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9 exemplos de redações nota 1000 dos últimos anos do Enem


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9 exemplos de redações nota 1000 dos 
últimos anos do Enem 
Os exemplos de redações nota 1000 do Enem vão te ajudar a entender o 
que deu certo e foi valorizado na hora da correção. Isso irá te orientar 
sobre o que você pode aplicar em sua própria produção posteriormente. 
Mas é claro que você só conseguirá ter essa compreensão se você 
souber como os textos são avaliados. Por isso, se você ainda não sabe 
como a sua redação será corrigida, é bom saber quais são as 5 
competências do Enem. 
Agora, vamos aos exemplos de redações nota 1000 dos últimos anos do 
Enem! Portanto, fique atento às partes destacadas em negrito no texto e 
procure identificar o que elas contém de positivo para replicar em suas 
próprias produções – como apresentação de dados, aprofundamento da 
argumentação, dentre outros. 
1º Exemplo de redação nota 1000 do Enem 2013: Os efeitos 
da implantação da Lei Seca no Brasil 
Autora: Bianca Hazt 
Título: O inferno são os outros 
Com base nos dois signos opostos, liberdade e responsabilidade, 
costuma-se dizer que a liberdade de determinado indivíduo termina 
quando começa a sua responsabilidade. No Brasil, muitos acidentes 
de trânsito acontecem justamente pelo fato de as pessoas não 
conhecerem o ponto inicial da sua responsabilidade. Analisando tal 
problema e suas consequências, o governo implantou a Lei Seca. 
objetivando um menor número de acidentes no trânsito. 
Primeiramente, deve-se entender que a medida destinada ao governo 
tomar já está sendo colocada em prática. Além da implantação da lei. 
milhares de etilômetros foram adquiridos e, de maneira geral, a 
fiscalização ocorre corretamente. 
De acordo com uma pesquisa feita pelo IBPS, com dados do Rio de 
Janeiro, 97% da população aprova o uso de bafômetros na 
fiscalização, e com dados do DATASUS, aconteceu uma queda de 
6,2% na média nacional de mortes desde a implantação da lei. Pela 
interpretação dos índices percebe-se que a população já está 
conscientizada sobre a gravidade do problema embora a média da 
redução das vítimas fatais ainda esteja baixa. 
Conclui-se, então que a parte mais difícil já está feita: as pessoas estão 
conscientizadas do problema. Agora, cabe aos estados e aos municípios 
o desenvolvimento de medidas criativas (como a repulsão magnética 
implantada em um copo ao beber e dirigir no RJ) que lutem 
energicamente contra a embriaguez no volante, para que assim, ao 
contrário do que o filósofo Sartre afirmava, o inferno deixe de ser os 
outros, os quais não sabem usufruir da sua liberdade.E, de quebra, se 
possa viver em um país livre de atitudes inconsequentes. 
https://www.imaginie.com.br/competencias-da-redacao-do-enem/
https://www.imaginie.com.br/competencias-da-redacao-do-enem/
2º Exemplo de redação nota 1000 do Enem 2014: 
Publicidade infantil em questão no Brasil 
Autor: Carlos Eduardo Lopes Marciano 
Título: O verdadeiro preço de um brinquedo 
É comum vermos comerciais direcionados ao público infantil. Com a 
existência de personagens famosos, músicas para crianças e parques 
temáticos, a indústria de produtos destinados a essa faixa etária cresce 
de forma nunca vista antes. No entanto, tendo em vista a idade desse 
público, surge a pergunta: as crianças estariam preparadas para o 
bombardeio de consumo que as propagandas veiculam? 
Há quem duvide da capacidade de convencimento dos meios de 
comunicação. No entanto, tais artifícios já foram responsáveis por mudar 
o curso da História. A imprensa, no século XVIII, disseminou as ideias 
iluministas e foi uma das causas da queda do absolutismo. Mas não 
é preciso ir tão longe: no Brasil redemocratizado, as propagandas 
políticas e os debates eleitorais são capazes de definir o resultado 
de eleições. É impossível negar o impacto provocado por um 
anúncio ou uma retórica bem estruturada. 
