Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Fisiologia Digestória Fonoaudiologia 22.1 Fases do sistema digestório 1. Fase Cefálica: preparação do alimento para ser recebido - Estímulos sensoriais: chegam no tronco cerebral - Maior fluxo do parassimpático (esse sistema controla diversas áreas do corpo humano e ações involuntárias, que não acontecem de forma consciente) - Pares cranianos: saliva, secreção gástrica e secreção pancreática. 2. Fase Oral: cefálica + estímulos mecânicos e químicos Qual o papel do sistema digestório? • Movimentar alimentos e quebrar em partes absorvíveis • Digestão do bolo alimentar • Absorção • Defecação Lembrete: esse sistema possui uma alta vascularização e grande controle hormonal e neural. Movimentos do alimento - A movimentação do alimento depende da musculatura lisa do gasto intestinal Movimentos de mistura – propulsão Segmentação: mistura o bolo alimentar Peristalse: empurra o bolo alimentar Obs: a contração muscular é o resultado da geração de potencial de ação. Ordem da passagem do alimento: canal oral – faringe – canal anal Órgãos / Estruturas importantes • Fígado • Pâncreas • Vesícula Biliar • Esôfago • Boca • Estomago • Intestino Delgado Motilidade: contração muscular • Músculo Liso – principal • Músculo Estriado – pouco O trajeto do bolo alimentar será sempre da boca até os anus! - Esfíncteres esofágico (superior e inferior): permite a movimentação e o trajeto correto do alimento. O que é um esfíncter? estrutura muscular que abre e fecha fazendo o controle da passagem de substâncias diversas Tipos de Esfíncteres: Superior Estriado Inferior Liso Piloro Liso Íleo – cecal Liso Anal – interno Estriado Anal – externo Estriado Tubo Alimentar Mucosa: • Epitélio de revestimento • Lâmina própria – tecido conjuntivo frouxo • Muscular da mucosa – músculo liso Submucosa: • Tecido conjuntivo denso – mais resistente a tensão Muscular Própria: • Camada circular interna • Camada circular longitudinal externa Serosa • Mesotélio – epitélio escamoso simples • Tecido Conjuntivo Frouxo Adventícia • Tecido Conjuntivo nos locais onde a parede do órgão e fora das estruturas vizinhas Processos importantes: Digestão e Absorção Digestão: processo importante para a conversão do alimento em moléculas que possam ser absorvidas - Mecânica: dentes - Química: enzimas Absorção: processo do transporte das moléculas do lúmen do intestino para a circulação sanguínea ou linfática Motilidade do Trato Gastrintestinal - Exercida pela musculatura da parede do TGI • Movimentos de mistura do alimento – segmentação e de propulsão – peristalse, é determinada pela atividade mecânica do músculo liso. • Esses movimentos servem para misturar e transportar o bolo alimentar, ajuda na eliminação dos alimentos não absorvidos e dos metabolismos indesejáveis. • A contração muscular é feita pela geração dos potenciais de ação, pela despolarização das ondas lentas – via os canais dependentes de voltagem. Com a entrada de cálcio, este se liga a calmodulina e começa os eventos que resultam na contração do músculo liso. • Calmodulina: proteína importante Tecidos – tecido muscular Músculo Estriado Esquelético o Contração rápida e vigorosa o Voluntária – mastigação o Células multinucleadas e com núcleo periférico o Proteínas presentes: actina e miosina – responsáveis pela contração muscular Músculo Estriado Cardíaco o Presente no coração o Totalmente involuntário Músculo Liso o Encontrado nos órgãos internos e na parede dos vasos sanguíneos o Apresenta fibras de actina e miosina o Contração involuntária o Não estriado involuntária Características Gerais desse tecido o Baixa excitabilidade