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Análise de Preços e Mercados 02 1. Definições e Conceitos 4 Produto/Serviço 4 Qualidade Percebida 5 Lealdade do Cliente 5 Praça 5 Preço 6 Formação de Preço 7 Métodos de Formação de Preço 8 2. Marketing e Formação de Preço 10 Formação de Preços 13 Concorrência e Valor 13 Custos 14 Métodos de Formação de Preços 15 3. Bolsa De Valores e B3 17 Bolsa de Valores no Brasil 17 B3 ou Bovespa 19 4. Análise de Preço 23 Análise Técnica 23 Preço de Ações 24 Gráfico de Ações 24 5. Referências Bibliográficas 30 03 4 ANÁLISE DE PREÇOS E MERCADOS 1. Definições e Conceitos Fonte: Anda1 Produto/Serviço ote que os serviços exibem ca- racterísticas como: Intangibilidade que torna o serviço abstrato solicitando, desse modo, um tratamento especial; Inseparabilidade conside- rando que não se pode produ- zir ou armazenar serviços como se fosse com os bens, por isso é indispensável uma com- 1 Retirado em http:// anda.jor.br petência de prestação de ser- viço antecipada; Heterogeneidade que é à inco- erência de se conservar cons- tante qualidade, considerando que o serviço é realizado pelo ser humano que possui natu- reza instável e por fim; Simultaneidade visto que a produção e o consumo aconte- cem ao mesmo tempo, tor- nando desse modo, o contato com a clientela o fator basilar de qualquer esforço mercado- lógico. N 5 ANÁLISE DE PREÇOS E MERCADOS Qualidade Percebida Note que a qualidade perce- bida é estimada sendo um fator in- tangível, onde o cliente faz seu cál- culo do produto ou serviço desejado, analisando seus pontos qualitativos, e se esses pontos são sempre ressal- tados pelas empresas, diante da con- corrência tão acirrada hoje em dia em qualquer segmento de mercado. A qualidade deve ser vista como o potencial intrínseco aos atri- butos do produto ou serviço de prover satisfação, ressaltando que a qualidade percebida, en- tão, é dependente da função de utilidade para o cliente em rela- ção ao nível de qualidade ou de- sempenho fornecido (ANDER- SON; FORNELL, 1994 apud MILAN; TREZ, 2005, p.4). Ainda, veremos que: O valor percebido pelo consu- midor ocorre quando este iden- tifica os diferenciais que a em- presa oferece agregados ao preço. Para Kotler e Armstrong (2007), o valor percebido é a identificação que o cliente faz das diferenças entre todos os benefícios e custos de uma ofer- ta ao mercado em relação às ofertas dos concorrentes. No mercado atual as empresas que investem em diferenciais pra seus consumidores, criam um importante impulsionador para conquistar sua lealdade (PRA- DO, et al. 2011). Lealdade do Cliente A retenção de clientes é a base de um bom negócio, levando em conta, principalmente a sua fideliza- ção, entretanto esta só acontece quando o cliente alcança que suas preferências sejam acolhidas de for- ma efetiva. Lealdade é um compromisso profundamente arraigado, as- sociado à repetição de compras ou a continuar dando a prefe- rência a um produto ou serviço ao longo do tempo, mesmo que influências situacionais e esfor- ços dos concorrentes tenham potencial para provocar um comportamento de troca. A em- presa que consegue demonstrar aos clientes que ele é primordial consegue conquistá-lo e obtém a sua lealdade, esse esforço na retenção de clientes é um inves- timento que irá garantir au- mento das vendas (PRADO, et al. 2011). Praça O que chamamos de praça ou distribuição de um produto no mer- cado é o ajuntamento de agentes por onde o produto escorre, desde o ven- dedor inicial chegando até o consu- midor final. Note que, canal de distribui- ção ainda é conhecido como praça, podendo ser apresentado como uma 6 ANÁLISE DE PREÇOS E MERCADOS rede colegiada de órgãos e institui- ções, que em conjunto, adimplem as atividades imprescindíveis para dis- ponibilizar o produto ou emprego dos vendedores aos usufrutuários fi- nais de forma mais conveniente. A promoção consiste em uma ferramenta de comunicação, sendo uma composição de ins- trumentos como: venda pes- soal, propaganda, promoção de venda, relações públicas e mar- keting direto, que a empresa utiliza com o propósito de atin- gir seus objetivos de marketing. Para Kotler e Armstrong (2005, p. 48), a promoção envolve as atividades que comunicam os pontos fortes do produto ou serviço prestado e convencem os clientes-alvo a comprá-lo (PRADO, et al. 