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Prova A5 (N2) Literatura Contemporânea

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Prova A5 (N2) Literatura Contemporânea
1- “Eu comecei a escrever poesia primeiro, depois comecei a escrever contos. Contos muito marcados pelo encontro que tive com o escritor chamado Luandino Vieira. (...) ele me autorizou a fazer alguma coisa que aprecio muito fazer. As histórias que eu queria contar não podiam ser contadas no português normal, no português que, afinal, Moçambique adotou como língua oficial. (...) a mesma influência que ele tinha em mim ele tinha a partir de um escritor que nós não conhecíamos, que se chamava Guimarães Rosa. Eu fiquei alertado, avisado, e queria muito esses livros, de Guimarães Rosa. Quando chegou o primeiro livro, Primeiras Estórias, houve um fenômeno curioso. Eu não conseguia entrar naquele texto. Era como se eu lesse, ouvisse vozes, que eram as vozes da minha infância. (...) Era uma linguagem, quase uma linguagem de transe, que permitia que outras linguagens tomassem posse dela. E isto era fundamental num país em que há um amálgama, há uma ficção que se chama Moçambique”.
COUTO, Mia. “Nas pegadas de Rosa”. In: Revista Scripta, PUC-Minas, Belo Horizonte, v. 2, n. 3, p. 11-13, 2º semestre de 1998. Disponível em:< http://periodicos.pucminas.br/index.php/scripta/article/view/10213http://periodicos.pucminas.br/index.php/scripta/article/view/10213>. Acesso em 23 jul. 2017).
 
Mia Couto é considerado, atualmente, um dos maiores escritores de língua portuguesa no mundo. Parte do seu mérito envolve como ele cria toda uma literatura que:
Resposta: dialoga com a cultura e a sociedade africana, por uma visão não estereotipada.
2- “Deve haver, no mais pequeno poema de um poeta, qualquer coisa por onde se note que existiu Homero”.
PESSOA, Fernando. In: REIS, Carlos. O Conhecimento da Literatura. 2. ed. Coimbra: Almedina, 2008, p. 507.
 
Com base nesse texto, pode-se dizer que o processo intertextual que Murakami realiza no conto “Sherazade” apresenta traços de uma literatura
Resposta: que é produzida em diálogos com textos anteriores 
3- Leia o texto abaixo:
João Gostoso era carregador de feira-livre e morava no morro da Babilônia
num barracão sem número
Uma noite ele chegou no bar Vinte de Novembro
Bebeu
Cantou
Dançou
Depois se atirou na Lagoa Rodrigo de Freitas e morreu afogado.
BANDEIRA, M. Jornal de Poesia. Disponível em: < http://www.jornaldepoesia.jor.br/manuelbandeira04.html>. Acesso em: 28 abr. 2018
Considerando as etapas do modernismo que antecederam as tendências pós-modernistas, qual o elemento presente no poema de Bandeira cuja característica é modernista?
Resposta: A proximidade entre dois gêneros distintos: a poesia e a prosa.
4- Analise trecho do poema a seguir:
Força na forca
a palavra na boca
na boca a palavra: força
a força da palavra força
a palavra rolha fofa
a rolha fofa sem força
a palavra em folha solta
a força da palavra força
a palavra de boca em boca
na boca a palavra força
a palavra e sua força
na era de calar a forca
a era de calar a boca
na era de calar a boca
a era de falar à força(...)
(CHAMIE, M. Objeto selvagem. São Paulo: Quíron, 2005, p. 285-286).
As premissas pós-modernas trabalham a liberdade estética, formal e pragmática em prol da crítica ao passado e recriação do sentido, quando possível. Observando a maneira como Chamie resgata as estéticas modernistas em sua produção, como o autor explora as palavras no poema, responda: a que contexto extralinguístico é possível correlacioná-lo?
Resposta: Ao contexto da conexão simbólica entre os termos. O poeta faz uma ponte entre o poema e a vida social, que refletia uma época de censura e ditadura, “a era de calar a boca”, fazendo da palavra uma forma de combate.
5- “O discurso literário que se manifesta na obra de vários escritores contemporâneos não só identificam no passado causas para o que veio depois, mas também investigam o processo pelo qual, lentamente, essas causas começaram a produzir seus efeitos. São memórias que, silenciadas, adquirem corpo e voz. Não num movimento linear que poderia ter sido promovido por um narrador autoritário que quer ‘falar pelo outro’. Antes, inscrevem-se tais memórias do corpo e da voz do dominado”
FONSECA, Maria Nazareth Soares; CURY, Maria Zilda Ferreira. Mia Couto: espaços ficcionais. Belo Horizonte: Autêntica, 2008, p. 21
 