O problema surge quando tal discurso é direcionado ao público infantil. 
Comerciais para essa faixa etária seguem um certo padrão: enfeitados 
por músicas temáticas, as cenas mostram crianças, em grupo, utilizando 
o produto em questão. Tal manobra de “marketing” acaba 
transmitindo a mensagem de que a aceitação em seu grupo de 
amigos está condicionada ao fato dela possuir ou não os mesmos 
brinquedos que seus colegas. Uma estratégia como essa gera um 
ciclo interminável de consumo que abusa da pouca capacidade de 
discernimento infantil. 
Fica clara, portanto, a necessidade de uma ampliação da legislação atual 
a fim de limitar, como já acontece em países como Canadá e 
Noruega, a propaganda para esse público, visando à proibição de 
técnicas abusivas e inadequadas. Além disso, é preciso focar na 
conscientização dessa faixa etária em escolas, com professores que 
abordem esse assunto de forma compreensível e responsável. Só assim 
construiremos um sistema que, ao mesmo tempo, consiga vender seus 
produtos sem obter vantagem abusiva da ingenuidade infantil. 
3º Exemplo de redação nota 1000 do Enem 2015: A 
persistência da violência contra a mulher na sociedade 
brasileira 
Autora: Amanda Carvalho Maia Castro 
A violência contra a mulher no Brasil tem apresentado aumentos 
significativos nas últimas décadas. De acordo com o Mapa da Violência 
de 2012, o número de mortes por essa causa aumentou em 230% no 
período de 1980 a 2010. Além da física, o balanço de 2014 relatou 
cerca de 48% de outros tipos de violência contra a mulher, dentre 
esses a psicológica. Nesse âmbito, pode-se analisar que essa 
problemática persiste por ter raízes históricas e ideológicas. 
O Brasil ainda não conseguiu se desprender das amarras da sociedade 
patriarcal. Isso se dá porque, ainda no século XXI, existe uma espécie de 
determinismo biológico em relação às mulheres. Contrariando a célebre 
frase de Simone de Beauvoir “Não se nasce mulher, torna-se 
mulher”, a cultura brasileira, em grande parte, prega que o sexo 
feminino tem a função social de se submeter ao masculino, 
independentemente de seu convívio social, capaz de construir um 
ser como mulher livre. Dessa forma, os comportamentos violentos 
contra as mulheres são naturalizados, pois estavam dentro da 
construção social advinda da ditadura do patriarcado. 
Consequentemente, a punição para este tipo de agressão é dificultada 
pelos traços culturais existentes, e, assim, a liberdade para o ato é 
aumentada. 
Além disso, já há o estigma do machismo na sociedade brasileira. Isso 
ocorre porque a ideologia da superioridade do gênero masculino em 
detrimento do feminino reflete no cotidiano dos brasileiros. Nesse 
viés, as mulheres são objetificadas e vistas apenas como fonte de prazer 
para o homem, e são ensinadas desde cedo a se submeterem aos 
mesmos e a serem recatadas. Dessa maneira, constrói-se uma cultura 
do medo, na qual o sexo feminino tem medo de se expressar por estar 
sob a constante ameaça de sofrer violência física ou psicológica de seu 
progenitor ou companheiro. Por conseguinte, o número de casos de 
violência contra a mulher reportados às autoridades é baixíssimo, 
inclusive os de reincidência. 
Pode-se perceber, portanto, que as raízes históricas e ideológicas 
brasileiras dificultam a erradicação da violência contra a mulher no 
país. Para que essa erradicação seja possível, é necessário que as 
mídias deixem de utilizar sua capacidade de propagação de informação 
para promover a objetificação da mulher e passe a usá-la para difundir 
campanhas governamentais para a denúncia de agressão contra o sexo 
feminino. Ademais, é preciso que o Poder Legislativo crie um projeto 
de lei para aumentar a punição de agressores, para que seja possível 
diminuir a reincidência. Quem sabe, assim, o fim da violência contra a 
mulher deixe de ser uma utopia para o Brasil. 