2011). Preço Logo, o preço é a quantidade de dinheiro que os clientes possuem para pagar ao adquirir um produto ou serviço, e ainda o quanto esse produto vale para o consumidor, isto é, o quanto o consumidor acredita que precisa daquele produto, ainda devemos levar em conta um impor- tante aspecto na determinação da informação de mercado e na lucrati- vidade da empresa. Logo, o preço é um dos deter- minantes para a escalação dos pro- dutos pelos negociantes. É uma das informações chave para alcançarem o volume de vendas ambicionado e por implicação, tem grande choque nos lucros do empreendimento ten- do papel fundamental na agudeza da qualidade do produto pelos consu- mistas. A satisfação do cliente é uma das formas pela qual as empre- sas se mantêm no mercado, por isso a arte de criar empatia com o cliente é uma virtude, que deve ser cultivada pelas empre- sas, sendo um forte diferencial num mercado que se encontra tão competitivo. A satisfação do cliente depende do que ele per- cebe, em relação ao desempe- nho do produto em comparação com suas expectativas. Se este desempenho não corresponder às expectativas, o comprador fi- cará insatisfeito. Se correspon- der às expectativas, ele ficará satisfeito. Se exceder às expec- tativas, ele fica altamente satis- feito ou encantado (PRADO, et al. 2011). As precisões e desejos dos cli- entes são termos com definições di- ferentes, onde a precisão é o básico que um cliente necessita e os desejos é um sonho cobiçado de cada cliente. Assim, as necessidades do cli- ente são circunstâncias de determi- nada privação apreendida, e expres- são das próprias ideias e emoções, sendo acatados por elementos basi- lares de sobrevivência, já as vonta- des são a maneira que as precisões do consumidor assumem, quando 7 ANÁLISE DE PREÇOS E MERCADOS são acomodadas pela a cultura e in- dividualidade de cada um. A partir do conhecimento e do relacionamento com o cliente é possível desenvolver um relaci- onamento de longo prazo, as empresas podem utilizar o pós- venda como uma parte impor- tante para firmar o relaciona- mento, e saber que este pós- venda é tão necessário quanto à própria venda. Em uma visão direcionada para o relaciona- mento, o valor que o cliente percebe é criado por ele durante todo o processo de relaciona- mento, parcialmente nas inte- rações entre ele e o fornecedor ou provedor do serviço. Existe aqui claramente uma mudança do foco, dos produtos para os processos de criação de valor. Sendo que o marketing tem função de facilitador destes processos de consumo e utiliza- ção pelos clientes durante todas as etapas do relacionamento (GRÖNROOS, 2003 apud OLI- VEIRA, 2009, p.31). As empre- sas devem integrar o cliente no seu processo de desenvolvi- mento e estratégias, garantindo que os desejos destes sejam atendidos (PRADO, et al. 2011). Levando em consideração a análise de concorrente se consegue uma definição como: É através de uma apreciação que se pode ter uma ciência certa das probabilidades de competição, sendo que do mesmo modo, ela ajuda a detectar as áreas- problema, que estabelecem provi- dências imprescindíveis, por parte da empresa. Conforme os autores, “em mercados bastante competiti- vos, manter um olho nos concorren- tes e tentar antecipar seus próximosmovimentos é fundamental” (PAL- MER, 2006 apud FERNANDES, p.8,2010). Formação de Preço Então, a formação do preço é o procedimento pelo qual se alcança o preço apropriado para o mercado que se aspira atingir, onde o estabe- lecimento do preço é um dos aspec- tos decisivos para as empresas se distribuírem ao mercado. A formação de preço de negó- cio é uma implicação direta das con- dições de processo e oferta. A de- manda por um produto expressa a abundância do produto que as cor- porações podem vender para cada coeficiente de preço, ou quantidade que os indivíduos aceitam deprecar (comprar) àquele coeficiente de preço. A oferta está ligada, de um lado com as condições técnicas e os custos de produção de um bem ou serviço e, de outro, com a re- ceita a qual depende das condi- ções da demanda (MENDES, 2004 apud FERNANDES, p.3, 2010). Para Fernandes (2010) é de suma importância à tomada de decisão na formação do pre- ço de venda sendo que a melhor decisão de preço é aquela que contribui para a eficácia empre- sarial, sem esquecer o foco 8 ANÁLISE DE PREÇOS