elétrica o Contração lenta o Alta extensibilidade – alongamento o Tonicidade – energia o Autoritmo – lento e instável o Insensível à eletroestimulação e sensível ao estiramento, temperatura e estímulo químico o Potencial de repouso o Onda lenta o Potencial de ação Existem dois tipos de músculos lisos: Visceral X Multi-unitário Visceral – unidade única o Autoritmo o Junções comunicantes levam a contração das fibras ao mesmo tempo o Encontra-se na parede de vísceras ocas e vasos sanguíneos de pequeno calibre o Primeira imagem o Apenas um único nervo para diversas células musculares iguais Multi-unitário o Fibras individuais com sua própria terminação nervosa motora o Encontrado nos vasos sanguíneos de médio e grande calibre, vias aéreas de grande calibre e músculos eretores do pelo. Obs: contração da célula muscular se dá pela entrada de cálcio e o relaxamento muscular está na dependência da ausência desses íons. Músculo Liso Sarcoplasma (citoplasma das células musculares) contém filamentos finos de actina e espessos de miosina não organizados em sarcômeros (unidade contrátil da fibra muscular – menor porção da fibra muscular com capacidade de contração e distensão – esticadas). Miosina e Actina: cadeias proteicas responsáveis que deslizam para encurtar e alongar as fibras musculares. Contração do músculo liso: Contrações Fáscias: segundos / minutos – período curto ▪ Esôfago / corpo e antro do estomago / intestinos Contrações Tônicas: minutos / horas – período longo – sequência de contração e relaxamento ▪ Esfíncteres / porção mais funda (fúndica) do estomago Quando existem problemas nas contrações longas – refluxo Nas contrações tônicas existe a presença de esfíncteres (segura o alimento) Obs: no estomago também existe essas contrações tônicas na camada mais obliqua que tem o papel de misturar o bolo alimentar, porém tem o papel de misturar o bolo, no caso é diferente dos outros lugares onde tem a contração tônica que é fechar os esfíncteres. Mecanismo de contração do músculo liso – sequência a. Aumento de cálcio (Ca 2+) intracelular por conta da entrada de cálcio na célula b. O cálcio intracelular (dentro da célula) se liga a calmodulina – proteína c. O cálcio – calmodulina ativa a quinase da cadeia leve de miosina (MLCK) d. MLCK fosforiza as cadeias leves de miosina e aumenta a atividade de ATPase e. A miosina ativa irá deslizar sobre a actina e cria a tensão muscular Células Intersticiais de Cajal ▪ Essas células – fibras – de cajal têm o papel de ajudar na contração e excitação da musculatura. ▪ Elas expressam a proteína KIT – receptor tirosina quinase ▪ Estão presentes (como rede) no plexo submucoso (sob a camada muscular) e miontérico e no interior das camadas musculares da muscular própria. ▪ Desencadeiam ondas lentas Secreções Digestivas Ácinos (ácinos – saliva – lúmen – sistema ductal – cav. oral) ▪ Os ácinos são as unidades secretória. ▪ As células são para fora da membrana basal (ordenha os ácinos) – mioepiteliais ▪ Talo: trasporta a saliva Sistema excretor: - Ductos intercalados - Ductos estriados Os ácinos podem ser divididos em três: ▪ Mucosos: muco – carboidratos – claro ▪ Serosos: enzimas – avermelhados – parótida – proteínas e defesa ▪ Mistos: seroso + mucoso + seroso mucoso OBS: a glândula parótida tem somente o SEROSO Salivares Maiores: ▪ Encontradas em pares (extraoral) ▪ Maior capacidade de se organizar ▪ Parótida, Submandibular e Sublingual ▪ Ductos excretores longos ▪ Lobos e lóbulos Salivares menores: ▪ Submucosa da cavidade oral ou na língua ▪ Menos organizadas ▪ Dutos excretores curtos que se abrem diretamente na cavidade oral ▪ Tecido conjuntivo da