4º Exemplo de redação nota 1000 do Enem 2016: Caminhos 
para combater a intolerância religiosa no Brasil 
Autora: Larissa Cristine Ferreira 
Título: Orgulho Machadiano 
Brás Cubas, o defunto-autor de Machado de Assis, diz em suas 
“Memórias Póstumas” que não teve filhos e não transmitiu a 
nenhuma criatura o legado da nossa miséria. Talvezhoje ele 
percebesse acertada sua decisão: a postura de muitos brasileiros 
frente a intolerância religiosa é uma das faces mais perversas de 
uma sociedade em desenvolvimento. Com isso, surge a problemática 
do preconceito religioso que persiste intrinsecamente ligado à realidade 
do país, seja pela insuficiência de leis, seja pela lenta mudança de 
mentalidade social. 
É indubitável que a questão constitucional e sua aplicação estejam entre 
as causas do problema. Conforme Aristóteles, a poética deve ser 
utilizada de modo que, por meio da justiça, o equilíbrio seja alcançado na 
sociedade. De maneira análoga, é possível perceber que, no Brasil, a 
perseguição religiosa rompe essa harmonia; haja vista que, embora 
esteja previsto na Constituição o princípio da isonomia, no qual 
todos devem ser tratados igualmente, muitos cidadãos se utilizam 
da inferioridade religiosa para externar ofensas e excluir 
socialmente pessoas de religiões diferentes. 
Segundo pesquisas, a religião afro-brasileira é a principal vítima de 
discriminação, destacando-se o preconceito religioso como o 
principal impulsionador do problema. De acordo com Durkheim, o 
fato social é a maneira coletiva de agr e de pensar. Ao seguir essa 
linha de pensamento, observa-se que a preparação do preconceito 
religioso se encaixa na teoria do sociólogo, uma vez que se uma criança 
vive em uma família com esse comportamento, tende a adotá-lo também 
por conta da vivência em grupo. Assim, a continuação do pensamento 
da inferioridade religiosa, transmitido de geração a geração, 
funciona como base forte dessa forma de preconceito, perpetuando 
o problema no Brasil. 
Infere-se, portanto, que a intolerância religiosa é um mal para a 
sociedade brasileira. Sendo assim, cabe ao Governo Federal construir 
delegacias especializadas em crimes de ódio contra religião, a fim de 
atenuar a prática do preconceito na sociedade, além de aumentar a pena 
para quem o praticar. Ainda cabe à escola criar palestras sobre as 
religiões e suas histórias, visando a informar crianças e jovens 
sobre as diferenças religiosas no país, diminuindo, assim, o 
preconceito religioso. Ademais, a sociedade deve se mobilizar em 
redes sociais, com o intuito de conscientizar a população sobre os males 
da intolerância religiosa. Assim, poder-se-á transformar o Brasil em um 
país desenvolvido socialmente, e criar um legado de que Brás Cubas 
pudesse se orgulhar. 
 
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5º Exemplo de redação nota 1000 do Enem 2017: Os 
desafios da formação educacional de surdos no Brasil 
Autor: Matheus Rosi 
Segundo o pensamento de Claude Lévi-Strauss, a interpretação 
adequada do coletivo ocorre por meio do entendimento das forças 
que estruturam a sociedade, como os eventos históricos e as 
relações sociais. Esse panorama auxilia na análise da questão dos 
desafios para a formação educacional dos surdos no Brasil, visto que a 
comunidade, historicamente, marginaliza as minorias, o que promove a 
falta de apoio da população e do Estado para com esse deficiente 
auditivo, dificultando a sua participação plena no corpo social e no 
cenário educativo. Diante dessa perspectiva, cabe avaliar os fatores que 
favorecem esse quadro, além de o papel das escolas na inserção desse 
sujeito. 
Em primeiro plano, evidencia-se que a coletividade brasileira é 
estruturada por um modelo excludente imposto pelos grupos 
dominantes, no qual o indivíduo que não atende aos requisitos 
estabelecidos, branco e abastado, sofre uma periferização 
social. Assim, ao analisar a sociedade pela visão de Lévi-Strauss, nota-
se que tal deficiente não é valorizado de forma plena, pois as suas 
necessidades escolares e a sua inclusão social são tidas como uma 
obrigação pessoal, sendo que esses deveres, na realidade, são coletivos 
e estatais. Por conseguinte, a formação educacional dos surdos é 
prejudicada pela negligência social, de modo que as escolas e os 
profissionais não estão capacitados adequadamente para oferecer o 
ensino em Libras e os demais auxílios necessários, devido a sua 
exclusão, já que não se enquadra no modelo social imposto. 