E MERCADOS principal que é a satisfação das necessidades dos clientes (PRADO, et al. 2011). Métodos de Formação de Preço Ainda os principais procedi- mentos de formação de preço viven- tes são: Preços com base na cotação plena, com base no custo de modifi- cação, com base no custo marginal, ainda a base na taxa de retorno esta- belecida sobre o capital investido, e por fim, base no custo-padrão e bom emprego de markups. Para este estudo foi analisado o preço com base no custo pleno, onde segundo Dominik (2008) neste método os preços são es- tabelecidos com base nos custos plenos, que são os custos totais de produção, acrescidos das despesas de vendas, de admi- nistração e da margem de lucro desejado. É realizado a partir do método de custeio de absor- ção, ou seja, é necessário que se faça o rateio para descobrir os gastos fixos unitários, princi- palmente quando se tratar de uma empresa que vende mais de um produto ou serviço (PRADO, et al. 2011). Fonte: http://eaglelucratividade.com 10 ANÁLISE DE PREÇOS E MERCADOS 2. Marketing e Formação de Preço Fonte: Inonni2 ote que o marketing pode-se ser definido como é um pro- cesso social através dos quais pes- soas e grupos de pessoas alcançam aquilo de que precisam e desejam através da criação, oferta e permuta de serviços e produtos. Logo, o marketing submerge em diversas atividades de análise, planejamento, agenciamento e con- trole e o seu alvo é a realização de trocas espontâneas de valores e seu desígnio é alcançar os objetivos or- ganizacionais. Assim, o marketing funda- menta-se na oferta da organização em termos de precisões e aspirações 2 Retirado em http://inonni.blogs dos mercados-alvo, necessitando ser orientado sempre para o público alvo. Além do mais, faz utilização de um conjunto de instrumentos: o for- mado de marketing, que será minu- denciado adiante. Outros aspectos que deverão ser considerados em relação ao marketing são aqueles referen- tes à segmentação de mercado. De acordo com Kotler e Arms- trong (2003), entende-se por segmentação de mercado o pro- cesso de dividir um mercado em grupos de compradores po- tenciais com necessidades, de- sejos, percepções de valores ou comportamentos de compra se- melhantes. A análise do públi- co-alvo implica em avaliar a N 11 ANÁLISE DE PREÇOS E MERCADOS atratividade de cada segmento de mercado e selecionar um ou mais segmentos para entrar. Uma empresa pode ter como alvo segmentos em que ela pode gerar valor superior para o cli- ente e manter esse valor ao lon- go do tempo. Em se dispondo de recursos limitados, pode preferir atender apenas um ou poucos segmentos especiais. Essa estratégia limita as ven- das, mas pode ser muito lucra- tiva. Uma empresa também pode optar por atender muitos segmentos relacionados, pois, talvez, aqueles com diferentes tipos de clientes possuam os mesmos desejos básicos. Já uma grande empresa pode pre- ferir oferecer uma gama com- pleta de produtos para atender todos os segmentos de mercado (OLIVEIRA, et al. 201 Fonte: https://es.slideshare.net/antonioterronbarroso/las-cuatro-ps-del-marke- ting-final-12602428 Observe que o processo de marketing decorre das necessidades do consumidor às competências e aos desígnios da empresa. Nesse contexto, a empresa decompõe o mercado total em pequenos segmen- tos e, depois, indica aqueles que po- dem melhor atendê-los. Para indivi- 12 ANÁLISE DE PREÇOS E MERCADOS dualizar a oferta e a disposição de marketing em segmentos alvos esco- lhidos, a empresa desenvolve um mix de estratégia de mercado. O mix de marketing sendo é marcado como “o conjunto de ferra- mentas que a empresa utiliza para atingir seus alvos de marketing no mercado alvo.” O mix incide sobre produto, promoção, praça e preço. Vale ressaltar que o preço inte- rage com os outros componentes do composto de marketing e a tática de preços necessita ser parte estratégi- ca do produto para desenvolver um programa de marketing consistente e competente. O quadro abaixo mos- tra cada componente do mix de mar- keting. Mix de marketing Fonte: Adaptado de Serrano (2006). Então, veja que o produto pode ser visto como um conjunto de bens e serviços que a empresa pro- porciona para o mercado alvo. In- cluem ainda marcas, recipientes, serviços aos compradores e outras características. A praça submerge uma série de trabalhos da organiza- ção que revolvem o produto disponí- vel aos consumidores. Já a promoção trabalha com as atividades que informam os pontos fortes do produto e persuadem os clientes-alvo a comprá-lo. O preço é a estima (valor) que os compradores estão dispostos a pagar por aquele produto. Entretanto, o preço não po- de ser visto apenas um componente independente da estratégia de mar- keting. Em vista disso, o preço ne- cessita ser um elemento integrante da estratégia. 