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Direito do Trabalho

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Conceito: têm por finalidade estabelecer limite temporal ao trabalho 
executado pelo empregado em favor do empregador, visando a proteção 
da saúde e da integridade física do trabalhador; 
• Objetiva a proteção integral do trabalhador, evitando as consequências 
danosas da fadiga; 
• A limitação do tempo de trabalho também tem fundamento em questões 
de ordem econômica, qual seja, permitir uma maior produtividade e um 
aprimoramento do trabalho executado pelo empregado. O empregado 
descansado produz muito mais e com melhor qualidade. 
Conceito: é a quantidade de trabalho que diariamente o empregado 
cumpre em favor de seu empregador como obrigação decorrente do 
contrato de trabalho; 
• Período de um dia no qual o empregado permanece à disposição do 
empregador, trabalhando ou aguardando ordens; 
• Contará na contagem de tempo de serviço, para efeito de indenização e 
estabilidade, os períodos em que o empregado estiver afastado do trabalho 
prestando serviço militar e por motivo de acidente do trabalho; 
• Não é considerado como tempo à disposição do empregador: 
• Os períodos em que o empregado, por escolha própria, buscar proteção 
pessoal, em caso de insegurança nas vias públicas ou más condições 
climáticas, bem como adentrar ou permanecer nas dependências da 
empresa para exercer atividades particulares como, entre outras: práticas 
religiosas, descanso, lazer, estudo, alimentação, atividades de 
relacionamento social, higiene pessoal e troca de roupa ou uniforme, 
quando não houver obrigatoriedade de realizar a troca na empresa; 
• O tempo despendido pelo empregado desde a sua residência até a efetiva 
ocupação do posto de trabalho e para seu retorno, caminhando ou por 
qualquer meio de transporte, inclusive o fornecido pelo empregador, não 
é tempo à disposição do empregador. 
Súmula 429, TST: “Considera-se à disposição do empregador, na forma do 
art. 4º da CLT, o tempo necessário ao deslocamento do trabalhador entre 
a portaria da empresa e o local de trabalho, desde que supere o limite de 
10 (dez) minutos diários”. 
 
• Trabalho em domicílio ou a distância: não se distingue entre o trabalho 
realizado no estabelecimento do empregador, o executado no domicílio do 
empregado e o realizado a distância, desde que estejam caracterizados os 
pressupostos da relação de emprego. 
• Teletrabalho/trabalho remoto: a prestação de serviços fora das 
dependências do empregador, de maneira preponderante ou não, com a 
utilização de tecnologias de informação e de comunicação, que, por sua 
natureza, não se configure como trabalho externo. 
✓ O comparecimento, ainda que de modo habitual, às dependências do 
empregador para a realização de atividades específicas, que exijam a 
presença do empregado no estabelecimento, não descaracteriza o regime 
de teletrabalho ou trabalho remoto (é permitido o modelo híbrido);
✓ O empregado submetido ao regime de teletrabalho ou trabalho remoto 
poderá prestar serviços por jornada ou por produção ou tarefa; 
✓ É permitido para estagiários e aprendizes; 
 
• Prontidão x sobreaviso: a doutrina e a jurisprudência entendem ser 
aplicável o regime de sobreaviso, por analogia, a qualquer empregado cuja 
atividade justifique sua adoção. 
 
Conceito: aquele cuja duração não exceda a 30 horas semanais, sem a 
possibilidade de horas suplementares semanais; ou, as jornadas de até 26 
semanais, com a possibilidade de acréscimo de até 6 horas suplementares 
por semana. 
• A norma define que para os empregados com contrato em vigência, a 
adoção do regime de tempo parcial será feita mediante opção manifestada 
perante a empresa, na forma prevista em instrumento decorrente de 
negociação coletiva; 
 