Outro ponto relevante, nessa temática, é o conceito de modernidade 
líquida de Zygmunt Bauman, que explica a queda das atitudes éticas 
pela fluidez dos valores, a fim de atender aos interesses pessoais, 
aumentando o individualismo. Desse modo, o sujeito, ao estar imersos 
nesse panorama líquido, acaba por perpetuar a exclusão e a dificuldade 
de inserção educacional dos surdos, por causa da redução do olhar 
sobre o bem-estar dos menos favorecidos. Em vista disso, os desafios 
para a formação escolar de tais deficientes auditivos estão presentes na 
estruturação desigual e opressora da coletividade, bem como em seu 
viés individualista, diminuindo as oportunidades sociais e educativas 
dessa minoria. 
Logo, medidas públicas são necessárias para alterar esse cenário. É 
fundamental, portanto, a criação de oficinas educativas, pelas prefeituras, 
visando à elucidação das massas sobre a marginalização da educação 
dos surdos, por meio de palestras de sociólogos que orientem a inserção 
social e escolar desses sujeitos. Ademais, é vital a capacitação dos 
professores e dos pedagogos, pelo Ministério da Educação, com o 
fito de instruir sobre as necessidades de tal grupo, como o ensino 
em Libras, utilizando cursos e métodos para acolher esses 
deficientes e incentivar a sua continuidade nas escolas, a fim de 
elevar a visualização dos surdos como membros do corpo social. A 
partir dessas ações, espera-se promover uma melhora das condições 
educacionais e sociais desse grupo. 
6º Exemplo de redação nota 1000 do Enem 2018: Manipulação 
do comportamento do usuário pelo controle de dados na internet 
Autora: Thais Saeger Ruschmann da Costa 
É fato que a tecnologia revolucionou a vida em sociedade nas mais 
variadas esferas, a exemplo da saúde, dos transportes e das relações 
sociais. No que concerne ao uso da internet, a rede potencializou o 
fenômeno da massificação do consumo, pois permitiu, por meio da 
construção de um banco de dados, oferecer produtos de acordo 
com os interesses dos usuários. Tal personalização se observa, 
também, na divulgação de informações que, dessa forma, se tornam, 
muitas vezes, tendenciosas. Nesse sentido, é necessário analisar tal 
quadro, intrinsecamente ligado a aspectos educacionais e econômicos. 
É importante ressaltar, em primeiro plano, de que forma o controle de 
dados na internet permite a manipulação do comportamento dos 
usuários. Isso ocorre, em grande parte, devido ao baixo senso crítico da 
população, fruto de uma educação tecnicista, na qual não há estímulo ao 
questionamento. Sob esse âmbito, a internet usufrui dessa 
vulnerabilidade e, por intermédio da uma análise dos sites mais visitados 
por determinado indivíduo, consegue rastrear seus gostos e propor 
notícias ligadas aos seus interesses, limitando, assim, o modo de pensar 
dos cidadãos. Em meio a isso, uma analogia com a educação 
libertadora proposta por Paulo Freire mostra-se possível, uma vez 
que o pedagogo defendia um ensino capaz de estimular a reflexão e, 
dessa forma, libertar o indivíduo da situação a qual encontra-se 
sujeitado – neste caso, a manipulação. 
Cabe mencionar, em segundo plano, quais os interesses atendidos por 
tal controle de dados. Essa questão ocorre devido ao capitalismo, 
modelo econômico vigente desde o fim da Guerra Fria, em 1991, o qual 
estimula o consumo em massa. Nesse âmbito, a tecnologia, aliada aos 
interesses do capital, também propõe aos usuários da rede produtos que 
eles acreditam ser personalizados. Partindo desse pressuposto, esse 
cenário corrobora o termo “ilusão da contemporaneidade” 
defendido pelo filósofo Sartre, já que os cidadãos acreditam estar 
escolhendo uma mercadoria diferenciada mas, na verdade, trata-se 
de uma manipulação que visa ampliar o consumo. 