13 ANÁLISE DE PREÇOS E MERCADOS Formação de Preços Perante a grande competitivi- dade do mercado, os empreendi- mentos necessitam definir suas es- tratégias de vendas antes de desen- volver um valor e fazer uma averi- guação acerca do mercado que ope- ram e do ambiente em que estão plantadas. Estabelecer o preço de forma apropriado tornou-se uma necessidade. A formação de preços está rela- cionada diretamente com as in- formações de custo e delas de- pende. Para que o sistema de formação de preços seja desen- volvido, as informações devem ser precisas e estarem disponí- veis em tempo hábil, para que as variáveis de ordem econô- mica sejam corretamente consi- deradas e as decisões sejam de boa qualidade. Nesta perspec- tiva, Kotler (2000) define preço como o valor de troca de um bem ou serviço. A partir desta definição, pode-se dizer que a sustentação da estratégia de po- sicionamento, o alcance dos ob- jetivos financeiros propostos e o ajuste a oferta à realidade de mercado são os principais obje- tivos da formação de preço. São três os pilares considerados pa- ra a formação de preços: con- corrência, elo de valor com o consumidor e custos (OLIVEI- RA, et al. 2011). Concorrência e Valor Note que uma das estratégias de cotação de preços fundamentada na concorrência é o valor de mer- cado pelo qual o empreendimento, diversas vezes, dirige seus preços, sem considerar muito os seus pró- prios custos ou a demanda. Logo, o empreendimento pode cobrar mais, aquém ou o mesmo que seus princi- pais antagonistas. Quando existe complexidade em se analisar a elasticidade de de- manda, os empreendimentos con- fiam que o preço de mercado simula o bom senso coletivoe terá uma res- posta justa. Assim, o valor é deter- minado como a razão entre o que o comprador recebe e o que ele pro- porciona, porquanto o cliente gran- jeia benefícios e admite custos. En- tre as benfeitorias, estão as funcio- nais e os emocionais. Entre os custos, estão os mone- tários, de tempo, de energia e os psicológicos. Sendo assim, o va- lor total para o cliente é enten- dido como o conjunto de bene- fícios que os clientes esperam de um determinado produto ou serviço. Já o custo total para o cliente é o conjunto de custos em que os consumidores espe- ram incorrer para avaliar, ob- ter, utilizar e descartar um pro- duto ou serviço. Para as empre- sas que possuem um planeja- mento estruturado e metas de longo prazo, a fixação de preço baseada no valor tem se tor- nado um método eficiente. Esse método leva em consideração o valor percebido pelo cliente em relação ao produto, fundamen- 14 ANÁLISE DE PREÇOS E MERCADOS tando-se na percepção dos con- sumidores em relação ao valor do produto e não aos custos do vendedor. (DOMINGUES, 2000). Conforme essa defini- ção, a satisfação fica entendida como a função de desempenho e expectativas percebidos. O cli- ente ficará insatisfeito caso o desempenho não alcance as ex- pectativas; se forem alcança- das, o cliente ficará satisfeito; e, se for além das expectativas, o cliente ficará altamente satis- feito (OLIVEIRA, et al. 2011). Custos A administração dos custos pode ser compreendida como o con- junto de caminhos e recursos técni- cos, metodológicos e funcionais que o empreendimento emprega para coletar informações, a fim de gerar dados úteis para o desempenho total da empresa e de seus campos funci- onais. Os pesquisadores da área ain- da reportam que o agenciamento de custos tem como alvo minimizar os custos das intervenções de cada ati- vidade, a fim de averiguar os agentes das variações sucedidas nos custos, analisá-las e exibir medidas correti- vas. Logo a seguir, serão abordados determinados termos técnicos que são utilizados para discussão sobre o método de formação dos custos e preços, conforme grandes autores da área. Os gastos ou dispêndios con- sistem no valor financeiro que a entidade gasta para a