abrange somente os agentes públicos (categoria na 
qual estão incluídos os policiais militares), contudo, é proibida qualquer espécie 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9504.htm#art37
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9504.htm#art38
10 
 
de manifestação, no âmbito das repartições públicas estaduais, que possa ter 
conotação eleitoral. 
 
7) Há alguma restrição para o uso de e-mails oficiais pelos policiais 
militares? 
Sim. Tal veículo de comunicação deve ser utilizado apenas para fins 
institucionais, não devendo ser utilizado para divulgação de material de 
campanha eleitoral, para convocação de reunião de cunho político ou para 
qualquer finalidade correlata (vide as Instruções para Utilização das 
Ferramentas Eletrônicas de Comunicação na Polícia Militar - I-31-PM). 
Do mesmo modo, a restrição se aplica ao uso de telefone (fixo ou 
celular), custeado pelo erário, cotas de correspondência e reprografia, não 
podendo, pois, o agente público valer-se da prerrogativa do exercício da função 
para utilizar materiais e serviços em benefício de candidatura própria ou de 
outrem. 
 
8) É permitida a realização de reunião política nas sedes das OPM, 
auditórios ou salas de aula? E nos pátios das OPM? 
Não. É expressamente proibida a cessão e o uso de bens móveis ou 
imóveis em benefício de candidato (a), partido político, federação ou coligação, 
ressalvada para realização de convenção partidária (artigo 73, inciso I, da Lei 
nº 9.504/97 c.c. o artigo 83, inciso I, da Resolução TSE nº 23.610, de 
18DEZ19). 
 
9) É permitida a realização de licitações para a aquisição de bens e 
contratação de obras e serviços durante o período eleitoral? 
Sim. Não há qualquer restrição à realização de licitações para compras, 
obras e serviços em virtude do período eleitoral (inclusive a assinatura de 
contratos), desde que exista dotação orçamentária e se observe a legislação 
pertinente. 
 
10) Quais as consequências decorrentes do descumprimento das 
vedações/impedimentos contidos na legislação eleitoral? 
O descumprimento das normas eleitorais sujeita o agente público a 
11 
 
diversas penalidades, inclusive responsabilização criminal. Em alguns casos a 
sanção limita-se à fixação de multa pecuniária, em valor gradativo a depender 
da gravidade da infração, mas também pode resultar na cassação do registro 
ou diploma do candidato ou caracterizar, ainda, ato de improbidade 
administrativa, acarretando a aplicação das penalidades previstas na Lei 
federal nº 8.429/92, de 02JUN92, sem prejuízo de eventual responsabilização 
na esfera disciplinar. 
 
11) Pode ser distribuído santinho, chaveiro ou qualquer outro 
material de cunho político-partidário dentro dos quartéis? 
Não. A legislação é taxativa no sentido de proibir o uso das instalações 
públicas para essa finalidade (artigos 19 e 20 da Resolução TSE nº 23.610/19). 
 
12) Podem ser afixados adesivos em computadores ou paredes, ou 
utilizar outros materiais (como caneta, por exemplo) que façam referência 
a propaganda eleitoral nos bens móveis e imóveis do quartel? 
Não. A norma eleitoral veda expressamente a utilização de qualquer 
material de cunho político-partidário em local sujeito à administração pública 
(artigos 19 e 20 da Resolução TSE nº 23.610/19). 
 
13) O candidato pode comparecer em quartéis? 
Sim. As regras eleitorais não vedam o comparecimento em solenidades 
públicas militares ou a visitação em quartéis, desde que, como já esclarecido 
na pergunta nº 8, não haja reunião política e que o candidato não faça 
propaganda eleitoral, discurso e nem esteja em posição de destaque em 
palanque. 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS E LEGISLAÇÃO APLICADA 
 
Brasil. Constituição da República Federativa do Brasil (1988). Disponível 
em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm; 
Brasil. Lei n.º 9.504, de 30 de setembro de 1997. Disponível em: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9504.htm; 
São Paulo. Lei Complementar nº 893, de 9 de março de 2001. Institui o 
Regulamento Disciplinar da Polícia Militar. Disponível em 
https://www.al.sp.gov.br/repositorio/legislacao/lei.complementar/2001/lei.compl
ementar-893-09.03.2001.html; 
Tribunal Superior Eleitoral. Resolução nº 23.610, de 18 de dezembro de 
2019. Dispõe sobre propaganda eleitoral, utilização e geração do horário 
gratuito e condutas ilícitas em campanha eleitoral. Disponível em: 
https://www.tse.jus.br/legislacao/compilada/res/2019/resolucao-no-23-610-de-
18-de-dezembro-de-2019?texto=compilado; 
Tribunal Superior Eleitoral. Resolução nº 23.674, de 16 de dezembro de 
2021. Calendário Eleitoral (Eleições 2022). Disponível em: 
https://www.tse.jus.br/legislacao/compilada/res/2021/resolucao-no-23-674-de-
16-de-dezembro-de-2021; 
Tribunal Superior Eleitoral. Resolução nº 23.671, de 14 de dezembro de 
2021. Altera a Resolução TSE nº 23.610, de 18 de dezembro de 2019, que 
dispõe sobre propaganda eleitoral, utilização e geração do horário gratuito e 
condutas ilícitas em campanha eleitoral. Disponível em: 
https://www.tse.jus.br/legislacao/compilada/res/2021/resolucao-no-23-671-de-
14-de-dezembro-de-2021. 
 
https://www.al.sp.gov.br/repositorio/legislacao/lei.complementar/2001/lei.complementar-893-09.03.2001.html
https://www.al.sp.gov.br/repositorio/legislacao/lei.complementar/2001/lei.complementar-893-09.03.2001.html
https://www.tse.jus.br/legislacao/compilada/res/2019/resolucao-no-23-610-de-18-de-dezembro-de-2019?texto=compilado
https://www.tse.jus.br/legislacao/compilada/res/2019/resolucao-no-23-610-de-18-de-dezembro-de-2019?texto=compilado
https://www.tse.jus.br/legislacao/compilada/res/2021/resolucao-no-23-674-de-16-de-dezembro-de-2021
https://www.tse.jus.br/legislacao/compilada/res/2021/resolucao-no-23-674-de-16-de-dezembro-de-2021
https://www.tse.jus.br/legislacao/compilada/res/2021/resolucao-no-23-671-de-14-de-dezembro-de-2021
https://www.tse.jus.br/legislacao/compilada/res/2021/resolucao-no-23-671-de-14-de-dezembro-de-2021

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