Infere-se,portanto, que o controle do comportamento dos usuários 
possui íntima relação com aspectos educacionais e econômicos. Desse 
modo, é imperiosa uma ação do MEC, que deve, por meio da oferta de 
debates e seminários nas escolas, orientar os alunos a buscarem 
informações de fontes confiáveis como artigos científicos ou por 
intermédio da checagem de dados, com o fito de estimular o senso crítico 
dos estudantes e, dessa forma, evitar que sejam manipulados. Visando 
ao mesmo objetivo, o MEC pode, ainda, oferecer uma disciplina de 
educação tecnológica nas escolas, através de sua inclusão na Base 
Comum Curricular, causando um importante impacto na construção da 
consciência coletiva. Assim, observar-se-ia uma população mais crítica e 
menos iludida. 
 
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7º Exemplo de redação nota 1000 do 
Enem 2019: Democratização do acesso ao cinema no Brasil 
Autor: Daniel Gomes 
O filme ‘’Cine Hollywood’’ narra a chegada da primeira sala de cinema 
na cidade de Crato, interior do Ceará. Na obra, os moradores do até 
então vilarejo nordestino têm suas vidas modificadas pela modernidade 
que, naquele contexto, se traduzia na exibição de obras 
cinematográficas. De maneira análoga à história fictícia, a questão da 
democratização do acesso ao cinema, no Brasil, ainda enfrenta 
problemas no que diz respeito à exclusão da parcela socialmente 
vulnerável da sociedade. Assim, é lícito afirmar que a postura do 
Estado em relação à cultura e a negligência de parte das empresas que 
trabalham com a ‘’sétima arte’’ contribuem para a perpetuação desse 
cenário negativo. 
Em primeiro plano, evidencia-se, por parte do Estado, a ausência de 
políticas públicas suficientemente efetivas para democratizar o 
acesso ao cinema no país. Essa lógica é comprovada pelo papel 
passivo que o Ministério da Cultura exerce na administração do país. 
Instituído para se rum órgão que promova a aproximação de brasileiros a 
https://paginas.imaginie.com.br/melhore-seu-repertorio-sociocultural
bens culturais, tal ministério ignora ações que poderiam, 
potencialmente, fomentar o contato de classes pouco privilegiadas 
ao mundo dos filmes, como a distribuição de ingressos em instituições 
públicas de ensino básico e passeios escolares a salas de cinema. 
Desse modo, o Governo atua como agente perpetuador do processo de 
exclusão da população mais pobre a esse tipo de entretenimento. Logo, 
é substancial a mudança desse quadro. 
Outrossim, é imperativo pontuar que a negligência de empresas do 
setor – como produtoras, distribuidoras de filmes e cinemas – 
também colabora para a dificuldade em democratizar o acesso ao 
cinema no Brasil. Isso decorre, principalmente, da postura capitalista de 
grande parte do empresariado desse segmento, que prioriza os ganhos 
financeiros em detrimento do impacto cultural que o cinema pode exercer 
sobre uma comunidade. Nesse sentido, há, de fato, uma visão elitista 
advinda dos donos de salas de exibição, que muitas vezes precificam 
ingressos com valores acima do que classes populares podem 
pagar. Consequentemente, a população de baixa renda fica impedida de 
frequentar esses espaços. 
É necessário, portanto, que medidas sejam tomadas para facilitar o 
acesso democrático ao cinema no país. Posto isso, o Ministério da 
Cultura deve, por meio de um amplo debate entre Estado, sociedade 
civil, Agência Nacional de Cinema (ANCINE) e profissionais da área, 
lançar um Plano Nacional de Democratização ao Cinema no Brasil, a 
fim de fazer com que o maior número possível de brasileiros possa 
desfrutar do universo dos filmes. Tal plano deverá focar, 
principalmente, em destinar certo percentual de ingressos para 
pessoas de baixa renda e estudantes de escolas públicas. Ademais, 
o Governo Federal deve também, mediante oferecimento de 
incentivos fiscais, incentivar os cinemas a reduzirem o custo de 
seus ingressos. Dessa maneira, a situação vivenciada em ‘’Cine 
Hollywood’’ poderá ser visualizada na realidade de mais brasileiros. 