obten- ção de um serviço ou produto qualquer. Alguns gastos po- dem ser temporariamente mensurados como investi- mentos e, à medida que forem consumidos, receberão a clas- sificação de custos ou despe- sas. Ex.: aquisição de máqui- nas, equipamentos, veículos, móveis, ferramentas etc. Os investimentos são os gastos ativados em função de sua vida útil ou de vantagens aplicáveis a futuros períodos. Ex.: com- pra de matéria prima, aquisi- ção de máquinas etc. Os custos são gastos referentes a bens ou serviços utilizados na fabricação de outros bens ou serviços. Ex.: gastos com matérias-primas, embalagens, mão-de-obra fabril, aluguéis (OLIVEIRA, et al. 2011). Com relação à forma de men- suração, os custos podem ser classi- ficados em: Custos diretos: são custos que identificam o produto com suas próprias características, sendo mensuráveis de manei- ra objetiva. Ex: salários de operários, aço para fabricar chapas, etc.; Custos indiretos: são custos que onde não há possibilidade de medições objetivas indivi- 15 ANÁLISE DE PREÇOS E MERCADOS duais e apropriação direta. Ex: seguros e aluguéis de fábrica, supervisão de diversas linhas de produção etc. As despesas são utilizadas para obtenção de receitas e equivalem ao bem ou serviço adquirido direto ou indiretamente. Ex.: salários de vendedores, gastos com funci- onários administrativos etc. Ex: material de escritório, gas- tos com propaganda, telefone etc. (oliveira, et al. 2011). Métodos de Formação de Pre- ços Uma vez determinado o sis- tema de acumulação de gastos a ser empregado pelo empreendimento, passasse à escalação de técnicas de desenvolvimento de preços. São três os basilares métodos de desenvolvi- mento de preço: Com base no custo pleno: constitui-se no somatório dos gastos diretos e do rateio dos gastos fixos, acrescido do acréscimo do lucro percentual desejado; Com base no custo de transfor- mação: desconsidera o custo de material direto e concentra- se nos custos de transforma- ção; e Com base na taxa de retorno exigido sobre o capital inves- tido: formado, além dos custos básicos, pelo acréscimo da taxa de lucro desejável sobre o capital investido (oliveira, et al. 2011). 17 ANÁLISE DE PREÇOS E MERCADOS 3. Bolsa De Valores e B3 Fonte: Inonni3 ote que a Bolsa de Valores é um ambiente de mercado onde se agrupam as compras e vendas de ações, além de títulos que são dispo- nibilizados por empreendimentos de capital aberto. Logo, as ações são pequenas frações que as empresas alocam a venda, em permuta de um investimento em suas atividades. Assim, os investidores, denomina- dos acionistas, passam a ser titulares da parte que contraem. Para isso é que serve a Bolsa de Valores, ambi- ente onde essas comercializações acontecem. 3 Retirado em http://inonni.blogs Bolsa de Valores no Brasil Também existe a Bolsa de Va- lores no Brasileira é presentemente chamada de B3 e está presente na ci- dade de São Paulo o nome mais po- pular é BM&FBOVESPA, conexão de Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), junto a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). A Bovespa tem um indicador de desempenho deno- minado por Ibovespa, que avalia o volume adjunto das empresas que têm o maior volume de negócios da Bolsa. N 18 ANÁLISE DE PREÇOS E MERCADOS Na Bolsa de Valores as ações são comercializadas por empre- sas como forma de arrecadarem fundos para investimento pró- prio. Isso acontece no chamado Mercado Primário, ou seja, on- de se originam as ações de uma empresa. Depois de "vendidas" as ações são negociáveis, por isso, quem adquiriu uma ação e está tiver aumentado seu valor de cotação, é possível fazer uma "revenda" a outros investidores que estiverem interessados, na Bolsa. A relação entre investi- dores somente é possível por meio de corretoras de valores, que possuem autorização e re- gistro na Bolsa, e divulgam as ofertas de ações, como também títulos ou fundos. Além de ações, a Bolsa também comerci- aliza outros investimentos, co- mo os de renda fixa, mercado- rias (Commodities) e Títulos (DIÁRIO FINANCEIRO). Assim os principais alvos de uma Bolsa são de conservar um am- biente de reunião apropriado para compradores e vendedores, afora de manter a segurança e cristalinidade às ações transacionadas. Fonte: http://trovoacademy.com 19 ANÁLISE DE PREÇOS E MERCADOS B3 ou Bovespa Note que o nome B3 da