submusoa ou em fibras musculares da língua ➢ Glândula labial e glândulas bucais ➢ Glândulas Glos palatinas ➢ Glândulas Palatinas ➢ Glândulas Linguais – lipase lingual → Anterior → Posterior → Posterior Mucosa Glândulas Maiores Parótida: é a maior e se localiza na região temporalda cabeça. Possui um duto excretor longo – duto de Stensen Submandibular: triangulo submandibular do pescoço e duto excretor longo – duto Wharton Sublingual: abaixo da língua – vários dutos excretores pequenos Secreção Salivar: ▪ 1 – 1,5L por dia ▪ Água e outros componentes – íons, ureia, ácido úrico, muco, IgA, lisozima, amilase salivar e lipase ▪ A secreção pode ser salivar e Ductal – impermeável a H20 Primária Saliva: ▪ Produção ácino – isoplasmatico – isotônica Secundária Saliva: ▪ Dutos – íons (sai e entra) ▪ Uma saliva diferente da primária ▪ Adição de bicabornato (HCO3 -) – Lipase Salivar ▪ Hipotônica Obs: a saliva ajuda na absorção de cálcio para os dentes Secreção Serosa Salivar: ▪ Alfa – amilase ou Ptialina → Atua sobre o amido (glicose – açúcar) – carboidrato → Quebra / hidrolise do amido pela alfa-amilase: produtos – maltose, dextrina – limite, maltotriose ▪ Lipase Salivar → Quebra o triglicerídeo em cadeias longas e médias → Importante para o neonato, pois é a única forma de quebrar a gordura do leite materno, visto que, a criança não tem a lipase pancreática formada por completo. → Quando a lipase salivar quebra a gordura do leite materno, gera energia – ATP – e o neonato só tem essa enzima pronta ainda. → Secretada pela glândula lingual serosa – Von Ebner → Atua em Ph baixo e permanece ativa no estomago e duodeno Secreção Salivar Importante! ▪ Gustação: solubiliza os alimentos e estimula as papilas gustativas ▪ Fonação: umidifica a cavidade oral e facilita a fonação ▪ Ação Tamponante: resulta do ph básico – alcalino – da saliva e protege a mucosa oral contra alimentos ácidos, além de proteger os dentes contra produtos ácidos da fermentação bacteriana dos restos alimentares ▪ Limpeza: a saliva remove restos de alimentos que se alojam entre os dentes ▪ Proteção: muco secretado protege a mucosa oral e gengival da agressão mecânica das partículas de alimentos ▪ Ação Bactericida: a saliva secreta a lisozima – enzima lisa da parede de bactérias – proteína ligadora de imunoglobulina A – ativa contra vírus e bactérias ▪ Ação Bacteriostática: Lactoferrina – subst. Quelante de ferro e impede o crescimento de bactérias dependentes de ferro ▪ Ação Protetora dentes: proteínas ricas em prolina interagem com cálcio e hidroxiapatita e participa da manutenção da integridade dos dentes Regulação da secreção salivar: Parassimpática Estímulo ▪ Maior síntese e secreção de amilase salivar e mucinas ▪ Ricas em H2O ▪ Mais eficaz ▪ Maior Fluxo sanguíneo para as glândulas ▪ Células Mioepiteliais Simpática Estímulo ▪ Menos eficaz ▪ Como ocorre a constrição dos vasos sanguíneos, existe o menos fluxo de sangue nas glândulas salivares ▪ Rica em enzimas Efeito comum: contração das células mioepiteliais Regulação das funções do TGI ▪ Parácrina – ao lado ▪ Autocrina – nela mesma ▪ Endócrina – sangue Sistema Nervoso Autônomo – Extrinsico ▪ Realiza sinapse nos plexos – fibras neurais ▪ Nervo Vago – parassimpático inerva o TGI até o colon transverso ▪ Nervo Pélvico: inervam o TGI do colon transverso até o anus ▪ As fibras aferentes conduzem as informações sensoriais de mecanorreceptores e quimiorreceptores do TGI para a medula cefálica e sacral ▪ As fibras eferentes conduzem as informações da medula cefalossacral para o sistema gastrointestinal Nervos parassimpáticos: estimulam a motilidade e secreção no TGI Nervos simpáticos: inibem a motilidade e a secreção no TGI Nervos do SNA Fibras Eferentes Simpáticas pré-sinápticas: ▪ São curtas ▪ Emergem na medula tóraco-lombar ▪ Realizam sinapses nos gânglios simpáticos celíaco, mesentéricos superior e inferior e hipogástricos superior e inferior Fibras pós-sinápticas: ▪ Mais longas ▪ Gânglios simpáticos celíacos, mesentéricos superior e inferior e hipogástricos inferior e superior O neurotransmissor simpático das fibras pós-sinápticas eferentes é a noradrenalina e a estimulação simpática para o SGI geralmente causa a diminuição da motilidade e das secreções glandulares. Regulação NeuroHormonal: Estímulos mecânicos e químicos podem estimular a motilidade no TGI Neurônios motores excitatórios no TGI liberam Acetilcolina – Ach e a subst. P – taquicinina – contração do músculo liso. Neurônios motores inibitórios liberam o Peptídeo Vasoativo Intestinal (VIP) ou óxido nítrico (NO): essas subst. causam o relaxamento do músculo liso. Acetilcolina e Substância P (taquicinina): contração do musculo liso Peptídeo Vasoativo Intestinal (VIP) e óxido Nítrico: relaxamento do músculo liso Sistema Nervoso Entérico: ▪ Rede nervosa de 108 neurônios ▪ Funciona de forma autônoma mesmo na ausência de sistema nervoso autônomo ▪ Controla a motilidade e liberação das secreções digestivas ▪ Recebe informação sensorial a partir de receptores da mucosa: mecano / osmo / quimio receptores ▪ Envia a informação motora para a musculatura lisa, células endócrinas e exócrinas ▪ Plexo Submucoso de Meissner e Auebach Plexo Submucoso de Meissner → Localiza na submucosa → Epitélio de Revestimento (células da musculatura lisa) e tecido conjuntivo → Intestino grosso e delgado → Função: estimular a secreção e absorção intestinal local → Contração local do músculo submucoso – dobramento da mucosa gastrointestinal → Camada mais interna Plexo Mioentérico de Auebach → Musculatura Propriamente Dita → Região mais muscular – contração muscular do intestino → Aumento de contração tônica ou tônus da parede intestinal → Aumento na intensidade e ritmo das contrações rítmicas → Aumento na velocidade de condução das ondas excitatórias – movimento mais rápido de ondas peristálticas → Camada mais externa – entre a camada circular e submucosa → Composição do bolo alimentar → Controle da atividade muscular do intestino Plexo Submucoso Plexo Mioentérico Neurotransmissores secretados por neurônios entéricos: ▪ Acetilcolina – Ach: Contração do músculo liso da parede do TGI Aumento das secreções salivares, gástricas e pancreáticas ▪ Norepinefrina – Ne Relaxamento do músculo liso da parede do TGI Inibição da contração dos esfíncteres – via alfa-receptores Inibição da secreção de muco na saliva ▪ Polipeptídio Vasoativo Intestinal – VIP Relaxamento dos esfíncteres – especialmente o esofagiano inferior Aumento das secreções do ID e pancreáticas ▪ Polipeptídio Liberador de Gastrina – GRP / Bombesina Aumento da secreção de Gastrina – hormônio Tipos de Movimentação do TGI Contrações Peristálticas: ▪ Responsáveis pela movimentação do bolo alimentar para frente ▪ Onda de relaxamento do músculo liso se move para frente do bolo alimentar ▪ Ondas de contração do músculo liso atras do bolo alimentar empurrando através do TGI Contração de Segmentação ou Mistura ▪ Responsáveis pela mistura do conteúdo do bolo alimentar ▪ Contração e relaxamento ▪ Duas direções ▪ Se torna mais líquido e se espalha de forma difusa com o tempo Secreção Esofágica: O muco tem o papel na lubrificação do bolo alimentar durante a deglutição Glândulas Mucosas – Secreção de muco – lubrificação para a deglutição e proteção da parede do esôfago (alimentos