8º Exemplo de redação nota 1000 do Enem 2020: O estigma 
associado às doenças mentais na sociedade brasileira 
Autora: Júlia Sampaio 
No filme estadunidense “Coringa”, o personagem principal, Arthur 
Fleck, sofre de um transtorno mental que o faz ter episódios de riso 
exagerado e descontrolado em público, motivo pelo qual é 
frequentemente atacado nas ruas. Em consonância com a realidade 
de Arthur, está a de muitos cidadãos, já que o estigma associado às 
doenças mentais na sociedade brasileira ainda configura um 
desafio a ser sanado. Isso ocorre, seja pela negligência governamental 
nesse âmbito, seja pela discriminação dessa classe por parcela da 
população verde-amarela. Dessa maneira, é imperioso que essa chaga 
social seja resolvida, a fim de que o longa norte-americano se torne 
apenas uma ficção. 
Nessa perspectiva, acerca da lógica referente aos transtornos da mente 
no espectro brasileiro, é válido retomar o aspecto supracitado quanto à 
omissão estatal nesse caso. Segundo a OMS (Organização Mundial da 
Saúde), o Brasil é o país com maior número de casos de depressão 
da América Latina e, mesmo diante desse cenário alarmante, os 
tratamentos às doenças mentais, quando oferecidos, não são, na 
maioria das vezes, eficazes. Isso acontece pela falta de 
investimentos em centros especializados no cuidado para com essas 
condições. 
Consequentemente, muitos portadores, sobretudo aqueles de menor 
renda, não são devidamente tratados, contribuindo para sua 
progressiva marginalização perante o corpo social. Esse contexto de 
inoperância das esferas de poder exemplifica a teoria das Instituições 
Zumbis, do sociólogo Zygmunt Bauman, que as descreve como 
presentes na sociedade, mas que não cumprem seu papel com 
eficácia. Desse modo, é imprescindível que, para a completa refutação 
da teoria do estudioso polonês, essa problemática seja revertida. 
Paralelamente ao descaso das esferas governamentais nessa questão, é 
fundamental o debate acerca da aversão ao grupo em pauta, uma 
vez que ambos representam impasses para a completa socialização dos 
portadores de transtornos mentais. Esse preconceito se dá pelos 
errôneos ideais de felicidade disseminados na sociedade como metas 
universais. Entretanto, essas concepções segregam os indivíduos entre 
os “fortes” e os “fracos”, em que os fracos, geralmente, integram a classe 
em discussão, dado que não atingem os objetivos estabelecidos, tal 
como a estabilidade emocional. Tal conjuntura segregacionista 
contrária o princípio do “Espaço Público”, da filósofa Hannah 
Arendt, que defende a total inclusão dos oprimidos — aqueles que 
possuem algum tipo de transtorno, nesse caso — na teia social. Dessa 
maneira, essa celeuma urge ser solucionada, para que o princípio da 
alemã se torne verdadeiro no país tupiniquim. 
Portanto, são essenciais medidas operantes para a reversão do 
estigma associado às doenças mentais na sociedade 
brasileira. Para isso, compete ao Ministério da Saúde investir na 
melhora da qualidade dos tratamentos a essas doenças nos centros 
públicos especializados de cuidado, destinando mais 
medicamentos e contratando, por concursos, mais profissionais da 
área, como psiquiatras e enfermeiros. Isso deve ser feito por meio de 
recursos liberados pelo Tribunal de Contas da União — órgão que 
aprova e fiscaliza feitos públicos—, com o fito de potencializar o 
atendimento a esses pacientes e oferecê-los um tratamento 
eficaz. Ademais, palestras devem ser realizadas em espaços 
públicos sobre os malefícios das falsas concepções de prazer e da 
importância do acolhimento das pessoas doentes e 
vulneráveis. Assim, os ideais inalcançáveis não mais serão instrumentos 
segregadores e, finalmente, a situação de Fleck não mais representará a 
dos brasileiros. 