Bolsa de Valores do Brasil, atualmente a 5ª maior bolsa em valores de mer- cado ações do mundo. Originalmen- te fundada em meados 1890 como Bolsa Livre, sobre ela adveio diver- sas reformulações no decorrer do tempo até alcançar à sua forma atual. A mais recente modificação aconteceu em março de 2017, com a síntese entre a BM&F Bovespa e a Cetip, dando ascendência à B3. A bolsa é o ambiente digital on- de ocorrem as negociações de ações e outros ativos financei- ros, como moedas estrangeiras e commodities. Portanto, é na B3 que investidores emitem or- dens de compra e venda, acom- panham índices de mercado e gerenciam seus ativos financei- ros (B3, 2020). Veja que a Bolsa de Valores de São Paulo foi uma das basilares bol- sas de valores brasileiras. Desde o seu nascimento, a Bolsa Livre, ad- veio por transformações até ser no- meada como Bovespa em 1935. En- tretanto existia somente uma bolsa de valores no Brasil.Em 2000, ela deixou de ser uma bolsa particular de São Paulo e fez uma integração com as outras nove bolsas de valores ativas no até então momento, de diferentes esta- dos. Contudo em 2008 a Bovespa se ligou com a BM&F, segundo vere- mos a seguir. Cabe ressaltar que atualmente a Bovespa dá nome ao principal índice de desempenho da B3: o Ibovespa. Ele mede a perfor- mance das ações a partir de uma seleção de 65 ações de 61 companhias com maior volume de negociações na bolsa. Conse- quentemente, funciona como um termômetro do mercado de ações no Brasil, e seus números são acompanhados diariamente pelos investidores (B3, 2020). Assim, a então BM&FBovespa foi outra modificação proeminente na história da bolsa de valores brasi- leira. Sendo fruto de uma junção ocasionada em 2008 entre a Bo- vespa e a BM&F, a Bolsa de Merca- dorias e Futuros. Durante seu período de atua- ção, a BM&FBovespa foi a prin- cipal bolsa de valores do Brasil, sendo considerada o mercado mais importante de ativos e de- rivativos do país. Mas, em 2017, a BM&FBovespa realizou uma nova fusão, dessa vez com a Ce- tip, formando a B3 (B3, 2020). Ainda é importante relem- brarmos da Cetip é a sigla para Cen- tral de Custódia e de Liquidação Fi- nanceira de Títulos, é uma sociedade civil sem fins lucrativos que propor- ciona soluções para custódia, bem como registro de operações e ainda pagamento de ativos no mercado de 20 ANÁLISE DE PREÇOS E MERCADOS títulos públicos ou privados. Bem como papéis CDB, LCA e LCI são de- terminados ativos que passam por ela. Além disso, é a Cetip que realiza o cálculo do CDI (Certificado de Depósito Interbancário), que hoje é um dos principais indica- dores de mercado. Conforme mencionamos antes, em março de 2017 a Cetip realizou a fusão com a BM&FBovespa, dando origem à atual B3. B3 é sigla para Brasil, Bolsa, Balcão. Co- mo você agora já sabe, trata-se da Bolsa de Valores do Brasil desde 2017. Atualmente, é su- pervisionada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e se configura como uma sociedade de capital aberto (B3, 2020). Vale indicar que a B3 possui endereços físicos, entretanto funci- ona através de um ambiente digital. Isto é, todas as negociações ocorri- das entre os investidores são realiza- das virtualmente, através de um sis- tema denominado home broker. Fonte: http://blog.rico.com.vc 21 ANÁLISE DE PREÇOS E MERCADOS O Índice Bovespa mede o de- sempenho da B3. Mas é impor- tante ter em mente que a B3 não é formada apenas pelas ações que integram o Ibovespa. Na verdade, o índice funciona como uma carteira teórica for- mada pelas principais ações de companhias com maior volume de negociação na B3. Nele, são integradas 65 ações que servem como parâmetro para a bolsa como um todo. Já a lista é atua- lizada a cada 4 meses ((B3, 2020). Entretanto a B3 é formada presentemente por ações de cerca de 400 empreendimentos nos seguin- tes setores: Bens Industriais; Consumo Cíclico; Consumo não cíclico; Financeiro; Materiais Básicos; Petróleo, Gás e Biocombustí- veis; Saúde Tecnologia da Informação; Telecomunicações; Utilidade Pública; Outros. Além do mais, ativos de renda fixa, assim como derivativos e ou- tros ativos de renda variável ainda são negociados na B3. 