 PRONTIDÃO 
 
Na empresa 
Escala 12 horas 
2/3 do salário normal 
 
 SOBREAVISO 
 
Fora da Empresa 
Escala 24 horas 
1/3 do salário normal 
• As horas extras no regime de tempo parcial podem ser compensadas na 
semana conseguinte. Caso contrário, elas devem ser devidamente quitadas 
na folha de pagamento do mês seguinte, com o acréscimo de 50% sobre o 
salário-hora normal; 
• Sobre as férias, vale a regra que também é estabelecida aos empregados 
de forma geral. Ou seja, após cada período de 12 meses de vigência do 
contrato de trabalho, o empregado terá direito a 30 dias de férias; 
• É possível converter a proporção de um terço do período de férias em 
abono pecuniário. 
• Não pode exceder 2 horas; (exceção: 12/36h) 
• Se dá por acordo individual, convenção coletiva ou acordo coletivo de 
trabalho; 
• A remuneração desta será de pelo menos 50% superior à da hora normal; 
• Caso haja a rescisão do contrato de trabalho sem que tenha havido a 
compensação integral da hora extra, o trabalhador receberá o pagamento 
dessas horas não compensadas calculadas sobre o valor da remuneração 
na data da rescisão; 
• O banco de horas poderá ser pactuado mediante acordo individual escrito, 
desde que a compensação ocorra no período máximo de 6 meses; 
• É permitido, mediante acordo individual escrito, convenção coletiva ou 
acordo coletivo, horário de trabalho de 12 horas seguidas por 36 horas 
ininterruptas de descanso, observados ou indenizados os intervalos para 
repouso e alimentação; 
TST: Tempo dedicado a cursos online obrigatórios para promoção será 
pago como hora extra. 
• Ocorrendo necessidade imperiosa, poderá a duração do trabalho exceder 
do limite legal ou convencionado, seja para fazer face a motivo de força 
maior, seja para atender à realização ou conclusão de serviços inadiáveis 
ou cuja inexecução possa acarretar prejuízo manifesto; nesses casos, a 
remuneração será, pelo menos, 25% superior à da hora normal, e o 
trabalho não poderá exceder de 12 horas; 
• Caso o empregado seja menor de 18 anos, a hora extra só poderá ocorrer 
mediante convenção ou acordo coletivo de trabalho 
 