e refluxo gastresofágico) Estômago ▪ Epitélio superficial ▪ Favéolas – invaginação da parede do estomago (células da mucosa) ▪ Glândulas Gástricas Istmo – células tronco / Colo – células parietais (secretam o ácido gástrico) e mucosa / Base ▪ Muscular da mucosa ▪ Submucosa ▪ Muscular própria ▪ Corpo = fundo ▪ Diferentes tipos de glândulas em diferentes tipos de regiões no estomago Células mucosas da superfície gástrica: Glândulas apicais com glicoproteínas – mucinas Mucinas se combinam com água na superfície gástrica formando o gel protetorGlândulas Gástricas: ▪ Células do colo – Neck: estimulam o nervo vago e acetilcolina e aumentam a secreção de muco solúvel pelas células do colo. Secreção Gástrica – Muco: ▪ Glicoproteína altamente hidrofílica – não tem medo de água - que se forma gels ▪ Muco Insolúvel: camada fina e insolúvel na água. Forma um gel firmemente aderido na superfície gastrointestinal. É a barreira mucosa contra o ácido clorídrico. Camada revestida de tecido epitelial Retém o bicarbonato - HC03- que são excretados pelas células superficiais das glândulas gástricas. Forma a barreira mucosa gástrica, que protege mecânica e quimicamente a superfície interna do estomago contra o HCl e a pepsina – enzima que só reage em meio ácido. ▪ Muco Solúvel: viscoso e se mistura com a secreção luminal Lubrifica o bolo alimentar – Lúmen – Favéolas Secreção das células mucosas das Favéolas e glândulas A parte solúvel se mistura com o bolo alimentar É responsável pela lubrificação do bolo alimentar durante a movimentação do estomago Regulação da Secreção de muco: Estímulo Parassimpático: estímulo para liberar o muco -acetilcolina Serotonina, Prostaglandina E e F: estímulo para a secreção do muco Neurotransmissores noradrenalina e adrenalina não influenciam a função das células mucosas Secreção Gástrica: Bicarbonato: ▪ Será secretado pelas células superficiais da mucosa gástrica ▪ Retido na camada do muco insolúvel da barreira mucosa gástrica, o que irá tamponar o HCl e protege a mucosa gástrica. ▪ Barreira mucosa gástrica. Pepsinogênio: ▪ Produzido pelas células pépticas ou principais ▪ Será secretado no lúmen gástrico – pepsina – enzima ativa Pepsina: ▪ Início da digestão proteica no estomago ▪ A pepsina é uma endopeptidase que origina mais tarde os oligopeptídeos de tamanhos diferentes. ▪ Esses oligopeptídeos estimulam a secreção pelas células I do duodeno secretoras de colecistocinina – CCK, que estimulará as células principais ▪ HCl da luz – célula parietal produz HCl – quebra/ativa a enzima para quebrar a proteína Lipase Gástrica: ▪ Secretada em pequenas quantidades ▪ Mais eficaz no meio básico – alcalino – ou seja, no estomago não é tão eficaz pois é ácido ▪ Precisa da presença de Ca ++ ▪ Não ataca ácidos clorídricos de cadeia longa, porém de cadeia média e curta funciona. ▪ Leite, gema de ovo e gorduras com ácidos graxos de cadeia pequena Células Principais: Diversos receptores importantes: ▪ Receptores tipo M, muscarínicos – acetilcolina ▪ Receptores para gastrina ▪ Receptores para colecistocinina A ativação desses receptores eleva o nível de IP3 e de Ca2+ dentro da célula (intracelular) Além de: ▪ Secretar pepsinogênio Regulação da secreção de pepsinogênio: ▪ Agonistas, agindo sobre as células principais, estimulam a secreção do pepsinogênio Receptores das células principais: → Para secretina → Para VIP → Receptores beta 2 – adrenérgicos → Receptores EP2 para PGE2 – prostaglandina tipo E2 A ligação desses agonistas aos receptores específicos das células principais ativa o adenilato ciclase – secreção de pepsinogênio Secreção de HCl estimula o pepsinogênio 1. Acetilcolina