22 23 ANÁLISE DE PREÇOS E MERCADOS 4. Análise de Preço Fonte: 4 oito4 Análise Técnica Vejamos que a Análise Técnica, ainda conhecida como Análise Gráfica, é o instrumento mais poderoso e diligente para se ganhar dinheiro com as ocasiões de Day-trade e curto prazo. Sendo o ideal para distinguir qual o cenário mais admissível de acontecer com o preço das ações. Isso pois, ele se fundamenta no coração e na alma de algum mercado, seja o de agronegó- cios, até mesmo de carros usados ou 4 Retirado em http://4oito.com.br o de ações: baseado na a lei da oferta e procura. Se uma ação vale R$ 10,00, é porque um comprador encon- trou um vendedor nesse preço. Ou seja, o preço de uma ação é simplesmente reflexo da intera- ção entre os compradores e vendedores. Se em determina- do dia houver muito mais com- pradores do que vendedores, a demanda por aquela ação au- menta, a oferta diminui e a ten- dência é que os preços subam. Por outro lado, se o número de pessoas querendo vender aque- la ação aumenta e o número de pessoas querendo comprá-la T 24 ANÁLISE DE PREÇOS E MERCADOS diminui, os preços tendem a cair. Aliado a isso, a análise técnica sabe que o mercado de ações é formado por seres humanos, e que os seres huma- nos têm por natureza seguir al- guns padrões de comportamen- to e se comportar de acordo com tendências. Assim, a análi- se técnica tenta identificar pa- drões e tendências no compor- tamento dos compradores e vendedores para entender qual o cenário mais provável para o futuro próximo, utilizando es- tudos baseados em probabilida- de estatística (TORO, 2015). Deste modo, a análise técnica procura examinar a interação entre a força dos negociantes e vendedo- res para classificar qual o lado mais forte e do mesmo modo tomarmos nossas decisões. Assim, consegui- mos ter celeridade para nós dispu- sermos ao lado do cenário de maior possibilidade e, mais extraordinário do que isso, ter capacidade de reação para trabalhar com mudanças de cenário. Preço de Ações Note que como já vimos ante- riormente o preço da ação é formado meramente pela influência mútua entre os compradores e os vendedo- res das ações. Isso fica simples de compreender quando entendemos os capítulos 1 e 2, onde podemos ver de um lado os clientes e do outro os vendedores, que despacham as suas ofertas dando ascendência aos pre- ços. Portanto, no fim das contas o que forma o preço das ações de uma empresa na bolsa não é a situação do país, os aspectos macroeconômicos ou as notí- cias, mas sim de que maneira os compradores e vendedores in- terpretam esses fatos na hora de tomarem suas decisões. E é nesse ponto que entra a análise técnica, já que os preços são definidos pela briga entre os compradores e vendedores. En- tão, a ideia é focar a nossa aná- lise em algo simples e objetivo (TORO, 2015). Na análise técnica, é como se ficássemos apreciando para uma guerra entre negociantes e vendedo- res, tentando notar qual é o lado mais forte, com o pensamento de nos alinharmos a ele para jazermos sempre ao lado da possibilidade mais atraente. Com a prerrogativa de que, se o lado mais fraco surgir a reagir, possamos ter capacidade de reação para nos alinharmos a esse novo panorama. Gráfico de Ações Assim, o gráfico das cotações de ações elucida a passagem dos preços de uma ação no decorrer do tempo. 25 ANÁLISE DE PREÇOS E MERCADOS Veja um exemplo prático é analise das ações da loja de departa- mentos Magazine Luiza que nos últimos anos teve muitas mudanças de cenário. Fonte: https://br.tradingview.com/symbols/BMFBOVESPA-MGLU3/ Fonte: https://br.tradingview.com/symbols/BMFBOVESPA-MGLU3/ 26 ANÁLISE DE PREÇOS E MERCADOS Os preços são representados no eixo vertical do gráfico, en- quanto o tempo é visto pelo eixo horizontal. Com isso, podemos identificar qual o lado mais forte e as tendências para o pre- ço de uma ação. O gráfico das cotações de ações ilustra a movimentação dos preços da ação ao longo do tempo. Os pre- ços são representados no eixo vertical do gráfico, enquanto o tempo é visto pelo eixo horizo- ntal. Nele inserimos os estudos para identificarmos qual o lado mais forte e as tendências para o preço das ações (TORO, 2015). Eles podem simular minutos, horas, dias, semanas, ou até prazos mais longos como meses ou até anos. Isso estará sujeitode acordo com o período empregado no gráfi- co. Em algumas ferramentas, você pode ajustar o gráfico de ações de acordo com as suas necessidades, adequando os candles conforme as suas necessidades. Os candles têm por alvo registrar o