• Consiste na anotação apenas das atividades não compreendidas na jornada 
diária normal de trabalho, tais como: horas extras, ausências injustificadas 
ou justificadas, folgas compensadas, saídas antecipadas, atrasos e 
assemelhados, presumindo-se, se nada for apontado, o cumprimento da 
jornada normal de trabalho prevista. 
• O horário de trabalho será anotado em registro de empregados. 
• Estabelecimentos com mais de 20 (vinte) trabalhadores: obrigatória a 
anotação da hora de entrada e de saída, em registro manual, mecânico ou 
eletrônico, se o trabalho for executado fora do estabelecimento, o horário 
dos empregados constará do registro manual, mecânico ou eletrônico em 
seu poder, sem prejuízo do que dispõe o caput deste artigo. 
• Fica permitida a utilização de registro de ponto por exceção à jornada regular 
de trabalho, mediante acordo individual escrito, convenção coletiva ou 
acordo coletivo de trabalho.
• Salvo nos casos de revezamento semanal ou quinzenal, o trabalho noturno 
terá acréscimo de pelo menos 20 % sobre a hora diurna;
• A hora do trabalho noturno será computada como de 52 minutos e 30 
segundos;
• O adicional noturno pago com habitualidade integra a remuneração do 
empregado para todos os efeitos: férias, 13º salário, aviso prévio, FGTS, 
descanso semanal remunerado; 
• Considera-se noturno o trabalho executado entre as 22h de um dia e as 5h 
do dia seguinte; 
• Em qualquer trabalho contínuo, cuja duração exceda 6h, é obrigatória a 
concessão de um intervalo, repouso ou alimentação, o qual será de no 
mínimo 1h e máximo 2h; 
• Entre 4 e 6h, é obrigatório o intervalo de 15 minutos; 
• Os intervalos não serão computados na duração do trabalho; 
• Caso não seja cumprido, a indenização é do acréscimo de 50% sobre o valor 
da remuneração da hr normal de trabalho e apenas do período suprimido. 
• Intrajornada não remunerado: é a pausa realizada pelo trabalhador dentro 
do horário de expediente; e 
• Intrajornada remunerado e computado as horas: serviços frigoríficos 
(recuperação térmica), trabalho em minas de subsolo e amamentação atéo filho completar 6 meses de idade. 
• Interjornada não remunerado: é o descanso entre um dia de trabalho e 
outro; e 
• Interjornada remunerado e computado as horas: entre 2 jornadas de 
trabalho haverá um período mínimo de 11h consecutivas para descanso. 
• Faltas injustificadas durante a semana, acarreta perda do pagamento do 
descanso semanal remunerado.
Conceito: constituem um direito do empregado de deixar de trabalhar e de 
estar à disposição do empregador durante um determinado número de 
dias consecutivos por ano, sem prejuízo da remuneração, desde que 
preenchidos alguns requisitos exigidos por lei; 
• Tem por objetivo a preservação da saúde e da integridade física do 
empregado, à medida que o repouso a ser usufruído nesse período visa 
recuperar as energias gastas e permitir que o trabalhador retorne ao 
serviço em melhores condições físicas e psíquicas. 
• A Constituição Federal, em seu art. 7º, XVII, assegura aos trabalhadores 
urbanos, rurais e domésticos “gozo de férias anuais remuneradas com, pelo 
menos, um terço a mais do que o salário normal”. 
Natureza jurídica do empregado: direito de gozá-las nos prazos e pelo 
período previstos em lei e também um dever de não trabalhar para outro 
empregador nesse período, a menos que esteja obrigado a fazê-lo em 
virtude de contrato de trabalho regularmente mantido com aquele; 
Natureza jurídica do empregador: dever de conceder as férias ao 
empregado e de exigir que ele não trabalhe durante o curso das férias, 
salvo se estiver obrigado a fazê-lo em virtude de outro contrato de 
trabalho. 
Art. 130, § 2º, CLT: “O período das férias será computado, para todos os 
efeitos, como tempo de serviço”. 
Características: 
✓ Caracterizam-se como período de interrupção do contrato de trabalho; 
✓ A natureza imperativa das normas sobre férias faz com que o direito a elas 
seja irrenunciável pelo empregado; 
✓ Não pode substituir o período de descanso por parcela em dinheiro (é 
permitido a conversão parcial do período de férias em pecúnia). 
Requisitos: 
✓ Depende da implementação de um período aquisitivo, que corresponde a 
12 meses de vigência do contrato de trabalho; 
Não terá direito a férias o empregado que, no curso do período aquisitivo: 
✓ Deixar o emprego e não for readmitido dentro de 60 dias subsequentes à 
sua saída; 
✓ Permanecer no gozo de licença remunerada por mais de 30 dias; 
✓ Deixar de trabalhar, com percepção de salário, por mais de 30 dias, em 
virtude de paralisação parcial ou total dos serviços da empresa; 
✓ Receber da Previdência Social por mais de 6 meses, embora descontínuos, 
prestações de acidentes de trabalho ou de auxílio-doença. 
• Após o retorno do empregado ao término de qualquer um dos fatores 
acima indicados, terá início um novo período aquisitivo. 
• A regra geral, inclusive para os empregados contratados sob o regime de 
tempo parcial, é que sua duração é de 30 dias corridos; 
• No entanto, a duração do período de férias poderá ser menor em razão do 
número de faltas injustificadas ao trabalho que o empregado tiver durante 
o período aquisitivo – a cada 9 dias faltados, é descontado 6 dias de férias 
(cálculo 6/9); 
• É vedado o início das férias no período de dois dias que antecede feriado 
ou dia de repouso semanal remunerado. 
• Será a que melhor consulte os interesses do empregador, devendo este, 
porém, respeitar o período concessivo respectivo; 
• No entanto, as férias dos empregados menores de 18 anos e estudantes, 
serão coincidentes com as férias escolares e as férias de membros de uma 
mesma família que trabalhem para o mesmo empregador serão concedidas 
em conjunto, salvo se disto resultar prejuízo para o serviço; 
• Será comunicada por escrito ao empregado, com antecedência de, no 
mínimo, 30 dias; 
• Havendo concordância do empregado, poderão ser usufruídas em até 3 
(três) períodos, sendo que um deles não poderá ser inferior a 14 dias 
corridos e os demais não poderão ser inferiores a 5 dias corridos cada um; 
• Equivale à remuneração normal do empregado acrescida de 1/3; 
• Deve ser considerada a remuneração do empregado na época da 
concessão, e não na época da aquisição do direito; 
• O pagamento deve ser feito até 2 dias antes do empregado iniciar o período 
respectivo, mediante recibo, do qual deve constar indicação do início e do 
término das férias; 
• Salvo na hipótese de dispensa por justa causa, a extinção do contrato de 
trabalho sujeita o empregador ao pagamento da remuneração das férias 
proporcionais, ainda que incompleto o período aquisitivo de 12 meses. 
• São aquelas concedidas, por interesse do empregador ou em virtude de 
negociação coletiva, a todos os empregados da empresa ou de 
determinado estabelecimento ou setor da empresa. 
• Trata-se de situação excepcional, tendo em vista que o normal é a 
concessão de férias individuais a cada empregado, respeitados os 
respectivos períodos aquisitivos e concessivos. 
Requisitos: 
✓ Deve ser comunicada pelo empregador, com antecedência mínima de 15 
dias: a) ao órgão local do Ministério do Trabalho e Emprego; b) ao sindicato 
dos trabalhadores; e c) aos próprios trabalhadores; 
✓ Indicar os setores envolvidos; 
✓ O fracionamento das férias coletivas pode ser feito em até dois períodos 
anuais, desde que nenhum deles seja inferior a 10 dias; 
✓ Os empregados contratados a menos de 12 meses gozarão de férias 
proporcionais, iniciando-se, então, novo período aquisitivo. 
Conceito: recompensa paga pelo empregador ao empregado pela 
prestação de serviços em um período determinado. 
• Integram o salário a importância fixa estipulada, as gratificações legais e as 
comissões pagas pelo empregador. 
Conceito: compreende além do salário devido e pago diretamente pelo 
empregador, as gorjetas que receber. 
Exemplos: 
Adicional noturno, pagamento de horas extras, adicional de periculosidade, 
participação nos lucros, participação acionária, quebra de caixa, descanso 
semanal remunerado, insalubridade, gorjetas e gratificações, gastos de 
viagens e hospedagem a serviço, comissões e percentagens, e incentivos 
concedidos pela organização. 
• As importâncias, ainda que habituais, pagas a título de ajuda de custo, 
auxílio-alimentação, vedado seu pagamento em dinheiro, diárias para 
viagem, prêmios e abonos não integram a remuneração do empregado.

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