é o principal estimulador da secreção de pepsinogênio – assim o nervo vago, estimulando as células parietais a secretam o HCl e estimula também a secreção de pepsinogênio 2. Reflexos locais ou intramurais – parte uterina também estimulam a liberação de acetilcolina Ácido Clorídrico ▪ Secretado pelas células parietais ou oxintica ▪ Células parietais: sistema túbulo-vesicular e canalículos intracelulares contínuos à luz da glândula ▪ O HCl é formado nas projeções em dedo de luva destes canículos – conduzidos através dos canalículos para a porção apical da célula ▪ Após estímulo, o sistema túbulo-vesicular se funde com a membrana do canalículo intracelular. A anidrase carbônica e a H+, K+ - ATPase estão localizadas nos microvilos que se projetam na luz dos canalículos ▪ Cl: difusão facilitada ▪ H+: ativa via bom sódio potássio Secreção de HCl pela célula parietal: ▪ O H+ é transportado para a luz por transporte ativo via bomba H+ / K+ ▪ Cl é secretado para a luz por difusão facilitada ▪ H+ se origina da dissociação do H2CO3 – ▪ Cl- é obtido do sangue em troca do HC0 3 ▪ A água dentro da célula parietal se dissocia em H+ e OH- ▪ O H+ é secretado ativamente no canalículo em troca pelo K+, catalizado pela H+-K+ ATPase. ▪ Os íons potássio são transportados para dentro da célula na membrana basolateral. ▪ O Na+ é reabsorvido do lúmen do canalículo para dentro das células pela Na+-K+ ATPase localizada na MBL. ▪ Com a saída de H+ para fora das células, o OH- se acumula no citoplasma e forma o bicarbonato (HCO3-) a partir do CO2, durante o metabolismo celular ou quando ele vem do sangue. ▪ Esta reação é catalisada pela anidrase carbônica. O HCO3- é então, transportado para o meio extracelular em troca pelos íons Cl-(entram na célula); são secretados através dos canais de cloro nos canalículos. ▪ A água passa para os canalículos por osmose. ▪ Então, a secreção final dos canalículos contém água, HCl na concentração de 150-160 mEq/L, cloreto de potássio na concentração de 15 mEq/L e uma pequena quantidade de cloreto de sódio. Controle da secreção de HCl pela célula parietal: Estimula: Acetilcolina, Gastrina e Histamina Inibe: Somatostatina Gastrina: ▪ Estimula a secreção de HCl ▪ Produzida pelas células G da região pilórica ▪ Liberada em resposta a ACH e GRP Regulação NeuroHormonal da secreção de HCl: Estímulo Vagal Estimula a liberação do PLG – Peptídeo Liberador de Gastrina – a partir dos neurônios pós-sinápticos PLG Estimula a secreção de gastrina a partir das células G presentes no antro Gastrina Secretadas pelas células G se liga ao seu receptor na célula parietal e estimula a secreção de HCl Células D Antrais Liberam a somatostatina que inibe a secreção de gastrina Acetilcolina Liberadas pelas fibras pós-ganglionares estimula a secreção de Histamina pelas células enterocromafins – ECL Histamina Secretadas se liga ao receptor H2 das células parietais e potencializa o efeito da acetilcolina e gastrina na liberação do HCl Fator Intrínseco – secreção gástrica ▪ Apenas em Humanos ▪ Produzidos pelas células parietais ▪ Glicoproteína necessária para a absorção de vitamina B12 no íleo ▪ Vitamina B12: se liga a uma proteína HC e se torna resistente à acidez do estomago. ▪ Após a atuação de enzimas pancreáticas sobre o complexo, a vitamina B12 fica livre e se liga ao fator intrico no ID ▪ Fator Intrínseco: se liga a vitamina B12 e permite e sua absorção pelo epitélio intestinal – íleo terminal ▪ Vitamina B12 é importante para a eritropoiese – formação de hemácias Condição Médica: Anemia Perniciosa: uma doença autoimune onde o próprio organismo produz anticorpos contra as células parietais ou