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TEORIA DO CRIME Me. THIAGO BORGES TEORIA DO CRIME O ramo do Direito Público, com institutos e normatividade próprios, constituído pelas normas (princípios e regras) que regulam a determinação das infrações penais (crimes e contravenções penais) e as respectivas sanções penais (penas e medidas de segurança). O que é o Direito Penal? Elementos do Direito Penal que o caracteriza: Ramo do Direito Público Institutos e normas próprias Disciplina as infrações penais Rege as sanções penais As Fontes: Primária - É elaborada pelo Poder Constituinte ou pelo Poder Legislativo. Compreende a Constituição da República e as leis penais. Secundária - constitui-se dos atos elaborados para interpretar e regulamentar as fontes primárias. Não podem prever infrações penais nem suas respectivas sanções TEORIA DO CRIME A Competência para legislar sobre Direito Penal é da União! Mas Lei Complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre Direito Penal Tanto na Lei Delegada, como também na Medida Provisória é vedado tratar sobre o Dir. Penal Classificação das Leis Penais Pode ser Incriminadora – possuindo um preceito primário e secundário Não Incriminadora – são de natureza permissiva, explicativa, orientadoras e etc. Prevê a conduta Prevê a sanção TEORIA DO CRIME Lei Penal no Tempo A regra é a irretroatividade da lei penal mais gravosa. Mas a Lei Penal benéfica pode retroagir Ou pode, também, acontecer a ULTRA-ATIVIDADE Lei 1 Lei 2 Lei 3 + benéfica fato Sentença Retroativa Ultra-atividade TEORIA DO CRIME Tempo do Crime Teoria da Atividade O art. 4. Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado. Lugar do Crime Teoria da Ubiquidade Art. 6. Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado. Lugar Ubiquidade Tempo Atividade TEORIA DO CRIME Alguns conceitos: ABOLITIO CRIMINIS Descriminalização de uma conduta NOVATIO LEGIS IN MELIUS Nova lei que beneficia o agente NOVATIO LEGIS IN PEJUS Nova lei que prejudica o agente NOVATIO LEGIS IN INCRIMINADORA Uma lei que passa a prever um novo crime Lei Penal no Tempo e o Crime Continuado O crime continuado é aquele que se protrai no tempo, a exemplo de extorsão mediante sequestro , ou seja, o flagrante é enquanto durar o crime Nesse caso, se for feita uma lei que prevê uma pena mais pesada, esta será aplicada, conforme jurisprudência do STF: Sum. 711 – STF - A lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao crime permanente, se a sua vigência é anterior à cessação da continuidade ou da permanência. Lei Temporária e Lei Excepcional A Lei Excepcional, também denominada de lei temporária em sentido amplo, é aquela produzida para durar durante determinada situação, determinado evento anormal, transitório. São exemplos de eventos que podem determinar a vigência da lei: uma guerra, uma calamidade pública, uma grave comoção interna com protestos violentos, um período de seca, etc Lei Temporária é aquela produzida para durar por um determinado período de tempo, previsto em si mesma. Sua vigência já é delimitada no tempo, possuindo um interregno de vigência já estabelecido, razão pela qual vigora por período determinado. São exemplos, a Lei da FIFA que foi feita para a copa do mundo de futebol no Brasil. Aqui cabe a Ultra-atividade O fim da vigência da lei não impede sua ultra-atividade para alcançar os fatos cometidos anteriormente, mesmo que a aplicação ultra-ativa da lei prejudique o réu. TEORIA DO CRIME TEORIA DO CRIME TERRITORIALIDADE No Brasil se adota a Territorialidade Temperada “Art. 5. Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional, ao crime cometido no território nacional.” Abrangem: O Território Brasileiro Navios e aeronaves públicos ou a serviço do governo brasileiro Navios e aeronaves privados de bandeira brasileira, desde que estejam em território brasileiro, alto-mar ou no espaço aéreo a eles relativo. Navios e aeronaves privados estrangeiros em território brasileiro. TEORIA DO CRIME EXTRATERRITORIALIDADE Ela poderá ser: Incondicionada - artigo 7º, inciso I e § 1º (ou seja terá sua aplicação sem nenhuma condição ou circunstância) Condicionada - artigo 7º, inciso II e §§ 2º e 3º (ou seja terá sua aplicação condicionada a uma condição ou circunstância) Pressupõe as seguintes condições: entrar o agente no território nacional; ser o fato punível também no país em que foi praticado; estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a extradição; não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter aí cumprido a pena; não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo, não estar extinta a punibilidade, segundo a lei mais favorável. TEORIA DO CRIME Infração Penal CRIME CONTRAVENÇÃO PENAL A diferença entre ambos é de grau, ou seja, de escolha do legislador quanto à gravidade da conduta, de juízo de valor (axiológica). O conceito de crime pode ser vista sob 3 perspectivas: Material Legal Analítico é toda ação humana que lesa ou expõe a perigo um bem jurídico de terceiro, que, por sua relevância, merece a proteção penal é toda infração penal a que a lei comina pena de reclusão ou detenção, nos termos do art. 1° da Lei de Introdução ao CP. De acordo com a Teoria Tripartida, adotada no Brasil, o crime é Fato Típico Antijurídico Culpável TEORIA DO CRIME Visão Geral da Teoria Tripartida: TEORIA DO CRIME FATO TÍPICO ANTIJURÍDICO - São as Excludentes de Ilicitudes CULPABILIDADE Conduta Resultado Nexo Causal Tipicidade Legítima defesa Estado de Necessidade Estrito Cumprimento do Dever Legal Exercício Regular do Direito Imputabilidade Potencial Capacidade da Ilicitude Exigibilidade de Conduta Diversa TEORIA DO CRIME SUJEITOS DO CRIME SUJEITO ATIVO: Em regra, pessoa física Autor Partícipe – será abordado no Concurso de Pessoas Há uma discussão se a Pessoa Jurídica pode cometer crime Ela decorre do seguinte art. 225, § 3º da Constituição Federal de 1988: “As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos causados.” A doutrina se divide sobre o assunto, porém o STJ e o STF possui entendimento sobre o caso, de forma que se permiti a responsabilização penal da PJ. Antes era necessária uma dupla imputação. Atualmente não é mais necessário. TEORIA DO CRIME SUJEITOS DO CRIME SUJEITO PASSIVO: Há duas formas de estudar o sujeito passivo: 1° Sendo o próprio Estado, visto que este representa a coletividade e possui a titularidade de punir. 2° Além do Estado, aquele que sofre a (s) consequência (s) da ação criminosa. Alguém pode ser sujeito ativo e passivo no crime? A doutrina se divide: 1° Sim! No caso de crime de Rixa. 2° Não! Só se pode punir a conduta que ultrapassa a esfera jurídica de disponibilidade da pessoa. Assim, não se pune a autolesão
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