9º Exemplo de redação nota 1000 do Enem 2021: 
Invisibilidade e registro civil: garantiade acesso à 
cidadania no Brasil 
Autora: Giovanna Gamba Dias 
Em sua obra “Os Retirantes”, o artista expressionista Cândido Portinari 
faz uma denúncia à condição de desigualdade compartilhada por milhões 
de brasileiros, os quais, vulneráveis socioeconomicamente, são 
invisibilizados enquanto cidadãos. A crítica de Portinari continua válida 
nos dias atuais, mesmo décadas após a pintura ter sido feita, como se 
pode notar a partir do alto índice de brasileiros que não possuem registro 
civil de nascimento, fator que os invisibiliza. Com base nesse viés, é 
fundamental discutir a principal razão para a posse do documento 
promover a cidadania, bem como o principal entrave que impede que 
tantas pessoas não se registrem. 
Com efeito, nota-se que a importância da certidão de nascimento para a 
garantia da cidadania se relaciona à sua capacidade de proporcionar um 
sentimento de pertencimento. Tal situação ocorre, porque, desde a 
formação do país, esse sentimento é escasso entre a população, visto 
que, desde 1500, os países desenvolvidos se articularam para usufruir 
ao máximo do que a colônia tinha a oferecer, visão ao lucro a todo custo, 
sem se preocupar com a população que nela vivia ou com o 
desenvolvimento interno do país. Logo, assim como estudado pelo 
historiador Caio Prado Júnior, formou-se um Estado de bases frágeis, 
resultando em uma falta de um sentimento de identificação como 
brasileiro. Desse modo, a posse de documentos, como a certidão de 
nascimento, funcione como uma espécie de âncora para uma população 
com escasso sentimento de pertencimento, sendo identificada como uma 
prova legal da sua condição enquanto cidadãos brasileiros. 
Ademais, percebe-se que o principal entrave que impede que tantas 
pessoas no Brasil não se registrem é o perfil da educação brasileira, a 
qual tem como objetivo formar a população apenas como mão de obra. 
Isso acontece, porque, assim como teorizado pelo economista José 
Murilo de Carvalho, observa-se a formação de uma “cidadania operária”, 
na qual a população mais vulnerável socioeconomicamente não é 
estimulada a desenvolver um pensamento crítico e é idealizada para ser 
explorada. Nota-se, então, que, devido a essa disfunção no sistema 
educacional, essas pessoas não conhecem seus direitos como cidadãos, 
como o direito de possuir um documento de registro civil. Assim, a partir 
dessa educação falha, forme-se um ciclo de desigualdade, observada no 
fato de o país ocupar o 9º lugar entre os países mais desiguais do 
mundo, segundo o IBGE, já que, assim como afirmado pelo sociólogo 
Florestan Fernandes, uma nação com acesso a uma educação de 
qualidade não sujeitaria seu povo a condições de precária cidadania, 
como a observada a partir do alto número de pessoas sem registro no 
país. 
Portanto, observa-se que a questão do alto índice de pessoas no Brasil 
sem certidão de nascimento deve ser resolvida. Para isso, é necessário 
que o Ministério da Educação reforce políticas de instrução da população 
acerca dos seus direitos. Tal ação deve ocorrer por meio da criação de 
um Projeto Nacional de Acesso à Certidão, a qual irá promover, nas 
escolas públicas de todos os 5570 municípios brasileiros, debates acerca 
da importância do documento de registro civil para a preservação da 
cidadania, os quais irão acontecer tanto extracurricularmente quanto nas 
aulas de sociologia. Isso deve ocorrer, a fim de formar brasileiros que, 
cientes dos seus direitos, podem mudar o atual cenário de precária 
cidadania e desigualdade. 
Agora é sua vez! 
Depois de ter lido todos os exemplos de redações nota 1000, agora 
chegou a sua hora de praticar para tirar uma boa nota no Enem! 
A Imaginie Redação é uma plataforma de correção de redações em que 
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