A literatura sempre teve uma relação com o seu tempo de produção, bem como é o espaço por excelência para o resgate de um passado pouco explicado. Exemplo disso é a obra “A máquina de fazer espanhóis”, na qual as personagens que vivem no asilo trazem à tona.
Resposta: 
· de Portugal na atualidade, e como ele precisa se reinventar após toda a convivência história com a África.
6- “Os signos de que a língua é feita, os signos só existem na medida em que são reconhecidos, isto é, na medida em que se repetem; o signo é seguidor, gregário; em cada signo dorme este monstro, um estereótipo: nunca posso falar senão recolhendo aquilo que se arrasta na língua. Assim que enuncio, essas duas rubricas se juntam em mim, sou ao mesmo tempo mestre e escravo não me contento com repetir o que foi dito, com alojar-me confortavelmente na servidão dos signos: digo, afirmo, assento o que repito”.
BARTHES, Roland. Aula. São Paulo: Cultrix, 1987, p. 15
 
Na obra de valter hugo mãe, O uso de uma variedade linguística para a produção dos seus textos literários representa
Resposta: uma forma de subverter a língua, criando novos significados.
7- A religião tornou-se o ponto de encontro e de confraternização entre as duas culturas, a do senhor e a do negro; e nunca uma intransponível ou dura barreira. Os próprios padres proclamavam a vantagem de concederem-se aos negros seus folguedos africanos. Um deles, jesuíta, escrevendo no século XVIII, aconselha os senhores não só a permitirem, como a "acodirem com sua liberalidade" às festas dos pretos. "Portanto não lhe estranhem o criarem seus reis, cantar e bailar por algumas horas honestamente em alguns dias do anno, e o alegrarem-se honestamente à tarde depois de terem feito pela manhã suas festas de Nossa Senhora do Rosário.
(FREYRE, Gilberto. Casa-grande e senzala. São Paulo: Global Editora, 2006, p. 439)
 
As adaptações de “O pagador de Promessas”, de Dias Gomes, envolve a compreensão da sociedade brasileira após anos de colonização, migrações e escravidão. O tema da peça explicita, dentre várias questões
Resposta: o sincretismo religioso e cultural da sociedade brasileira.
8- Leia atentamente o texto:
A poesia concreta propunha o fim do verso e da sintaxe, transformando o poema quase em um objeto. Segundo os autores da época, essa iniciativa na arte foi uma reação em relação ao momento em que viviam, às vésperas de uma nova capital do país: Brasília.
ABDALA JR, Benjamin. Literatura, história e política: Literaturas de língua portuguesa no século XX. Cotia: Ateliê Editorial, 2007, p. 126).
Tendo em mente o estilo proposto pelos poetas concretistas, a qual objetivo podemos relacioná-lo?
Resposta: Apelar para o aspecto visual da palavra.
9- “[...]aquele em que se abafam as vozes dos percursos em conflito, em que se perde a ambiguidade das múltiplas posições, em que o discurso se cristaliza e se faz discurso da verdade única, absoluta, incontestável. Para reconstruir o diálogo desaparecido são, nesse caso, necessários outros textos que, externamente, recuperem a polêmica escondida, os choques sociais, o confronto, a luta. A censura, nos regimes autoritários, a proibição de fala ao filho ou empregado “respondão” são, entre outros, meios de impedir que, pela intertextualidade externa, se retome o diálogo internamente perdido”.
BARROS, Diana Luz Pessoa de; FIORIN, José Luiz (Orgs.). Dialogismo, Polifonia, Intertextualidade. 2. ed. São Paulo: EdUSP, 2003.
 
Há toda uma produção literária que dialoga com os momentos de conflitos. Obras como “O que é isso, Companheiro?”, de Fernando Gabeira, abrange os grupos guerrilheiros durante a ditadura militar brasileira; “Os Sertões”, de Euclides da Cunha, conta a história da Guerra de Canudos. Por sua vez, Terra Sonâmbula aborda um evento muito comum a vários paísesafricanos que se tornaram independentes ao longo do século XX:
Resposta: os conflitos internos causados pela guerra civil que ocorreu logo após a independência, arrasando uma terra que havia acabado de sair de outra guerra.
10- Ferreira Gullar, principal defensor e teórico do neoconcretismo, teve papel de destaque como teórico das artes visuais já na segunda metade da década 1950, quando defendia a abstração geométrica herdeira de uma ideologia progressista. Nos anos 1960, sem perder seu prestígio junto à crítica brasileira de arte, o poeta e crítico deixou de lado as propostas do neoconcretismo, que ajudara a criar junto de outros artistas que viviam no Rio de Janeiro, e passou apoiar uma arte politicamente engajada. Aliado aos ideais da intelectualidade de esquerda, Gullar passou a afirmar a necessidade de uma arte fundamentada na realidade nacional e que visasse à conscientização da população brasileira.
(MOURA, Faraco. Literatura Brasileira. São Paulo: Ática, 2010, p. 225)
Note o que é descrito a seguir:
Na literatura de 1950, os autores começaram a emitir uma opinião em seus poemas, com um prisma voltado para a rotina comum do indivíduo nas cidades. Considerando a descrição e a poesia de Ferreira Gullar, que iniciou seu exercício artístico na década de 1950, é válido afirmar a respeito desse autor que:
Resposta: Foi um poeta que declarava, em seus poemas, um caráter social.

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