contra o fator intrínseco – sem formação de hemácias. Ausência de fator intrínseco: não há absorção da vitamina B12 no íleo, diminuição da eritropoiese – diminuição de hemácias no sangue periférico. Vitamina B12: fígado de boi, salmão, sardinha, cordeiro, ovos, cogumelos, carne boi, frango e atum fresco. Absorção de substâncias pelo Estomago: ▪ Água ▪ Íons ▪ Ácidos graxos de cadeia curta ▪ Drogas mais ácidas e as fracamente básicas Ex: ácido salicílico, aspirina, tiopental, secobarbital e antiprinina que não se dissociam no suco gástrico são absorvidas. Obs: aspirina + leite: quebra a acidez Lesão na mucosa gástrica: úlcera – morte celular – infecção pelo Helicobacter pylori (H. pylori) bactéria Lipase Lingual e Gástrica: ▪ Papel importante da digestão em neonatos uma vez que o LEITE é a principal fonte de energia; ▪ Importantes quando da presença de uma insuficiência pancreática – FibroseCística – no caso da fibrose cística o muco bloqueia os canais pancreáticos - ou outras doenças pancreáticas ▪ Lipases Lingual e Gástrica podem degradar triglicerídeos com ácidos graxos de cadeias curtas e médias em pacientes com doenças pancreáticas apesar da ausência completa ou quase total da lipase pancreática Aspirina e Omeprazol: Aspirina: tem o papel de bloquear a secreção de bicarbonato pelas células e por conta disso não é aconselhável tomar aspirina por longos períodos. Para que serve a aspirina? o alívio sintomático de dores de intensidade leve a moderada, como dor de cabeça, dor de dente, dor de garganta, dor menstrual, dor muscular, dor nas articulações, dor nas costas, dor da artrite; O alívio sintomático da dor e da febre nos resfriados ou gripes. Omeprazol: esse fármaco impede a secreção de H+, pois se liga na bomba H+/K+ ATPase Para que serve o omeprazol? ▪ Úlcera gástrica – estomago ▪ Úlcera duodenais – intestino ▪ Refluxo gastroesofágico – retorno do suco gástrico do estomago para o esôfago ▪ Dispepsia – azia, arroto Células Enteroendocrinas: - Células secretoras de neurotransmissores – histamina e serotonina - Células secretoras de hormônios – célula G secreta gastrina, célula D Potencial de repouso da membrana do músculo liso: Um eletrodo inserido no músculo liso registra despolarizações – ondas lentas ou ritmo elétrico basal (BER) OBS: as ondas lentas não são potenciais de ação Onda Lenta: responsáveis pelo aparecimento de potenciais em ponta ▪ Possuem frequências especificas para cada região do trato gastrointestinal – determinadas pelas células de cajal – marca – passo ▪ Não causam contração muscular Valor de potencial de repouso do músculo liso do TGI (40 – 58mv) menor eu os dos músculos esqueléticos (50 – 60mv) Potencial de repouso: potencial de equilíbrio do K+, Cl-, Ca 2+ O Potencial Elétrico de Repouso da Membrana do Músculo Liso Visceral não é estável. Sofre oscilações ou despolarizações subliminares, Ondas Lentas provavelmente determinadas pelo bombeamento de Na+ K+ Atividade Elétrica no músculo liso visceral: ▪ Quando a despolarização das ondas lentas excede o liminar elétrico da fibra, há indução de potenciais de ação na crista das ondas lentas, de curta duração, 10-20 ms, chamadas de ondas em ponta ou em espicula. Ondas em ponta: ▪ Potenciais de ação – contração muscular ▪ Gerados nos picos das ondas lentas ▪ Promovem a entrada de íons cálcio gerando contração muscular ▪ 10 – 20 minisegundos ▪ Surgem quando as ondas lentas atingem o limiar elétrico (> 40 Mv) ▪ São deflagados pela grande entrada de Ca 2+ nas células através de canais de voltagem independentes Contração da musculatura viceral fásica: ▪ Depende do nível de cálcio iônico intracelular
Compartilhar