máximo de da- dos sobre os preços, da maneira mais simples e intuitiva possível. Com isso, eles permitem identi- ficar o lado mais forte dentro dessa guerra entre comprado- res e vendedores. Existem dois tipos de candle: Os candles de alta e de baixa. No Candle de Alta, o preço de fechamento (úl- timo negócio que ocorreu na- quele dia) superou o preço de abertura do mercado (primeiro negócio que ocorreu naquele dia). Exemplo: Quando o mer- cado abriu, a ação trocou de mãos pela primeira vez no pre- ço de R$ 10,00 e fez seu último negócio no preço de R$ 11,00. Nesse caso tivemos um candle de alta. No candle de alta, que você pode ver dentro do gráfico do Toro Radar (e mais abaixo também), o preço de abertura do mercado fica na base do retângulo e o preço de fecha- mento no topo do retângulo. Já no Candle de Baixa é o contrá- rio. Quando o mercado abriu, a ação trocou de mãos pela pri- meira vez no preço de R$ 11,00 por exemplo, e fez seu último negócio no preço de R$ 10,00 (TORO, 2015). Fonte: https://www.tororadar.com.br/analis e-tecnica-de-acoes Note que no mercado essas linhas são denominadas “Sombras”. Ou seja, o topo da sombra superior simula o preço máximo contraído naquele dia, por outro lado, o fundo da sombra inferior simula o mínimo. Tanto no candle de alta como no de baixa. Então vamos ob- servar esse candle de alta: va- 27 ANÁLISE DE PREÇOS E MERCADOS mos imaginar que, quando o mercado abriu, uma ação esta- va cotada em R$ 10,00, fez uma mínima em R$ 9,50, depois chegou à máxima em R$ 11,50 e fechou em R$ 11,00 (TORO, 2015). Fonte: https://www.tororadar.com.br/analis e-tecnica-de-acoes Dessa forma, no candle de al- ta, a máxima jazerá na sombra su- perior e/ou na mínima na sombra inferior. Logo, vamos arquitetar que uma ação acendeu o mercado em R$ 16,00, fez a máxima no preço de R$ 16,50, ínfima em R$ 15,00 e fechan- do no preço de R$ 15,50. Fonte: https://www.tororadar.com.br/analis e-tecnica-de-acoes Ao longo dos pregões veremos, por meio do gráfico do Toro Radar, os candles sendo aperfeiçoados em tempo real, isto é, ao longo o dia ele vai sendo indicado à medida que os preços vão brandindo, até que o dia finaliza e aquele candle fica registra- do para, no dia posterior, iniciar um novo candle. É por cima desse gráfi- co que nós vamos realizar as análises técnicas das ações. 28 ANÁLISE DE PREÇOS E MERCADOS Por fim, por causa da oscilação do mercado, cada candle aparentar uma maneira diferente, contendo elementos importantes sobre a “guerra” entre negociantes e vende- dores. Materiais Complementares Links “gratuitos” a serem con- sultados para um acrescentamento no estudo do aluno de assuntos que não poderão ser abordados na após- tila em questão: AnaliseGrafica.pdf ESTRATÉGIAS DE VALOR E DE CRESCIMENTO EM AÇÕES NA BOVESPA Índice-de-forca-relativa/ Bandas bollinger - Rafi-Modulo-2- v1.pdf Livro TOP_analise_investimentos.pdf FGV - o PODER DE PREVISÃO DA ANÁLISE TÉCNICA O B3 oferece um curso gratui- to para aprender trabalhar com sua plataforma: http://www.b3.com.br/pt_br/b3/e ducacao/cursos/online/ 29 29 30 ANÁLISE DE PREÇOS E MERCADOS 30 5. Referências Bibliográficas B3. História da B3. 2020. Retirado em: http: //www.b3.com.br/pt_br BARBOSA, Marisa Zeferino; MARGA- RIDO, Mario Antonio; JUNIOR, Sebastião Nogueira. Análise da elasticidade de trans- missão de preços no mercado brasileiro de algodão. Nova Economia, v. 12, n. 2, 2002. Diário financeiro. O que é bolsa de valores. N/T. Retirado: https://www.dicionariofinan- ceiro.com/bolsa-de-valores/ NUNES, Maurício S.; DA COSTA JR, New- ton CA; MEURER, Roberto. A relação en- tre o mercado de ações e as variáveis ma- croeconômicas: uma análise econométrica para o Brasil. Revista Brasileira de Econo- mia, v. 59, n. 4, p. 585-607, 2005. OLIVEIRA, Paulo Roberto; et al. Forma- ção de Preço e Abrangência de Mercado: um Estudo de Caso da Marca Café do Dia. VIII SEGeT – Simpósio de Excelência em Gestão e Tecnologia, 2011 PRADO, José Willer. Pesquisa de Mercado e Formação de Preço: um Estudo de Caso Referente Ao Serviço de Internet em uma Empresa que Atua no Município de Bam- buí – Mg. Conference: VIII SEGeT – Sim- pósio de Excelência em Gestão e Tecnolo- gia, Volume: 8, 2011. TORO. Analise técnica de ações. 2015. Re- tirado em: https://www.torora- dar.com.br/hubfs/eBooks/Ebook-analise- tecnica.pdf 03 1