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Gênero Campylobacter ANA LUISA ARRABAL DE ALMEIDA – VET140 Características Gerais • São bacilos gram-negativos finos e curvos, medindo entre 0,2 e 0,5 µm; • São móveis (unipolares ou bipolares); • Microaerófilos e capnofílicos; • Não-fermentativos, oxidase-positivos, com reação variável para catalase. • Maioria das espécies cresce em ágar MacConkey; • Tem crescimento aumentado em meios enriquecidos; • Células filhas unidas formando “asa de gaivota”. Habitat Usual -São comensais do trato intestinal de animais de sangue quente e algumas vezes do trato reprodutivo. Possuem ampla distribuição geográfica. -Espécies mais relevantes: Patogênese -Campylobacter fetus subsp. venerealis e subsp. fetus: possuem uma microcápsula ou camada S (arranjo de proteínas de alto peso molecular) que confere resistência à destruição mediada pelo soro e fagocitose, aumentando a sobrevivência no trato gastrointestinal. -Campylobacter jejuni: fator de virulência se relaciona com componentes solúveis com atividade semelhante a enterotoxinas, além de mecanismos de invasão de enterócitos. A contribuição da endotoxina termestável à patogênese da compilobacteriose é incerta. Diagnóstico Laboratorial -Espécies de Campylobacter requerem condições de microaerofilia para crescimento. Embora a maioria das espécies patogênicas tenham crescimento ótimo a 37oC, Campylobacter jejuni requer até 5 dias a 42oC para crescimento ótimo. -Esfregaços de cultura e espécimes clínicos devem ser corados com fucsina carbólica diluída (FCD) por 5 minutos – esse método cora os microrganismos mais intensamente que o método de Gram. -C. mucosalis é identificada utilizando coloração de Ziehl-Neelsen modificada (ZNM). Campilobacteriose Genital Bovina -Causada por Campylobacter fetus subsp. venerealis. É transmitida por touros portadores assintomáticos durante o coito a vacas suscetíveis. -As espécies de Campylobacter podem ser detectadas pela técnica de anticorpos fluorescentes em lavados prepuciais de touros ou em muco cervico-vaginal de vacas. Caso o isolamento seja confirmatório, espécimes de muco devem ser colocados em meio de transporte especial. -O teste de aglutinação do muco vaginal detecta cerca de 50% de vacas inférteis infectadas em um rebanho. Campilobacteriose Genital Ovina -A campilobacteriose em ovelhas pode ser causada por C. fetus subsp. fetus ou por C. jejuni. Esses microrganismos podem ser detectados no abomaso ou em líquidos fecais – diagnóstico presuntivo. Campilobacteriose Intestinal Canina -Esfregaços de fezes corados por FCD ou raspados retais de cães com diarreia pode ser indicativa de infecção. As espécies de Campylobacter podem contribuir para a severidade de doença entérica em cães infectados por outros enteropatógenos, como vírus entérico, espécies de Giardia e helmintos. Cães que eliminam C. jejuni são uma fonte potencial da infecção para humanos. Isolamento -Lavagem muco cervical/ prepucial e posterior filtragem. Requerem uma atmosfera de 5 a 10% de oxigênio e de 1 a 10% de CO2 para crescimento. Um meio seletivo enriquecido, tal como ágar Skirrow, geralmente é usado para isolamento primário. As espécies de Campylobacter requerem condições de microaerofilia para crescimento, as quais geralmente são fornecidas por envelopes geradores comercialmente disponíveis que liberam 6% de oxigênio, 10% de dióxido de carbono e 84% de nitrogênio. Identificação -As duas subespécies de C. fetus formam colonias lisas, circulares e translúcidas. -Colônias de Campylobacter jejuni são maiores, lisas e cinzas. -Dessa forma, os critérios para identificação dessas bactérias são: • Somente condição de microaerofilia; • Morfologia colonial. • Morfologia celular em esfregaço corados com FCD ou IF; • Características metabólicas e padrão de suscetibilidade a antibióticos.
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